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ETF's "Internacionais" vs Internacionais


Vinícius Araújo

Pergunta

Boa tarde, pessoal! Tudo bem com vocês?

Estou com uma dúvida e gostaria de ouvir a opinião de vocês, principalmente de quem já passou por situações parecidas ou tem mais experiência nesse tema.

Qual é a real diferença para um pequeno investidor entre investir em ETF's internacionais diretamente no exterior e optar pelos "abrasileirados" (ETF's internacionais negociados na B3)?

No início do módulo 6, o Raul comenta que os ETF's internacionais da B3 não são recomendados para nossa estratégia. No entanto, há mais de um ano tenho montada uma carteira internacional usando esses ETF's pela facilidade na declaração do IR e pelas regras de tributação mais claras. Isso sempre me atraiu como um pequeno investidor.

Minha experiência até agora:

  • Pontos positivos: Facilidade na declaração de IR e menor burocracia.
  • Pontos negativos: Baixa liquidez, o que pode levar à extinção ou fusão de ETF's (já passei por isso com o EURP11, que foi fundido com o ACWI11, quebrando completamente minha estratégia).

Isso me deixou preocupado e me pergunto: quais outros riscos existem ao investir nesses ETF's "abrasileirados" ao invés de investir diretamente lá fora?

Além disso, estou buscando dicas práticas para pequenos investidores como eu. Normalmente o diagrama me sugere aportar algo entre R$350 e R$450 por mês (dependendo da volatilidade e rentabilidade do mês), e estou tentando avaliar a viabilidade de investir diretamente nos ETF's lá fora.

Os desafios que vejo:

Considerando as taxas e o spread, uma compra internacional dos 5 ETF's equivalentes aos que tenho (VNT, VQ, IEUR, VV e QQQ) teria um custo aproximado de 7,5% do valor aportado (Considerando 1 USD de corretagem, totalizando uns R$30 de custos sobre um aporte de R$396,51).

  • Isso não seria inviável no longo prazo?
  • Como minimizar esses custos operacionais para que investir lá fora faça sentido mesmo com aportes pequenos?

Para referência, eu já utilizo um modelo de alocação inspirado no Diagrama do Cerrado (adaptei no Google Docs antes mesmo de ser aluno). Minha carteira está estruturada para seguir aportes mensais de R$3.000, jogando hoje, o aporte internacional seria de R$396,51 (vejam os detalhes na imagem anexada).

image.png.c2f9dd014a1adfe5ad7141176f360bde.png

Aporte por ativos:

image.png.717a5e76de70577cf1a0ca561b2f92a1.png

Resumo das dúvidas:

  • Para quem já passou por isso: vale a pena investir diretamente nos ETF's internacionais sendo um pequeno investidor?
  • Quais os principais riscos e desvantagens dos ETF's internacionais negociados na B3 além da baixa liquidez e de continuar sob o controle do governo brasileiro?
  • Há alguma dica ou estratégia para otimizar os custos de investir no exterior com aportes pequenos?
  • Se fosse continuar aportando nos da B3, alguém conhece um bom substituto para o EURP11? O ACWI11 que veio no lugar é muito correlacionado com o WRLD11, porém com o dobro de taxas, preciso me desfazer dele...

Agradeço desde já qualquer ajuda, dicas ou experiência que possam compartilhar! ;)

 

Obs.: Estou acabando ainda o módulo 6,e sei que no módulo 8 que vai ter o teste pra ver sobre a divisão da carteira, pode ser que lá eu mude os percentuais e o valor aumente ou abaixe, mas já dá pra ter uma ideia..

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13 respostas para essa pergunta

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13 minutes ago, João Soter Corrêa Neto disse:

o intuito é dolarizar. Imagina, seu ETF valorizou 20% mas o real desvalorizou 15% no período, esse é um dos pontos.

Essa é uma dificuldade que tenho de entender, porque tipo, eu sei que o NASD11 está com 79,27% de valorização em minha carteira, e teoricamente essa é a valorização do ETF correspondente lá fora no qual ele investe, acrescido da valorização do dólar, não? Por ele estar comprando os títulos lá fora pela gente?

Penso nisso por ter o formador de mercado, que deveria ser responsável por manter o valor do ETF equivalente aos títulos que nele integram...

Nesse sentido, na minha cabeça a gente veria a cotação em Real mas o patrimônio dele é em Dólar, a única diferença seria a taxa que é a gente paga lá e aqui... 🤔🤔

 

Porém, não faço a menor ideia de como calcular se o valor está correto kkkkk

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uma pergunta de iniciante: se você aporta 3.000 reais/mês, será que não vale a pena aplicar a parte destinada aos ETFs internacionais em uma renda fixa até chegar a um volume que as taxas de spread e corretagem se tornem proporcionalmente menores e viabilizem o aporte?

Eu também tinha reparado que não vale a pena aportar pouco na conta internacional devido ao alto custo e só pretendo fazer isto com aportes maiores para viabilizar.

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13 minutes ago, Marco Antonio Yamamoto disse:

uma pergunta de iniciante: se você aporta 3.000 reais/mês, será que não vale a pena aplicar a parte destinada aos ETFs internacionais em uma renda fixa até chegar a um volume que as taxas de spread e corretagem se tornem proporcionalmente menores e viabilizem o aporte?

