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Sentimento de sempre está na hora errada


Convidado Anônimo

Pergunta

Parece até hilário mais todas vez que penso em fazer investimentos em algum ativo as coisas parecem está sempre na pior hora para investir, ou a bolsa está em alta (hoje não), em um momento anterior quando estava montando a carteira com bastante dinheiro em caixa a bolsa bateu recordes, ou o dólar hoje está o mais caro na história passando dos R$ 6, justamente no momento que está pensando eu fazer a maior compra de dólar (estou segurando), ou o bitcoin bateu pela primeira vez os 96 mil dólares, comprei um pouco antes dessa subida por volta dos 63 mil dólares mas logo depois subiu pra caramba, dei sorte?! talvez. Mas isso causa um sentimento de "gosto amargo" como se sempre estarei no tempo errado ou pelo menos o sentimento de perda, eu sei que tudo isso pode se resumir ao que é falado no livro a "psicologia do dinheiro" pois os sentimentos afetam muito nossas escolhas, mas as vezes por mais que o sentimento é suprimido pela razão não é suficiente para certas situações como o momento de hoje, eu sei que sou novo nos investimentos talvez não muito jovem na vida pois já estou com 33 anos, então não tenho tempo pra perder, pois tenho que dedicar tempo a família e trabalho e quando sobra um tempinho ter um pouco de lazer o que está difícil e caro, em resumo meus amigos, antes que desista de tudo e compre um terreno no interior para criar boi, o que vocês lidam com isso?

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11 respostas para essa pergunta

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4 horas atrás, Convidado Anônimo disse:

Parece até hilário mais todas vez que penso em fazer investimentos em algum ativo as coisas parecem está sempre na pior hora para investir, ou a bolsa está em alta (hoje não), em um momento anterior quando estava montando a carteira com bastante dinheiro em caixa a bolsa bateu recordes, ou o dólar hoje está o mais caro na história passando dos R$ 6, justamente no momento que está pensando eu fazer a maior compra de dólar (estou segurando), ou o bitcoin bateu pela primeira vez os 96 mil dólares, comprei um pouco antes dessa subida por volta dos 63 mil dólares mas logo depois subiu pra caramba, dei sorte?! talvez. Mas isso causa um sentimento de "gosto amargo" como se sempre estarei no tempo errado ou pelo menos o sentimento de perda, eu sei que tudo isso pode se resumir ao que é falado no livro a "psicologia do dinheiro" pois os sentimentos afetam muito nossas escolhas, mas as vezes por mais que o sentimento é suprimido pela razão não é suficiente para certas situações como o momento de hoje, eu sei que sou novo nos investimentos talvez não muito jovem na vida pois já estou com 33 anos, então não tenho tempo pra perder, pois tenho que dedicar tempo a família e trabalho e quando sobra um tempinho ter um pouco de lazer o que está difícil e caro, em resumo meus amigos, antes que desista de tudo e compre um terreno no interior para criar boi, o que vocês lidam com isso?

Oi Anônimo!

O investidor de RV é um eterno descontente!!  Motivos para o descontentamento:

  • Comprei e o papel subiu - deveria ter comprado mais;
  • Comprei e caiu - deveria ter esperado ou não ter comprado tanto;
  • Vendi e subiu - eu não deveria ter vendido;
  • Pensei em vender mas não vendi e o papel caiu - deveria ter vendido;
  • Pensei em comprar mas não comprei e o papel subiu - deveria ter comprado.

Solução para isso:  não venda nunca; não compre pensando em vender com lucro; comprou?  não olhe a cotação se não estiver interessado em comprar mais.

O importante não é o quanto você tem um determinado papel, mas sim quantas cotas/ações você tem de uma determinada empresa ou FII.

Uma coisa é certa:  quanto mais você tiver, melhor.  Assim sendo, siga investindo.

  • Brabo 3
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Como disse amigo aí acima, o investidor é um eterno infeliz, mesmo na alta ou na baixa existem oportunidades, como diz o Raul o cara é aquele que não compramos, e a pura verdade, por isso temos que montar o preço médio sempre, investir sempre, em bons ativos…

só ver a WEG, é uma empresa que todo mundo fala que tá sempre cara… 

  • Brabo 3
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On 29/11/2024 at 11:29, Convidado Anônimo disse:

Parece até hilário mais todas vez que penso em fazer investimentos em algum ativo as coisas parecem está sempre na pior hora para investir, ou a bolsa está em alta (hoje não), em um momento anterior quando estava montando a carteira com bastante dinheiro em caixa a bolsa bateu recordes, ou o dólar hoje está o mais caro na história passando dos R$ 6, justamente no momento que está pensando eu fazer a maior compra de dólar (estou segurando), ou o bitcoin bateu pela primeira vez os 96 mil dólares, comprei um pouco antes dessa subida por volta dos 63 mil dólares mas logo depois subiu pra caramba, dei sorte?! talvez. Mas isso causa um sentimento de "gosto amargo" como se sempre estarei no tempo errado ou pelo menos o sentimento de perda, eu sei que tudo isso pode se resumir ao que é falado no livro a "psicologia do dinheiro" pois os sentimentos afetam muito nossas escolhas, mas as vezes por mais que o sentimento é suprimido pela razão não é suficiente para certas situações como o momento de hoje, eu sei que sou novo nos investimentos talvez não muito jovem na vida pois já estou com 33 anos, então não tenho tempo pra perder, pois tenho que dedicar tempo a família e trabalho e quando sobra um tempinho ter um pouco de lazer o que está difícil e caro, em resumo meus amigos, antes que desista de tudo e compre um terreno no interior para criar boi, o que vocês lidam com isso?

