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Divisão de Despesas no Casamento: Justiça, Proporcionalidade e Dilemas Financeiros


Lukas Barbosa

Pergunta

Somos eu, minha esposa e três animais em casa. Após um momento de lucidez e meu retorno ao mundo dos investimentos, comecei a me preocupar com uma situação e gostaria não só de ouvir a opinião de vocês, como também receber algumas dicas.

Sempre ganhei mais do que minha esposa e, por isso, sempre paguei uma parte maior das despesas da casa. Achava justo dividir as contas proporcionalmente aos nossos salários. Mesmo quando ela começou a fazer alguns freelas e passou a ganhar o mesmo que eu (ou até algumas centenas de reais a mais) com esses trabalhos fora da CLT, continuei pagando de acordo com nossos ganhos da CLT. Ela nunca reclamou, até o dia em que percebi que essa divisão não era justa. Então, decidimos dividir as contas igualmente, mesmo ela ganhando um pouco a mais.

Mais tarde, troquei de emprego e passei a ganhar mais do que ela novamente. Voltamos ao modelo de divisão proporcional para respeitar a situação financeira dela e, admito, também por uma questão de ego meu. Depois de algum tempo, passei a ganhar o dobro do que ela ganha. Continuamos a dividir as despesas (custos fixos, passivos, consumo, passeios, etc.) de forma proporcional. Em três ocasiões, arquei sozinho com todos os custos fixos: quando ela quis pagar pela sua pós-graduação, quando trocou de emprego e também quando quis montar uma loja de velas (um plano que ela ainda não seguiu adiante). Durante esse processo, cobri a maior parte dos custos de compra de máquinas, produtos, domínio para o site, entre outros.

Porém, quando fomos comprar uma casa, a situação ficou mais complicada. Eu expliquei que precisaria dar a maior parte da entrada, ou seja, todo o meu dinheiro guardado, que era cerca de R$ 40.000,00, além do meu FGTS. Já ela usaria apenas o FGTS dela. Como condição, pedi que ela pagasse à minha mãe um empréstimo de R$ 15.000,00, pois eu queria voltar a investir e precisaria montar minha reserva de emergência novamente. No final, ela disse que não queria seguir com a compra, pois ficaria sem dinheiro para guardar e isso seria muito difícil para ela.

Apresentei outra solução: como eu daria uma entrada maior e pagaria uma parcela maior da casa, poderíamos fazer um contrato que definisse a proporcionalidade dos direitos sobre o imóvel em caso de separação. No entanto, ela não aceitou, alegando que, no futuro, poderia acabar ganhando mais do que eu, e isso seria injusto para ela. No fim, desisti da compra e decidi focar nos meus investimentos, estabelecendo que só destinaria 60% do meu salário para as despesas da casa e guardaria o restante para o meu futuro.

O que eu quero perguntar a vocês é: após tudo isso, a estratégia de continuar destinando 60% do meu salário para as despesas da casa ainda é inteligente? Hoje, eu arco com 68% dos custos gerais e ela com 32%. Vocês poderiam me sugerir outra estratégia? Atualmente, nossos gastos somam R$ 10.000,00, incluindo despesas como aluguel (R$ 1.531, que vai aumentar para R$ 1.750), carro (R$ 2.000), e cartões de crédito (que cobrem compras de mercado, ração para os animais, passeios nos fins de semana — geralmente para comer fora —, alguns poucos passeios extras, e o restante é gasto em consumo, como eletrônicos e compras em marketplaces).

Por favor, me ajudem!

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7 respostas para essa pergunta

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14 horas atrás, Lukas Barbosa disse:

Somos eu, minha esposa e três animais em casa. Após um momento de lucidez e meu retorno ao mundo dos investimentos, comecei a me preocupar com uma situação e gostaria não só de ouvir a opinião de vocês, como também receber algumas dicas.

Sempre ganhei mais do que minha esposa e, por isso, sempre paguei uma parte maior das despesas da casa. Achava justo dividir as contas proporcionalmente aos nossos salários. Mesmo quando ela começou a fazer alguns freelas e passou a ganhar o mesmo que eu (ou até algumas centenas de reais a mais) com esses trabalhos fora da CLT, continuei pagando de acordo com nossos ganhos da CLT. Ela nunca reclamou, até o dia em que percebi que essa divisão não era justa. Então, decidimos dividir as contas igualmente, mesmo ela ganhando um pouco a mais.

Mais tarde, troquei de emprego e passei a ganhar mais do que ela novamente. Voltamos ao modelo de divisão proporcional para respeitar a situação financeira dela e, admito, também por uma questão de ego meu. Depois de algum tempo, passei a ganhar o dobro do que ela ganha. Continuamos a dividir as despesas (custos fixos, passivos, consumo, passeios, etc.) de forma proporcional. Em três ocasiões, arquei sozinho com todos os custos fixos: quando ela quis pagar pela sua pós-graduação, quando trocou de emprego e também quando quis montar uma loja de velas (um plano que ela ainda não seguiu adiante). Durante esse processo, cobri a maior parte dos custos de compra de máquinas, produtos, domínio para o site, entre outros.

Porém, quando fomos comprar uma casa, a situação ficou mais complicada. Eu expliquei que precisaria dar a maior parte da entrada, ou seja, todo o meu dinheiro guardado, que era cerca de R$ 40.000,00, além do meu FGTS. Já ela usaria apenas o FGTS dela. Como condição, pedi que ela pagasse à minha mãe um empréstimo de R$ 15.000,00, pois eu queria voltar a investir e precisaria montar minha reserva de emergência novamente. No final, ela disse que não queria seguir com a compra, pois ficaria sem dinheiro para guardar e isso seria muito difícil para ela.

