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Alikaelli Porciuncula

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Respostas da comunidade

  1. Alikaelli Porciuncula's post em Tesouro Pré-fixado foi marcado como a melhor resposta   
    Boa tarde, @Gustavo Gregorin Coelho.
    O primeiro ponto que precisamos refletir sobre a marcação a mercado é que, mesmo em máxima histórica, não há como sabermos, no curto prazo, qual o comportmento do mercado. Para ganhar com a marcação a mercado, você precisa que haja uma oscilação na taxa, o que, muitas vezes, pode demorar a acontecer.
    Vou deicar aqui uma explicação que já deixei para outro colega:
    É preciso uma oscilação considerável para que compense resgatar o título, pois, sem essa oscilação, melhor levar ele até o vencimento. Além disso, em condições "normais", essa grande oscilação ocorre nos títulos de longo prazo do tesouro IPCA+ ou títulos atrelados ao IPCA, posto que os títulos préfixados tem vencimento no curto/médio prazo: 2028, 2032; 2 anos e 10 meses e 6 anos e 10 meses, respectivamente. Considerando a janela disponível de cada título,  a qual possibilita a mudança de cenário que vai gerar o ganho com a marcação a mercado, é possível que um título préfixado não te permita ganhos significativos ou que não seja vantajoso o seu resgate antecipado, por isso, como conselho: jamais compre um título préfixado que você não manteria até o vencimento. A marcação a mercado é uma possibilidade, não uma garantia, então, nos títulos préfixados de curto prazo, coloque o dinheiro que você pode carregar até o vencimento, caso seja mais interessante ou caso seja o que o cenário te permite sem perder. Comprar um título para fazer marcação a mercado parece mais sexy que comprar um título e esperar o vencimento, no entanto, nem sempre essa sensualidade se traduz em prazer garantido, hahaha. 
    Então, como o ganho com a marcação a mercado está atrelado ao comportamento do título no médio/longo prazo, é interessante analisar os títulos de longo prazo (ao menos 10 anos), que são os que te possibilitarão melhores rentabilidades, obviamente, com maiores riscos no curto prazo. Na marcação a mercado você pode precisar carregar o título em carteira por 3/4/5/6 anos, a depender de como está o cenário político e fiscal do país. Até mesmo os títulos que são atrelados ao IPCA+, eu não recomendaria você comprar se não seria um título que você carregaria em sua carteira até o vencimento do mesmo. Muitas vezes, a rentabilidade apresentada pelo título é mais interessante que as oportunidades que se apresentam disponíveis quando é possível resgatar o título com ganho. O Raul falou sobre isso nas aulas de renda fixa: você deve resgatar o título quando ele está te entregando uma grande e irresistível rentabilidade, além de você já ter enxergado um novo investimento que vai te trazer uma rentabilidade melhor que ele no período que ainda falta para seu vencimento. Além disso, sempre bom lembrar que o imposto de renda só começa a estar na aliquota mínima após 2 anos. 
    Marcação a mercado não é um trader rápido, e mata ansiosos hahaha.
  2. Alikaelli Porciuncula's post em Marcação a Mercado: IPCA+ vs PREFIXADO foi marcado como a melhor resposta   
    Boa noite, @Paulo Henrique Batista De Oliveira.
    Então, para a sua primeira pergunta  a resposta é sim, é possível fazer marcação a mercado no Tesouro Préfixado e no Tesouro IPCA+ ou os outros títulos atrelados ao IPCA.
    A diferença entre eles está na possibilidade de ganho e, também, no risco embutido na operação. Quando mais longo o título, mais ele apresenta oscilação. Por exemplo, o título Tesouro IPCA+ 2050 apresenta oscilação de renda variável em apenas 0,5% de alteração na taxa. Isso porque, como o @Raul explicou na aula, a taxa e o preço do titulo são uma gangorra. Quando um sobe, o outro desce e, dessa forma, com um vencimento longo, uma pequena alteração na taxa gera uma diferença significativa no preço, já que o fator tempo é muito significativo para os juros compontos, ele que potencializa.
    Esse fenomeno de grande oscilação, em condições "normais", ocorre nos títulos de longo prazo do tesouro IPCA+ ou títulos atrelados ao IPCA, posto que os títulos préfixados tem vencimento no curto/médio prazo: 2028, 2032; 2 anos e 10 meses e 6 anos e 10 meses, respectivamente. Considerando a janela disponível de cada título,  a qual possibilita a mudança de cenário que vai gerar o ganho com a marcação a mercado, é possível que um título préfixado não te permita ganhos significativos ou que não seja vantajoso o seu resgate antecipado, por isso, como conselho: jamais compre um título préfixado que você não manteria até o vencimento. A marcação a mercado é uma possibilidade, não uma garantia, então, nos títulos préfixados de curto prazo, coloque o dinheiro que você pode carregar até o vencimento, caso seja mais interessante ou caso seja o que o cenário te permite sem perder. Comprar um título para fazer marcação a mercado parece mais sexy que comprar um título e esperar o vencimento, no entanto, nem sempre essa sensualidade se traduz em prazer garantido, hahaha. 
    Então, como o ganho com a marcação a mercado está atrelado ao comportamento do título no médio/longo prazo, é interessante analisar os títulos de longo prazo (ao menos 10 anos), que são os que te possibilitarão melhores rentabilidades, obviamente, com maiores riscos no curto prazo. Na marcação a mercado você pode precisar carregar o título em carteira por 3/4/5/6 anos, a depender de como está o cenário político e fiscal do país. Até mesmo os títulos que são atrelados ao IPCA+, eu não recomendaria você comprar se não seria um título que você carregaria em sua carteira até o vencimento do mesmo. Muitas vezes, a rentabilidade apresentada pelo título é mais interessante que as oportunidades que se apresentam disponíveis quando é possível resgatar o título com ganho. O Raul falou sobre isso nas aulas de renda fixa: você deve resgatar o título quando ele está te entregando uma grande e irresistível rentabilidade, além de você já ter enxergado um novo investimento que vai te trazer uma rentabilidade melhor que ele no período que ainda falta para seu vencimento. Além disso, sempre bom lembrar que o imposto de renda só começa a estar na aliquota mínima após 2 anos. 
    Marcação a mercado não é um trader rápido, e mata ansiosos hahaha.
  3. Alikaelli Porciuncula's post em Duvida sobre inflação e a taxa selic foi marcado como a melhor resposta   
    Boa noite, @Daniel Vicente Ciardulo. Acho que o primeiro ponto que é importante colocar é que o dinheiro em circulação não gera valor, o que gera valor são os produtos e servições produzidos pelo país. O que o Raul coloca na aula é que o dinheiro em circulação gera uma "riqueza" ilimitada, do ponto de vista de oferta de papel moeda, oferta monetária e que, quando essa oferta monetária sobe em desacordo com o crescimento do PIB (produto interno bruto), que é o que realmente mede a "riqueza" do país, temos um aumento proporcional da inflação. 
     
