Leonardo Borella Santos Postado 3 de Março Postado 3 de Março 01/03/25, Sábado, primeiro de março, um dia para sentir. Enquanto o mundo dançava entre corpos brilhosos, perdidos no mar de purpurina e fantasias ousadas, eu e os meus escolhemos outro carnaval. Voltamos às raízes, às pedras antigas, à montanha que um dia foi nosso reino infantil. Armamos mochilas de carne, de riso, de brasa, e seguimos, passos pesados sob um sol que gargalhava. Lá no topo, o vento nos abraçou, mas faltava o altar: não havia churrasqueira, então esculpimos uma na rocha. Quantas pedras fazem um lar para o fogo? Aprendemos na marra, no suor, no cansaço. Pedra por pedra, a resposta veio. Nosso ritual foi completo. Nos conectamos com a terra, como antes, como sempre. Um se fundiu ao chão de forma… intensa, se despedindo do supérfluo entre folhas secas. Outro, em névoas verdes, encontrou sua paz. E eu? Eu dancei entre os galhos, até o vento me puxar de volta à realidade. Doeu. Mas amigos sabem consertar ossos. No fim, o gosto da cachaça lá no alto ainda é nostálgico. O tempo passou, mas o riso segue ecoando entre as árvores. Talvez as festas lá embaixo brilhem mais, mas nada reluz como um dia vivido entre irmãos de alma. Não é tão hardcore mais, mas continua sendo bom. Acho que prefiro o dia com eles do que ficar com várias mulheres de padrão incrivelmente superior ao meu... Mentira, talvez eu prefira elas.
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