Achei relevante partilhar com vocês a historia desse prato típico da minha cidade e a relevância que ele passou a ter aqui
“Criado com muito amor e carinho”, assim diz Cirlene Lopes ou simplesmente Ché, a inventora do prato típico barrosense, Chico Paio. O caldo vem sendo divulgado pelo site da Secretaria de Estado de Cultura, fazendo parte do turismo mineiro como um patrimônio do município de Barroso.
Segundo a barrosense, a inspiração para o surgimento do prato veio após provar um caldo de dobradinha com feijão branco na casa de sua tia, no Rio de Janeiro. Desde então, ela resolveu fazê-lo em sua casa e também utilizá-lo como fonte de renda.
Aqui, o caldo de dobradinha com o feijão branco teve uma venda positiva, porém, houve resistência de parte da freguesia, o ponto de partida para a origem do prato mais ‘chique’ de Minas Gerais.
Por conta do alto valor do paio, ingrediente pouco conhecido na época, o preço do caldo era considero caro se comparado aos demais. Assim, a clientela o rebatizou ironicamente de “Chique Paio”.
Sendo assim, Ché precisou encontrar uma alternativa econômica para continuar vendendo sua invenção, de modo que agradasse a todos.
O fim do nome ‘Chique Paio’ se deu através dos motoristas da comunidade do Bananal que consumiam o produto, estes não pronunciavam corretamente o termo irônico, sendo chamado por eles de ‘Chico Paio’, um nome popular que agradou a autora da iguaria que apesar do nome já não levava mais o ingrediente paio.
O Chico Paio, assim como os demais patrimônios culturais da cidade catalogados, colabora para o aumento do ICMS cultural do município. Desse modo, Barroso chega à pontuação de 12,80 e a expectativa é de receber um investimento de cerca de R$ 250 mil.