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Tudo postado por Matheus P S
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Oi Gustavo, Dá uma olhada nessa resposta que dei em outra postagem: Acho que ela vai te ajudar com o raciocínio. Espero ter ajudado!
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Oi Giovani, Não me leve a mal, mas se você ainda está no meio do curso, por que você quer investir? Siga as orientações do mestre Raul: até terminar o curso, o único "investimento" deve ser em Tesouro Selic. Só após terminar o curso é que você será capaz de (re)montar sua carteira, incluindo essas delicinhas aí. Espero ter ajudado.
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Oi Sérgio, Você já recebeu boas análises que destacam diferenças de estrutura, riscos e perfis entre Itaú e Itaúsa, mas há um ponto ainda pouco explorado: o efeito da alavancagem operacional da holding e a leitura de múltiplos com mais cuidado. Enquanto o Itaú representa diretamente a atividade bancária - com lucros consistentes, retorno sobre patrimônio elevado e forte distribuição de dividendos - a Itaúsa opera como uma ponte estratégica que conecta esse resultado a outras iniciativas, como as participações em Alpargatas, Dexco e Aegea. Isso significa que a holding carrega uma espécie de “alavancagem operacional qualitativa”: ela potencializa o valor do banco com base na expectativa de gerar valor também fora dele. Isso é bom, mas também adiciona uma camada de risco, já que essas empresas fora do setor bancário têm performances muito mais voláteis e, em muitos casos, dependem de ciclos econômicos específicos. O múltiplo de preço sobre lucro (P/L) da Itaúsa, por exemplo, costuma parecer atrativo, mas está mascarado por ganhos não recorrentes ou efeitos contábeis vindos das controladas. O mesmo vale para o preço sobre valor patrimonial (P/VP), que é naturalmente mais baixo em holdings. No fim, quem compra Itaú compra um banco lucrativo e bem gerido. Quem compra Itaúsa está apostando que a gestão da holding continuará acertando não só com o banco, mas também com os demais investimentos - e que esses outros negócios vão destravar valor no longo prazo. Portanto, ao escolher entre os dois, mais importante do que olhar qual está "barato" ou "eficiente" agora, é refletir sobre o quanto você está disposto a aceitar uma exposição indireta ao Itaú com diversificação e mais risco estratégico. Espero ter ajudado!
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ETF IVV X IVVB11
Matheus P S respondeu o(a) pergunta de Rennan Meneses De Araújo em 📈 Renda Variável
Oi Renan, Investir no IVVB11 é uma alternativa prática para quem deseja se expor ao mercado americano sem sair do Brasil. O ETF é negociado em reais na B3, o que elimina a necessidade de abrir conta em corretoras estrangeiras, fazer remessas internacionais ou se preocupar com o câmbio na hora da compra. Isso reduz bastante a complexidade operacional. No entanto, essa praticidade tem um custo: o IVVB11 possui uma taxa de administração mais alta do que a do IVV, além de embutir custos cambiais que nem sempre são transparentes. Outro ponto a considerar é que, mesmo com exposição ao dólar, o fundo é cotado em reais e sujeito à tributação brasileira sobre ganho de capital, sem a isenção disponível para vendas de ações abaixo de R$ 20 mil no mês. Por outro lado, investir diretamente no IVV nos Estados Unidos oferece uma estrutura mais enxuta do ponto de vista de custo. A taxa de administração é extremamente baixa, o que contribui para uma maior eficiência de longo prazo. O investidor também recebe os dividendos do fundo, o que permite maior