Evelyn Santos Postado 18 de Outuro de 2023 Compartilhar Postado 18 de Outuro de 2023 Ouça as notícias pelo nosso podcast! Bom dia, Investidor Sardinha. Este é mais um Soco Matinal com as principais notícias do dia no mercado financeiro e no mundo, tudo em 5 minutos, para você já começar o dia zonzo. IBOVESPA Começamos essa quarta-feira água de salsicha com a notícia sobre a queda do nosso índice, né? O Ibov não se aguentou com o exterior e acabou fechando em queda de 0,54% com 115.908 pontos no pregão de 17/10/2023. Bom, Petrobras e Vale que sempre conseguem puxar ou empurrar o índice acabaram ficando no vácuo. PANORAMA GERAL Após um período de aumento nos investimentos do setor privado devido à combinação de disciplina fiscal e taxas de juros decrescentes até meados de 2021, o mercado agora está adotando uma postura mais cautelosa. Isso se deve a preocupações com o cenário externo e a incerteza em relação à disponibilidade de capital barato para expansão das empresas. No entanto, o aumento das taxas de juros nos Estados Unidos e a política fiscal americana, que envolve emissão de dívida, estão afetando os mercados globais, atraindo investidores para a renda fixa dos EUA. Como resultado, os investidores institucionais estão mantendo uma postura conservadora, enquanto os fundos locais continuam impulsionando os investimentos dentro do mercado brasileiro. Alguns setores preferenciais incluem utilities, bancos e agronegócio, que oferecem proteção contra as oscilações de câmbio e inflação. As expectativas de retomada do grau de investimento pelo Brasil junto às agências de crédito também podem impactar os fluxos de investimento estrangeiro no mercado brasileiro. Entretanto, essa mudança dependerá da implementação do arcabouço fiscal, do crescimento econômico sustentável e do controle da dívida do país. Além disso, a taxa de juros no Brasil é esperada para cair ao longo do tempo, o que pode tornar o custo da dívida mais favorável para as empresas. A expectativa é que a taxa terminal seja de cerca de 9% ao ano, em comparação com a taxa atual de 12,75%. Isso resultaria em um custo da dívida em torno de 15% nos próximos anos, considerando que o custo de empréstimo no Brasil historicamente tem sido mais elevado do que durante a pandemia, quando as taxas de juros caíram para níveis excepcionalmente baixos. Portanto, a perspectiva é de custos de empréstimo mais competitivos para as empresas no Brasil. AO MESMO TEMPO TIVEMOS OS SEGUINTES DESTAQUES DO ÚLTIMO PREGÃO De antemão, as ações que se saíram bem dentro do índice: Gol (GOLL4): R$ 7,80 (+4,28%) oloco, assim deu 10% em dois dias... Petrobras (PETR4): R$ 37,67 (+2,70%) Petrobras (PETR3): R$ 40,61 (+2,27%) 3R Petroleum (RRRP3): R$ 32,920 (+2,11%) Vamos (VAMO3): R$ 8,640 (+1,05%) Por outro lado, os tickers com os piores desempenhos: Magazine Luiza (MGLU3): R$ 1,69 (-5,59%) Cielo (CIEL3): R$ 3,54 (-4,32%) Carrefour (CRFB3): R$ 9,56 (-4,21%) Yduqs (YDUQ3): R$ 19,19 (-4,15%) CVC (CVCB3): R$ 2,80 (-4,11%) Nesse meio tempo, vamos ver o que rolou nos Fundos Imobiliários: IFIX O IFIX encerrou o dia com uma variação negativa de -0.21%, fechando em 3.183 pontos. No acumulado do mês, o índice apresenta uma queda de -1.12%, enquanto no acumulado do ano registra um aumento de +11.02%. Nos destaques positivos do dia, temos: 1. HTMX11: R$ 151,94 (+3.32%) 2. HSAF11: R$ 83,99 (+1.8%) 3. DEVA11: R$ 41 (+1.56%) 4. JSAF11: R$ 96,68 (+1.53%) 5. BPFF11: R$ 68,34 (+1.43%) Enquanto nos destaques negativos do dia ficaram: 1. MALL11: R$ 117,5 (-2.2%) 2. BROF11: R$ 66,84 (-2.15%) 3. BTRA11: R$ 65,94 (-1.53%) 4. BRCR11: R$ 56,9 (-1.35%) 5. IRDM11: R$ 79,4 (-1.31%) Nesse meio tempo, vamos ver as principais moedas considerando o valor do nosso Real: CÂMBIO Dólar EUA: R$ 5,04 (+0,07%) Euro: R$ 5,33 (+0,24%) Libra esterlina: R$ 6,13 (+0,26%) Por fim, saindo um pouco do mercado nacional, vamos falar sobre as bolsas mundiais e os índices de mercado internacional. Morning call de Índices Internacionais Falando do cenário internacional, as bolsas mundiais fecharam no positivo, menos nos EUA. Nos Estados Unidos: DOW JONES: +0,04% S&P 500: -0,01% NASDAQ: -0,25% Já nas bolsas europeias tivemos os seguintes resultados: DAX (Alemanha): +0,09% FTSE 100 (Inglaterra): +0,58% CAC 40 (França): +0,11% FTSE MIB (Itália): -0,09% Por fim, nas bolsas asiáticas: Nikkei (Japão): +1,20% Shangai (China): +0,32% KOSPI (Coreia do Sul): +0,98% Enquanto isso, as criptomoedas nas últimas 24h (7h51min): Bitcoin: US$ 28.382 (-0,41%) Ether: US$ 1.581 (-0,33%) Ao final, nas commodities: Ouro: US$ 1.935/Onça troy (+0,07%) Petróleo Brent (Futuros): US$ 89,90/barril (+0,28%) Minério de Ferro (Futuros): US$ 119,31/tonelada (+0,05%) Agora vamos falar de ações e stocks (exterior): Morning call de ações BRASIL VALE A Vale (VALE3) registrou uma produção de 86,2 milhões de toneladas métricas de minério de ferro no terceiro trimestre de 2023, representando um aumento de 9,5% em relação ao trimestre anterior, mas uma queda de 3,9% em comparação com o mesmo período de 2022. A produção ficou abaixo das expectativas da Genial Investimentos, que esperava 88,9 milhões de toneladas. A produção anual foi afetada principalmente pela menor produção no complexo de Paraopeba e na região de Serra Norte, devido a problemas como uma falha na correia transportadora no S11D. Por outro lado, a produção de pelotas cresceu 11,1% em relação ao terceiro trimestre de 2022. As vendas de minério de ferro e pelotas aumentaram 6% em relação ao ano anterior, impulsionadas pelo esgotamento dos estoques do primeiro semestre e condições de mercado favoráveis. O prêmio all-in, no entanto, caiu em comparação com o ano anterior, principalmente devido aos menores prêmios de pelotas. Além disso, a Vale também informou sobre a produção de cobre e níquel, com um aumento na produção de cobre em comparação com o trimestre anterior e o ano anterior, mas uma diminuição na produção de níquel em comparação com o ano anterior. As vendas de cobre permaneceram estáveis, enquanto as vendas de níquel diminuíram em relação aos trimestres anteriores e ao ano