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"Com aumento das tensões fiscais, Tesouro Selic passa a render até 135\% do CDI; o que fazer?" Infomoney.


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Título público mais conservador do Brasil, o Tesouro Selic passa por um momento completamente atípico. O aumento das preocupações dos investidores com relação aos gastos do governo pressionou as taxas dos papéis, de maneira geral, com impacto sobre os prêmios pagos por títulos pré e pós-fixados (deságio).
Conforme aumenta o nível de incerteza sobre a condução da política fiscal, o mercado passa a exigir maior prêmio para comprar os títulos emitidos pelo governo, o que leva a uma queda nos preços dos papéis na mão dos investidores. Essa dinâmica é conhecida como marcação a mercado.
Segundo Sérgio Machado, sócio-gestor da Trópico SF2, o papel Tesouro Selic com vencimento em 2026 (não mais negociado no Tesouro Direto) chegou a render algo próximo de 135\% do CDI ao longo da semana.
Conforme explicação do próprio Tesouro Direto, que é o programa voltado para a negociação dos títulos públicos pelo investidor pessoa física, o deságio do Tesouro Selic é uma taxa acrescida à variação da Selic para aferir a rentabilidade do título de acordo com uma menor demanda pelo papel. Desta forma, quando há deságio, o investidor recebe a Selic mais o valor do deságio. Para quem já está alocado no Tesouro Selic, o gestor entende que o melhor a se fazer neste momento é ter paciência e aguardar a normalização da situação, que tende a ser de forma gradual. “Não acredito que vá diminuir rapidamente [o rendimento do título] para uma faixa de 110\% da Selic.” Já para quem ainda não tem uma reserva formada, o especialista entende que não é hora de entrar de peito aberto na expectativa de ganhar com o fechamento de taxas, diante da falta de clareza quanto ao cenário de curto e médio prazo.



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