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@Rafael Franca Martins, pergunta muito boa. A comparação entre IPCA+ 6% a.a. e um prefixado a 9,5% a.a. depende totalmente da inflação real que teremos no período. Vamos ver no exemplo abaixo: Se a inflação for: 3% ao ano: IPCA+ 6% renderia (1 + 0,03) × (1 + 0,06) - 1 = 9,18% a.a. 4% ao ano: IPCA+ 6% renderia (1 + 0,04) × (1 + 0,06) - 1 = 10,24% a.a. 5% ao ano: IPCA+ 6% renderia (1 + 0,05) × (1 + 0,06) - 1 = 11,3% a.a. Então teremos: Com inflação abaixo de 3,3% -> o prefixado 9,5% ganha Com inflação acima de 3,3% → o IPCA+ 6% ganha A vantagem do IPCA+ é justamente a proteção contra surpresas inflacionárias. Se você acredita que a inflação vai ficar controlada abaixo de 3,3% (que é muito difícil atualmente), o prefixado seria melhor. Se acredita que pode subir além disso, o IPCA+ seria mais vantajoso. Forte abraço e espero ter ajudado.
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@Rafael Franca Martins, para investimentos atrelados ao IPCA, você pode sim fazer cálculos, mesmo com a variação do índice! O título IPCA+ funciona com duas partes: a inflação (IPCA) + uma taxa real fixa. Por exemplo, em um IPCA+ 6% a.a., você tem garantido 6% acima da inflação, seja ela qual for. Para calcular a rentabilidade, use a fórmula: Rentabilidade Total = (1 + IPCA) × (1 + Taxa Real) - 1. Por exemplo: IPCA+ 6% a.a. Se o IPCA for 4% no ano. Rentabilidade: (1 + 0,04) × (1 + 0,06) - 1 = 1,04 × 1,06 - 1 = 0,1024 ou 10,24%. A média histórica do IPCA (entre 3,5% e 4,5%) para estimativas de longo prazo. O mais importante nesses investimentos é justamente a taxa real garantida, pois é o que você ganhará acima da inflação, preservando seu poder de compra. Se seu IPCA+ rende 6% a.a. real, seu poder de compra aumentará 6% ao ano, independente da inflação. Para comparar com outros investimentos, é sempre bom olhar a taxa real (descontada a inflação) de cada um. Forte abraço e espero ter ajudado.
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@Flavio Prado de fato! Me expressei mal nesta parte, pelo contrário quanto mais tempo passa a alíquota do IR diminui. Muito obrigado, eu confesso que esta parte passou despercebido.
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@Felipe Da Silva Honorio, vamos esclarecer esses pontos. Sobre os juros serem calculados diariamente - sim, em todos os títulos existe um cálculo diário, mas de formas diferentes, vejamos: Para títulos CDI a taxa do dia é aplicada e você vê o valor crescendo diariamente. É como um depósito diário na sua conta, visível e tangível. Para prefixados, quando você compra um prefixado a 14,25%, essa taxa anual já considera o efeito dos juros compostos, com isso o cálculo é feito "de trás pra frente": o emissor determina quanto vai pagar no vencimento e calcula quanto vale hoje. E os juros compostos estão "embutidos" porque o preço que você paga hoje já desconta todos os juros futuros compostos até o vencimento. É como se no CDI você visse seu dinheiro crescendo em tempo real (R$100 → R$100,05 → R$100,10...), enquanto no prefixado você compra por R$100 hoje sabendo que valerá R$142,5 daqui a 3 anos, por exemplo. O sistema não "atualiza" diariamente o prefixado porque não precisa - o valor já está definido no momento da compra. A única coisa que muda é o preço de mercado caso você queira vender antes (famosa marcação a mercado). É como comprar um produto à vista com desconto vs. parcelado: no fim você recebe a mesma coisa, mas a forma de calcular e visualizar é diferente. Forte abraço, espero ter ajudado.
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Temos doadores de sangue aqui na comunidade?