flexibilidade na hora de reinvestir. Em contrapartida, operar no mercado americano exige abrir conta em corretora estrangeira (o que é facilitado pela conta internacional de investimentos da AUVP), lidar com envio de recursos com IOF e enfrentar a volatilidade do câmbio diretamente (o que não me parece ser um bicho de sete cabeças, para ser sincero). Além disso, há a preocupação com o imposto sobre herança nos EUA, que pode chegar a 40% em determinados casos, o que representa um risco patrimonial importante para investidores com grandes volumes aplicados. Assim, a escolha entre IVVB11 e IVV depende menos da rentabilidade pura e mais do perfil do investidor: se você prioriza simplicidade e operação local, o IVVB11 atende bem; se busca eficiência de custos, controle e internacionalização real do patrimônio, o IVV tende a oferecer vantagens mais relevantes no longo prazo. Por fim, na minha visão, sempre que me perguntam, eu sugiro o IVV por ser efetivamente um investimento internacional, coisa que o IVVB11 não é. Mas a decisão é de cada um, é claro. Lembrando que isto não é recomendação de compra ou venda deste ou daquele ativo. Espero ter ajudado! -
Avaliando 4 Ações: Feedbacks e Críticas
Matheus P S respondeu o(a) pergunta de Guilherme Latrova em 📈 Renda Variável
Oi Guilherme, Vou dar meus pitacos sobre sua análise: PETR4 DY alto (20%) é atrativo, mas em empresas estatais como a Petrobras, isso pode ser fruto de fatores conjunturais e política de dividendos variável. P/VP em 1.02 pode indicar precificação justa, mas o setor de petróleo é cíclico e sujeito a forte intervenção estatal, o que compromete previsibilidade. CAGR EBITDA negativo é preocupante sim - sinaliza queda de eficiência operacional ou impacto de preços internacionais do petróleo. BBAS3 P/VP em 0.77 é típico de bancos estatais, que tendem a ser mais descontados pelo mercado pela questão do controle estatal e menor retorno sobre patrimônio. É importante olhar o Índice de Basileia (capital regulatório) e crescimento e consistência do lucro para validar se está realmente barata. VALE3 É uma empresa cíclica e ligada a commodities. P/VP de 1.22 pode ser razoável, mas você precisa analisar a volatilidade dos lucros e o risco geopolítico (como dependência da China). ROA de 6.32% pode parecer ok, mas o ideal seria comparar com pares e com o próprio histórico. Crescimento de lucro de 4% (CAGR) é modesto, especialmente para empresa cíclica. Ideal comparar 5-10 anos e com pares (ex: Rio Tinto, BHP). WEGE3 Excelente percepção! Realmente, o preço elevado (P/L ~30) reflete qualidade e crescimento consistente. É uma das queridinhas do mercado por justamente apresentar excelente governança, margens e retorno sobre capital. WEGE é típica empresa de "compounding": não parece barata, mas pode ser excelente para longo prazo se mantiver crescimento. Avalie crescimento da receita, margens e reinvestimentos. O desafio é saber se o crescimento futuro já está todo "precificado" ou ainda há margem. Espero ter ajudado! -
Dúvida sobre marcação a mercado
Matheus P S respondeu o(a) pergunta de Igor Mendonça Melo em 💸 Renda Fixa
