Franklin Lucas Rocha E Lima

Bom ponto. Pra quem tá pensando em carreira como Advisor, vale a pena pensar bem nisso mesmo. Mas só pra dar contexto ao meu ponto de vista: eu entendo Bitcoin como uma tecnologia de muito superior à tudo que existe, com potencial gigante. Mas eu não arriscaria minha reputação ou capital pessoal submetendo-me ao risco de ser processado por alguém que vê uma queda após comprar Bitcoin por minha recomendação. Acho que, como qualquer empresa, ativo ou tecnologia, cada um tem que estudar e saber o que tá comprando, e o que pode esperar disso.

Galera, acabei de assistir a aula 6 do módulo 4, que é a primeira parte do módulo de análise de ações. Pelo que eu percebi, o Raul provoca a gente a analisar um setor antes de partir para as próximas aulas, e eu resolvi fazer isso. Peguei um setor aleatoriamente pra analisar: Bens Industriais / Materiais de Transporte ( https://investidor10.com.br/setores/bens-industriais/material-de-transporte/ ) Fiz um estudo apenas baseado nas informações do site Investidor 10 e de meus próprios raciocínios, ainda não fui ao RI das empresas nem fiz nenhuma análise específica fora aqueles indicadores fundamentalistas e informações do site. Queria compartilhar a análise com vocês e pegar sugestões e pontos de vista diversos. A ideia aqui é fazer um exercício colaborativo, se toparem. Não é recomendação de investimento, é um exercício pra aprender!! MINHA ANÁLISE: Este subsetor tem 8 empresas: Embraer; Marcopolo; Randon; Fras-Le; Tupy; Recrusul; Riosulense e Wetzel Em uma análise inicial, descartei as seguintes empresas: - Embraer: setor que eu não gosto - setor aéreo não dá lucro em nenhuma parte do mundo e é muito regulado. Governo tem golden shares nessa empresa (direito a veto). Vem dando prejuízo desde 2018, mas tá começando a dar lucro agora. P/VP muito bom (0,66) mas P/L muito ruim (147). Pagamento de dividendos fraco e não paga desde 2019 - Recrusul: já passou por recuperação judicial, está a 10 anos sem dar lucro apesar de mostrar um leve crescimento de receita. Pode ter um turn around nos próximos anos pois teve mudança de controle acionário em 2019 que pode estar colocando as coisas nos eixos, mas achei ainda cedo pra apostar. - Riosulense: parece estar overpriced - P/VP 4,24, P/L 7,14. Preço das ações passou por um rush em 2021, depois despencou e ficou flat. Teve lucro e receita recorde nesse ano, o que pode explicar o rush, mas ele ainda me pareceu meio irracional. Não distribui lucros há 5 anos, mas parece que vai distribuir agora. - Wetzel (talvez seja a "bituca de charuto") - gostei da linha de produtos elétricos, mas parece ainda estar muito baseada em produtos de liga de alumínio, que podem sofrer muito com inflação (90\% do custo do alumínio é energia elétrica). Vem dando prejuízo há 5 anos. Deu lucro em 2021, onde experimentou um rush de preços, que caiu na sequencia. O que me acendeu uma luz de pequena esperança foi o P/L de 0,16 e o P/VP negativo (que não entendi, na real), o que pode indicar que é uma empresa ruim com preço excelente. Em relação às demais empresas: - Marcopolo: se eles se mantém na fabricação de ônibus, pode ter uma melhora com a volta do turismo, mas não sei se o setor tem muito pra onde crescer. Em 2019 entrou no setor ferroviário, o que me anima um pouco mais, apesar de ser um setor cuja infra cresce pouco no brasil. P/VP está muito bom (0,82) e distribui cerca de 2,5\% de dividendos desde 2017. Não parece estar muito endividada (0,8 dívida bruta/patrimonio). É antiga e perene. - Randon: fornece implementos rodoviários, o que acredito que vai continuar forte no país pelos próximos anos, inclusive na possível recessão mundial. É dona da Fras-Le, que tem lhe gerado bons lucros, mas ela corresponde a uns 25\% dos lucros, então não parece haver dependência. Pagamento de dividendos é muito instável, mas gira em torno dos 2 a 3 \%. ROE relativamente alto para o setor (25\%). P/VP em 0,96 e P/L em 3,73, o que pode indicar que está com um bom preço. - Fras-Le: Fabrica peças para suspensão e frenagem de veículos. Paga dividendos consistentemente, na ordem de 2,5\%. P/VP um pouco alto (2,59) e margem líquida baixa (6\%). Tem muita concorrência internacional. Preço sempre superando o IBOV e passou por um certo rush em 2021, vem caindo. Acredito que esteja overpriced, mas parece ser uma boa empresa. - Tupy - principal produto é a fabricação de motores (bloco e cabeçote). Por ser focada em motores à combustão, acredito que pode sofrer com a eletrificação dos veículos nos próximos anos. Bastante endividada, mas paga dividendos consistentemente, da ordem dos 2,5\%, falhando apenas em 2020. P/VP está bom (1,32) e P/L 10,71. Das 4 empresas que considerei "boas", Randon me pareceu a melhor, pois é bem diversificada, não parece trabalhar com setores que vão enfraquecer nos próximos anos, tem a Fras-Le como boa empresa sob seu guarda-chuva e está com bom preço. Ela ganhou da Marcopolo por que tenho minhas dúvidas em relação ao setor de produção de ônibus, mas também me chamou a atenção. Galera, essa é a primeira vez que faço análise de ações, então eu devo ter cometido vários equívocos e deixado passar bastante coisa, então queria muito que vocês contribuissem na discussão pra aprendermos juntos. Eu tenho quase certeza que não "acertei", mas essa não era a meta, mas sim aprender. Bora trocar ideia??