Carlos Filho respondeu o(a) tópico de Edison Luis Paulini em 🍺 Baguncinha (Tema livre)
Caraca! Nunca tinha ouvido falar, de fato chega a ser irônico. -
Boa tarde @Robson De Souza Da Silva Sim, um Tesouro Prefixado 2035 com taxa de 14,8% é uma excelente alternativa para complementar aposentadoria, considerando que a média histórica de rentabilidade que você menciona é de 9%. Fazendo as contas: 14,8% é significativamente superior aos 9% que você usa como referência. Em termos práticos, isso significa que seu capital dobraria aproximadamente a cada 5 anos, enquanto a 9% demoraria quase 8 anos para dobrar. Os juros semestrais são um diferencial importante para aposentadoria, pois: Você começa a receber parte dos rendimentos a cada 6 meses. Pode reinvestir esses valores ou usá-los como complemento de renda. Reduz o risco de reinvestimento em comparação com títulos que pagam tudo no final. Pontos de atenção: Considere a inflação no período - 14,8% nominal é excelente, mas o ganho real dependerá da inflação futura. Diversifique parte dos recursos em IPCA+ para ter proteção inflacionária. Lembre-se que se precisar vender antes de 2035, o valor pode variar por marcação a mercado. Os juros semestrais do Tesouro Prefixado são tributados pelo Imposto de Renda na fonte, seguindo a tabela regressiva: 22,5% para cupons recebidos até 180 dias após a compra 20% entre 181 e 360 dias 17,5% entre 361 e 720 dias 15% para pagamentos após 720 dias Por exemplo, o primeiro pagamento pode ter alíquota de 22,5%, enquanto os próximos gradualmente reduzem até chegar a 15%. Na prática, como você está pensando em aposentadoria, depois dos primeiros pagamentos, você provavelmente estará pagando a alíquota mínima de 15% sobre cada cupom semestral. Vale lembrar que o IR é retido na fonte - você já recebe o valor líquido, sem precisar declarar separadamente o imposto (apenas informar os rendimentos na declaração anual). Essa tributação é algo a considerar no cálculo da rentabilidade efetiva, mas mesmo com ela, a taxa de 14,8% continua bem atrativa comparada aos 9% de referência. Para planejamento de aposentadoria, essa taxa está muito atrativa no cenário atual e com o prazo até 2035, você aproveita bem o efeito dos juros compostos.
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@Felipe Da Silva Honorio, bom dia! Os juros compostos começam a agir desde o primeiro dia em todos os investimentos, mas de maneiras diferentes: Num CDB ou fundo DI (atrelado ao CDI): A rentabilidade é calculada diariamente Todo dia seu dinheiro cresce um pouquinho No dia seguinte, os juros incidem sobre esse novo valor (principal + juros do dia anterior) Você consegue acompanhar essa evolução quase em tempo real Nos títulos prefixados: Os juros compostos já estão "embutidos" na taxa desde a compra Quando você compra um prefixado a 14.25% ao ano, essa taxa já considera o efeito dos juros sobre juros Embora o cálculo aconteça desde o início, você só vai receber tudo no vencimento (ou se vender antes na marcação a mercado) No IPCA+: É uma combinação: você tem a inflação + uma taxa real fixa A inflação é incorporada mensalmente, quando o IBGE divulga o índice A taxa real (o "+" do IPCA+) funciona como nos prefixados, com juros compostos calculados diariamente A grande diferença é que no CDI você "vê" os juros sendo creditados diariamente ou mensalmente, enquanto nos outros, mesmo que o cálculo aconteça desde o início, o resultado final só aparece completo no vencimento. É como uma bola de neve que começa a rolar - nos três casos ela começa pequena, mas vai ganhando volume ao longo do tempo! Forte abraço, espero ter ajudado.
