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Dúvidas sobre Sociedade e Estrutura Financeira


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Sei que isso pode ser bem pessoal, mas não tenho ninguém para conversar sobre, creio que vocês podem nos auxiliar.

Gostaria de ouvir a opinião de vocês sobre uma questão na sociedade de uma empresa de estética que abri recentemente. Minha sócia era comissionada em outra empresa, onde ganhava cerca de R$ 5.000 por mês, recebendo 60% de comissão pelos serviços de procedimentos faciais que realizava. Ela decidiu sair de lá e me procurou para abrirmos um novo negócio.

Como empresário, eu investi R$ 30.000 no projeto, e ofereci a ela 50/50, mesmo sendo único investidor. Participei de toda a obra e hoje atuo em diversas funções administrativas (recepcionista, controle financeiro, tráfego pago, entre outras). Ela, por sua vez, está focada na prestação dos serviços e na organização do espaço.

A ideia é que, no futuro, eu saia do operacional e ela assuma a parte administrativa que hoje executo, enquanto contratamos outros profissionais para o atendimento. Atualmente, o salário dela é de R$ 2.400 e o meu é de R$ 1.300. Projeções indicam que, em seis meses, o salário dela subirá para R$ 3.200, enquanto o meu passará para R$ 1.500, mas ainda sem uma igualdade clara. Lembrando, hoje ambos atuam (com funções diferentes). Em um futuro próspero, penso em ela receber R$8.000 no cargo administrativo e eu R$1.500 por não estar mais ativo, ambos com distribuição de lucros quando jugarmos necessária. Não é meu único negócio, nem minha única fonte de renda, por isso o salário mais baixo.

Minha dúvida é sobre como estruturar de forma justa nossos salários HOJE, considerando que, futuramente, ela será mais ativa na operação da empresa enquanto eu sairei do operacional. A minha ideia para esse negócio é visitá-lo a cada semana, analisar e tomar decisões importantes com ela. Desde o início isso foi conversado. Porém, não conversamos sobre SALÁRIOS, apenas sobre PORCENTAGENS.

Gostaria de saber a opinião de quem já passou por situações semelhantes: essa estrutura faz sentido, tanto no presente quanto no futuro? Qual seria a forma mais justa de divisão considerando as mudanças de responsabilidades?
Agradeço desde já pelas dicas e comentários! 🏴‍☠️

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@Matheus Laerte, bom dia.

Vou ser um pouco direto, como você solicitou opinião, segue lá.

Em relação a criação da empresa, jamais faça da forma que você fez, no qual um entra com dinheiro e outro com expertise, o ideal seria ter colocado no contrato que ela irá pagar a parte dela (R$ 30.000) com o lucro da parte dela que a empresa irá gerar ao longo de um período, ou algo parecido que te proteja.

Não ficou claro para mim quem é o sócio administrador da empresa, essa é a figura mais importante da empresa, aparentemente parece ser a sua sócia. Pois é a figura mais importante, ela quem deve definir a maioria das dúvidas que você está informando. Ou seja, quem trabalha merece receber uma remuneração sobre a importância de sua atividade para o negócio.

Quando você fala em futuro e fala sobre sua retirada da operação e das obrigações, você para de receber o "pró-labore", ou seja, ela recebe e você não. O que vocês devem acordar é a distribuição de lucros. Ou seja, como vocês são 50/50, o que tu receber a titulo de distribuição ela deve receber o mesmo valor. Isso tem que ficar claro para evitar futuras brigas.

Ex.:

Cenário 1 (empresa com lucro): Ela recebe R$ 7.000 pela atividade + R$ 1.500 pelo lucro. Você recebe apenas R$ 1.500 pelo lucro. 

Cenário 2 (empresa sem lucro): Ela recebe R$ 7.000 pela atividade + R$ 0 pelo lucro. Você não recebe nada, pois a empresa não teve lucro. 

  • Brabo 2
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On 11/10/2024 at 11:36, Samuel Dambros disse:

@Matheus Laerte, bom dia.

Vou ser um pouco direto, como você solicitou opinião, segue lá.

Em relação a criação da empresa, jamais faça da forma que você fez, no qual um entra com dinheiro e outro com expertise, o ideal seria ter colocado no contrato que ela irá pagar a parte dela (R$ 30.000) com o lucro da parte dela que a empresa irá gerar ao longo de um período, ou algo parecido que te proteja.

Não ficou claro para mim quem é o sócio administrador da empresa, essa é a figura mais importante da empresa, aparentemente parece ser a sua sócia. Pois é a figura mais importante, ela quem deve definir a maioria das dúvidas que você está informando. Ou seja, quem trabalha merece receber uma remuneração sobre a importância de sua atividade para o negócio.

Quando você fala em futuro e fala sobre sua retirada da operação e das obrigações, você para de receber o "pró-labore", ou seja, ela recebe e você não. O que vocês devem acordar é a distribuição de lucros. Ou seja, como vocês são 50/50, o que tu receber a titulo de distribuição ela deve receber o mesmo valor. Isso tem que ficar claro para evitar futuras brigas.

Ex.:

Cenário 1 (empresa com lucro): Ela recebe R$ 7.000 pela atividade + R$ 1.500 pelo lucro. Você recebe apenas R$ 1.500 pelo lucro. 

Cenário 2 (empresa sem lucro): Ela recebe R$ 7.000 pela atividade + R$ 0 pelo lucro. Você não recebe nada, pois a empresa não teve lucro. 

Obrigado pela resposta e pela sua opinião!

Atualmente, eu sou o sócio administrador da empresa, enquanto minha sócia está focada na parte operacional, realizando os procedimentos de estética. Sou eu quem define as principais questões administrativas e estratégicas, mas esse caso específico realmente me deixou com dúvidas, por isso busquei outras opiniões.

Para explicar melhor como estamos organizados:

Hoje em dia:

Eu cuido da recepção e de toda a administração da empresa, além de funções como social media e controle financeiro.

Ela é responsável pelos procedimentos estéticos e pela organização do espaço.

No futuro:

Ela assumirá a recepção e administração, enquanto eu me afastarei do dia a dia. Meu papel será de acompanhamento, com visitas semanais para analisar o andamento da empresa e tomar decisões estratégicas junto a ela, atuando mais como um apoio.

Pensando nisso, minha ideia é, no futuro, receber um pró-labore mais baixo, algo em torno de R$ 1.500, já que meu envolvimento será mais pontual. Além disso, como também citou, pretendo continuar participando da distribuição de lucros de forma igualitária, quando julgarmos necessário.

 

  • Brabo 1
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