Eu também tinha reparado que não vale a pena aportar pouco na conta internacional devido ao alto custo e só pretendo fazer isto com aportes maiores para viabilizar.

a vantagem de concentrar aportes seria em relação a corretagem, certo? em relação ao spread seria indiferente ao meu ver, e é possível encontrar corretoras que não possuem taxa de corretagem.

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53 minutes ago, Vinícius Araújo disse:

Minha carteira está estruturada para seguir aportes mensais de R$3.000, jogando hoje, o aporte internacional seria de R$396,51

Com relação ao resto da sua dúvida, não posso responder com propriedade e vou gostar de acompanhar as respostas, mas além da baixa liquidez e problemas como os que você já teve, os ETFs "brasileiros" não pagam dividendos (pelo que lembro), que no caso, são em dólar lá fora, fora que além da valorização da cota em si, o patrimônio esta dolarizado, só isso já é melhor que estar aqui, por isso eles estão dentro do investimento internacional, o intuito é dolarizar. Imagina, seu ETF valorizou 20% mas o real desvalorizou 15% no período, esse é um dos pontos.

Mas uma questão também é que pelo que entendi, você divide esses 3k de forma proporcional todas as vezes, já no diagrama do cerrado, terá mês que você não aporte nada lá fora e outros que você aporte 2k dos teus 3k, essa é a diferença.

Editado por João Soter Corrêa Neto
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30 minutes ago, João Soter Corrêa Neto disse:

Mas uma questão também é que pelo que entendi, você divide esses 3k de forma proporcional todas as vezes, já no diagrama do cerrado, terá mês que você não aporte nada lá fora e outros que você aporte 2k dos teus 3k, essa é a diferença.

Na real tá com a mesma lógica de rebalanceamento do diagrama, ou uma bem parecida.. Faço o rateio dos valores que seriam "vendidos" nos valores de compra para que chegue o mais próximo possível dos % das metas, sem precisar vender.. 

Depende muito da volatilidade.. É que não acabei o curso ainda mas segui aportando, daí tá balanceado já o desse mês... 🫣🫣

Se fosse só 1.000 ele ia fazer eu aportar apenas em Renda Fixa:

Screenshot_20250121-161001.png.248712b12f2d46914b4f022d53573881.png

Falei do valor de 350 a 450, mas na verdade acabam não aparecendo todo mês, pq ultimamente eles e cripto sempre ficam subindo enquanto o resto cai.. 😅

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52 minutes ago, Gustavo Dutra Almeida disse:

a vantagem de concentrar aportes seria em relação a corretagem, certo? em relação ao spread seria indiferente ao meu ver, e é possível encontrar corretoras que não possuem taxa de corretagem.

Pela corretagem principalmente...

E sei lá, acho que os 1% a 2% de spread paga a taxa de administração (não considerando a valorização) por uns 3 anos, não?

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30 minutes ago, Vinícius Araújo disse:

Essa é uma dificuldade que tenho de entender, porque tipo, eu sei que o NASD11 está com 79,27% de valorização em minha carteira, e teoricamente essa é a valorização do ETF correspondente lá fora no qual ele investe, acrescido da valorização do dólar, não? Por ele estar comprando os títulos lá fora pela gente?

É exatamente isso, é a valorização do etf + valorização do dólar. Isso fica claro quando vc coloca no Google IVV e depois compara com o IVVB11, o IVVB11 vai sempre ter a valorização maior que o IVV porque está acrescido da valorização do dólar. Na minha opinião, a única desvantagem é que o dinheiro continua no Brasil, além disso, a taxa de administração é maior.

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Uma desvantagem não é a falta de diversidade? 
Lá fora você encontra ETFs de setores específicos, globais com maior numero de variações e tal. Mas claro, se não fizer sentido na sua estratégia não faz diferença. Talvez quanto mais dinheiro tiver, mais sentido fará. Mas, independente disso, a diversificação de país é boa, não colocar todos os ovos na "cesta" Brasil hahaha

 

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Eu estou "dolarizando" minha carteira, quero chegar em pelo menos 25% da carteira em dolar.
Tenho conta na Nomad onde o spreed inicial é alto 2% mas vc vai pontuando a cada conversão e investimentos e a taxa vai baixando de acordo com os níveis que chega até 1% + IOF para conta investimento que é de 0,38%. Vez ou outra, a Nomad lança promoção e zera a taxa, já peguei umas 3 dessas em 1 ano mais ou menos.
Agora lançaram o cartão de crédito (em reais) que também pontua 3 pontos a cada dolar gasto no cartão e vc pode usar esses pontos para zerar a taxa na conversão de real para dolar, e no final só pago o IOF de 0,38%.
Acho que está valendo a pena fazer essa manobra, no começo é sempre mais difícil pois não temos tanto recurso, mas conforme a gente vai juntando os dolares, as taxas vão baixando.

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1 hora atrás, Gustavo Dutra Almeida disse:

a vantagem de concentrar aportes seria em relação a corretagem, certo? em relação ao spread seria indiferente ao meu ver, e é possível encontrar corretoras que não possuem taxa de corretagem.

sim, pelos testes que eu fiz na nossa plataforma, o spread é o mesmo... bem salgada, por sinal

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Eu já citei esse link em outros posts, mas tem varias alternativas com valores de spread e corretagem: https://comparaconta.com/corretoras-exterior/. Incluindo corretoras la fora como IBRK e Tasty, assim como alternativas daqui como BTG, Nomad, C6, etc.

Editado por Gustavo Bervian Brand
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