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Equidade de Gênero. Sabe o que é isso, investe em empresas assim?


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Pois é pessoal, terminamos a copa do mundo de futebol no Catar “Qatar” e vimos um povo com uma cultura diferente ao que estamos acostumados em relação à mulheres. Lá é um país em que a mulher para algo simples que é poder estudar necessita de autorização do seu tutor que não é só o esposo não, pode ser o pai, um irmão ou um tio, depende do estado civil a idade nem importa.

As emissoras de TV do mundo todo enviaram correspondentes femininas, a FIFA de maneira inédita colocou um trio de arbitragem totalmente feminino para apitar um jogo, inclusive no jogo da final tinha uma mulher, a 5º arbitra assistente e a mesma recebeu a medalha do chefe de estado maior do Catar “Qatar”, enviaram imagens de muitas mulheres nos estádios, etc. Mas a realidade é que no dia seguinte, as barreiras para as mesmas residentes no país foram retomadas, não esperaram nem 24 horas, foi só sair a grande mídia que as cancelas foram baixadas e as mulheres voltaram a ser tratadas como eram antes dos olhos do mundo lá estarem. É uma cultura? Um Feudo?

No meu pensar são as duas coisas, uma cultura retrógrada, muito comum em países feudais, que aos poucos tenho esperança irão se extinguir. Porque acredito na equidade de gênero feminina e vindo para o lado financista, muitas empresas brasileiras viram que é muito mais inteligente equiparar a mulher ao homem, isto traz rendimento tanto financeiro quanto psicológico e de ótimos resultados também. Sei que a questão salarial ainda é retrógrada, mas, aos poucos vai se equiparando.

Eu tive uma experiência neste ano que me chamou a atenção, sou cliente de uma operadora de telefonia, necessitei de um serviço de reparação nos cabos externos (subir no poste em bom português) e quiçá minha surpresa; Chegou uma moça de +/- 28 anos (Não fui deselegante perguntado a idade, rsrs) com uma escada, capacete, luvas e perguntou; “O serviço é aqui?” Sem titubear, fingindo não estar surpreso, disse; Sim, os cabos soltos são aqueles, o poste é este e aguardei. A mesma foi lá e resolveu o problema.

No final, perguntei a ela sobre como era ter esta função e a mesma me disse. “Equiparação salarial, mesmas funções, mesmos pagamentos.”

Ou seja, uma empresa com “Equidade de gênero Feminina”.

Sim, é verdade, eu titubeei ao ver a moça para realizar o serviço. Porem também vi que os meus conceitos estão antigos, não cabem mais e não podem ficar somente em palavras.

Resumindo, coloquei mais este conceito a ponderar quando vou investir em uma empresa da bolsa. Afinal, não é só dinheiro, é ser sócio e eu não quero ser sócio de uma empresa que subjuga um gênero, seja ele de opção, etnia, credo ou qualquer um que o valha.

* Não é recomendação, a empresa que me atendeu em telefonia era a Vivo e não invisto nela, mas gostei desta posição e atitude.

* A foto positiva é da empresa Engie que recebeu um prêmio pela Equidade de Gênero Feminino neste ano de 2022.

* Já a foto negativa é do Governo Catare “Qatare” voltando a colocar imediatamente a saída dos jornalistas a cancela para mulheres em lugares públicos.

Equidade de Genero.jpeg

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Isso é bem complicado, tem muita gente que acha que o certo era boicotar a copa por culpa de todos esses preconceitos que existe no país. Lembro que teve uma reportagem que homens não poderiam ficar no mesmo quarto de hotel durante a copa entre outras coisas que aqui no Ocidente é corriqueiro.

Agora sobre mulher pegar no pesado, eu trabalho na CCR, algumas bases tem mulheres que trabalham no GL (Guinho Leve) que fazem todo o serviço que um homem faria, desde rebocar carros até trocar pneus, aos poucos o mundo vai se adaptando 

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19 horas atrás, Danilo Alves Silva Spinola Barbosa disse:

Isso é bem complicado, tem muita gente que acha que o certo era boicotar a copa por culpa de todos esses preconceitos que existe no país. Lembro que teve uma reportagem que homens não poderiam ficar no mesmo quarto de hotel durante a copa entre outras coisas que aqui no Ocidente é corriqueiro.

Agora sobre mulher pegar no pesado, eu trabalho na CCR, algumas bases tem mulheres que trabalham no GL (Guinho Leve) que fazem todo o serviço que um homem faria, desde rebocar carros até trocar pneus, aos poucos o mundo vai se adaptando 

Pois é @Danilo Alves Silva Spinola Barbosa , esta "adaptação" em muitos caso (principalmente na equiparação salarial) eu acho muito bem vinda, afinal que capacidade a mulher tem menor que o homem? Talvez força física porem, suportar sentimentos elas são muito melhores que nós. O receio é quando temos a confusão de equidade de gênero feminino para o feminismo bruto.

Eu sou antigo, acho que cavalheirismo nunca saí de moda, abrir a porta, ceder lugar, convidar para sair (pagando a conta) afinal "se eu convidei, eu pago" quando for um "comum acordo", daí vejo diferente sim, equidade é equidade, se ambos trabalham e combinam antes, tô no jogo.

