Tem toda uma ciência pra realmente tentar precificar um ativo, que é o tal do valuation. Mas essa questão que que a @Aline Balhes Correa levantou sobre preço e valor é essencial pra essa discussão, a meu ver.
Então a partir das ponderações dela, o que a gente vê é o seguinte (vou tentar elencar aqueles que eu considero os principais fatores pra achar o valor tangível de um ativo, de forma genérica)
Patrimônio liquido (propriedades, maquinário, caixa, dívida, etc)
Lucro líquido (ponderando sobre recorrência, ou se houve algum evento extraordinário)
Margens.
Indicadores de crescimento
Tem também o intangível:
É um case replicável? (patentes/tecnologias/posicionamento de marca, aí a imaginação é o limite)
Qual a projeção pro futuro dessa empresa (veja a WEG por exemplo)
Quão estabelecida a empresa está? (Resiliência no tempo)
Tudo isso mexe no preço. E mais algumas coisas:
Macroeconomia/política (fear/greed)
Juros (local/global)
....
Se o preço fosse simplesmente um reflexo do valor tangível nossa vida como investidores seria muito mais fácil. Mas não é o que a gente vê. Em geral, o mercado aceita sempre pagar mais/menos pelo mesmo valor de um ativo, dependendo desses fatores. Por isso aqui a gente aprende a comprar valor.
Dito isso, só pra finalizar, tem uma máxima do mercado para investimentos de longo prazo que diz que "cotação segue lucro". Traduzindo aqui pro esse nosso raciocínio, seria o equivalente a "preço segue valor". (no Investido10 tem gráficos de lucro x cotação, caça lá!)
Daí a lindeza do Diagrama. Ele te obriga a comprar os descontos que o mercado dá. Quando o preço se descorrelaciona do valor em um determinado ativo, a proporção na sua carteira cai, e vc vai ter que aportar lá.
E isso tá longe de ser um problema, contanto que vc esteja investindo em ativos que de fato tem valor sólido.