Ética nas Empresas de Tecnologia

[William Redig]

Oi Sardinhas, Como vocês encaram o assunto ética da empresa, partindo do suposto que esse é um dos critérios para avaliação se uma empresa é digna do meu/seu invstimento, no caso das empresas de tecnologia, considerando:
1. A empresa usa suas informações de forma ética? (exemplos: Facebook, Instagram que usam as nossas informações para vender e manipular as mídias sociais) 2. A empresa rouba ideias de outras empresas? (exemplo: Microsoft, já roubou tecnologia de várias startups incorporando-as aos seus produtos)
O que vocês pensam sobre isso? Será que esse tipo de comportamento pode um dia vir a se tornar uma vulnerabilidade da empresa?
Eu citei dois exemplos, mas esse tipo de critério de avaliação se aplica a várias outras....

[William Redig]

Tem uma série no NetFlix, The Billion Dollar Code que fala como a Google copiou o Google Earth de uma empresa alemã, que criou a solução 11 anos antes. O tema é o processo contra a Google. Onde fica a ética aqui? Abaixo o link para a série, são apenas 4 episódios. Ainda não acabei de ver, mas está sendo muito boa!! https://www.netflix.com/watch/81187101?trackId=14170286

[Willian Franklin Morell]

Eu imagino que essa avaliação ética é muito pessoal, claro que existem situações extremos, mas na maioria dos casos é relativa. Vc pode por exemplo olhar para uma questão que pode ser prejudicial para a empresa, enquanto outra pessoa olha para uma empresa analisando se ela fere os seus próprios princípios éticos.

[Camila Wasem Fredo]

Acho que esse critério é muito pessoal. Sobre "roubar/copiar" ideias vejo como algo muito comum e não acredito que vá prejudicar as empresas. Instagram copiou o Snapchat, Prime Vídeo e agora várias outras copiaram a Netflix. Acho mais perigoso uma pequena empresa ter a ideia copiada por uma grande do que uma grande copiar. Exemplo do Snapchat que ficou de lado após o Instagram copiar a ferramenta. Por outro lado, temos o exemplo da Netflix, que se preparou para esse movimento e como estava muito à frente na área conseguiu fidelizar boa parte da clientela e investir em produções originais para não ficar refém dos grandes estúdios. Sobre a ética da empresa é sempre bom ficar atento, mas todas as redes querem nos vender algo. O documentário "O Dilema das Redes" mostra bem isso.

[William Redig]

Oi Camila Wasem Fredo, obrigado por seus comentários. Não estou me refeindo a copiar ideias, mas sim roubá-las. Foi o caso da Google/Google Earth roubarem a Terra Vision, uma empresa alemã que bolou o produto 11 anos antes da Google (está na série que mencionei acima) onde a Google acenou com uma proposta de compra de patente e junção das empresas e os alemães, ingênuos, entregaram o ouro antes do contrato assinado. Similar a isso, a Microsoft, num passado distante, em condições similares, roubou a Statcker e o seu produto de compactação de discos, lançando o seu Drivespace. Similar, mas em outra esfera, está o Facebook que usa as informações dos usuários para manipular o mercado e capitalizar com isso, muitas vezes violando seus próprios parâmetros de contrato ou quando alteram a política de privacidade sem notificar os usuários. Esses são exemplos cla- ros, na minha concepção, de roubo de propriedade intelectual ou então de falsidade ideológica (no caso do facebook). Ética é assunto complicado, mas eu, pessoalmente, não quero ser sócio de empresas assim - satinhos do pau oco. O tema é complicado....

[William Redig]

Oi Willian Franklin Morell, o assunto é complicado mesmo. Nos cenários que descrevi, não tem desculpa ou versão. Roubo de propriedade intelectual - isso já foi feito várias vezes pelo Google e Microsoft e falsidade ideológica um dia vai pegar no pé no facebook. No google, o lema delas é
"Don't be Evil" - não seja mau, traduzindo para portugues, mas não é bem assim que eles se comportam.

[Willian Franklin Morell]

Realmente, é algo bem complicado. Muitas vezes quem é grande acaba engolindo os pequenos, e é bem difícil conseguir uma indenização e tals. De alguma forma isso é prejudicial para a imagem da empresa, mas infelizmente, para a visão de quem é "roubado", o mercado esquece e o impacto é mínimo.

[Camila Wasem Fredo]

Agora entendi William Redig. Vou dar uma olhada nessa série que mencionastes. Pelo que estamos vendo, o crime compensou bastante nesses casos.

[William Redig]

Oi Camila Wasem Fredo, Compensou mesmo. Não sei agora, com esse documentário da Netflix, como fica a opinião pública em relação ao Google. E o pior, casos como esses existem às dezenas....