Pessoal, na aula de fundos de renda fixa, o Raul usa um site que já não existe mais, mas encontrei um que parece ser uma boa substituição: https://investnews.com.br/comparador-fundos/ A maioria das corretoras já tem gráfico que compara a performance do fundo com seu benchmark, mas esse site dá a flexibilidade de selecionar mais datas e comparar com o IBOVESPA. Abs!!

Na aula desse título, o Raul também analisou o histórico de lucros e faturamento do banco nos últimos anos. Eu não tenho grande profundidade em análise de empresas ainda, mas acredito que quando fizermos o módulo de renda variável e aprendermos a analisar empresas (como bancos) teremos muito mais propriedade para analisar o risco de um CDB. Mas, no geral, se o título tem proteção do FGC (e você ainda não é investido qualificado) basta tentar entender o risco de o banco quebrar até o vencimento, então o índice da basileia e os indicadores do bancodata devem ser suficientes. Na pior das hipóteses, você vai demorar a receber, vindo do FGC.

Fala Ismael, A questão de não conseguir escolher o título é quando você tem várias compras do mesmo título. Exemplo: digamos que há 6 meses você comprou uma certa quantia de tesouro IPCA+ 2045 e esse mês você comprou um pouco mais desse mesmo tesouro. No futuro, quando você resolver vender um pouco desse título, digamos por que encontrou bons ganhos de marcação a mercado, a corretora deve te fazer vender o título mais antigo (comprado seis meses antes) até esgotar seu valor antes de conseguir vender o título mais novo (comprado seis meses depois). Sacou? Os títulos que valem mais de 1.000 reais são aqueles indexados ao IPCA, pois calcula-se uma estimativa de correção de 1.000 reais para um valor futuro aplicando uma taxa de inflação naquele período. Isso é bem explicado na aula de tesouro IPCA+

Adriano, você praticamente constituiu uma sociedade, uma empresa, com essas pessoas. Na minha opinião, vai ser muito difícil vocês terem um perfil minimamente arrojado combinando os anseios de 25 pessoas diferentes, o que tenderia para renda fixa pós fixada. Acho que vocês estão fazendo um movimento que não é muito útil, pois o dinheiro final do grupo não é suficiente pra fazer vocês acessarem investimentos muito diferenciados, como seria o caso se vocês conseguissem juntar pelo menos 1 milhão, onde se tornariam investidores "qualificados".