Só não podemos (ou elas não podem) é confundir e não queiram ser como nós tolos homens fomos até hoje. Tem muita gente jovem aqui então, como sugestão: O stress excessivo por resultado no trabalho, noitadas sem sentido trazem rugas, fios de cabelos albinos e prejuízos financeiros consequente com menor qualidade de vida.

Busquem sempre equidade (seja de qualquer gênero) mas, principalmente as mulheres, continuem femininas mesmo trocando cabos, furando poços de petróleo ou guinchando automóveis, vocês são a razão de estarmos aqui. Afinal, só a mulher consegue engendrar até mesmo um homem.

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On 21/12/2022 at 06:58, Alf Junior disse:

É uma cultura? Um Feudo?

No meu pensar são as duas coisas, uma cultura retrógrada, muito comum em países feudais, que aos poucos tenho esperança irão se extinguir. 

Eu concordo com a maior parte do que você disse, menos com esse ponto. Isso é comum em qualquer tipo de cultura e em qualquer lugar do mundo. Hoje se luta pela igualdade de gênero em todos os países, todas as culturas, inclusive tem sido notada a falta de mulheres em setores estratégicos na nova equipe de transição do futuro governo que tomará posse em 2023. 

A diferença é a percepção da situação: em lugares como o Catar onde a mulher é formalmente inferiorizada, para lugares em que se luta pela igualdade de gênero onde a mulher é silenciosamente inferiorizada.

E pior, lugares onde há uma cultura em que de modo ética e moralmente aceito, se induza a mulher a se sentir inferiorizada.

Há que se chegar o dia em que todos receberão tratamento igual porque isso é o certo a se fazer ética e moralmente falando, e não porque é financeiramente lucrativo.

E a título de exemplo, segue essa matéria onde a liderança da inserção feminina em cargos de chefia e liderança está com a Jordânia, país tão Árabe e tão Islâmico quanto o Catar... Culturas idênticas... 

https://g1.globo.com/economia/concursos-e-emprego/noticia/2021/02/09/jordania-lidera-ranking-de-paises-com-maior-percentual-de-mulheres-em-cargos-de-chefia-brasil-e-25o.ghtml

Editado por Renzo Nogueira Margotto
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19 horas atrás, Renzo Nogueira Margotto disse:

A diferença é a percepção da situação: em lugares como o Catar onde a mulher é formalmente inferiorizada, para lugares em que se luta pela igualdade de gênero onde a mulher é silenciosamente inferiorizada.

E pior, lugares onde há uma cultura em que de modo ética e moralmente aceito, se induza a mulher a se sentir inferiorizada.

Há que se chegar o dia em que todos receberão tratamento igual porque isso é o certo a se fazer ética e moralmente falando, e não porque é financeiramente lucrativo.

Bom dia amigo @Renzo Nogueira Margotto ,  agradeço seu retorno porque me dá a oportunidade de fazer um "mea culpa";

Quando escrevi a situação percebi que no intimo estava silenciosamente enquadrando um gênero ao duvidar da capacidade da moça em resolver os cabos soltos no poste. E isto acontece com tudo, o maior problema é o nosso silêncio, pois a frase "quem se cala consente" é permissiva ao erro.

Antes de pensar em ações de uma empresa (ser o pequeno sócio) eu olharia e diria. "Que legal, a moça veio e fez o trabalho". Hoje eu digo, quero mais empresas assim, que deem oportunidade a qualquer gênero.

E essa mudança tem que começar por um caminho. Aqui por ser um canal de finanças, coloquei como base porem, concordo contigo sim, ética e moral sempre devem ser as primícias.

Mas, é o que temos, um começo, um pequeno inicio. Se economicamente o mundo começar a valorizar esta equidade, chegaremos em um tempo em que esta ética seja comum moralmente dizendo.

É difícil quebrar paradigmas, mesmos quando eles estão completamente errados, porque tudo veio de um feudalismo. E quer queiramos ou não o poder continua nas mãos feudais. Visto seu exemplo da inserção feminina em cargos de chefia nos governos. Mas, aos poucos está mudando.

Gente como os participes desta plataforma enxergam fácil a resolução, o que não podemos é ficar sem posição. E isto é valorizar as mudanças, mesmo que pequenas. Se temos a "vantagem econômica" para esta equidade, ela será a porta de saída.

Acabei me lembrando de um outro caso em que a equidade é mais que justa e necessária, e por ser um canal de finanças é o termo que baseio.

Fui comprar fisicamente nas Lojas Renner (não é dica de compra de ações pessoal). A moça do caixa era uma pessoa LGBTQIA+ (desculpem se não escrevi corretamente, ou estou sendo incapaz de me posicionar corretamente) muito simpática, com muita destreza no atendimento. Sou uma pessoa de fácil conversa e os assuntos variaram durante o processo. Ao final pequei o comprovante de pagamento e minha surpresa: O nome da atendente estava o de batismo (nome masculino) então, a empresa está correta em dar oportunidade a este gênero, mas está errada em não colocar o nome social no comprovante. Bastaria colocar o primeiro nome social e alguns números do CPF. Isto já seria uma inclusão melhorada. Aplaudo a contratação, faltou a conclusão. Ex: Bruna CPF: 123****89-11

  • Aí cê deu aula... 1
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