    Não existe esse aumento da quantidade de dinheiro, como ele colocou na aula, se houver a impressão desenfreada de dinheiro, estará havendo um aumento de oferta monetária, não um aumento de "riqueza". Dessa forma, tendo o mesmo PIB, porém aumentando o dinheiro em circulação um pais não aumenta seu poder financeiro, na verdade, ele só desvaliriza sua moeda e pode entrar em colapso. Por isso, por exemplo, que o governo não poderia simplesmente gerar um auxílio de valor elevado durante o COVID. A produção do pais havia diminuido e tendo mais papel moeda na economia a inflação iria ficar descontrolada e a economia entraria em colapco.
     
    Uma economia acelerada e em crescimento não é quando há uma oferta maior de dinheiro, mas quando há um aumento da produção de bens e serviçoes (PIB). O dinheiro (papel moeda) é apenas papel. O valor que ele tem está associado a produção e a cadacidade de produção do país. 
    Se a economia estiver em crescimento e acelerada, significa que há uma maior produção de bens e serviços, se há uma produção maior de bens e serviços, então não há aumento da inflação. Note que a inflação é um descasamento entre o aumento da oferta monetária e a produção de bens e serviços, não tem nada a ver com a economia está em crescimento e acelerada, se assim fosse, os EUA teriam uma das maiores inflações do mundo (mas a inflação lá pe quase 0), posto que sua economia costuma estar em crescimento e acelerada. 
     