Oi de novo, Igor, Olha, vou dar o meu pitaco aqui, rsrsrs. Eu acho que a resposta mais honesta é: não, não é fácil encontrar outro título com rentabilidade líquida superior após uma marcação a mercado vantajosa. Isso pode até acontecer, mas está mais para exceção do que para regra, especialmente em um ambiente de queda de juros, que é justamente quando os títulos prefixados se valorizam mais. Pensa assim: se o seu título prefixado valorizou via marcação a mercado, provavelmente foi porque a taxa de juros do mercado caiu. E se a taxa caiu, isso quer dizer que os novos investimentos disponíveis nesse momento também estarão pagando menos. Ou seja, você até realiza um ganho antecipado, mas tem que aceitar taxas mais baixas para reaplicar o dinheiro - o que pode comprometer o efeito dos juros compostos no longo prazo. Agora, em momentos muito específicos, como choques de mercado, desalinhamentos temporários entre ativos ou oportunidades em crédito privado com prêmios de risco maiores (e bem avaliados), pode até surgir algo melhor. Mas isso exige olhar constante, sangue-frio, análise de risco e, muitas vezes, um apetite maior por volatilidade. Em resumo: é possível, mas raro. Por isso, no contexto de um investidor que busca previsibilidade e acúmulo consistente (como é comum no buy and hold), o mais prudente costuma ser manter o título até o vencimento - salvo se houver um motivo estratégico muito claro para a venda. Espero ter ajudado! -
Dúvida sobre marcação a mercado
Matheus P S respondeu o(a) pergunta de Igor Mendonça Melo em 💸 Renda Fixa
Oi Igor, Para quem realmente quer explorar oportunidades com marcação a mercado, o melhor tipo de título são os Tesouro IPCA+ e os Tesouro Prefixado com prazos longos. Isso porque eles são os mais sensíveis à oscilação das taxas de juros. Quando as taxas caem, esses títulos sobem de valor de forma mais expressiva. Essa volatilidade maior é justamente o que pode gerar um bom ganho com marcação - desde que você venda o título antes do vencimento em um momento favorável. No entanto, esse potencial vem com um aviso importante: o movimento do mercado precisa jogar a seu favor. Por isso, o ideal é sempre ter uma estratégia clara e, se possível, usar esse recurso como uma forma de antecipação inteligente e não como principal objetivo do investimento. Ao mirar apenas o ganho via marcação, o investidor se expõe ao risco de precisar resgatar em um momento de alta nas taxas - o que gera prejuízo. Então, sim, dá para considerar títulos IPCA+ longos como os mais adequados para marcação, mas o foco principal deve ser a estratégia de longo prazo. Porém, apesar dessas possibilidades, vou ressaltar o que o Eddy já disse: investir em um título pensando em fazer marcação especificamente não tem sentido. O investidor não deve iniciar os investimentos no Tesouro pensando em fazer a marcação porque esse não é o objetivo deste tipo de investimento devido às contas que o Eddy já mostrou. Veja de maneira prática com os números que o Eddy sugeriu: Imagine que uma pessoa investiu R$ 1.000 em um Tesouro Prefixado com taxa de 16% ao ano e vencimento em dois anos. Isso significa que, se ela deixasse o título até o vencimento, ela receberia R$ 1.000 × (1 + 0,16)² = R$ 1.345,60 no final do segundo ano. No entanto, após um ano, as taxas de juros de mercado caíram e esse título passou a valer mais devido à marcação a mercado. Suponha que, com essa valorização, o título agora pode ser vendido por R$ 1.160. A pessoa decide vender o título e, em vez de deixar o dinheiro parado, reinveste os R$ 1.160 em um CDB que paga 14% ao ano. No final do segundo ano, esse novo investimento renderá R$ 1.160 × (1 + 0,14) = R$ 1.322,40. Note que isso é menos do que os R$ 1.345,60 que ela teria recebido se tivesse mantido o título original até o vencimento. Ou seja, mesmo com a valorização antecipada via marcação a mercado, o reinvestimento em uma taxa menor fez com que o efeito dos juros compostos fosse reduzido. Por isso, a decisão de vender antes do vencimento precisa ser avaliada com cuidado: nem sempre antecipar os ganhos é vantajoso no longo prazo. Espero ter ajudado! -
Qual vencimento escolher do tesouro Selic?