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Queda na EMBR3 (Embraer)
Carlos Filho respondeu o(a) pergunta de Gabriel Oliveira#2674 em 📈 Renda Variável
@Gabriel Oliveira#2674, tudo joia? Agora que vi aqui os detalhes da classificação "Bomba" na AUVP Analítica. A Embraer reprova em critérios fundamentais de análise: Lucros não consistentes - A empresa provavelmente não tem apresentado lucros estáveis nos últimos anos, o que é um alerta importante. Dívida líquida/EBITDA maior que 3 - Isso significa que a empresa levaria mais de 3 anos de geração de caixa operacional para pagar suas dívidas, considerado alto. Segmento instável (Material Aeronáutico e Defesa) - O setor é visto como cíclico e sujeito a grandes variações. O único ponto positivo é o TAG ALONG de 100%, que protege acionistas minoritários. Por outro lado, a Embraer tem pontos fortes inegáveis: Terceira maior fabricante de aviões do mundo. Domínio no segmento de jatos regionais. Carteira de pedidos sólida e crescente. Divisão de defesa com contratos governamentais. Essa classificação "Bomba" não é uma sentença definitiva, mas um alerta para alto risco. Empresas assim podem até se recuperar e dar bons retornos, mas estatisticamente são mais arriscadas. Se você está começando e seguindo a metodologia AUVP, seria mais prudente buscar empresas melhor classificadas e assistir as aulas do curso, garanto que você verá com outros olhos. Se ainda tem interesse na Embraer, precisaria fazer uma análise mais profunda para entender se os problemas são temporários ou estruturais. O histórico mostra que empresas com indicadores fracos tendem a ter desempenho inferior no longo prazo, mesmo que ocasionalmente apresentem recuperações expressivas. Eu, por exemplo, não investiria porque foge dos princípios que estou seguindo. Forte abraço, espero ter ajudado! -
Renda Fixa nos EUA (Treasury Notes x ETFs de Renda Fixa BND / SCHP)
Carlos Filho respondeu o(a) pergunta de Roberto Latanzi Marquez em 💸 Renda Fixa
@Roberto Latanzi Marquez fica à vontade, estou aqui para ajudar mesmo. Com essa vantagem dos EUA onde oferecem essa isenção para investidores estrangeiros. Porém, aqui no Brasil, você precisa sim pagar imposto sobre os juros (cupons) recebidos desses títulos. A tributação é de 15% e deve ser declarada como "Rendimentos de Aplicações Financeiras" na sua declaração anual. Tecnicamente, você deveria recolher esse imposto mensalmente via carnê-leão sempre que receber os pagamentos semestrais de juros. Na prática, muitos acabam pagando apenas no ajuste anual da declaração, mas o correto é o recolhimento mensal. Se um dia você vender o Treasury antes do vencimento com lucro, também pagará 15% sobre o ganho de capital (diferença entre valor de venda e valor de compra, convertidos para reais nas respectivas datas). A grande vantagem em relação aos ETFs é que nos Treasuries você paga apenas os 15% aqui no Brasil, enquanto nos ETFs há a mordida de 30% nos dividendos já na fonte americana. Abraço e espero ter ajudado. -
Renda Fixa nos EUA (Treasury Notes x ETFs de Renda Fixa BND / SCHP)
Carlos Filho respondeu o(a) pergunta de Roberto Latanzi Marquez em 💸 Renda Fixa
@Roberto Latanzi Marquez, que bom que a resposta sobre os Treasuries e ETFs te ajudou! Sobre sua dúvida de IR nos dividendos de ETFs americanos, é assim que funciona: Sim, nos ETFs americanos já acontece a retenção automática na fonte de 30% sobre os dividendos. É aquele famoso "imposto gringo" que o pessoal comenta. Você nem vê esse dinheiro - a tributação acontece antes de cair na sua conta. Aqui no Brasil, você ainda precisa declarar esses dividendos recebidos (já líquidos do imposto americano) e pagar mais 15% de IR sobre eles. Mas existe um mecanismo chamado "crédito de imposto pago no exterior" que permite compensar o que você já pagou lá fora. Na prática: Se você recebeu $100 em dividendos $30 foram retidos nos EUA automaticamente Você declara os $70 que efetivamente recebeu Deve 15% sobre o valor original ($100), que seria $15 Mas pode abater o que já pagou lá fora Como o valor pago lá (30%) é maior que o devido aqui (15%), você não paga nada adicional É um pouco burocrático na declaração, mas o sistema evita a bitributação. Diferente dos Treasuries onde o imposto sobre os juros é zero para não-residentes. Espero ter esclarecido! Forte abraço. -