Não tem como saber de antemão, a escolha entre os dois é uma questão de análise e "aposta". Dependendo do conhecimento de macroeconomia, dá pra se ter uma aposta menos incerta do que vai acontecer com a economia, mas nunca se sabe se vai ocorrer um evento totalmente inesperado. Você pode olhar para previsões da inflação. Bancões fazem isso, o próprio banco central também. Uma pessoa que não se sente segura em especular o movimento da inflação teria mais aderência a investimentos no tesouro IPCA+, nesse caso, percebe?

Acredito que os títulos pré fixados e IPCA + se manterão bons, mas também é um bom momento pra FIIs que estejam bastante descontados... Não dá pra saber, eu apostaria na diversificação.

Eu acredito que ainda é um bom momento. Você não precisa ficar tentando acertar topos e fundos. Eu acho pouco provável que a inflação suba mais, no longo prazo. Minha aposta é na queda. Portanto, títulos dos últimos três (e dos próximos tres) meses, na minha opinião, vão trazer ganhos de marcação a mercado em algum momento dos próximos 12 meses. Uma brincadeira que me ajuda nessas horas: “ você não precisa comer o peixe inteiro. Não precisa comer a cabeça e o rabo, pode ficar só com o filé.” - essa anedota me ajuda a desencanar de tentar acertar topos e fundos

Sidney, o ganho em marcação a mercado vem realmente da queda da inflação, mas isso ocorre por que, em geral, quando a inflação cai, os novos títulos que são oferecidos vem com um adicional menor sobre o IPCA. É mais ou menos o seguinte: Hoje, com a inflação "alta", os títulos IPCA+ estão somando em torno de 5,7\% acima do IPCA. Quando a inflação cair, os novos títulos IPCA+ oferecidos vão vir com um valor menor do que os 5,7\% adicionados, por isso o seu título vai passar a valer mais no mercado. A mesma coisa acontece com os pré-fixados - quando a inflação cai, os novos títulos são oferecidos a taxas menores, valorizando os títulos mais antigos. Sacou?

A resposta é: sim. Os dois títulos que tem capacidade especulativa (IPCA+ e Pré-fixado) tem investimento mínimo em torno dos 40 reais. Hoje, isso corresponde a 5 a 10\% do valor unitário do título, dependendo do título. Manda bala man!

A pergunta dessa pessoa mostra basicamente o perfil de investidor (risco) dela. Pra quem tá investindo agora, a renda fixa está super atrativa e a renda variável está "na merda". Mas nada disso é permanente. Há dois jeitos de encarar a realidade atual: 1) renda fixa é uma excelente oportunidade 2) renda variável é uma excelente oportunidade Nenhum dos jeitos está errado, mas nenhuma das oportunidades atuais vai se manter assim no longo prazo. É preciso saber jogar o jogo pra sempre, não só o jogo de hoje. Em resumo eu complementaria a sua resposta com: "Por que a bolsa de valores está em promoção e há oportunidades de ganhos desproporcionais no longo prazo pra quem comprar ações de empresas agora, na crise."

Kellyn, minha dica é usar bastante os investimentos em "CURSOS OU APRIMORAMENTO" para entrar em uma carreira que pague melhor. Eu aconselho a qualquer pessoa pensar seriamente em aprender desenvolvimento de software - a profissão está pagando muito bem, em home office, dá pra aprender de casa e pessoas como você são muito valorizadas por empresas que estão buscando mais diversidade em seus times.

Pessoal, sou bem avançado em excel (nível programação em VBA) e aconselho vocês usarem o "Planilhas do Google" em vez do Excel no computador. Além de ser gratuito, ele tem ainda mais opções, como por exemplo consultar o valor atual e histórico de ações usando apenas fórmulas. Dá pra importar todas as planilhas do curso pra lá, eu mesmo estou usando tudo lá. Abs!

Pessoal, tem um campo na planilha atual que não é citado na aula em vídeo, chamado "PRAZERES FUTUROS". Eu não entendi o que é esse campo, me pareceu equivalente às "METAS", é isso mesmo?