Matheus P S respondeu o(a) pergunta de Gabriel Frade Pereira em 💸 Renda Fixa
Oi Gabriel, Para quem tem um compromisso financeiro daqui a cerca de um ano, uma alternativa mais eficiente que o Tesouro Selic pode ser aplicar em LCI (Letra de Crédito Imobiliário) ou LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) com vencimento alinhado a esse prazo. Essas opções são isentas de Imposto de Renda, o que, na prática, aumenta o rendimento líquido do investidor em comparação com o Tesouro Selic, que sofre tributação regressiva. Desde que o investimento tenha cobertura do FGC, ele mantém um perfil de risco muito baixo e mais vantajoso para esta situação. É importante destacar que, ao escolher uma LCI ou LCA, o investidor deve verificar se o vencimento coincide com a data em que pretende usar o dinheiro. Isso porque o resgate antecipado não é permitido nesses ativos. Além disso, analisar a saúde financeira da instituição emissora é fundamental, mesmo com a proteção do FGC. Optar por esse tipo de investimento, além de evitar a tributação, permite uma rentabilidade mais previsível e, muitas vezes, superior ao Tesouro Selic em prazos curtos. Espero ter ajudado! -
Investimentos em ETFs
Matheus P S respondeu o(a) pergunta de Rodrigo Bentes Kato em 📈 Renda Variável
Oi Rodrigo, Existe sim, uma diferença fundamental: um é investimento internacional e outro é investimento nacional. Quando você investe diretamente no SPY, por exemplo, você precisa fazer isso comprando as cotas do ETF com dólar em âmbito internacional. É um investimento sujeito às leis dos EUA e lastreado na economia americana. Quando você compra um ETF que replica o SPY, como o SPXB11, você está, na verdade, investindo em um ativo brasileiro, pagando em reais, e sujeito à legislação brasileira - inclusive no que diz respeito a impostos. Se seu objetivo é diversificar internacionalmente, o ideal é ir direto à fonte, que é o SPY, neste caso. Espero ter ajudado! -
Realizar o lucro da valorização
Matheus P S respondeu o(a) pergunta de Gustavo De Oliveira Viana em 📈 Renda Variável
Oi Gustavo, Só para reforçar o que os amigos já disseram: você não sai. Ou então, sai quando você estiver na fase de usufruir o seu patrimônio, mas não antes disso. Se tiver dúvidas, reveja os módulos 1, 2 e 8, que isso irá te ajudar. Espero ter ajudado. -
dúvida sobre empresa do ramo da saúde
Matheus P S respondeu o(a) pergunta de Carlos José De Lima Filho em 📈 Renda Variável
Oi Carlos, As duas realmente têm prós e contras, como você indicou. Pessoalmente, fui para ODPV3 devido às margens e lucros mais estáveis, como você mesmo analisou. Além disso, os indicadores de eficiência dela são melhores, o que acho que traz mais vantagens a longo prazo. Espero ter ajudado! -
Oi Eslan, Eu vou na mesma direção do Eddy: acho que sua carteira está conforme seus objetivos. E como ele falou, não dá para dizer se está 100% seguro devido a outras variáveis em falta, mas ao menos no papel faz sentido. Sucesso e no que precisar, é só chamar! Vamos que vamos 🚀
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Oi Eslan, Vindo aqui pra dar uns pitacos depois da aula do @Eddy Paulini, hehehe. Acho que você montou uma carteira bem pensada para um perfil conservador, e a estrutura geral está bastante coerente. Ainda assim, há algumas reflexões adicionais que podem ajudar a amadurecer sua estratégia sem exigir mudanças radicais. A alocação de 40% em renda fixa parece adequada para o seu perfil conservador e está em linha com os princípios do curso, que reforçam a importância de estabilidade na carteira e o uso da renda fixa como eixo de segurança. Apenas se certifique de que dentro dessa renda fixa haja uma combinação entre Tesouro IPCA+ (para proteger o poder de compra) e Tesouro Selic (liquidez e emergência). Evite exposição excessiva a CDBs de curto prazo ou prefixados com alta volatilidade, principalmente se estiver distante do vencimento. No seu "chão de fábrica", há uma boa lógica, mas seria interessante repensar o excesso de empresas com forte correlação setorial. Por exemplo, ITSA4, BBAS3 e PSSA3/BBSE3 estão todos ligados ao setor financeiro e têm alguma correlação histórica. Para mitigar isso, considere inserir uma transmissora pura (como TRPL4) no lugar de EGIE3 ou SAPR4, caso queira mais estabilidade e previsibilidade. Isso pode melhorar o equilíbrio da base sem comprometer a qualidade dos ativos. Nos FIIs, sua seleção por tipos (galpão, shopping, híbrido) é uma boa prática de diversificação setorial. Não é obrigatório adicionar mais fundos, mas pode valer a pena considerar um fundo de papel (como IRDM11), que atua em crédito imobiliário e costuma ter comportamento descorrelacionado dos fundos de tijolo. Em relação aos ETFs internacionais, sua preocupação com sobreposição entre IVV, QQQ e VT é válida. A diversificação geográfica e setorial deve ser buscada sem exagerar no número de ativos. Vale a pena analisar a correlação não apenas de empresas em cada um deles, mas também de resultados históricos. No mais, continue monitorando a evolução dos fundamentos das empresas escolhidas, principalmente do meio e topo da pirâmide. Como você mesmo observou, essas posições foram mais difíceis de selecionar e merecem uma vigilância maior - especialmente VIVA3, que tem menor liquidez. E lembre-se: mais importante do que acertar tudo desde o início é ajustar com calma e com base em fundamentos, como ensinado no curso. Lembrando que isso não é recomendação de compra ou venda de ativos. Espero ter ajudado!