BBSE3 e BBAS3
Carlos Filho respondeu o(a) pergunta de Gabriel Sobral Marcondes Eugenio em 📈 Renda Variável
@Gabriel Sobral Marcondes Eugenio, sobre suas dúvidas: A dívida líquida negativa do BB Seguridade (BBSE3) na verdade é algo positivo! Significa que a empresa tem mais dinheiro em caixa do que dívidas. É como se você tivesse R$10.000 na poupança e apenas R$3.000 de dívidas no cartão - sua "dívida líquida" seria -R$7.000. Isso é comum em empresas do setor financeiro e seguradoras, que costumam ter bastante caixa para cobrir sinistros e obrigações futuras. Para encontrar o CAPEX do Banco do Brasil (BBAS3), você precisa olhar a Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC) nos relatórios trimestrais ou anuais. Procure no site de RI do banco (ri.bb.com.br) e vá para "Resultados e Apresentações". Abra o último ITR ou DFP, busque pela DFC e encontre o item "Aquisição de Imobilizado" ou "Aquisição de Ativos Fixos". Como o BB é um banco, o CAPEX dele costuma ser bem menor proporcionalmente que empresas industriais, já que seu negócio não depende tanto de investimentos em ativos físicos. O foco deles é mais em tecnologia e sistemas hoje em dia. Alguns outros pontos interessantes sobre o BBSE3: É uma holding que controla operações de seguros, previdência e capitalização Por ser do setor de seguros, é normal ter caixa líquido (dívida negativa) para garantir pagamento de sinistros Ela tem um dos maiores payouts do mercado (distribui grande parte do lucro como dividendo) Não precisa reinvestir muito no negócio, por isso consegue distribuir tanto Aproveita a rede do Banco do Brasil como canal de distribuição, o que reduz custos comerciais Agora sobre o BBAS3: Para bancos, CAPEX não é tão relevante quanto outros indicadores específicos do setor Você deveria olhar principalmente: ROE (retorno sobre patrimônio), Índice de Basileia (solvência) e taxa de inadimplência Sendo um banco de controle estatal, decisões podem ser influenciadas por políticas governamentais Seus principais investimentos hoje são em tecnologia e digitalização, não tanto em agências físicas O banco divulga um número chamado "Índice de Eficiência" que mostra quanto custa para gerar receita - isso é mais importante que o CAPEX isolado Essas duas ações em específico estão na minha carteira deeeesde 2019, só sucesso com água de coco. Forte abraço e espero ter te ajudado. -
Comparador de Renda Fixa - Rentabilidade Liquida de Tesouro Prefixado
Carlos Filho respondeu o(a) pergunta de Hugo Gayoso Meira Suassuna Medeiros em 💸 Renda Fixa
@Hugo Gayoso Meira Suassuna Medeiros, olha, essa diferença de 0,6% entre calculadoras (11,9% vs 12,5%) tem algumas explicações bem práticas. O mercado financeiro usa 252 dias úteis/ano, enquanto algumas calculadoras usam 365 dias corridos. Isso pode causar uma diferença de até 0,3%. Outra coisa que muda muito é como cada uma trata a taxa de custódia da B3 (aqueles 0,20% ao ano). A calculadora do Clube dos Poupadores que você mostrou parece incluir isso certinho, por isso chegou em 12,69%. Essa diferença pode parecer pouca, mas pensa no longo prazo: R$10 mil investidos por 10 anos a 11,9% viram R$30.776, enquanto a 12,5% chegariam a R$32.465. São quase R$1.700 de diferença. Se formos para 20 anos, a diferença já passa de R$10 mil! Impacto quantitativo da diferença