    Quando a inflação sai da meta que é estipulada pelo governo, então o BANCO CENTRAL, atráves do COPOM, inicia uma sequencia de aumentos na SELIC (que é a taxa básica de juros), buscando reduzir a oferta de crédito na economia e fazendo com que haja um desaceleramento da inflação, posto que quando mais baixa a taxa de juros, mais acesso a crédito, e mais aumenta-se a oferta monetária, sem que isso esteja em equilibrio com o crescimento da oferta de bens e serviços. 
    Aqui, quando a SELIC sobe, os poupadores, que emprestam dinheiro para o governo, vão receber mais juros e, nesse cenário, o governo será penalizado pagando mais juros e tendo um acesso a crédito mais caro no país, o que gera um efeito em cadeia e faz com que a indústria e o comércio também sofra os efeitos do acesso a crédito mais caro. Ou seja, se o crédito foi reduzido na economia, então há menos oferta monetária e, consequentemente, a inflação cai, porque começa a se gerar novamente um equilibrio entre a oferta de bens e serviços e a oferta monetária. O poder de compra dos investidores (ou detentores de dinheiro), aqui, sobe. 
    O custo de crédito mais alto realmente gera um custo maior ao empreendedorismo, sendo, pois um motivo de desaceleração da economia. É o custo alto que pagamos pelo governo se decontrolado com os gastos públicos e colocar mais papel moeda do que deveria haver na economia. 
     
    A inflação é controlada com o equilibrio entre a emissão de papel moeda na economia e o PIB (a produção de bens e serviços). Geralmente, a inflação aumenta em decorrência de um descontrole financeiro e fiscal do governo. 
    Veja, não é o crescimento de indústrias e negocios locais que aumenta a inflação. Na verdade, se houver um aumento de produção por parte de indústrias e negocios locais, sem haver um aumento de papel moeda, isso gera deflação, que é a diminuição do preço, devido a aumenta de oferta que de demanda. Quando aumenta a SELIC, o governo está reconhecendo que errou na sua política fiscal e economica, o que gerou o desequilibrio entre oferta monetária e PIB.
     
    Suas dúvidas são válidas e a a comunidade ajuda a esclarecer alguns pontos. Sempre que você tiver dúvidas, pode postar na comunidade que os colegas buscam sempre ajudar. Espero ter ajudado dessa vez.
  4. Alikaelli Porciuncula's post em SELIC MAIOR vs. Rentabilidade menor no TD? Pode isso Arnaldo? foi marcado como a melhor resposta   
    Boa tarde, @Jefferson Kohler. 
    Apesar de a Taxa selic afetar os demais títulos, além do Tesouro Selic, o que afeta as taxas, de fato, são as expectativas do mercado para os juros futuros. Você pode observar a expectativa através da boletim focus e, também, pode olhar, a título observação, o DI futuro negociado na B3 (https://www.b3.com.br/pt_br/produtos-e-servicos/negociacao/juros/futuro-de-taxa-media-de-depositos-interfinanceiros-de-um-dia.htm).
    Além disso, quando mais o governo sinaliza em direção a uma política fical que não respeita o limite de gastos e parece que, com suas escolhas, vai aumentar a inflação, então as taxas sobem. A Selic é uma medida emergencial - um remédio amargo - para controlar a inflação, no entanto, a expectativa do mercado pode estar de continuidade na alta ou de estabilização e diminuição da Selic. Quando a curva está em expectativa ascendente, o normal é que os juros - prêmio de risco - dos outros títulos aumente, enquanto quando as expectatuvas estão para uma taxa estabilizando e em curva de queda, as taxas tendem a irem baixando, diminuindo o prêmio de risco dos títulos. 
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