anterior. EMBRAER O avião militar C-390 Millenium da Embraer está ganhando impulso em sua internacionalização. A República Tcheca anunciou o início de negociações para a aquisição de dois desses cargueiros, destacando sua eficiência em termos de manutenção e custos de operação. A República Tcheca é membro da OTAN e se torna o quarto país da aliança militar a negociar a compra do C-390 da Embraer. Além disso, Portugal fechou um acordo para a compra de cinco desses cargueiros, enquanto a Hungria comprou pelo menos duas aeronaves, com a primeira entrega prevista para o próximo ano. A Holanda escolheu o C-390 como seu novo avião de transporte militar, optando por ele em vez do C-130J da Lockheed Martin. A Áustria também planeja adquirir quatro aeronaves C-390 após testes bem-sucedidos, e essa decisão pode abrir portas para negociações com a Suécia. Na Ásia, a Coreia do Sul está buscando um novo avião de transporte tático e o C-390 da Embraer está participando da competição. Além disso, a Força Aérea da Índia está considerando opções de mercado para adquirir a aeronave. A Embraer tem grandes expectativas de vendas para o C-390 Millenium nos próximos 20 anos, com a aeronave sendo elogiada por sua qualidade e capacidade multimissão. Atualmente, o mercado brasileiro é o principal comprador desses cargueiros, com aquisição de 22 unidades. PRIVATIZAÇÃO DA SABESP ESTÁ SE DESENROLANDO A privatização da Sabesp será realizada por meio de um follow-on (emissão de ações), com o governo do estado de São Paulo reduzindo sua participação na empresa para uma porcentagem entre 15% e 30%. O governo manterá a chamada "golden share," que lhe dará direito a vetar decisões estratégicas da empresa. O projeto de lei para a privatização foi enviado com urgência pelo governador Tarcísio de Freitas à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). A expectativa é aprovar o texto na Alesp até o final de novembro ou início de dezembro, com a oferta pública de ações ocorrendo a partir de fevereiro. O governo alega que a privatização permitirá à Sabesp investir mais e atender a mais pessoas, além de reduzir as tarifas de água e esgoto. A oposição questiona a privatização via projeto de lei em vez de uma proposta de emenda à constituição. MRV A MRV&Co, que inclui as marcas MRV e Sensia, registrou vendas líquidas de R$ 2,213 bilhões no terceiro trimestre, representando um aumento de 54,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse desempenho foi impulsionado por um mercado aquecido, lançamentos eficazes e melhorias na capacidade de compra da população por meio do programa Minha Casa, Minha Vida. No terceiro trimestre, a empresa vendeu 9,242 unidades no segmento de incorporação, uma queda de 5,9% em relação ao trimestre anterior, mas uma alta de 29,9% em relação ao ano anterior. Além disso, foram lançadas 5,862 unidades, uma redução de 18,1% em comparação com o mesmo período de 2022, mas um aumento de 12,6% em relação ao segundo trimestre de 2023. O valor médio das unidades vendidas aumentou 5,7% no terceiro trimestre em comparação com o trimestre anterior, atingindo R$ 239 mil. Em comparação com o ano anterior, o tíquete médio foi quase 19% maior. A velocidade de vendas líquidas (VSO) no trimestre alcançou 30,4%, representando um aumento de 1,5 ponto percentual em relação ao trimestre anterior e um aumento de 12 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2022. A empresa continuou a reduzir sua queima de caixa, que encerrou o terceiro trimestre em R$ 44 milhões. Para o quarto trimestre, a expectativa é de que os resultados melhorem, mas não foi garantida a geração de caixa. O diretor financeiro e de relações com investidores da MRV&Co, Ricardo Paixão, afirmou que não é possível afirmar com certeza se a empresa terá resultado positivo ou negativo em termos de caixa, mas os resultados operacionais têm melhorado progressivamente. Ele destacou que o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida melhorou a capacidade de compra dos clientes e ajudou a recompor os preços e margens do negócio, além de reduzir a quantidade de crédito concedido aos clientes. MAGALU QUER ADERIR AO REMESSA CONFORME O Magazine Luiza decidiu solicitar a adesão ao programa Remessa Conforme, que isenta do Imposto de Importação compras de até US$ 50 vindas do exterior. O pedido será encaminhado ao governo ainda esta semana. Para aproveitar essa isenção, o programa exige o pagamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) com alíquota de 17%. Em compras acima de US$ 50, a incidência do Imposto de Importação com alíquota de 60% permanece. A varejista optou por aderir ao programa para expandir sua operação de marketplace internacional. Outras empresas, como Shein, Shopee, AliExpress e o Mercado Livre, já fazem parte desse programa. UNIPAR A Unipar concluiu a maior emissão de dívida de sua história, captando R$ 750 milhões por meio de uma debênture de sete anos, ou seja, tá dando um jeito de aumentar seu prazo médio de dívida com manobras como essa. Com esse valor ela quer melhorar a estrutura de capital da empresa, permitindo o "liability management," pagamento de dividendos e preparação para o crescimento orgânico. Assim a Unipar busca expandir seu acesso ao mercado de capitais e diversificar suas fontes de financiamento, inclusive está de olho em oportunidades de aquisição e melhora nas condições de acesso ao mercado de capitais. SOQUINHOS A Aliansce Sonae Shoppings Centers S.A. tá de baguncinha: trocou denominação social, ticker (código de negociação de ações) e nome de pregão. Agora é Allos S.A., ticker "ALOS3" e o nome de pregão "ALLOS". Diz que é uma nova estratégia e direção da empresa, focando em preservar e construir alianças, conectar pessoas e promover sustentabilidade, enquanto mantém um equilíbrio entre visão de longo prazo e busca por resultados. A Fitch Ratings confirmou a classificação de risco da 3R Petroleum Óleo e Gás S.A. em "A(bra)". Isto sugere um bom grau de segurança para investidores e indica uma perspectiva estável. No entanto, a classificação é condicionada à pequena escala da empresa em relação