de 0,6% a.a.: Para R$10.000 investidos: Em 3 anos: 11,9% = R$14.004 vs 12,5% = R$14.219 (diferença: R$215) Em 5 anos: 11,9% = R$17.535 vs 12,5% = R$18.007 (diferença: R$472) Em 10 anos: 11,9% = R$30.776 vs 12,5% = R$32.465 (diferença: R$1.689) Em 20 anos: 11,9% = R$94.727 vs 12,5% = R$105.468 (diferença: R$10.741) A calculadora que você está usando parece ser bem completa. O valor de 12,69% provavelmente está mais próximo da realidade porque ela está considerando corretamente os dias úteis e as taxas envolvidas. Agora sobre a sua pergunta: "Essa comparação entre diferentes títulos ainda é um pouco confuso para mim. Como que vocês tendem a comparar diferentes títulos com prazos diferentes?" Para comparar títulos com prazos diferentes, eu faço assim: Sempre olho a taxa anualizada líquida (aquele percentual ao ano depois de descontar impostos e taxas). É o jeito mais justo de comparar um título de 2 anos com outro de 5 anos, por exemplo. Penso no meu objetivo com aquele dinheiro. Se preciso dele em 3 anos para a entrada de um apartamento, não importa se um título de 10 anos paga mais - não vai servir para mim. Considero o cenário econômico e vejo se acho que os juros vão cair bastante, talvez valha a pena pegar um prefixado mais longo, mesmo que a taxa anual seja só um pouquinho maior. Analiso a liquidez: às vezes um título paga 0,3% a mais ao ano, mas tem liquidez ruim. Se precisar vender antes, posso perder mais do que esse ganho extra. Diversifico por prazo: em vez de escolher só um, costumo montar uma "escadinha" com vencimentos diferentes (um para 2 anos, outro para 3, outro para 5...). No fim das contas, a taxa anualizada líquida é o principal número para comparação, mas sempre olhando para o seu planejamento. Um título de 3 anos a 12% pode ser melhor que um de 5 anos a 12,5% se você precisa do dinheiro em 3 anos. O importante é não cair na armadilha de olhar só o rendimento total (tipo 40% em 3 anos vs 70% em 5 anos). Sempre converta para taxas anuais para comparar corretamente. A outra dica que eu dou é assistir a aula do @Raul sobre marcação a mercado, vale muito a pena. Forte abraço e espero ter te ajudado. -
Renda Fixa nos EUA (Treasury Notes x ETFs de Renda Fixa BND / SCHP)
Carlos Filho respondeu o(a) pergunta de Roberto Latanzi Marquez em 💸 Renda Fixa
@Roberto Latanzi Marquez, tudo certo? Sobre sua dúvida do Treasury americano versus ETFs. Para quem está começando no exterior, tenho algumas ponderações: Treasury Note 4,25% 2034 (compra direta): Prós: Rendimento fixo e garantido (4,15% ao ano) Segurança máxima (governo americano) Previsibilidade total dos pagamentos semestrais Sem risco de reinvestimento até 2034 Zero taxa de administração Contras: Baixa liquidez se precisar vender antes (pode ter deságio) Exposição à mesma taxa até 2034 (se juros subirem, você fica "preso" à taxa antiga) Concentração em um único vencimento Valor mínimo de entrada maior (US$1.008,43) ETFs (BND/SCHP) Prós: Diversificação automática (centenas de títulos) Liquidez diária sem grandes deságios Flexibilidade para entrar com valores menores Ajuste automático da carteira (BND vai renovando títulos) SCHP oferece proteção contra inflação americana Contras: Taxa de administração (pequena, mas existe) Rendimento variável (não é fixo como o Treasury) Oscilação de preço mais frequente Para seu objetivo de 10% em renda fixa internacional, uma boa estratégia seria diversificar: 5% em Treasury direto para estabilidade 5% em ETFs (BND/SCHP) para flexibilidade O BND é mais abrangente, enquanto o SCHP te protege da inflação americana. O equilíbrio entre eles depende da sua visão sobre inflação futura (ou o que se imagina dela) nos EUA. Agora mais algumas considerações para você ter em mente, joia? Imposto de Renda - tanto o Treasury direto quanto os ETFs terão a mesma tributação