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Daniele Vilela

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Respostas da comunidade

  1. Daniele Vilela's post em Fundos de investimento em renda fixa foi marcado como a melhor resposta   
    Fernando, tudo certo? Então, acho que você fez uma escolha consciente no ano passado, levando em conta o contexto e as suas incertezas. O fundo de renda fixa foi uma decisão equilibrada para quem queria liquidez, uma rentabilidade acima de 100% do CDI e uma alíquota de IR mais baixa ao longo do tempo. Mas, agora que você está reavaliando com mais conhecimento sobre alternativas, dá pra afinar essa estratégia, na minha opinião.
    Pelo que você descreveu, o fundo rendeu algo próximo de 107% do CDI líquido, depois de taxas e come-cotas. Isso é ok, mas nada de outro mundo, especialmente porque fundos sofrem com o come-cotas e isso prejudica bastante a rentabilidade. Se você realmente quer otimizar a rentabilidade mantendo liquidez e flexibilidade, investir em LCI ou LCA de curto prazo pode fazer mais sentido. A LCI/LCA são isentas de IR, então Isso já elimina a dor de cabeça com o come-cotas e pode fazer uma diferença boa no rendimento líquido, principalmente em prazos mais curtos.
    Também tem liquidez em prazos menores, já que hoje, você consegue encontrar LCIs e LCAs com liquidez a partir de 6 ou 12 meses e ainda com taxas competitivas. Para o seu cenário de incerteza sobre usar o dinheiro, pode ser uma boa alternativa. E tem taxas melhores que CDI em fundos, uma vez que é comum encontrar LCIs/LCAs pagando 100% a 105% do CDI, mas como são isentas de IR, na prática, acabam rendendo mais que isso líquido.
    Agora, sobre vender sua posição no fundo, eu acho que não precisa se desesperar para sair correndo. Dá uma olhada na marcação a mercado dele (se está rendendo bem em relação ao CDI atual) e avalie os prazos das LCIs/LCAs que você pretende entrar. Você pode fazer essa transição aos poucos, sem perder tanto em possíveis oscilações do fundo, se for sair, não saia de uma vez.
    No final das contas, você está no caminho certo: repensando a estratégia e ajustando com base no que aprendeu. Natural quando começamos a estudar a gente repensar o que fez antes de ter o conhecimento que temos agora (e o caminho será esse, estou o tempo inteira reavaliando a estratégia e, as vezes, fazendo ajustes de rota, afinal, quanto mais conhecimento, mais a gente refina). Só não esquece de continuar respeitando a sua necessidade de liquidez, porque, no fim, a melhor estratégia é aquela que se alinha com a sua realidade. 
    Espero ter dado uma luz =)
  2. Daniele Vilela's post em Analisar fluxo. foi marcado como a melhor resposta   
    Mateus, entender o fluxo econômico e como os indicadores como Selic e IPCA se relacionam é fundamental para aplicar estratégias de contrafluxo nos investimentos. Vou tentar descomplicar isso olhando para o cenário atual e considerando os possíveis movimentos futuros. Atualmente, com a Selic projetada para 11,25% em dezembro de 2024 e o IPCA estimado em 4,76%, há uma diferença considerável entre a taxa de juros e a inflação, o que chamamos de juro real (neste caso, acima de 6%). Esse diferencial indica um ambiente propício para investimentos em renda fixa, especialmente em títulos que oferecem proteção contra a inflação, como o Tesouro IPCA+, ou mesmo CDBs e LCIs/LCAs com taxas atrativas. Certo?
    No entanto, ao olhar o fluxo, é importante notar que os juros altos também exercem um impacto sobre o mercado de renda variável. Empresas que dependem de financiamentos ou apresentam crescimento baseado em expansão de crédito tendem a sofrer mais nesse ambiente. Além disso, o custo de oportunidade para investir em ações aumenta, já que a renda fixa se torna um concorrente direto, oferecendo bom retorno com menor risco. Por outro lado, setores defensivos, como utilities ou consumo básico, que geralmente repassam a inflação ao consumidor, podem se sair melhor. A correlação entre os indicadores e os fluxos de mercado fica ainda mais evidente ao considerar o cenário de aumento de juros. Quando os juros estão subindo, como vimos recentemente, o mercado de renda fixa ganha atratividade, especialmente em títulos prefixados ou atrelados à inflação. Já na renda variável, há uma fuga de capital das empresas mais sensíveis à elevação do custo de capital, enquanto empresas com margens robustas e baixo endividamento se tornam as favoritas.
    Por fim, a pressão inflacionária é outro fator a observar. Se a inflação persistir acima da meta (como está atualmente, com projeções bem acima dos 3% pretendidos pelo governo), é provável que o BC mantenha uma política monetária restritiva por mais tempo, pressionando ainda mais o fluxo para a renda fixa e limitando a valorização da bolsa no curto prazo.
    Para tomar decisões embasadas, é essencial acompanhar essas tendências, pois se os juros estiverem em alta, priorizar a renda fixa, aproveitando taxas prefixadas ou títulos atrelados ao IPCA se torna uma boa oportunidade, além de aproveitar as boas empresas descontadas na bolsa.  Caso o mercado sinalize cortes futuros de juros, a renda variável se torna mais atrativa, especialmente setores cíclicos e empresas de crescimento.
    Independente do cenário, a diversificação permanece como a melhor estratégia para suavizar os impactos das variações econômicas. Aplicar o contrafluxo significa ajustar a alocação com base no que o mercado está precificando para o futuro e aproveitar as oportunidades que a volatilidade e a incerteza oferecem. Diferente de quem está, neste momento, comprando dólar, BTC ou o que está subindo, mas aproveitar o que está em eminência de subir.
    Espero ter ficado mais claro, qualquer dúvida só falar.
  3. Daniele Vilela's post em Corretora para investimentos no exterior foi marcado como a melhor resposta   
    Creio que este tópico te ajude: 
     
  4. Daniele Vilela's post em Tipos de ações foi marcado como a melhor resposta   
    Pode-se dizer que no Novo Mercado da B3 exige que as empresas listadas emitam apenas ações ON, garantindo direitos de voto iguais a todos os acionistas. Esse padrão atrai investidores institucionais e internacionais que valorizam governança corporativa sólida. Há um movimento global em direção ao empoderamento dos acionistas. Investidores estão mais interessados em influenciar as decisões das empresas, algo que só ações ON permitem. Muitos mercados globais já operam com estruturas simplificadas, onde ações ON são predominantes. No entanto, mesmo nesses mercados, existem ações preferenciais em setores específicos ou para finalidades estratégicas. O Novo Mercado é o padrão para novas empresas de capital aberto, mas não há obrigatoriedade de que todas as empresas migrem para ele. Essa transição depende de incentivos regulatórios, demanda dos investidores e interesses estratégicos dos controladores. Creio que é algo que levaria muito tempo para acontecer uma migração total, isso, se houver.
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