@Marcos Paternoster
Exatamente como o William comentou, o VINO11 apresenta uma alavancagem elevada, que representa 31,5% dos ativos imobiliários do fundo, conforme o último informe gerencial de março.
Desde novembro, o fundo tem utilizado o resultado acumulado para manter a distribuição de R$ 0,050 por cota. Embora ainda haja um bom saldo acumulado, isso exige cautela — não é uma prática que se sustente no longo prazo sem geração real de caixa.
A inadimplência está em 0,0%, o que limita o potencial de aumento de receita, restando basicamente os reajustes contratuais como mecanismo de crescimento.
Outro ponto importante: 73% dos contratos são atípicos, mas não ficou claro qual a natureza desses contratos — isso dificulta entender o real risco de vacância e renegociação.
Já os contratos típicos apresentam um desconto de 26,7% em relação à média de mercado, o que pode indicar potencial de revisão para cima — ou, por outro lado, uma dificuldade da gestão em negociar valores mais próximos ao mercado.
Enfim, é um fundo com várias nuances. Embora pague bons dividendos, há muito caroço nesse angu. Se você não tem tempo para acompanhar de perto e analisar os informes gerenciais com regularidade, talvez seja melhor ficar de fora.