Me formei em Letras/Inglês, mas eu nunca quis lecionar.
Certo dia o dono da empresa em que minha esposa trabalhava (um excelente salão de beleza da minha cidade) disse: "Semana que vem fecho a empresa". Minha esposa disse: "Vai deixar todo mundo sem emprego? Vende pra alguém que gosta disso, vende pra mim. Mas vc sabe que não tenho como pagar". Pois é, ela comprou um Salão de Beleza em suaves 12 parcelas de aproximadamente R$ 14.500,00 por mês.
Olha só o que ela me falou: "Não dou conta de administrar e ser cabeleireira ao mesmo tempo, o que acha de largar seu emprego e vir trabalhar pra mim? Te pago R$ 2.000,00." Na época eu ganhava R$ 1.500,00.
E fui. Depois de 2 meses ela me propôs sociedade. A partir daí fiquei "sem salário". Porém a empresa pagava minhas contas de casa. Uma bela de uma cagada.
Nesse período fiz 2 disciplinas no mestrado. Pretendia estudar filosofia/literatura. Contudo o programa da universidade só aceitava projetos em estudos culturais. Então larguei mão.
Passei por muitas situações que eu nunca tinha vivido. Lidar com clientes, fechar caixa, máquina de cartão, conversar com funcionário teimoso, etc. Tive que conhecer muitas coisas das quais não tinha o menor conhecimento: MEI, CLT, NFe.
Minha agenda na época era uma livro super pesado que ficava em cima do balcão com acesso às clientes. Após o pagamento da empresa, decidimos ir para um prédio com o triplo do tamanho. Novos desafios: reforma, fluxo de caixa, curso no Sebrae contratações, cheques a pagar, treinar equipe etc.
Aos poucos fui aprendendo com os erros, percebi a necessidade de melhorar então contratei coaching, fui pro MBA.
Mas as finanças ainda estavam uma bela bosta. Contratei consultoria (momento em que realmente comecei a me comportar como empresário). Fiz cursos de finanças. E nesses cursos conheci investimentos.
Enfim. Há aproximadamente um ano e meio comecei a levar finanças pessoas a sério. Por enquanto tenho apenas Tesouro Direto e CDB, mas no caminho para a carteira diversificada.