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Quais ações americanas vocês tem?
Matheus P S respondeu o(a) pergunta de Fernando Maldonado em 📈 Renda Variável
Oi Fernando, Por enquanto estou apenas com ETFs mesmo. Ainda não parti para stock picking, mas pretendo fazê-lo na segunda metade desse ano, caso realmente compense rsrsrs. Você chegou a comparar com algum ETF, ou foi direto para as ações? -
Oi Junio, Antes eu era muito receoso em relação a tais títulos. Mas ao fim e ao cabo, acabei me rendendo às delícias do FGC e, estando abaixo do limite (como efetivamente estou), e sendo permitido pelo meu Diagrama, mando ver rsrsrs. Não é recomendação de compra ou venda. Espero ter ajudado!
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CDBs - diferença entre os tipos
Matheus P S respondeu o(a) pergunta de Bianca Santos em 💸 Renda Fixa
Oi Bianca, Como já dito acima, esses pontos são explicados nas aulas. Mas vou tentar trazer uma forma que talvez possa ser mais prática para você identificar esses títulos: CDB pós-fixado (CDI): É o mais comum nos aplicativos. Se você vê algo como “102% do CDI”, está diante de um pós-fixado. Ele rende uma porcentagem do CDI, que varia conforme a Selic. CDB prefixado: Aqui, a taxa é um número fixo, tipo “CDB 13,5% a.a.”. Não depende de CDI nem IPCA. Você sabe exatamente o quanto vai render se levar até o vencimento. CDB IPCA+: Vai aparecer como algo tipo “IPCA + 6%”. Ou seja, você recebe a inflação do período (IPCA) mais uma taxa fixa. Protege seu poder de compra. Se no app só aparece o rendimento como “% do CDI”, provavelmente ele só está mostrando os pós-fixados. Para encontrar prefixados ou IPCA+, veja se há filtros ou categorias como “CDBs por indexador”, ou acesse a área de “renda fixa avançada” da corretora. E lembre-se: títulos de inflação e prefixados podem ter mais volatilidade (marcação a mercado), então alinhe sempre com o prazo da sua meta. Espero ter ajudado! -
Qual a melhor forma de aportar em diferentes tipos de ativos de renda fixa?
