Oi, Diego, tudo certo?
Essa é uma excelente pergunta! A escolha de quais tipos de títulos de renda fixa manter na carteira vai muito além de “ter tudo” ou “escolher um só”. A primeira coisa que você deve considerar, como você já sabe, é o seu perfil de investidor. Afinal, ele define quanto risco você está disposto a assumir e qual o objetivo da sua carteira de renda fixa: proteger patrimônio, gerar renda, ou buscar um ganho adicional assumindo mais risco.
No universo da renda fixa, mesmo que pareça tudo "seguro", os riscos são bem diferentes entre as classes. Dá para dividir em três grandes grupos:
1️⃣ Tesouro Direto: Aqui você lida com o risco soberano, que é o menor risco de crédito no Brasil. Em outras palavras, o governo teria que quebrar para você não receber. É o porto seguro da renda fixa.
2️⃣ Títulos bancários (CDBs, LCIs, LCAs): Esses têm o respaldo do FGC (até R$ 250 mil por instituição e CPF), o que reduz muito o risco em investimentos com valores dentro desse limite.
3️⃣ Crédito privado (CRIs, CRAs, debêntures): Aqui o risco é integralmente da empresa emissora. Quanto maior o risco de crédito, maior tende a ser o retorno prometido.
Agora, sobre ter todos os tipos de títulos: não é obrigatório. O que realmente faz sentido é avaliar qual tipo de risco você quer assumir e qual retorno você está buscando. Dentro disso, vale equilibrar a carteira. Por exemplo:
Se você quer segurança, títulos do Tesouro podem ser a base.
Se busca um pouco mais de rendimento, mas com risco controlado, pode usar CDBs ou LCIs/LCAs diversificando entre bancos.
Se está disposto a assumir mais risco para buscar retorno superior, o crédito privado pode entrar, mas com estratégia.
🚨IMPORTANTE:
Se optar por crédito privado, como você mesmo citou, é muito importante diversificar dentro dessa classe. Apostar tudo em uma única empresa, mesmo que pareça sólida, aumenta o risco. Ter um mix de debêntures, CRIs ou CRAs de emissores diferentes dilui bastante os riscos e melhora a proteção do portfólio.
Além disso, não se esqueça de avaliar o prazo e a liquidez desses títulos, para garantir que eles estejam alinhados com os seus objetivos financeiros.
Resumindo: mais do que ter todos os tipos de títulos, o que realmente importa é estruturar a carteira para que ela reflita o seu perfil e objetivos. E isso pode incluir uma combinação de classes que faça sentido para você, mas não necessariamente todas.
Espero ter ajudado!