Sentir culpa por ter dinheiro enquanto pessoas próximas enfrentam dificuldades é uma reação emocional natural, especialmente para quem tem senso de responsabilidade e empatia. Você enxerga a sua conquista não só como mérito pessoal (esforço, dedicação, sacrifício), mas também como uma diferença em relação ao ambiente de onde veio, e isso gera essa dissonância.
Alguns pontos para você refletir:
Você construiu seu caminho. Seu trabalho duro, suas decisões e seus sacrifícios te trouxeram até aqui. Reconhecer isso não é arrogância, é justiça consigo mesmo.
Ajudar sim, mas com equilíbrio. Ajudar familiares é nobre, mas não pode ser feito às custas da sua própria estabilidade financeira. Se você quebrar hoje, ninguém vai te substituir.
Se culpar não ajuda ninguém. Culpa sem ação prática é um peso inútil. Se você sente que pode e quer ajudar, trace limites claros: doe tempo, compartilhe conhecimento financeiro, ajude de maneira sustentável.
Construir seu futuro é, também, ajudar no longo prazo. Se você garante seu patrimônio e sua liberdade financeira, você cria a possibilidade de ajudar de forma muito mais efetiva e duradoura no futuro (e sem se destruir no caminho).
Consumo consciente é diferente de consumo culpado. Comprar algo para si mesmo, planejadamente e sem dívidas, não é egoísmo é fruto da sua organização. Você não é responsável pelas escolhas financeiras dos outros.
Você não está sozinho nessa sensação. Muitos que começam a vencer financeiramente enfrentam esse conflito interno. Ter consciência disso já mostra que você tem um bom coração o segredo agora é equilibrar razão e emoção.