para você no Brasil (15% sobre o ganho de capital quando vender). Porém, nos EUA, os ETFs sofrem retenção na fonte de 30% sobre os dividendos distribuídos, enquanto os juros de Treasuries para não-residentes são isentos de imposto americano. Reinvestimento automático nos ETFs como o BND que reinvestem automaticamente os juros recebidos, enquanto no Treasury você receberá os cupons semestralmente e precisará decidir onde aplicá-los. Estratégia "escadinha" (essa aqui eu gosto de verdade) pois é uma alternativa inteligente seria comprar Treasuries com vencimentos diferentes (2027, 2030, 2034) criando uma "escadinha" que te dá mais flexibilidade. Este Treasury específico tem duration de 7,7, o que significa sensibilidade moderada a mudanças nas taxas de juros. O BND tem duration menor (cerca de 6,5), o que o torna um pouco menos volátil quando os juros mudam. Para diversificação real, poderia considerar adicionar um ETF como o EMB (iShares JP Morgan USD Emerging Markets Bond) que investe em títulos de países emergentes com yield mais atrativo, embora com mais risco. (tudo que tem muito risco eu coloco a bunda na parede). Forte abraço, espero ter te ajudado. -
Comparador de Renda Fixa - Rentabilidade Liquida de Tesouro Prefixado
Carlos Filho respondeu o(a) pergunta de Hugo Gayoso Meira Suassuna Medeiros em 💸 Renda Fixa
@Hugo Gayoso Meira Suassuna Medeiros, tudo bem? Hugo, a diferença entre seu cálculo (12,88% a.a.) e o resultado do comparador (11,90% a.a.) é exatamente de 0,98 pontos percentuais, e tem uma explicação matemática precisa: O que acontece é que o comparador do Sardinha está incluindo todos estes fatores: Taxa de custódia da B3 que é 0,25% ao ano sobre o valor de mercado do título (aproximadamente 0,75% em 36 meses) IOF: Embora não se aplique após 30 dias, o site pode estar considerando para alguns cenários de resgate Metodologia de cálculo diferente pois o site utiliza o método de dias úteis (252 dias por ano) enquanto você provavelmente usou anos exatos (365 dias) Para confirmar que a diferença é mesmo a taxa de custódia + metodologia de cálculo, faça o seguinte: No seu cálculo, vamos subtrair 0,25% ao ano da taxa bruta (14,87% - 0,25% = 14,62%) Aplicando juros compostos: R$1.000 * (1 + 0,1462)^3 = R$1.505,62 Aplicando o IR de 15%: R$1.505,62 - R$75,84 = R$1.429,78 Vamos calcular a taxa equivalente: (R$1.429,78/R$1.000)^(1/3) - 1 = 12,62% a.a. Quando você ajusta para dias úteis em vez de anos cheios, chega muito próximo aos 11,90% apresentados pelo site. O site está correto porque inclui todos os custos reais que você terá, inclusive a taxa de custódia que frequentemente é esquecida nos cálculos manuais. Forte abraço e espero ter ajudado. -
Pontuação dos ativos e Análise da Carteira
Carlos Filho respondeu o(a) pergunta de Caio Freire em 📈 Renda Variável
Mister @Caio Freire, "pode ser uma boa oportunidade para reduzir algumas posições mal avaliadas ao mesmo tempo" Quando mencionei sobre "reduzir posições", não estava sugerindo vender de imediato - foi apenas uma possibilidade para quando você estiver mais confiante no método e ir rebalanceando a carteira, até porque pode ser que você seja um amante de OIBR3, por exemplo, e queira manter na carteira só porque você ama, entende? É tipo eu com Klabin quando comprei e assistia o velho Barsi, até hoje as ações estão lá. O caminho mais prudente é exatamente o que você já planejou: continuar estudando, entender melhor o método, e só depois decidir se e quais posições ajustar. Construir uma carteira alinhada é uma maratona, não uma corrida de 100 metros. Lembre-se disso. Forte abraço e espero ter te ajudado. -
Caro anônimo, um conselho? Assista as aulas do @Raul e aí você nos dirá qual será a tua conclusão de entendimento. Digo isso para que você não faça besteira. Forte abraço e espero ter ajudado.