Fala pessoal, queria compartilhar alguns ensinamentos do livro "Sem esforço", do Greg McKeown, que ampliam a lição da não reclamação que o Raul tanto nos instiga a aplicar. O livro começa mostrando que sair do modo reclamação é sair do estado de escassez e entrar no estado de abundância, focando no que você tem e não no que lhe falta. Depois, o livro demonstra como a reclamação é a consequência de uma emoção negativa - a frustração - e o grande problema é você se deixar dominar por emoções negativas. O mesmo vale pra qualquer emoção negativa. O livro faz uma analogia muito interessante entre emoções negativas e funcionários. Ele provoca o seguinte pensamento - quando você experimentar uma emoção negativa, pergunte-se: 1) Para qual função essa emoção foi contratada? Essa pergunta é pra te instigar a pensar na utilidade daquela emoção para a situação atual, vou falar mais sobre isso adiante. 2) Esta emoção está desempenhando bem na função contratada? Essa pergunta serve pra pensar em uma verdadeira avaliação de desempenho da emoção - talvez ela até pareça servir para a situação atual, mas não esteja performando bem. Essas duas perguntas costumam ajudar muito a se desconectar das emoções negativas, mas as emoções negativas por si só não são um problema e não devem ser suprimidas. Todas as emoções são informações. Elas são reações automáticas do nosso corpo a estímulos do ambiente. Elas são interpretações limitadas da realidade, altamente influenciadas por nossa história de vida, nossa cultura e até nosso estado fisiológico (fome, sono, sede, estresse etc.) Então, sempre que surgir uma emoção negativa, eu me pergunto: 1) O que essa emoção está tentando me dizer? Posso combinar a mensagem dela com quais informações ao meu redor? 2) Continuar com essa emoção me ajuda a resolver a situação atual? Pense nas duas perguntas anteriores. Essa lógica amplia a utilidade da não reclamação para praticamente qualquer emoção negativa. Mas tem um detalhe: você só consegue se desconectar das emoções se conseguir treinar isso. E o treino é a coisa mais simples do mundo (e uma das mais desafiadoras): meditação. Ficar parado observando seus pensamentos. Sair de dentro deles, percebê-los, conseguir descrevê-los e se desconectar deles à medida que surgem. Daí vale se reconectar ao primeiro desafio do curso: parar e respirar. Faz sentido?

Pessoal, na parte da live onde o Raul fala sobre relação com pais, irmãos, cunhados e etc, eu passei por esse processo de evolução que ele comentou quando fiz terapia por quase dois anos, e a psicóloga era da linha da terapia sistêmica. Ela me ajudou a entender o que era a família de fato, que é a que você cria com seu conjuge, como o raul comentou, e qual é o seu papel nas outras partes da família. Eu recomendo demais esse tipo de terapia. Ela consertou não só o meu relacionamento com minha esposa, mas também meu relacionamento com meus pais.

Muito obrigado por compartilhar a tabela das taxas de administração!

Sem reclamar 1 semana, bora!

Fala galera! Primeira postagem aqui, então me perdoem se eu falar groselha. 1) Sobre as contas remuneradas (Nubank e afins), elas realmente rendem aos fins de semana? Pergunto pois o Picpay, por exemplo, só rende aos dias úteis. Alguém já verificou, na prática, se Nuconta rende aos sábados e domingos? 2) Outro ponto sobre reserva de emergência: uma vez vi uma pessoa que citou uma estratégia que achei interessante: dividir sua reserva de emergência entre títulos de RF com vencimentos escalonados. Ex: 25\% em conta remunerado de liquidez diária, 25\% em um LCI com vencimento em 90 dias, 25\% em um CDB com vencimento em 180 dias, 25\% em uma LCA com vencimento em 270 dias, 25\% em TD com vencimento em 365 dias. A ideia seria que, em um evento em que você perde sua renda base, você teria o montante de cada trimestre sempre disponível, mas o montante total estaria distribuído em vencimentos escalonados no futuro, tentando aproveitar rentabilidades maiores. O que achei legal desta estratégia é que, à medida que o tempo passa, você pode ir pegando os títulos de vencimento mais curtos e comprando títulos de vencimento mais longo, até o ponto em que tudo estará em papéis de ~365 dias (mas vencendo trimestralmente) e já na faixa mais baixa do IR. Que acham disso?