à produção e reservas provadas, embora diversificadas em vários ativos. A Fitch prevê que a 3R manterá uma vida útil confortável de reservas provadas e uma alavancagem financeira conservadora. E aí, vai de junior ou prefere a estabelecida Petrobras? A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) aprovou o resultado definitivo da Revisão Tarifária Periódica da Equatorial Goiás. Essas tarifas revisadas entrarão em vigor a partir de 22 de outubro. A aprovação da ANEEL é um passo importante para a empresa e pode influenciar os preços da energia elétrica para os consumidores. Aguenta o bolso aí, povo! A Light, uma empresa de energia que está em recuperação judicial, anunciou a troca de seu CEO. Octávio Pereira Lopes permanecerá no cargo até a conclusão da reestruturação financeira em andamento ou até 31 de dezembro de 2023, o que ocorrer primeiro. Essa mudança no comando é vista como positiva pelos credores da empresa, pois a saída do CEO atual é considerada um passo importante para facilitar as negociações com a empresa e a recuperação financeira. A reestruturação é um processo complexo e a troca de liderança pode ser vista como um sinal de comprometimento com a resolução dos problemas financeiros da Light. Ou só deu treta lá entre eles mesmo, né? EXTERIOR BANK OF AMERICA O Bank of America superou as estimativas de ganhos e receita do terceiro trimestre, registrando um aumento de 10% nos lucros para $7,8 bilhões. A receita aumentou 3% para $25,2 bilhões, superando as expectativas. De acordo com o relatório, as perdas não realizadas em sua grande carteira de títulos, pesando sobre o preço das ações da empresa, que caíram 18,5% no ano. As perdas não realizadas totalizaram $131,6 bilhões em títulos que a empresa planeja manter até o vencimento. De outro lado, o banco também observou um aumento nos empréstimos que começaram a dar problemas, com os encargos líquidos subindo para $931 milhões. Ao final, as ações da empresa subiram cerca de 0,4% após o anúncio. GOLDMAN SACHS O Goldman Sachs anunciou receitas líquidas de US$ 11,82 bilhões e ganhos líquidos de US$ 2,06 bilhões. O lucro diluído por ação ordinária foi de US$ 5,47, e o retorno anualizado da média do patrimônio líquido comum foi de 7,1% durante o mesmo período. No entanto, itens selecionados relacionados à execução de metas estratégicas impactaram os resultados, reduzindo o lucro líquido em US$ 828 milhões, o EPS em US$ 2,41 e o ROE em 3,1 pontos percentuais. Além disso, o CEO, David Solomon, destacou o progresso na execução das prioridades estratégicas da empresa e expressou confiança em uma plataforma mais forte para 2024, esperando uma recuperação nos mercados de capitais e na atividade estratégica. JOHNSON & JOHNSON TEM CRESCIMENTO NAS VENDAS A empresa registrou um crescimento nas vendas reportadas de 6,8% para um total de US$ 21,4 bilhões. Com isso, o crescimento operacional foi de 6,4% e o ajustado foi de 4,9%. É importante destacar que esse crescimento operacional exclui a contribuição das vendas da vacina contra a COVID-19, que teve um aumento de 9,0%. O lucro por ação (EPS) atingiu US$ 1,69, representando um aumento de 4,3%. O EPS ajustado foi de US$ 2,66, registrando um aumento significativo de 19,3%. A empresa também anunciou um aumento nas projeções para o ano completo de 2023 em relação às vendas e ao EPS ajustado. A empresa está focada em soluções de Medicina Inovadora e MedTech, inovando em todas as áreas da saúde e está preparada para fornecer as descobertas médicas do futuro. Ainda, a empresa reconheceu um ganho não recorrente de aproximadamente US$ 21 bilhões no trimestre devido à separação final de seu negócio de Saúde do Consumidor. Os resultados regionais mostram que as vendas nos EUA tiveram um crescimento significativo de 11,1%, enquanto as vendas internacionais aumentaram 1,6%. No geral, as vendas em todo o mundo da Johnson & Johnson aumentaram 6,8%, com um crescimento operacional de 6,4%. Além disso, a empresa divulgou os resultados por segmento: Medicina Inovadora, crescimento de vendas operacionais ajustado de 4,4%, excluindo a contribuição da vacina COVID-19. Segmento de MedTech, crescimento de vendas operacionais ajustado de 6,0%. Por fim, a Johnson & Johnson também compartilhou aprovações regulatórias, submissões de aplicativos e desenvolvimentos de produtos em várias áreas terapêuticas. Ao final, ela forneceu orientações para o ano completo de 2023, destacando sua posição de liderança no setor de saúde global. Agora vamos às notícias do cenário interno e mundial: Resumo de notícias do Brasil e exterior BRASIL CARTÃO DE CRÉDITO O Banco Central está negociando a possibilidade de limitar a 12 o número de parcelas sem juros em compras no cartão de crédito e estabelecer um teto para as taxas cobradas nas "maquininhas" como medida para reduzir os juros no crédito rotativo. Essa proposta foi apresentada pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em uma reunião com representantes do setor financeiro e do comércio. Além disso, foi mencionada a criação de uma tarifa sobre o parcelamento sem juros no cartão de crédito para desencorajar o uso excessivo dessa modalidade. Recentemente, o Congresso aprovou uma lei que dá ao Conselho Monetário Nacional (CMN) 90 dias para definir um limite para os juros no crédito rotativo do cartão de crédito, devido às altas taxas praticadas. Desse modo, se não houver uma solução nesse prazo, a lei estabelece que a taxa de juros do rotativo não poderá exceder o valor original da dívida, representando juros totais de 100%. Essa proposta tem gerado debates e conflitos entre bancos e comerciantes, com cada lado argumentando sobre os motivos dos altos juros. A limitação das parcelas sem juros a 12 meses, juntamente com a imposição de um limite nas taxas de intercâmbio pagas pelos comerciantes que usam as "maquininhas", é vista como uma maneira de reduzir o risco de inadimplência e, ao mesmo tempo, diminuir os custos das operações, o que poderia resultar em uma redução nos juros do crédito rotativo. Os detalhes finais da proposta ainda estão sendo discutidos, e a ideia