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01/03/25,

Sábado, primeiro de março, um dia para sentir.

Enquanto o mundo dançava entre corpos brilhosos,
perdidos no mar de purpurina e fantasias ousadas,
eu e os meus escolhemos outro carnaval.

Voltamos às raízes, às pedras antigas,
à montanha que um dia foi nosso reino infantil.
Armamos mochilas de carne, de riso, de brasa,
e seguimos, passos pesados sob um sol que gargalhava.

Lá no topo, o vento nos abraçou, mas faltava o altar:
não havia churrasqueira, então esculpimos uma na rocha.
Quantas pedras fazem um lar para o fogo?
Aprendemos na marra, no suor, no cansaço.
Pedra por pedra, a resposta veio.

Nosso ritual foi completo.
Nos conectamos com a terra, como antes, como sempre.
Um se fundiu ao chão de forma… intensa,
se despedindo do supérfluo entre folhas secas.
Outro, em névoas verdes, encontrou sua paz.
E eu? Eu dancei entre os galhos,
até o vento me puxar de volta à realidade.

Doeu. Mas amigos sabem consertar ossos.

No fim, o gosto da cachaça lá no alto ainda é nostálgico.
O tempo passou, mas o riso segue ecoando entre as árvores.
Talvez as festas lá embaixo brilhem mais,
mas nada reluz como um dia vivido entre irmãos de alma.

Não é tão hardcore mais, mas continua sendo bom.

Acho que prefiro o dia com eles do que ficar com várias mulheres de padrão incrivelmente superior ao meu...

Mentira, talvez eu prefira elas.

 

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