Cara, entendo bem o que você está passando. Desde 1998 ajudo meus pais e já apoiei meu irmão também. O que me ajudou muito foi uma virada de chave que tive há alguns anos: se eu escolhi ajudar, então não posso esperar nada em troca. Aprendi a “beber o leite e esquecer a vaca”, sabe? Ajudo com o que posso, sem expectativa de retorno, controle ou julgamento.
Durante muito tempo me incomodava ver o dinheiro sendo usado em coisas que eu considerava supérfluas (odeio cigarro, por exemplo), mas percebi que isso só me desgastava. Se eu estou doando, então não é mais meu. E se não posso dar sem isso me machucar, então é sinal de que talvez eu precise recuar um pouco.
O que eu fiz — e continuo fazendo — foi focar no que estava no meu controle: estudar, trabalhar, crescer profissionalmente e buscar viver de forma simples e com propósito. Nos últimos 6 anos consegui quadruplicar minha renda. Isso foi o que mudou minha capacidade de ajudar, inclusive sem perder os aportes.
Você já faz muito. E está fazendo isso enquanto cuida da sua própria caminhada rumo à liberdade financeira. Talvez o que ajude agora seja definir limites saudáveis e conversar com sua mãe com clareza e carinho sobre isso. O que você está construindo hoje pode garantir uma base ainda mais sólida no futuro — pra você e pra eles.
Força aí na caminhada. 🙏