será levada a uma nova rodada de negociação em breve. Se um acordo for alcançado, a proposta será apresentada ao Ministério da Fazenda antes de ser submetida ao Conselho Monetário Nacional. A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) aceita discutir a limitação de 12 parcelas sem juros desde que haja critérios claros para avaliar os resultados da mudança. O BANCO CENTRAL MONITORA O DÓLAR E O PETRÓLEO E MENCIONA DESAFIO O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, destacou que o conflito entre Israel e Hamas tem aumentado a atenção do Banco Central quanto aos preços do petróleo e à cotação do dólar. Ele expressou preocupação com o impacto do dólar na política monetária brasileira, principalmente se o conflito entre Israel e Hamas se expandir para uma escala mais global. Galípolo também mencionou que o Brasil enfrenta desafios, e um deles é lidar com a situação internacional, que tem sido predominante desde agosto. Ele observou que os aumentos recentes nos rendimentos dos Treasuries (títulos do governo dos EUA) tiveram impactos no mercado brasileiro, afirmando que, quando os EUA começam a pagar taxas mais altas, a situação para os mercados emergentes se torna mais desafiadora. Ele ressaltou que o câmbio é o principal ponto de transmissão do cenário externo para a política monetária. Além disso, Galípolo abordou a dificuldade e os desafios que o governo enfrenta para atender à meta de resultado primário zero em 2024, indicando que o ceticismo do mercado já está refletido nos preços dos ativos. Quanto à possibilidade de limitar o número de parcelas sem juros em compras no cartão de crédito e estabelecer um teto para a tarifa cobrada no uso das "maquininhas", Galípolo explicou que o BC não apresentou uma proposta definitiva sobre o assunto, mas que houve uma tentativa de reunir os atores envolvidos para encontrar uma solução para essa questão. DESONERAÇÃO QUE É BOM, NADA AINDA! A votação do Projeto de Lei 334/2023, que prorroga a desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia até 31 de dezembro de 2027, foi adiada pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. O debate será retomado na próxima semana, pois senadores pediram vista do projeto. O texto, que foi aprovado pela Câmara dos Deputados com algumas alterações, também estende o aumento de 1% na alíquota da Cofins-Importação pelo mesmo período. A desoneração da folha permite que as empresas beneficiadas paguem alíquotas menores sobre a receita bruta em vez de 20% sobre a folha de salários. Entre os setores beneficiados estão construção civil, confecção e vestuário, tecnologia da informação e comunicação, entre outros. O projeto visa manter a desoneração diante do cenário de inflação e juros altos e das incertezas da economia mundial. EXTERIOR ESTADOS UNIDOS BIDEN EM ISRAEL O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chegou a Israel e se reuniu com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Durante a reunião, Biden expressou apoio a Israel, afirmando que o ataque a um hospital em Gaza, que resultou em centenas de mortes, não foi realizado por tropas israelenses. Ele declarou: "A questão é que fiquei profundamente triste e indignado com a explosão do hospital em Gaza ontem e, com base no que vi, parece que foi feito pelo outro time, não por você." À primeira vista Israel responsabilizou a Jihad Islâmica pelo ataque, enquanto o grupo negou envolvimento. As autoridades em Gaza alegaram que Israel estava por trás da explosão no hospital, chamando-a de "genocídio". O Hamas também condenou o ataque. De acordo com o presidente de Israel, Isaac Herzog, a explosão foi causada por um foguete da Jihad Islâmica e as Forças de Defesa de Israel prometeram fornecer evidências para comprovar sua inocência no incidente. Desse modo a situação destaca a complexidade da região e as tensões em curso. SETOR DA CONSTRUÇÃO CIVIL O índice de confiança das construtoras nos Estados Unidos caiu de 44 em setembro para 40 em outubro, de acordo com a Associação Nacional das Construtoras (NAHB). Esse resultado ficou abaixo das expectativas, uma vez que analistas previam um índice de 45 para o período. Um índice abaixo de 50 indica que as construtoras veem as condições do mercado como mais negativas do que positivas. O resultado de outubro representa o nível mais baixo desde janeiro, quando o indicador estava em 35. DADOS DO VAREJO As vendas no varejo dos Estados Unidos aumentaram 0,7% em setembro em comparação com agosto, totalizando US$ 704,9 bilhões. Essa variação superou significativamente a expectativa dos analistas, que previam um aumento de 0,3% no período. Excluindo automóveis, as vendas no setor varejista subiram 0,6% em setembro. Além disso, os dados referentes a agosto em relação a julho foram revisados para cima, mostrando ganhos tanto nas vendas gerais quanto nas vendas sem automóveis. CRESCIMENTO NA ECONOMIA CHINESA A economia da China cresceu 4,9% no terceiro trimestre em comparação com o mesmo período do ano anterior, superando as estimativas dos economistas que previam um crescimento de 4,4%. Esses números tornam a meta de crescimento anual de Pequim mais alcançável. No entanto, o setor imobiliário, que representa cerca de 30% da economia chinesa, continua sendo um obstáculo devido a uma queda no investimento imobiliário. Apesar disso, os gastos dos consumidores tiveram um desempenho positivo no terceiro trimestre, com um aumento notável nas vendas no varejo. A economia chinesa está mostrando sinais de estabilização, mas desafios persistentes, como a dívida elevada e a fraqueza no mercado imobiliário, continuam sendo uma preocupação para o crescimento a longo prazo. Assim termina nosso morning call. Bons investimentos. Quer saber mais sobre algum assunto desta edição? Vai lá no @evysardinha que a gente bate um papo legal sobre os assuntos trazidos aqui. 2 1 Link para compartilhar Share on other sites Mais opções...