Matheus P S respondeu o(a) pergunta de Luiz Otaviano De Moraes Almeida em 💸 Renda Fixa
Oi Luiz, Você pode aproveitar esse momento de juros altos para começar a construir uma base diversificada na renda fixa sem necessariamente precisar vender sua posição no Tesouro Selic - lembrando que se for reserva de emergência você não deve vender de jeito algum. Uma boa estratégia pode ser usar os aportes mensais futuros para criar, aos poucos, posições em Tesouro Prefixado e Tesouro IPCA+. Assim, você aproveita os patamares atrativos dessas taxas sem abrir mão da segurança e liquidez imediata que o Selic oferece. Além disso, diversificar por tipo de indexador (Selic, IPCA e prefixado) é uma forma de reduzir o risco de estar “apostando” demais em apenas um cenário econômico. Se, no entanto, sua reserva Selic já está mais robusta (por exemplo, maior que seis meses de despesas), aí sim pode fazer sentido realocar uma parte para títulos com vencimento mais longo - ou até para LCIs e LCAs, desde que respeitem o vencimento planejado. Mas lembre: o foco desses papéis é retorno, e não liquidez. Avalie sempre se o prazo do título está alinhado ao seu planejamento financeiro. Espero ter ajudado! -
Dúvidas Tesouro Prefixado / IPCA+
Matheus P S respondeu o(a) pergunta de Graziele Beraldo Ruiz em 💸 Renda Fixa
Oi Graziele, Só mais umas ideias visando contribuir com um pensamento focado em longo prazo: Sobre a taxa de juros na marcação a mercado: A taxa considerada na precificação dos títulos não é apenas a Selic "pura", mas sim a curva de juros de mercado - uma espécie de projeção de juros futuros, construída a partir de expectativas dos agentes financeiros. A Selic influencia fortemente essa curva, mas outros fatores - como inflação esperada, risco fiscal e cenário internacional - também contam. Portanto, o preço de um título prefixado ou IPCA+ muda não apenas conforme a Selic atual, mas conforme o mercado espera que os juros caminhem nos próximos anos. Sobre o risco entre prefixados 2028 e 2032: A diferença central está no conceito de duração e sensibilidade à marcação a mercado. Quanto mais distante for o vencimento de um título, mais ele vai oscilar com as mudanças na curva de juros - daí a percepção de maior risco. Se o investidor deseja uma estratégia mais defensiva e com menor exposição à volatilidade de preços, o título com vencimento mais curto (2028) tende a ser mais apropriado. Já o 2032, embora mais volátil, pode ter retorno superior se os juros caírem mais rápido do que o previsto. O ponto central aqui é alinhar o vencimento com o seu objetivo financeiro: se você pretende usar o dinheiro antes de 2032, o risco de perder poder de compra ou pegar o título desvalorizado aumenta. Tesouro IPCA+ versus Prefixado em cenário de Selic alta: O IPCA+ se destaca justamente por ser uma proteção de longo prazo. Ele é mais vantajoso quando você quer garantir poder de compra, independentemente da inflação futura. Mesmo com a Selic em alta (o que tende a baixar a inflação mais adiante), o IPCA+ entrega o IPCA do período + uma taxa prefixada. Ou seja, se a inflação cair muito, o ganho real continua positivo. Já o Prefixado pode parecer mais atraente em curto prazo, mas perde essa “blindagem” contra surpresas inflacionárias. Por isso, o IPCA+ é ideal para objetivos como aposentadoria ou proteção de patrimônio. O segredo está em entender seu horizonte de tempo e o que você quer proteger: o valor nominal (Prefixado) ou o poder de compra (IPCA+). Espero ter ajudado! -
Faz sentido ter dois bancos na carteira?
Matheus P S respondeu o(a) pergunta de Luiz Otaviano De Moraes Almeida em 📈 Renda Variável
Oi Luiz, Adicionar um banco tradicional à sua carteira, que já conta com BPAC3, pode ser uma excelente forma de mitigar riscos dentro do próprio setor financeiro. Enquanto o BTG Pactual tem um modelo de negócios mais focado em serviços de investimento e banco de atacado, bancos tradicionais como Itaú (ITUB4), Bradesco (BBDC4) ou Banco do Brasil (BBAS3) têm forte presença no varejo bancário, maior base de correntistas e diversificação em serviços - o que pode garantir mais estabilidade e previsibilidade nos lucros ao longo dos ciclos econômicos. Essa diversificação dentro do setor também está alinhada ao que é ensinado no curso da AUVP: o investidor deve avaliar se está com concentração excessiva em um setor no Diagrama do Cerrado e buscar equilíbrio com perguntas redutoras. Assim, você evita que um único segmento influencie excessivamente o desempenho da carteira. Se decidir incluir outro banco, escolha um com fundamentos sólidos, histórico de lucro consistente e governança robusta - e reavalie as notas atribuídas no seu Diagrama, ajustando os aportes conforme a nova composição. Lembrando que isto não é recomendação de compra ou venda de ativos. Espero ter ajudado! -
