Olá, bom dia!
Como falado aqui, não existe uma regra pronta e acabada, então é muito pessoal, mas algumas considerações são importantes.
É uma dívida "barata", de forma que, quitar de uma vez (ou amortizar todo o valor de caixa que você possui) pode comprometer sua tranquilidade e planejamento financeiros, como a criação da sua reserva de emergência e retardar o inicio dos aportes.
Ao mesmo tempo, é, de fato, uma dívida. Além de ter o efeito "psicológico" desse machado sobre o pescoço, existe incidência de juros (ainda que menores), o que poderia ser revertido para o seu patrimônio, num cenário perfeito.
Se você já assistiu os 3 primeiros módulos, já deve ter tomado pé da sua vida financeira e começado a projetar sua capacidade de investimento mensal.
A meu ver, equilíbrio é tudo, nem tanto ao céu, nem tanto à terra. Se considerarmos aquele exemplo do João e do Pedro, onde o João investe R$1.000/ mês durante 5 anos e o Pedro investe R$500 durante de 10 anos, e, no final de 10 anos, com incidência de juros compostos, Pedro possui patrimônio maior, percebemos que se trata de uma maratona, não uma corrida de 100 metros.
Portanto, pensando em um cenário equilibrado de longo prazo, onde conseguiria realizar amortizações e também investir, minha sugestão seria:
1) Desse valor que você dispõe, separe sua reserva de emergência do total e faça o que o Raul sugere (Tesouro Selic, CBD bancão, etc);
2) Do valor remanescente, divida em 2 partes iguais (50/50). Com a primeira parte você inicia seus investimento, numa espécie de aporte inicial. Com a segunda parte você amortiza do seu financiamento - (sempre amortize no prazo como forma de liquidação. Você antecipará bastante o tempo contratado inicialmente).
3) Do valor que você pode investir mensalmente, separaria 30% para novas amortizações e 70% para os aportes mensais de investimento. Ao quitar o financiamento você passa a investir 100% da sua disponibilidade + o valor correspondente às parcelas que estava pagando.
Dessa forma você anteciparia a quitação do seu imóvel, se livrando de uma dívida (consequentemente, pagaria menos juros), e também manteria seus investimentos nesse período, aproveitando os juros compostos do período.
Sucesso no seu projeto!