Diego Rodrigues Alves Da Silva Postado 18 de Outuro de 2023 Compartilhar Postado 18 de Outuro de 2023 4 horas atrás, Evelyn Santos disse: Ouça as notícias pelo nosso podcast! Bom dia, Investidor Sardinha. Este é mais um Soco Matinal com as principais notícias do dia no mercado financeiro e no mundo, tudo em 5 minutos, para você já começar o dia zonzo. IBOVESPA Começamos essa quarta-feira água de salsicha com a notícia sobre a queda do nosso índice, né? O Ibov não se aguentou com o exterior e acabou fechando em queda de 0,54% com 115.908 pontos no pregão de 17/10/2023. Bom, Petrobras e Vale que sempre conseguem puxar ou empurrar o índice acabaram ficando no vácuo. PANORAMA GERAL Após um período de aumento nos investimentos do setor privado devido à combinação de disciplina fiscal e taxas de juros decrescentes até meados de 2021, o mercado agora está adotando uma postura mais cautelosa. Isso se deve a preocupações com o cenário externo e a incerteza em relação à disponibilidade de capital barato para expansão das empresas. No entanto, o aumento das taxas de juros nos Estados Unidos e a política fiscal americana, que envolve emissão de dívida, estão afetando os mercados globais, atraindo investidores para a renda fixa dos EUA. Como resultado, os investidores institucionais estão mantendo uma postura conservadora, enquanto os fundos locais continuam impulsionando os investimentos dentro do mercado brasileiro. Alguns setores preferenciais incluem utilities, bancos e agronegócio, que oferecem proteção contra as oscilações de câmbio e inflação. As expectativas de retomada do grau de investimento pelo Brasil junto às agências de crédito também podem impactar os fluxos de investimento estrangeiro no mercado brasileiro. Entretanto, essa mudança dependerá da implementação do arcabouço fiscal, do crescimento econômico sustentável e do controle da dívida do país. Além disso, a taxa de juros no Brasil é esperada para cair ao longo do tempo, o que pode tornar o custo da dívida mais favorável para as empresas. A expectativa é que a taxa terminal seja de cerca de 9% ao ano, em comparação com a taxa atual de 12,75%. Isso resultaria em um custo da dívida em torno de 15% nos próximos anos, considerando que o custo de empréstimo no Brasil historicamente tem sido mais elevado do que durante a pandemia, quando as taxas de juros caíram para níveis excepcionalmente baixos. Portanto, a perspectiva é de custos de empréstimo mais competitivos para as empresas no Brasil. AO MESMO TEMPO TIVEMOS OS SEGUINTES DESTAQUES DO ÚLTIMO PREGÃO De antemão, as ações que se saíram bem dentro do índice: Gol (GOLL4): R$ 7,80 (+4,28%) oloco, assim deu 10% em dois dias... Petrobras (PETR4): R$ 37,67 (+2,70%) Petrobras (PETR3): R$ 40,61 (+2,27%) 3R Petroleum (RRRP3): R$ 32,920 (+2,11%) Vamos (VAMO3): R$ 8,640 (+1,05%) Por outro lado, os tickers com os piores desempenhos: Magazine Luiza (MGLU3): R$ 1,69 (-5,59%) Cielo (CIEL3): R$ 3,54 (-4,32%) Carrefour (CRFB3): R$ 9,56 (-4,21%) Yduqs (YDUQ3): R$ 19,19 (-4,15%) CVC (CVCB3): R$ 2,80 (-4,11%) Nesse meio tempo, vamos ver o que rolou nos Fundos Imobiliários: IFIX O IFIX encerrou o dia com uma variação negativa de -0.21%, fechando em 3.183 pontos. No acumulado do mês, o índice apresenta uma queda de -1.12%, enquanto no acumulado do ano registra um aumento de +11.02%. Nos destaques positivos do dia, temos: 1. HTMX11: R$ 151,94 (+3.32%) 2. HSAF11: R$ 83,99 (+1.8%) 3. DEVA11: R$ 41 (+1.56%) 4. JSAF11: R$ 96,68 (+1.53%) 5. BPFF11: R$ 68,34 (+1.43%) Enquanto nos destaques negativos do dia ficaram: 1. MALL11: R$ 117,5 (-2.2%) 2. BROF11: R$ 66,84 (-2.15%) 3. BTRA11: R$ 65,94 (-1.53%) 4. BRCR11: R$ 56,9 (-1.35%) 5. IRDM11: R$ 79,4 (-1.31%) Nesse meio tempo, vamos ver as principais moedas considerando o valor do nosso Real: CÂMBIO Dólar EUA: R$ 5,04 (+0,07%) Euro: R$ 5,33 (+0,24%) Libra esterlina: R$ 6,13 (+0,26%) Por fim, saindo um pouco do mercado nacional, vamos falar sobre as bolsas mundiais e os índices de mercado internacional. Morning call de Índices Internacionais Falando do cenário internacional, as bolsas mundiais fecharam no positivo, menos nos EUA. Nos Estados Unidos: DOW JONES: +0,04% S&P 500: -0,01% NASDAQ: -0,25% Já nas bolsas europeias tivemos os seguintes resultados: DAX (Alemanha): +0,09% FTSE 100 (Inglaterra): +0,58% CAC 40 (França): +0,11% FTSE MIB (Itália): -0,09% Por fim, nas bolsas asiáticas: Nikkei (Japão): +1,20% Shangai (China): +0,32% KOSPI (Coreia do Sul): +0,98% Enquanto isso, as criptomoedas nas últimas 24h (7h51min): Bitcoin: US$ 28.382 (-0,41%) Ether: US$ 1.581 (-0,33%) Ao final, nas commodities: Ouro: US$ 1.935/Onça troy (+0,07%) Petróleo Brent (Futuros): US$ 89,90/barril (+0,28%) Minério de Ferro (Futuros): US$ 119,31/tonelada (+0,05%) Agora vamos falar de ações e stocks (exterior): Morning call de ações BRASIL VALE A Vale (VALE3) registrou uma produção de 86,2 milhões de toneladas métricas de minério de ferro no terceiro trimestre de 2023, representando um aumento de 9,5% em relação ao trimestre anterior, mas uma queda de 3,9% em comparação com o mesmo período de 2022. A produção ficou abaixo das expectativas da Genial Investimentos, que esperava 88,9 milhões de toneladas. A produção anual foi afetada principalmente pela menor produção no complexo de Paraopeba e na região de Serra Norte, devido a problemas como uma falha na correia transportadora no S11D. Por outro lado, a produção de pelotas cresceu 11,1% em relação ao terceiro trimestre de 2022. As vendas de minério de ferro e pelotas aumentaram 6% em relação ao ano anterior, impulsionadas pelo esgotamento dos estoques do primeiro semestre e condições de mercado favoráveis. O prêmio all-in, no entanto, caiu em comparação com o ano anterior, principalmente devido aos menores prêmios de pelotas. Além disso, a Vale também informou sobre a produção de cobre e níquel, com um aumento na produção de cobre em comparação com o trimestre anterior e o ano anterior, mas uma diminuição na produção de níquel em comparação com o ano anterior. As vendas de cobre permaneceram estáveis, enquanto as vendas de níquel diminuíram em relação aos trimestres anteriores e ao ano anterior. EMBRAER O avião militar C-390 Millenium da Embraer está ganhando impulso em sua internacionalização. A República Tcheca