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Não sei ao certo se esse é o tópico correto, mas gostaria de deixar um relato e também uma provocação aos colegas da comunidade.

 

Nunca me considerei uma pessoa determinada e disciplinada, mas desde o ano de 2023 comecei a tentar incrementar essas duas qualidades em minha vida. Sei que devemos ter um equilíbrio na vida, mas como conseguir saber a dose certa? Gostaria as vezes que houvesse uma formula para quantificar o tanto que devemos sair da linha que traçamos. Além disso, como lidar com a frustração?

 

Por exemplo: eu corro desde o ano de 2019, mas sempre foi meio sazonal, ora corria durante dois meses seguidos ora ficava 5 sem. Mas desde 2023 eu corro assiduamente toda semana, ano passado fiz algumas meias maratonas e esse ano estou em ciclo de preparação para a maratona de floripa (para quem não sabe uma maratona são 42 quilômetros). Tem muitos dias que eu nao quero correr, mas mesmo assim me disponho a sair do sofá e calço o tênis. Teve semanas esse ano, durante a preparação para a maratona, que senti tanto dor correndo que me perguntava: por que estou fazendo isso? Até que ponto esse sofrimento vale a pena? São raríssimos os treinos que eu falto, e sempre tenho uma sensação de incompetência quando isso ocorre. Pois ai que eu me pergunto: essa cobrança de nunca faltar, de sempre entregar os treinos, de se sentir uma merda quando não realiza o treino corretamente ou mesmo quando não o faz, até que ponto isso é saudavel? e mesmo que tenha entregue todos os treinos parece que não evolução, que não tem mellhora de desempenho.

 

O exemplo da corrida é pra tentar trazer o pensamento dos extremos da vida, tentei transmitir da melhor maneira possível o que eu sinto nao so na corrida, como tambem em outras areas da vida. Fica a provocação: o sentimento  de frustação de nunca se sentir satisfeito com as conquistas que teve é algo normal?  Que mesmo que se esforce e tente dar o seu melhor parece que não é o suficiente é algo corriqueiro na vida de voces tambem?

 

Ps: esse texto nao é somente sobre corrida.

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Cobrança interna e a busca por equilíbrio.

Essa voz interna que cobra, que não deixa faltar, que pune quando você perde um treino… ela vem, em parte, de um lado seu que quer proteger e construir algo grandioso. Mas quando ela passa do ponto, deixa de ser aliada e vira uma espécie de tirana interna.

E aí mora o desafio: equilibrar o compromisso com o descanso.
Saber que dar 100% não é o mesmo que dar tudo o tempo todo, mas sim dar o que você pode com honestidade, considerando o momento, a mente, o corpo.

 Alguns lembretes para ajudar quando esse sentimento bater:

1 Disciplina não é rigidez. É consistência com inteligência. Pausar não é falhar.

2 Seu valor não está na sua performance. Você vale mesmo nos dias que falha.

3 Fadiga mental também existe. Às vezes não é o corpo cansado, é a alma que precisa de respiro.

4 Você é seu próprio experimento. Compare-se com seu “eu” de 6 meses atrás, não com a idealização da perfeição.

 5 Às vezes, a evolução não é performance, é permanência. Você está aqui. Correndo. Tentando. Isso já é uma grande vitória.

 

 

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37 minutes ago, Marcio Rogerio Da Silva disse:

 

 

Cobrança interna e a busca por equilíbrio.

Essa voz interna que cobra, que não deixa faltar, que pune quando você perde um treino… ela vem, em parte, de um lado seu que quer proteger e construir algo grandioso. Mas quando ela passa do ponto, deixa de ser aliada e vira uma espécie de tirana interna.

E aí mora o desafio: equilibrar o compromisso com o descanso.
Saber que dar 100% não é o mesmo que dar tudo o tempo todo, mas sim dar o que você pode com honestidade, considerando o momento, a mente, o corpo.

 Alguns lembretes para ajudar quando esse sentimento bater:

1 Disciplina não é rigidez. É consistência com inteligência. Pausar não é falhar.

2 Seu valor não está na sua performance. Você vale mesmo nos dias que falha.

3 Fadiga mental também existe. Às vezes não é o corpo cansado, é a alma que precisa de respiro.

4 Você é seu próprio experimento. Compare-se com seu “eu” de 6 meses atrás, não com a idealização da perfeição.

 5 Às vezes, a evolução não é performance, é permanência. Você está aqui. Correndo. Tentando. Isso já é uma grande vitória.

 

 

Obrigado pelas palavras, Márcio. Me ajudou a entender melhor esse sentimento

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