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Biocombustíveis - ESG


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Caros colegas,
Na primeira live do Módulo 4, de renda variável, nosso colega João Carlos trouxe na discussão a empresa Raízen e os biocombustíveis com um viés ESG. Depois dessa live fiquei alguns dias pensando sobre o tema e gostaria de trazer este tema para compartilhar e discutir com os vocês.
Em resumo , a empresa para ser caracterizada como ESG (Environment / Social / Governance) deve assumir o compromissos ambientais, no uso da matéria prima, desenvolvimento de seus produtos e coprodutos, destinação de resíduos, tudo isso pautado em políticas de proteção. Além disso deve cumprir critérios sociais, como prezar pela Segurança do Trabalho, garantir remuneração compatível com o seu quadro de funcionários e oferecer condições de bem-estar. Por fim, entre os critérios de governança garantir transparência com uma gestão qualificada [1].

Olhando para o cenário mundial, temos a evidências de que a ação humana é causadora de efeitos climáticos. No Acordo de Paris, assinado por 195 países, incluindo o Brasil, fora firmado o compromisso de reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa (GEE) [2], majoritariamente o dióxido de carbono (CO2), proveniente da queima de combustíveis fósseis. Este compromisso impacta diretamente a matriz energética e de transportes. O atendimento às metas de emissão de CO2 no Brasil inclui os biocombustíveis, neste ano foi publicado o Programa Combustíveis do Futuro pelo Ministério de Minas e Energia. Para o setor energético, o país apresenta entre seus principais potenciais a Biomassa para geração. Globalmente temos uma demanda crescente por combustíveis e energia elétrica. Sabemos que o carro elétrico ainda não é uma realidade na América do Sul, sendo assim ainda dependeremos de combustíveis. Quanto a geração de energia, as termoelétricas estão já em operação, utilizar a biomassa de bagaço de cana é uma ótima alternativa. No caso da Raízen, empresa do segmento sucroenergético que atua na produção de biocombustíveis e cogeração de energia [3].
Portanto, demanda existe e a história é boa, me parece fazer sentido com a parte ambiental. Basta saber como será a concorrência dos biocombustíveis com petróleo, e nos países desenvolvidos com o carro elétrico.
OBS: Até onde o ESG é marketing ou tecnológico de fato?

Fontes: [1] https://www.btgpactualdigital.com/como-investir/artigos/investimentos/fundos-esg [2] https://cebds.org/o-que-e-o-acordo-de-paris/#.YVhsTprMLIU [3] https://www.raizen.com.br/
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Os que mais comentaram nesse tópico

Não entendo essas matérias que afirmam que os biocombustíveis sejam bons para o meio ambiente (na verdade entendo, mas não vou entrar no mérito). Aumentando a demanda por biocombustível de primeira geração, será necessário abrir mais áreas para monocultura, derrubando extensas florestas e empobrecendo o solo. Apesar de diminuir a emissão de CO2, a produção gera outros gases causadores do efeito estufa, tais como dióxido de enxofre, nitrogênio e fósforo. Também há maior necessidade de água, aumento das chuvas ácidas, etc. No meio ambiente tudo está interligado, toda ação gera reações em cadeia. É inegável que precisamos de fontes de energia e que precisamos substituir os combustíveis fósseis, mas não concordo em levantar a bandeira de que biocombustível de primeira geração (que é o amplamente utilizado) é "ambientalmente correto". Muitas empresas vendem essa ideia para se promover. Na minha visão, podemos dizer que é uma alternativa, longe de ser a melhor.
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Falando de mercado, creio que, cada vez mais, o mercado de veículos elétricos, que são "100\% limpos", vai tomar o lugar do petróleo, que por sua vez está cada vez mais escasso. Por outro lado, o pró álcool já foi instituído e apoiado pelo governo a muito tempo e até hoje ainda não se provou viável, creio que, embora algumas empresas possam ainda fazer dinheiro com esses chamados biocombustíveis, é um setor em declínio.
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Eu apostei na Raízen nos dias posteriores ao IPO, baixou de 7,40 pra 6,88 quando comprei um pouco, e chegou a custar ainda menos, em casos arriscados assim não comprometo muito, mas resolvi pagar pra ver. Na minha opinião carro 100\% elétrico não vai servir de nada se o mundo não mudar a matriz energética, ficar ligando termoelétricas poluentes pra carregar o carro em casa não me parece certo, me parece mais uma questão política de se livrar da OPEP do que salvar o planeta. Hoje as matrizes energéticas limpas como energia eólica e painéis solares ainda não se provaram eficazes no custo X benefício no sentido de substituir matrizes poluentes, devem conseguir no futuro, pelo menos espero isso. Acredito que o único caminho de produzir tamanha demanda de energia seria nuclear, mas existem os resíduos e tudo que usa Urânio enriquecido me parece fora de moda, lembra sempre a bomba atômica, longa discussão aqui. Então, principalmente no Brasil , não acredito em eletrificação tão cedo, EUA gosta de queimar gasolina, não estou lá pra saber a aceitação, sei que 1 em cada 5 que compram carros elétricos voltam pro a combustão por falta de infraestrutura, isso se resolverá no futuro, em prazo incerto. Por tudo isso acreditei na minha porcentagem de risco que a Raízen tem futuro, na produção de álcool e açúcar por muitos anos, fora a geração de energia e ser ESG mas é risco, a Europa principalmente entrou fortíssimo na eletrificação, de repente resolvam em tempo recorde todos os reveses que eu citei, não dá pra saber ainda. Como devem perceber tem uma certa crença aqui, ela não tem histórico ainda para ser analisado além do RI que é lindo, como todos...rsrs, então se alguém acreditar no que escrevi, por favor, façam uma escolha consciente porque tem muito risco embutido aí. Hoje, depois do curso, vejo que ela não entrou no Novo Mercado o que é estranho, só tem ações preferenciais com Tag Along de 100\% pelo menos, algumas coisas que me desagradam mas eu não conhecia alguns indicadores. Desculpem o texto longo
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Boa análise Fabio Gnecco Filho! Também acho que na parte de empresas de risco pode se inserir empresas como essa, ela tem muitos pontos positivos. Mas não creio que no longuíssimo prazo o álcool, ou qualquer biocombustível tenha muito espaço. Também não sou a favor da construção de mais usinas nucleares, embora não de pra se comparar a tecnologia da época dos desastres com a atual, mas acredito que, cada vez mais, a matriz energética vai sendo diversificada entre as energias renováveis conhecidas, (hidrelétrica, eólica, solar...) A principal questão, que eu acho importante analisar é, que país está interessado em usar álcool como combustível? E que países estão as interessados em usar energia elétrica? Com isso temos uma grande chance de descobrir quem obterá sucesso.
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Enquanto os biocombustíveis de segunda geração estão em desenvolvimento teremos como alternativa os de primeira geração. É a ordem natural da vida, em constante evolução. Entendo que os combustíveis do futuro vão satisfazer as necessidades do transporte de maneira que novas alternativas e melhores sejam viabilizadas. Neste caso as empresas que oferecerem as soluções tecnológicas viáveis economicamente poderão competir.
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