anunciou o início de negociações para a aquisição de dois desses cargueiros, destacando sua eficiência em termos de manutenção e custos de operação. A República Tcheca é membro da OTAN e se torna o quarto país da aliança militar a negociar a compra do C-390 da Embraer. Além disso, Portugal fechou um acordo para a compra de cinco desses cargueiros, enquanto a Hungria comprou pelo menos duas aeronaves, com a primeira entrega prevista para o próximo ano. A Holanda escolheu o C-390 como seu novo avião de transporte militar, optando por ele em vez do C-130J da Lockheed Martin. A Áustria também planeja adquirir quatro aeronaves C-390 após testes bem-sucedidos, e essa decisão pode abrir portas para negociações com a Suécia. Na Ásia, a Coreia do Sul está buscando um novo avião de transporte tático e o C-390 da Embraer está participando da competição. Além disso, a Força Aérea da Índia está considerando opções de mercado para adquirir a aeronave. A Embraer tem grandes expectativas de vendas para o C-390 Millenium nos próximos 20 anos, com a aeronave sendo elogiada por sua qualidade e capacidade multimissão. Atualmente, o mercado brasileiro é o principal comprador desses cargueiros, com aquisição de 22 unidades. PRIVATIZAÇÃO DA SABESP ESTÁ SE DESENROLANDO A privatização da Sabesp será realizada por meio de um follow-on (emissão de ações), com o governo do estado de São Paulo reduzindo sua participação na empresa para uma porcentagem entre 15% e 30%. O governo manterá a chamada "golden share," que lhe dará direito a vetar decisões estratégicas da empresa. O projeto de lei para a privatização foi enviado com urgência pelo governador Tarcísio de Freitas à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). A expectativa é aprovar o texto na Alesp até o final de novembro ou início de dezembro, com a oferta pública de ações ocorrendo a partir de fevereiro. O governo alega que a privatização permitirá à Sabesp investir mais e atender a mais pessoas, além de reduzir as tarifas de água e esgoto. A oposição questiona a privatização via projeto de lei em vez de uma proposta de emenda à constituição. MRV A MRV&Co, que inclui as marcas MRV e Sensia, registrou vendas líquidas de R$ 2,213 bilhões no terceiro trimestre, representando um aumento de 54,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse desempenho foi impulsionado por um mercado aquecido, lançamentos eficazes e melhorias na capacidade de compra da população por meio do programa Minha Casa, Minha Vida. No terceiro trimestre, a empresa vendeu 9,242 unidades no segmento de incorporação, uma queda de 5,9% em relação ao trimestre anterior, mas uma alta de 29,9% em relação ao ano anterior. Além disso, foram lançadas 5,862 unidades, uma redução de 18,1% em comparação com o mesmo período de 2022, mas um aumento de 12,6% em relação ao segundo trimestre de 2023. O valor médio das unidades vendidas aumentou 5,7% no terceiro trimestre em comparação com o trimestre anterior, atingindo R$ 239 mil. Em comparação com o ano anterior, o tíquete médio foi quase 19% maior. A velocidade de vendas líquidas (VSO) no trimestre alcançou 30,4%, representando um aumento de 1,5 ponto percentual em relação ao trimestre anterior e um aumento de 12 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2022. A empresa continuou a reduzir sua queima de caixa, que encerrou o terceiro trimestre em R$ 44 milhões. Para o quarto trimestre, a expectativa é de que os resultados melhorem, mas não foi garantida a geração de caixa. O diretor financeiro e de relações com investidores da MRV&Co, Ricardo Paixão, afirmou que não é possível afirmar com certeza se a empresa terá resultado positivo ou negativo em termos de caixa, mas os resultados operacionais têm melhorado progressivamente. Ele destacou que o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida melhorou a capacidade de compra dos clientes e ajudou a recompor os preços e margens do negócio, além de reduzir a quantidade de crédito concedido aos clientes. MAGALU QUER ADERIR AO REMESSA CONFORME O Magazine Luiza decidiu solicitar a adesão ao programa Remessa Conforme, que isenta do Imposto de Importação compras de até US$ 50 vindas do exterior. O pedido será encaminhado ao governo ainda esta semana. Para aproveitar essa isenção, o programa exige o pagamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) com alíquota de 17%. Em compras acima de US$ 50, a incidência do Imposto de Importação com alíquota de 60% permanece. A varejista optou por aderir ao programa para expandir sua operação de marketplace internacional. Outras empresas, como Shein, Shopee, AliExpress e o Mercado Livre, já fazem parte desse programa. UNIPAR A Unipar concluiu a maior emissão de dívida de sua história, captando R$ 750 milhões por meio de uma debênture de sete anos, ou seja, tá dando um jeito de aumentar seu prazo médio de dívida com manobras como essa. Com esse valor ela quer melhorar a estrutura de capital da empresa, permitindo o "liability management," pagamento de dividendos e preparação para o crescimento orgânico. Assim a Unipar busca expandir seu acesso ao mercado de capitais e diversificar suas fontes de financiamento, inclusive está de olho em oportunidades de aquisição e melhora nas condições de acesso ao mercado de capitais. SOQUINHOS A Aliansce Sonae Shoppings Centers S.A. tá de baguncinha: trocou denominação social, ticker (código de negociação de ações) e nome de pregão. Agora é Allos S.A., ticker "ALOS3" e o nome de pregão "ALLOS". Diz que é uma nova estratégia e direção da empresa, focando em preservar e construir alianças, conectar pessoas e promover sustentabilidade, enquanto mantém um equilíbrio entre visão de longo prazo e busca por resultados. A Fitch Ratings confirmou a classificação de risco da 3R Petroleum Óleo e Gás S.A. em "A(bra)". Isto sugere um bom grau de segurança para investidores e indica uma perspectiva estável. No entanto, a classificação é condicionada à pequena escala da empresa em relação à produção e reservas provadas, embora diversificadas em vários ativos. A Fitch prevê que a 3R manterá uma vida útil