Oi Joao, Sim, seu raciocínio faz bastante sentido, especialmente como um ponto de partida antes de usar ferramentas mais refinadas como o Diagrama do Cerrado. Essa abordagem de 80/20 é um exemplo prático do que, em gestão de portfólio, se chama barbell strategy: combinar ativos muito seguros com ativos de maior risco e potencial, limitando a exposição ao risco total da carteira. Essa divisão intuitiva é útil quando você ainda está desenvolvendo seu critério de análise fundamentalista. Na prática, ela te dá espaço para testar empresas emergentes sem comprometer a estabilidade do portfólio. E com o tempo, conforme você avança no curso e começa a atribuir notas reais pelo Diagrama, esses 20% podem crescer ou reduzir conforme o desempenho e a resiliência das empresas escolhidas. É uma boa transição entre intuição e método. No entanto, como você já deve saber, se elas são do mesmo setor, lembre-se de que há bônus, mas também ônus. Ou seja, se o setor tiver algum problema momentâneo, ambas vão "sofrer". A empresa mais estabelecida provavelmente sofrerá menos, e a outra sofrerá um pouco mais, mas ambas vão sentir o impacto. Por isso muitas vezes se considera que o ideal é investir em apenas uma empresa de cada setor/subsetor. Isso não é obrigatório, mas é algo que deixo para você refletir. Espero ter ajudado!
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Transferindo investimentos para IVV
Matheus P S respondeu o(a) pergunta de Caio Salfatis em 📈 Renda Variável
Oi Caio, Uma abordagem alternativa para a sua dúvida é considerar a alocação geográfica da sua carteira como um todo, e não apenas o veículo usado. O ETF SPXI11 já te expõe ao mercado americano via S&P500. Mas lembre-se de que ele não cumpre o papel de diversificação internacional, pois é um investimento nacional. Você pode considerar mantê-lo como uma posição estratégica local, e direcionar os novos aportes para ETFs internacionais como IVV ou VOO. Essa combinação pode trazer o melhor dos dois mundos: facilidade operacional no Brasil e exposição real em dólar no exterior. Com o tempo, os novos aportes internacionais naturalmente vão sobrepor o peso do SPXI11, diluindo seu impacto sem necessidade de venda imediata - o que evita custos com IR, IOF e spread cambial no curto prazo. Espero ter ajudado. -
Fiis x ações de dividendos
Matheus P S respondeu o(a) pergunta de Fernando Yoshimura em 📈 Renda Variável
Oi Fernando, Uma forma nova de refletir sobre a construção de uma carteira geradora de dividendos é analisar a qualidade e previsibilidade das receitas dos ativos, e não apenas se eles pagam dividendos com frequência. Tanto ações quanto FIIs têm o potencial de compor uma carteira voltada para renda, mas a chave está em entender o modelo de negócio por trás dos pagamentos. Nos FIIs, essa previsibilidade vem do fato de os contratos de aluguel geralmente serem de longo prazo, e os fundos serem obrigados a distribuir a maior parte do lucro. Já nas ações, mesmo empresas pagadoras podem cortar dividendos em momentos difíceis. Portanto, escolher ações de empresas com histórico estável de lucros e geração de caixa - e não apenas com alto dividend yield momentâneo - pode gerar uma renda mais sólida e sustentável ao longo dos anos. Pensar em dividendos como parte de um “fluxo de renda previsível” ao longo de décadas, e não apenas como números mensais, muda completamente a abordagem. Espero ter ajudado! -
Rebalanceamento de ativos no exterior
Matheus P S respondeu o(a) pergunta de Rennan Meneses De Araújo em 📈 Renda Variável
Oi Rennan, Uma forma alternativa de pensar sua decisão é analisar se você quer gerenciar uma carteira de ativos individuais ou uma estratégia de alocação de capital por temas e regiões. Manter os ativos bons que você já tem não significa que sua carteira será menos eficiente, desde que estejam inseridos em uma lógica de alocação. Por exemplo: suas ações internacionais podem representar um “bloco de exposição setorial” (como tecnologia ou saúde), enquanto os ETFs entram para garantir exposição ampla, como ao S&P500 ou mercados emergentes. Se sua prioridade for simplicidade e clareza na gestão, concentrar os novos aportes apenas em ETFs pode ser o melhor caminho. Isso porque, com o tempo, a própria evolução da carteira (via aportes recorrentes nos ETFs) vai naturalmente diluir a importância dos ativos individuais. Em outras palavras, você pode manter os papéis já comprados e, aos poucos, “ETFizar” sua carteira - sem pressa, sem custo tributário imediato, e com uma visão de longo prazo bem estruturada. Espero ter ajudado! -
Vale a pena diversificar internacionalmente no inicio?
