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Americanas (AMER3) pode receber aporte de R$ 24 bi


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A Americanas (AMER3) está prestes a receber uma capitalização de R$ 24 bilhões, de acordo com informações da Folha de S. Paulo. O jornal sugere que um acordo entre acionistas e credores pode ser finalizado ainda hoje (21).

O acordo proposto prevê que os bancos Itaú (ITUB4), Santander (SANB11), Bradesco (BBDC4) e Banco do Brasil (BBAS3) converterão parte de seus créditos em até R$ 12 bilhões em ações da Americanas. No entanto, o Banco Safra parece ter sido excluído da proposta.

O restante dos créditos seguirá o fluxo normal de pagamentos, em parcelas e com descontos, dentro do processo de recuperação, conforme relatado pela Folha.

Além disso, os acionistas Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira investiram até R$ 12 bilhões na empresa. 

Americanas: balanço corrigido

Na semana passada, a Americanas revisou os dados dos balanços dos exercícios de 2021 e 2022. Com isso, a empresa reportou um prejuízo acumulado de R$ 19,149 bilhões. Estes foram os primeiros resultados contábeis após a revelação das fraudes. 

O prejuízo de 2021 foi de R$ 6,237 bilhões, ante um lucro informado inicialmente de R$ 544 milhões. No caso de 2022, cujos valores consolidados não haviam sido apresentados ainda, o prejuízo líquido é de R$ 12,912 bilhões.

Segundo a empresa, a fraude se dava da seguinte forma:

Contratos de VPC (verbas de propaganda cooperada) fictícios eram lançados como redutores de custo de mercadoria vendida, melhorando artificialmente o resultado operacional. A contrapartida era um lançamento redutor da conta de fornecedores;

Operações financeiras de risco sacado eram contratadas para sanar a necessidade de caixa da Companhia e eram indevidamente lançadas na conta de fornecedores, neutralizando o lançamento de VPCs nesta mesma conta;

Os encargos financeiros das operações de risco sacado (e capital de giro) eram também indevidamente lançados na conta de fornecedores, não transitando em contas de resultado e majorando o resultado da Companhia;

Um grande volume de outras despesas diversas (como folha de pagamento e fretes) eram indevidamente capitalizadas;

Operações financeiras de capital de giro de curtíssimo prazo, realizadas para apresentar uma posição irreal de caixa ao final dos trimestres, eram indevidamente lançadas na conta de fornecedores e neutralizadas com o lançamento de VPCs fictícios.

Leia também: Balanços da Americanas (AMER3): CVM vai investigar ausência de opinião da auditoria

Com os ajustes, a Americanas registrou, ao final de 2021, um endividamento bruto de R$ 27,567 bilhões, praticamente todo ele de curto prazo, com dívida líquida de R$ 13,945 bilhões, ante um número fictício de R$ 1,738 bilhão em caixa.

Para o fim de 2022, a dívida líquida da Americanas praticamente dobra, para R$ 26,287 bilhões, enquanto o endividamento bruto considerado é de R$ 37,331 bilhões. Os resultados para os três primeiros trimestres deste ano ainda não foram apresentados.

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Alguém acredita nisso? Existe chance para essa varejista ressuscitar? 

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