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Tesouro Selic - Duvida boba
Carlos Filho respondeu o(a) tópico de João Vitor Astori Saletti em 🍺 Baguncinha (Tema livre)
@João Vitor Astori Saletti, exatamente isso! Para o Tesouro Selic, é a mesma regra. O "SELIC+X%" (como SELIC+0,0865% que você viu no seu exemplo) é fixado no momento da compra e permanece inalterado até o vencimento do título. É importante notar que, diferente do IPCA+ onde o spread costuma ser grande (como 7,84%), no Tesouro Selic esse adicional é bem pequeno - geralmente alguns centésimos percentuais. O que vai mudar ao longo do tempo é a própria taxa Selic básica definida pelo Banco Central. Mas seu "contrato" é sempre: Taxa Selic do momento (seja ela qual for) + aquele pequeno percentual fixo que você contratou. Então, se você comprou um Tesouro Selic 2028 a "SELIC+0,0865%", mesmo que a Selic vá de 14,25% para 10% ou para 16%, seu título sempre vai render a Selic vigente + aqueles 0,0865% fixos. Creio que agora consegui te atender, forte abraço. Espero ter ajudado. -
Duvida sobre subscrição
Carlos Filho respondeu o(a) pergunta de Paulo Victor Vieira Amaral em 📈 Renda Variável
É isso aí, meu rei! @Paulo Victor Vieira Amaral -
Pontuação dos ativos e Análise da Carteira
Carlos Filho respondeu o(a) pergunta de Caio Freire em 📈 Renda Variável
@Caio Freire, olhando sua análise pelo Diagrama do Cerrado, percebi alguns pontos interessantes: As suas ações/FIIs com notas baixas (0-1) como KNCR11, CPTS11, BBSE3, KLBN4, BBSA3, TAEE4 e SAPR4 são justamente onde você tem posições significativas. Enquanto FLRY3 e WEGE3, que têm nota máxima (7), você ainda não investiu. Isso sugere que sua carteira atual está desalinhada com os critérios de qualidade do Diagrama. Se você confia na metodologia do curso, faz sentido gradualmente migrar de posições com notas baixas para as com notas altas nos próximos aportes. KLBN4 chama atenção pelo volume (665 ações) com nota apenas 1 - representa uma concentração grande em um ativo mal avaliado pelo Diagrama. CMIG4 tem nota 5 e você tem posição razoável - isso está alinhado, show de bola! Se seu plano é equilibrar com renda fixa, pode ser uma boa oportunidade para reduzir algumas posições mal avaliadas ao mesmo tempo A análise parece correta tecnicamente, mas mostra um desalinhamento entre a qualidade dos ativos (segundo essa metodologia) e sua alocação atual. Forte abraço, espero ter ajudado! -
Duvida sobre subscrição
Carlos Filho respondeu o(a) pergunta de Paulo Victor Vieira Amaral em 📈 Renda Variável
@Paulo Victor Vieira Amaral A Itaúsa periodicamente faz subscrições e a última grande que lembro ocorreu quando adquiriram participação na Aegea Saneamento. Se estamos falando da mesma operação, esse desconto significativo (cerca de 30%) é comum nas subscrições da Itaúsa, que historicamente oferece condições atrativas para seus acionistas. Primeiro, subscrições com descontos significativos (de R$9,45 para R$6,70) geralmente são oferecidas apenas para quem já é acionista da empresa, como direito de preferência. Se você não é acionista atual da Itaúsa, verifique se não está olhando para o preço do "direito de subscrição" sendo vendido no mercado, que é diferente da subscrição em si. Alguns pontos importantes: Essas subscrições são proporcionais às ações que você já possui (direitos de subscrição) O prazo para exercer o direito geralmente é limitado Você pode comprar direitos adicionais no mercado caso queira subscrever mais ações Se você já acompanha a empresa há um ano e gosta do modelo de negócios (holding que controla o Itaú e tem participações em outras empresas como Alpargatas, Aegea, etc.), essa subscrição pode ser uma excelente porta de entrada com preço descontado. A Itaúsa é tradicionalmente uma empresa pagadora de dividendos, com bom histórico de governança e que dá exposição indireta ao setor bancário brasileiro. Forte abraço e esperto ter ajudado. -
Taxa de Administração de FIIs.