Matheus P S respondeu o(a) pergunta de Felipe Ferreira#5762 em 📈 Renda Variável
Oi Felipe, Além dos aspectos já debatidos sobre o momento ideal para investir no exterior e as barreiras psicológicas iniciais, há uma abordagem que pode tornar essa transição mais natural: focar em ativos globais que complementam o que já existe na sua carteira nacional. Isso significa investir em setores ou geografias ausentes ou pouco representadas na economia brasileira, como tecnologia de ponta, saúde global, consumo não cíclico internacional e REITs (os “FIIs americanos”). Outra estratégia prática é adotar uma postura de testagem controlada, iniciando com ETFs irlandeses ou americanos de grande liquidez e baixa taxa de administração (como VOO, VT ou CSPX). Isso permite diluir custos de operação e entender, com valores menores, como funcionam aspectos práticos como câmbio, tributação e envio de recursos para fora. Pessoalmente, não é necessário esperar os R$ 100 mil investidos para começar, mas é fundamental ter clareza do propósito dessa diversificação e construir uma base de conhecimento para agir com convicção. Espero ter ajudado! -
Dúvida - definição do preço de CDB/LCI/LCA/CRI/CRA/DEBÊNTURES
Matheus P S respondeu o(a) pergunta de Marco Túlio Santos Guimarães em 💸 Renda Fixa
Oi Marco, Essa é uma excelente dúvida e envolve conceitos importantes sobre formação de preços e marcação a mercado nos diversos títulos de renda fixa. Diferentemente do Tesouro Direto - que é padronizado para valer R$ 1.000,00 no vencimento - o valor dos títulos como CDBs, LCIs, LCAs, CRIs, CRAs e Debêntures é definido com base na rentabilidade prometida no momento da aplicação. Por exemplo: Um CDB que paga 110% do CDI vai render mais conforme o CDI subir; Uma LCA que paga 95% do CDI, idem. Nos títulos prefixados, o preço do título no mercado secundário dependerá da taxa de juros vigente: se os juros sobem, o valor do título cai, e vice-versa. Isso ocorre porque os títulos precisam competir com as novas taxas oferecidas. Sim, esses títulos também sofrem marcação a mercado, especialmente se forem negociados antes do vencimento. A marcação a mercado é a reavaliação diária do valor dos títulos com base nas condições atuais de mercado - taxa de juros, risco de crédito do emissor, liquidez, etc. Portanto: Se você resgatar antecipadamente um CDB, LCI, CRA ou debênture negociável, o valor pode ser maior ou menor que o esperado; Para os que não têm liquidez antecipada garantida, como muitas LCIs/LCAs, você só recebe o valor pactuado no vencimento, o que elimina o efeito da marcação a mercado para o investidor comum. Em resumo, a referência para o preço desses ativos é a taxa contratada no momento da compra, mas o valor de mercado flutua se o papel for negociado antes do vencimento. Por isso, sempre é bom considerar se há intenção de manter o título até o fim para não ser impactado por essas oscilações. Por fim, lembre-se de que é complicado e muitas vezes não compensa fazer marcação a mercado com estes títulos, porque as corretoras vão cobrar taxas para comprar o título e você provavelmente vai perder dinheiro, hehehe. Espero ter ajudado!