confortável de reservas provadas e uma alavancagem financeira conservadora. E aí, vai de junior ou prefere a estabelecida Petrobras? A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) aprovou o resultado definitivo da Revisão Tarifária Periódica da Equatorial Goiás. Essas tarifas revisadas entrarão em vigor a partir de 22 de outubro. A aprovação da ANEEL é um passo importante para a empresa e pode influenciar os preços da energia elétrica para os consumidores. Aguenta o bolso aí, povo! A Light, uma empresa de energia que está em recuperação judicial, anunciou a troca de seu CEO. Octávio Pereira Lopes permanecerá no cargo até a conclusão da reestruturação financeira em andamento ou até 31 de dezembro de 2023, o que ocorrer primeiro. Essa mudança no comando é vista como positiva pelos credores da empresa, pois a saída do CEO atual é considerada um passo importante para facilitar as negociações com a empresa e a recuperação financeira. A reestruturação é um processo complexo e a troca de liderança pode ser vista como um sinal de comprometimento com a resolução dos problemas financeiros da Light. Ou só deu treta lá entre eles mesmo, né? EXTERIOR BANK OF AMERICA O Bank of America superou as estimativas de ganhos e receita do terceiro trimestre, registrando um aumento de 10% nos lucros para $7,8 bilhões. A receita aumentou 3% para $25,2 bilhões, superando as expectativas. De acordo com o relatório, as perdas não realizadas em sua grande carteira de títulos, pesando sobre o preço das ações da empresa, que caíram 18,5% no ano. As perdas não realizadas totalizaram $131,6 bilhões em títulos que a empresa planeja manter até o vencimento. De outro lado, o banco também observou um aumento nos empréstimos que começaram a dar problemas, com os encargos líquidos subindo para $931 milhões. Ao final, as ações da empresa subiram cerca de 0,4% após o anúncio. GOLDMAN SACHS O Goldman Sachs anunciou receitas líquidas de US$ 11,82 bilhões e ganhos líquidos de US$ 2,06 bilhões. O lucro diluído por ação ordinária foi de US$ 5,47, e o retorno anualizado da média do patrimônio líquido comum foi de 7,1% durante o mesmo período. No entanto, itens selecionados relacionados à execução de metas estratégicas impactaram os resultados, reduzindo o lucro líquido em US$ 828 milhões, o EPS em US$ 2,41 e o ROE em 3,1 pontos percentuais. Além disso, o CEO, David Solomon, destacou o progresso na execução das prioridades estratégicas da empresa e expressou confiança em uma plataforma mais forte para 2024, esperando uma recuperação nos mercados de capitais e na atividade estratégica. JOHNSON & JOHNSON TEM CRESCIMENTO NAS VENDAS A empresa registrou um crescimento nas vendas reportadas de 6,8% para um total de US$ 21,4 bilhões. Com isso, o crescimento operacional foi de 6,4% e o ajustado foi de 4,9%. É importante destacar que esse crescimento operacional exclui a contribuição das vendas da vacina contra a COVID-19, que teve um aumento de 9,0%. O lucro por ação (EPS) atingiu US$ 1,69, representando um aumento de 4,3%. O EPS ajustado foi de US$ 2,66, registrando um aumento significativo de 19,3%. A empresa também anunciou um aumento nas projeções para o ano completo de 2023 em relação às vendas e ao EPS ajustado. A empresa está focada em soluções de Medicina Inovadora e MedTech, inovando em todas as áreas da saúde e está preparada para fornecer as descobertas médicas do futuro. Ainda, a empresa reconheceu um ganho não recorrente de aproximadamente US$ 21 bilhões no trimestre devido à separação final de seu negócio de Saúde do Consumidor. Os resultados regionais mostram que as vendas nos EUA tiveram um crescimento significativo de 11,1%, enquanto as vendas internacionais aumentaram 1,6%. No geral, as vendas em todo o mundo da Johnson & Johnson aumentaram 6,8%, com um crescimento operacional de 6,4%. Além disso, a empresa divulgou os resultados por segmento: Medicina Inovadora, crescimento de vendas operacionais ajustado de 4,4%, excluindo a contribuição da vacina COVID-19. Segmento de MedTech, crescimento de vendas operacionais ajustado de 6,0%. Por fim, a Johnson & Johnson também compartilhou aprovações regulatórias, submissões de aplicativos e desenvolvimentos de produtos em várias áreas terapêuticas. Ao final, ela forneceu orientações para o ano completo de 2023, destacando sua posição de liderança no setor de saúde global. Agora vamos às notícias do cenário interno e mundial: Resumo de notícias do Brasil e exterior BRASIL CARTÃO DE CRÉDITO O Banco Central está negociando a possibilidade de limitar a 12 o número de parcelas sem juros em compras no cartão de crédito e estabelecer um teto para as taxas cobradas nas "maquininhas" como medida para reduzir os juros no crédito rotativo. Essa proposta foi apresentada pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em uma reunião com representantes do setor financeiro e do comércio. Além disso, foi mencionada a criação de uma tarifa sobre o parcelamento sem juros no cartão de crédito para desencorajar o uso excessivo dessa modalidade. Recentemente, o Congresso aprovou uma lei que dá ao Conselho Monetário Nacional (CMN) 90 dias para definir um limite para os juros no crédito rotativo do cartão de crédito, devido às altas taxas praticadas. Desse modo, se não houver uma solução nesse prazo, a lei estabelece que a taxa de juros do rotativo não poderá exceder o valor original da dívida, representando juros totais de 100%. Essa proposta tem gerado debates e conflitos entre bancos e comerciantes, com cada lado argumentando sobre os motivos dos altos juros. A limitação das parcelas sem juros a 12 meses, juntamente com a imposição de um limite nas taxas de intercâmbio pagas pelos comerciantes que usam as "maquininhas", é vista como uma maneira de reduzir o risco de inadimplência e, ao mesmo tempo, diminuir os custos das operações, o que poderia resultar em uma redução nos juros do crédito rotativo. Os detalhes finais da proposta ainda estão sendo discutidos, e a ideia será levada a uma nova rodada de negociação em breve. Se um acordo for alcançado, a proposta será apresentada ao Ministério