Guilhano Farias De Melo

Na apresentação eles dividem a carteira de crédito em pessoa física, pessoa jurídica e agronegócio, sendo o agro a maior parte da carteira que é bem equilibrada entre os três. Embora se ouça mais a respeito da inadimplência do agro (principalmente a notícia da Agrogalaxy que entrou em recuperação judicial que machucou bastante o fiagro BBGO11, fundo de investimento agrícola do Banco do Brasil) o saldo da carteira de estágio 3 é maior na pessoa física. Vou anexar aqui o PDF da apresentação de resultados. Na fl. 20 tu pode ver como está distribuída a carteira BANCO DO BRASIL1T25.pdf

Boa noite. Com relação a Petrobras eu não acompanho pois não invisto nela. Acredito que, por ser uma estatal vinculada a commodity do petróleo, ela possa sofrer muito mais com políticas populistas para aumentar a popularidade dos governantes (lembrando que ano que vem tem eleição e a impopularidade do atual presidente está nas alturas o que pode levar a atitudes desesperadas para diminuir esse índice), diferente do Banco do Brasil que (acredito) não sofrer tanto com influência política. Agora, com relação ao Banco do Brasil eu acompanho mais de perto pois tenho na minha carteira. Percebi 3 coisas na apresentação de resultados no 1T25 que creio estarem ligadas e que podem ter influenciado na queda do valor da ação: - A queda no lucro líquido e da margem financeira bruta em relação ao previsto; - O aumento da inadimplência; - As alterações promovidas pela resolução CMN 4966/21 que entrou em vigor em 01/01/2025 e alterou o cálculo do PCLD. As alterações promovidas pela resolução CMN 4966/21 fez com que o banco tivesse que aumentar a porcentagem do PCLD (Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa, tem banco que chama de PDD, provisão para devedores duvidosos). Na folha 20 da apresentação, mostra o impacto da citada resolução, sendo que as dívidas de estágio 3 (ativos com problemas na recuperação de crédito, onde a instituição financeira já considera que há um risco muito alto de não receber o valor devido e, portanto, precisa provisões que cobrem integralmente as perdas esperadas. ) passaram a ter uma cobertura de 72,6% do saldo da carteira de crédito. Isso se agravou com o aumento da inadimplência pois aumentando a inadimplência, aumenta o PCLD o que pode ter impactado no resultado do banco no 1T25 que esperava um lucro líquido de R$ 9 bilhões porém o foi de R$ 7,4 bilhões. Essa queda no lucro e o aumento da inadimplência, ao meu ver, não agradou ao mercado e impulsionou a queda das ações. Apesar disso, acredito que seja apenas algo momentâneo e que o banco logo irá se recuperar dessas adversidades. Para mim é uma boa janela de aporte pra quem gosta do BBzão da massa (eu vou aproveitar)! Peço que se algo estiver errado que me corrijam, por favor, afinal, estamos todos aqui para aprender. Um abraço a todos!