Carlos Filho respondeu o(a) pergunta de Ceronny Antônio De Souza Costa em 📈 Renda Variável
@Ceronny Antônio De Souza Costa, boa pergunta! As taxas ideais variam conforme o tipo de fundo, mas vou te dar alguns parâmetros que uso para não pagar mais do que deveria: Para taxas de administração: Fundos DI/Renda Fixa simples: no máximo 0,5% ao ano (idealmente abaixo de 0,3%) Fundos multimercado moderados: até 1,5% ao ano Fundos de ações: até 2% ao ano (embora alguns gestores excelentes cobrem até 3%, aqui mesmo onde opero tem esses, é osso) ETFs: procure abaixo de 0,5% ao ano Quanto à taxa de performance: O padrão do mercado é 20% sobre o que exceder o benchmark (caceteiro isso hehe) O que importa é que tenha um benchmark justo (não adianta performance sobre CDI para um fundo de ações) Alguns fundos têm "marca d'água" (só cobram se superar máxima histórica), o que é positivo Lembre-se: 1% de taxa a mais por ano parece pouco, mas em 10 anos significa aproximadamente 10% a menos no seu patrimônio final. Para fundos simples, quanto menor a taxa, melhor. O ideal mesmo é avaliar o histórico de retorno líquido (já descontadas as taxas) comparado a outros fundos semelhantes e ao benchmark. -
Tesouro Selic - Duvida boba
Carlos Filho respondeu o(a) tópico de João Vitor Astori Saletti em 🍺 Baguncinha (Tema livre)
@João Vitor Astori Saletti, entendi sua dúvida agora. O valor de "X%" que aparece na sua imagem (15,05% no Prefixado, IPCA+7,84%, etc.) é a taxa contratada no momento da compra, e essa taxa específica NÃO muda para o seu título depois que você compra. O que muda diariamente é o preço unitário (PU) do título, que reflete o ágio/deságio. Mas a taxa que você contratou permanece a mesma até o vencimento. Por exemplo: Se você comprar hoje o Tesouro IPCA+ 2029 a IPCA+7,84%, você receberá exatamente IPCA+7,84% se segurar até 2029 Amanhã, esse mesmo título pode estar sendo oferecido a novos compradores por IPCA+7,90% ou IPCA+7,70% Mas o SEU título já está garantido com a taxa de IPCA+7,84% É como se você "travasse" aquela taxa no momento da compra. O que varia depois é apenas o valor de mercado caso queira vender antecipadamente. Isso é uma das grandes vantagens dos títulos de renda fixa - você sabe exatamente qual será seu rendimento se mantiver até o final. -
O tal dos Dividendos Turbinados
Carlos Filho respondeu o(a) pergunta de Paulo Graner em 📈 Renda Variável
Conselho? Primeiro, assiste as aulas do @Raul que você vai entender melhor. Só compra algum ativo depois que terminar o curso e é claro, que não seja opções. Forte abraço e espero ter ajudado. -
Tesouro Selic - Duvida boba
Carlos Filho respondeu o(a) tópico de João Vitor Astori Saletti em 🍺 Baguncinha (Tema livre)
@João Vitor Astori Saletti, Sim, o ágio ou deságio muda constantemente depois que você compra o título. É como o preço de um produto no supermercado - varia conforme a oferta e procura. Seus títulos são "remarcados" todos os dias de acordo com as condições atuais do mercado. Por exemplo, se você comprou um título prefixado a 12% e os juros do mercado sobem para 14%, seu título passa a valer menos (fica com deságio). Se os juros caem para 10%, seu título passa a valer mais (fica com ágio). Isso afeta você em dois momentos: No extrato pois você verá essas oscilações diárias no valor do seu investimento Na venda antecipada se precisar vender antes do vencimento, receberá o valor atual (com ágio ou deságio) O interessante é que, se você segurar até o vencimento, essas oscilações não importam - você receberá exatamente o valor combinado na compra, independente dos ágios e deságios que ocorreram no meio do caminho. -
CRA REDE SIM 17,28% ao ano com Juros Mensais
Carlos Filho respondeu o(a) pergunta de Ariel Nicolas Vargas Pecapedra em 💸 Renda Fixa
Mano, eu gostaria de colocar dois emojis (hahaha e nessa você deu aula), porque tua resposta valeu muito mais a pena kkkkkkk. A comparação é perfeita!