da Fazenda antes de ser submetida ao Conselho Monetário Nacional. A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) aceita discutir a limitação de 12 parcelas sem juros desde que haja critérios claros para avaliar os resultados da mudança. O BANCO CENTRAL MONITORA O DÓLAR E O PETRÓLEO E MENCIONA DESAFIO O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, destacou que o conflito entre Israel e Hamas tem aumentado a atenção do Banco Central quanto aos preços do petróleo e à cotação do dólar. Ele expressou preocupação com o impacto do dólar na política monetária brasileira, principalmente se o conflito entre Israel e Hamas se expandir para uma escala mais global. Galípolo também mencionou que o Brasil enfrenta desafios, e um deles é lidar com a situação internacional, que tem sido predominante desde agosto. Ele observou que os aumentos recentes nos rendimentos dos Treasuries (títulos do governo dos EUA) tiveram impactos no mercado brasileiro, afirmando que, quando os EUA começam a pagar taxas mais altas, a situação para os mercados emergentes se torna mais desafiadora. Ele ressaltou que o câmbio é o principal ponto de transmissão do cenário externo para a política monetária. Além disso, Galípolo abordou a dificuldade e os desafios que o governo enfrenta para atender à meta de resultado primário zero em 2024, indicando que o ceticismo do mercado já está refletido nos preços dos ativos. Quanto à possibilidade de limitar o número de parcelas sem juros em compras no cartão de crédito e estabelecer um teto para a tarifa cobrada no uso das "maquininhas", Galípolo explicou que o BC não apresentou uma proposta definitiva sobre o assunto, mas que houve uma tentativa de reunir os atores envolvidos para encontrar uma solução para essa questão. DESONERAÇÃO QUE É BOM, NADA AINDA! A votação do Projeto de Lei 334/2023, que prorroga a desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia até 31 de dezembro de 2027, foi adiada pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. O debate será retomado na próxima semana, pois senadores pediram vista do projeto. O texto, que foi aprovado pela Câmara dos Deputados com algumas alterações, também estende o aumento de 1% na alíquota da Cofins-Importação pelo mesmo período. A desoneração da folha permite que as empresas beneficiadas paguem alíquotas menores sobre a receita bruta em vez de 20% sobre a folha de salários. Entre os setores beneficiados estão construção civil, confecção e vestuário, tecnologia da informação e comunicação, entre outros. O projeto visa manter a desoneração diante do cenário de inflação e juros altos e das incertezas da economia mundial. EXTERIOR ESTADOS UNIDOS BIDEN EM ISRAEL O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chegou a Israel e se reuniu com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Durante a reunião, Biden expressou apoio a Israel, afirmando que o ataque a um hospital em Gaza, que resultou em centenas de mortes, não foi realizado por tropas israelenses. Ele declarou: "A questão é que fiquei profundamente triste e indignado com a explosão do hospital em Gaza ontem e, com base no que vi, parece que foi feito pelo outro time, não por você." À primeira vista Israel responsabilizou a Jihad Islâmica pelo ataque, enquanto o grupo negou envolvimento. As autoridades em Gaza alegaram que Israel estava por trás da explosão no hospital, chamando-a de "genocídio". O Hamas também condenou o ataque. De acordo com o presidente de Israel, Isaac Herzog, a explosão foi causada por um foguete da Jihad Islâmica e as Forças de Defesa de Israel prometeram fornecer evidências para comprovar sua inocência no incidente. Desse modo a situação destaca a complexidade da região e as tensões em curso. SETOR DA CONSTRUÇÃO CIVIL O índice de confiança das construtoras nos Estados Unidos caiu de 44 em setembro para 40 em outubro, de acordo com a Associação Nacional das Construtoras (NAHB). Esse resultado ficou abaixo das expectativas, uma vez que analistas previam um índice de 45 para o período. Um índice abaixo de 50 indica que as construtoras veem as condições do mercado como mais negativas do que positivas. O resultado de outubro representa o nível mais baixo desde janeiro, quando o indicador estava em 35. DADOS DO VAREJO As vendas no varejo dos Estados Unidos aumentaram 0,7% em setembro em comparação com agosto, totalizando US$ 704,9 bilhões. Essa variação superou significativamente a expectativa dos analistas, que previam um aumento de 0,3% no período. Excluindo automóveis, as vendas no setor varejista subiram 0,6% em setembro. Além disso, os dados referentes a agosto em relação a julho foram revisados para cima, mostrando ganhos tanto nas vendas gerais quanto nas vendas sem automóveis. CRESCIMENTO NA ECONOMIA CHINESA A economia da China cresceu 4,9% no terceiro trimestre em comparação com o mesmo período do ano anterior, superando as estimativas dos economistas que previam um crescimento de 4,4%. Esses números tornam a meta de crescimento anual de Pequim mais alcançável. No entanto, o setor imobiliário, que representa cerca de 30% da economia chinesa, continua sendo um obstáculo devido a uma queda no investimento imobiliário. Apesar disso, os gastos dos consumidores tiveram um desempenho positivo no terceiro trimestre, com um aumento notável nas vendas no varejo. A economia chinesa está mostrando sinais de estabilização, mas desafios persistentes, como a dívida elevada e a fraqueza no mercado imobiliário, continuam sendo uma preocupação para o crescimento a longo prazo. Assim termina nosso morning call. Bons investimentos. Quer saber mais sobre algum assunto desta edição? Vai lá no @evysardinha que a gente bate um papo legal sobre os assuntos trazidos aqui. De todas noticias, a desoneração é a que considero mais importante. Ao meu ver, os 17 setores já deviam ser desonerados como força de Lei, sem precisar toda vez de votação e revisão. Deixa o mercado e a gente empresários apreensivos. Vamos em frente. Link para compartilhar Share on other sites Mais opções...
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