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Pergunta

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Boa tarde.

O quê é?

O GPUS11 é um ETF (Exchange Traded Fund), ou Fundo de Índice, que foi lançado na bolsa de valores brasileira (B3) pela gestora Investo em parceria com o Grupo Primo. Seu principal objetivo é permitir que investidores brasileiros tenham acesso facilitado e com vantagens tributárias ao mercado acionário americano, em especial ao índice S&P 500. 

Como o GPUS11 Funciona?

Ele adota uma estrutura de "Fundo de Fundos", o que significa que o GPUS11 não investe diretamente nas ações do S&P 500, mas sim em outro ETF internacional: o Vanguard S&P 500 UCITS ETF (VUAA). O VUAA é um ETF negociado na Bolsa de Valores de Londres e é domiciliado na Irlanda.

Enquanto dividendos de empresas americanas ou ETFs americanos poderiam ter uma retenção de imposto de 30% na fonte para não-residentes, a estrutura irlandesa do VUAA (e, por extensão, do GPUS11) resulta em uma alíquota de apenas 15% sobre os dividendos para o investidor brasileiro. Isso ocorre porque a Irlanda possui acordos de bitributação que são mais favoráveis.

Outro ponto crucial é a proteção contra o imposto sobre herança dos EUA, que pode ser bastante elevado para investidores estrangeiros. A estrutura irlandesa do VUAA mitiga esse risco, já que a herança do ativo estaria sujeita às leis irlandesas, não americanas, nesse quesito.

O Propósito do GPUS11

Além dos benefícios tributários, o GPUS11 oferece praticidade e diversificação instantânea. Com uma única aplicação na B3, o investidor brasileiro consegue se expor a um portfólio vasto e diversificado de ações americanas, sem a necessidade de abrir conta em corretoras internacionais, fazer remessas de dinheiro para o exterior ou se preocupar com a seleção de ações individuais.

Uma outra perspectiva de analisar GPUS11.

Vantagens

Eficiência Tributária:

Este é o maior chamariz do GPUS11. A redução da tributação de dividendos de 30% para 15% (e a mitigação do imposto sobre herança) é um benefício tangível que impacta diretamente o retorno líquido do iinvestidor. Isso significa mais dinheiro no bolso do investidor.

Acesso Simplificado:

Para o investidor médio que não quer ou não sabe abrir conta em corretora internacional, o GPUS11 oferece uma porta de entrada fácil para o S&P 500 via B3. A democratização do acesso é um ponto positivo.

Diversificação e Passividade:

Investir no S&P 500 é, por si só, uma estratégia de diversificação e passividade que geralmente a maioria dos investidores apoia.

Liquidez na B3:

O fato de ser negociado na B3 confere familiaridade e liquidez em reais para o investidor brasileiro.

Mas será necessário analisar o quanto esse ETF está alcançado volume de negociação necessário, para sair do ativo com facilidade, caso o investidor venha optar por essa opção.

Desvantagens 

Dupla Camada de Taxas:

Taxa do GPUS11 (local): O investidor paga a taxa de administração do próprio GPUS11.

Taxa do VUAA (internacional):

O investidor, indiretamente, também arca com a taxa de administração do VUAA, que é o ETF subjacente.

O investidor deve se perguntar:

Será que a economia tributária compensa a dupla camada de taxas de administração? Qual é o custo total efetivo?" 

O benefício tributário supera esse custo adicional em diferentes cenários de valorização e dividendos?

Impacto do Câmbio:

O GPUS11 é dolarizado, mas a negociação é em reais. Isso significa que o investidor está exposto à variação cambial do real frente ao dólar, o que pode ser uma faca de dois gumes.

 

RESUMO FINAL

Se o investidor pode ter conta internacional e o benefício não for gigante, talvez valha mais a pena a rota direta.

Mas cabe a cada investidor tomar a sua própria decisão.

🤔

  • Brabo 2

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Ninguém respondeu essa pergunta ainda, alguém do time da AUVP vai responde-la em breve.

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