Falar de dinheiro, é TABU?

[José Luiz Ferreira Brandão]

Fazendo o curso percebemos que falar de dinheiro é um tabu inclusive para nós. Postar a planilha preenchida com a própria realidade financeira, exposta, nua e crua, para todos, gerou no mínimo desconforto. O que nos fez pensar por aqui, como mesmo sem considerar o tema tabu em nossas vidas antes, sim, ele se mostrou um tabu. Não falar de dinheiro por segurança, medo do que podem pensar, inveja ou receio de julgamento ou da falta de conhecimento sobre o tema, são questões conhecidas no nosso discurso ou no discurso de pessoas próximas. Vale lembrar, que com falar sobre dinheiro, não estou me referindo a pedir opinião sobre as escolhas financeiras, que precisam se restringir ao âmbito familiar. Mas, é uma proposta interessante desconstruir esse desconforto, pelo menos aqui no curso, em que nosso crescimento pode ser alavancado e muito por essas trocas e reflexões conjuntas.
Vocês perceberam ser um tema tabu de alguma forma em suas vidas?

[Andriw Araujo Alvares]

Boa tarde José Luiz Ferreira Brandão e Nayara! Ao longo do tempo vários tabus foram sendo construídos em nossa sociedade, e por vezes simplesmente damos continuidade a eles sem antes nos questionarmos sobre nossas atitudes. Existem enormes tabus sobre família, construção de sonhos, criação dos filhos, nosso próprio corpo, nossa vida sexual... E dinheiro envolve outro grande tabu. O que é disseminado na sociedade se perpetua e continuamos não falando sobre temas polêmicos como sexo e dinheiro, por exemplo. E se não falamos, como vc aprende? Onde aprende? E o que está sendo disseminado nas grandes mídias é uma fonte de conhecimento de qualidade? Precisamos desmistificar esses tabus, poder falar abertamente quando nos sentirmos a vontade para isso, e assim, aprender cada vez mais. Ao compartilhar ideias e experiências livremente quebramos aos poucos os tabus e colaboramos para geração de conhecimento.
Seguimos, enquanto sardinhas, nos questionando e buscando o melhor! Estou com vocês nessa!

[Tiago Carneiro]

Além do fator Tabu, acabam surgindo paranóias paralelas que, creio eu, tem um peso muito variável de acordo com a realidade de cada um. Exemplo: segurança. Você evitar falar para não se expor a um risco, real ou imaginário, de sofrer algum tipo de violência. Você expor sua vida financeira realmente não é fácil logo de cara. Outro possível fator (será?): os parentes e amigos que adoram pedir emprestado. Já passei muito por isso de pessoas pedindo emprestado por saberem que costumo poupar, e de fato já ajudei no passado, porém depois dos sempre existentes calotes, hoje não mais! Enfim, um assunto vasto

[Fernando Henrique Correia Da Silva]

sim, José quando o assunto é dinheiro sempre criamos um tabu a respeito! Deve ser porque muitos não tem a educação financeira correta...

[Samuel Rodrigo Vasconcellos]

Eu não considero um tema tabu na minha vida pois sempre estou falando dele com quem eu convivo. Apesar de hoje em dia não ter um grande patrimônio financeiro (muito por conta de ter investido em inúmeros financiamentos de passivos que se desvalorizavam com o passar do tempo e também por ter demorado muito tempo pra sair da poupança, mesmo tendo conta em corretora desde 2009, não investia até o ano passado). Mas sempre fui um cara que priorizava ter as contas no azul e com algum dinheiro disponível pra emergências. Sempre fui um cara de acreditar nas pessoas a minha volta também, de emprestar dinheiro, ceder crédito, parcelar coisas no meu cartão pra terceiros incluindo parentes e amigos e por incrível que pareça nunca tive um calote. Até minha sogra e minha própria mãe pagam certinho todo dinheiro ou credito que empresto a elas, inclusive com bons juros quando o montante é mais alto ou quando o tempo do empréstimo é mais longo

[Paula Carvalho]

sim é verdade que foi um pouco desconfortavel mas acho que o objectivo era realmente tirar-nos da zona de conforto e aceitarmos que dinheiro é bom e que podemos falar sem qualquer problema.

[Ana Silva]

Lá em casa nunca foi, por ter nascido em uma família que sempre trabalhou de forma autônoma, a gestão do dinheiro e a conversa sempre se fez necessária, mas acredito ser uma exceção.