Apresentei outra solução: como eu daria uma entrada maior e pagaria uma parcela maior da casa, poderíamos fazer um contrato que definisse a proporcionalidade dos direitos sobre o imóvel em caso de separação. No entanto, ela não aceitou, alegando que, no futuro, poderia acabar ganhando mais do que eu, e isso seria injusto para ela. No fim, desisti da compra e decidi focar nos meus investimentos, estabelecendo que só destinaria 60% do meu salário para as despesas da casa e guardaria o restante para o meu futuro.

O que eu quero perguntar a vocês é: após tudo isso, a estratégia de continuar destinando 60% do meu salário para as despesas da casa ainda é inteligente? Hoje, eu arco com 68% dos custos gerais e ela com 32%. Vocês poderiam me sugerir outra estratégia? Atualmente, nossos gastos somam R$ 10.000,00, incluindo despesas como aluguel (R$ 1.531, que vai aumentar para R$ 1.750), carro (R$ 2.000), e cartões de crédito (que cobrem compras de mercado, ração para os animais, passeios nos fins de semana — geralmente para comer fora —, alguns poucos passeios extras, e o restante é gasto em consumo, como eletrônicos e compras em marketplaces).

Por favor, me ajudem!

O @Henrique Magalhães disse tudo. Concordo com ele sobre a ausência de alinhamento. Se vocês são um casal, o ideal é que um lute pelo outro (e por si) e os dois juntos lutem pelo casal. Os pensamentos de vocês não estão se encaixando e, se vocês não resolverem, no futuro, isso pode se tornar um problema maior.

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@Henrique Magalhães e @Karolmara Paula Nunes, tive essa conversa com minha esposa após desistirmos da compra da casa. Disse a ela que cada um de nós deveria guardar pelo menos 40% do nosso salário para investir no futuro. Isso nos protegeria em caso de uma separação ou se transformaria em uma renda conjunta caso continuássemos juntos. Hoje, estou tentando reduzir os gastos com os cartões de crédito para que possamos aproveitar melhor os 60% que destinamos às despesas do casal (custos fixos, viagens, etc.).

Estamos juntos há 7 anos, mas, depois de perceber certas atitudes dela, comecei a me sentir inseguro. Sei que a tia dela é advogada e que a mãe dela acredita que o homem deve ser o provedor e que, em caso de separação, a mulher tem direito a tudo — mesmo que, no nosso casamento, tenhamos optado pela separação de bens.

Eu a amo demais e tenho certeza de que ela também me ama. Já passamos por muitas coisas juntos e ela me ajudou a crescer de várias formas (por mais que eu ainda não seja rico). Ainda assim, tenho medo do que ela possa fazer sob a influência da família, caso um dia nosso relacionamento não dê certo.

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3 minutes ago, Lukas Barbosa disse:

@Henrique Magalhães e @Karolmara Paula Nunes, tive essa conversa com minha esposa após desistirmos da compra da casa. Disse a ela que cada um de nós deveria guardar pelo menos 40% do nosso salário para investir no futuro. Isso nos protegeria em caso de uma separação ou se transformaria em uma renda conjunta caso continuássemos juntos.

Vocês estão alinhados em relação a essa ideia?

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4 minutes ago, Karolmara Paula Nunes disse:

Vocês estão alinhados em relação a essa ideia?

A princípio, sim. Ela disse que investiria os 40% do que sobrasse do salário, mas com a condição de que eu indicasse onde investir, já que ela acha o assunto tedioso. Concordei, mas deixei claro que não mexeria diretamente no dinheiro dela; apenas orientaria sobre o que ela deveria fazer. Esse é um dos motivos pelos quais estou aqui na AUVP: para confrontar o que acredito saber sobre o tema, já que não vou administrar apenas o meu patrimônio.

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On 31/08/2024 at 15:32, Lukas Barbosa disse:

@Henrique Magalhães e @Karolmara Paula Nunes, tive essa conversa com minha esposa após desistirmos da compra da casa. Disse a ela que cada um de nós deveria guardar pelo menos 40% do nosso salário para investir no futuro. Isso nos protegeria em caso de uma separação ou se transformaria em uma renda conjunta caso continuássemos juntos. Hoje, estou tentando reduzir os gastos com os cartões de crédito para que possamos aproveitar melhor os 60% que destinamos às despesas do casal (custos fixos, viagens, etc.).

Estamos juntos há 7 anos, mas, depois de perceber certas atitudes dela, comecei a me sentir inseguro. Sei que a tia dela é advogada e que a mãe dela acredita que o homem deve ser o provedor e que, em caso de separação, a mulher tem direito a tudo — mesmo que, no nosso casamento, tenhamos optado pela separação de bens.

Eu a amo demais e tenho certeza de que ela também me ama. Já passamos por muitas coisas juntos e ela me ajudou a crescer de várias formas (por mais que eu ainda não seja rico). Ainda assim, tenho medo do que ela possa fazer sob a influência da família, caso um dia nosso relacionamento não dê certo.

Olha como sugerido acima , é melhor rever a aula de família porque lá o raul comenta que depois de casado é vcs que vão resolver seus bos e não a família dela ou a sua ( tia advogada, mãe acredita naquilo, etc...).

Se você se sente inseguro mesmo depois de conversar com ela, sugiro contratar uma psicóloga especializada em terapia de casal.  Ela vai ajudar a mediar essa situação. 

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