Os colegas todos já deram ótimas respostas, fica até difícil comentar, mas vou complementar com algumas observações:

1. Só o fato de vc estar investindo já te coloca na frente de 90% (ou mais) da população brasileira; inclusive, tem pesquisas que mostram que mais de 70% das famílias brasileiras estão endividadas. Você tem dinheiro pra investir e fazer os juros compostos trabalharem a seu favor, não contra vc, que é o caso dos endividados (financiamentos, cheque especial, juro da fatura atrasada do cartão e por aí vai).

2. Você está comprando ativos, não passivos. Eu sempre que invisto, por mais que desvalorize, penso: "e se eu tivesse gastado todo esse dinheiro com compras online inúteis? Provavelmente seriam produtos que eu ia usar por pouco tempo ou nem ia usar. Isso sim seria jogar dinheiro fora". Ou: "se eu tivesse financiado um carro mais caro do que o que tenho só pra impressionar os outros, quanto de juro estaria pagando e quanto de gasto mensal a mais eu teria?" Quando vc investe, por mais que possa perder no curto prazo, no longo prazo a tendência é ganhar, pq são ATIVOS (isso, claro, desde q vc aprenda a fazer bons investimentos, e é pra isso que pagou a AUVP);

3. O diagrama do cerrado é uma ferramenta poderosa, a simples ideia dele é extremamente boa e diminui demais o risco de vc fazer aportes demais ou de menos em determinada classe de ativo. Aproveita isso.

4. Como os colegas já disseram, acho que não tem um investidor sequer que esteja 100% satisfeito com as decisões que tomou. Todos poderiam comprar, deixar de comprar ou vender ou deixar de vender na hora errada, quando deveriam ter feito o contrário. O negócio é estarmos em paz sabendo que fizemos o nosso melhor e que NINGUÉM vai acertar todas as vezes, mesmo os investidores bilionários.

5. Quanto à idade, cara, tá muito novo ainda. Vejo vários relatos de pessoas que estão com 40, 50 anos e começando a investir agora - inclusive o colega acima que está com 60. Além disso, a expectativa de vida tá aumentando cada vez mais. Vai investindo tranquilo, do jeito certo que aprendeu no curso, e mesmo que resolva parar daqui 20 anos, vai estar com 53 anos e provavelmente vai ter alcançado um patrimônio até maior do que o esperado.

  • Brabo 2
  • Aí cê deu aula... 2
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On 29/11/2024 at 10:29, Convidado Anônimo disse:

Parece até hilário mais todas vez que penso em fazer investimentos em algum ativo as coisas parecem está sempre na pior hora para investir, ou a bolsa está em alta (hoje não), em um momento anterior quando estava montando a carteira com bastante dinheiro em caixa a bolsa bateu recordes, ou o dólar hoje está o mais caro na história passando dos R$ 6, justamente no momento que está pensando eu fazer a maior compra de dólar (estou segurando), ou o bitcoin bateu pela primeira vez os 96 mil dólares, comprei um pouco antes dessa subida por volta dos 63 mil dólares mas logo depois subiu pra caramba, dei sorte?! talvez. Mas isso causa um sentimento de "gosto amargo" como se sempre estarei no tempo errado ou pelo menos o sentimento de perda, eu sei que tudo isso pode se resumir ao que é falado no livro a "psicologia do dinheiro" pois os sentimentos afetam muito nossas escolhas, mas as vezes por mais que o sentimento é suprimido pela razão não é suficiente para certas situações como o momento de hoje, eu sei que sou novo nos investimentos talvez não muito jovem na vida pois já estou com 33 anos, então não tenho tempo pra perder, pois tenho que dedicar tempo a família e trabalho e quando sobra um tempinho ter um pouco de lazer o que está difícil e caro, em resumo meus amigos, antes que desista de tudo e compre um terreno no interior para criar boi, o que vocês lidam com isso?

A sensação de que o mercado financeiro deveria nos "premiar" é algo que parece nunca desaparecer. Talvez seja natural — afinal, queremos ver os frutos dos nossos esforços. Mas o mercado, como aquele amigo que nunca responde na hora certa, é realista (e um pouco imprevisível). Especialmente no Brasil, a situação atual reforça essa realidade: enquanto o mundo fala em cortar juros, aqui enfrentamos juros em alta e uma bolsa de valores em queda. Vamos na contramão... mais uma vez. Parece que até no mercado financeiro gostamos de fazer "jeitinho brasileiro".

É difícil ignorar o impacto da política econômica nesse cenário. Muitas vezes, parece que tudo é planejado para piorar a situação — quase como se fosse intencional. Talvez seja, quem sabe? Só falta mandar fazer adesivo de "deixa tudo como está". Quanto mais aprendo, mais percebo o quão criativos nossos políticos são... para complicar. Mas, deixando a revolta de lado (antes que isso vire uma sessão de terapia), vamos focar no que realmente importa: o que podemos fazer.

Desde 2017, aprendi que crises vêm e vão, como aquelas visitas chatas que não avisam quando vão embora. São cíclicas. E, por incrível que pareça, é justamente nesses momentos que surgem ativos interessantes. Afinal, não seríamos conhecidos como "o país dos rentistas" se não tivéssemos juros tão altos, não é? Isso cria uma máxima simples: "quem tem mais dinheiro faz mais dinheiro; quem tem menos, faz o que pode". Com os juros nas alturas, quem tem um montante maior pode literalmente "sentar no dinheiro", esperar pacientemente e aproveitar as melhores taxas. É quase como ser o rei do castelo financeiro. Nesse contexto, arriscar na renda variável não faz muito sentido para quem já está confortável com o que acumulou — afinal, por que arriscar quando o jogo já está ganho? Claro, isso se aplica a quem tem dinheiro em um nível que nem sei dizer em voz alta (provavelmente porque nunca vi tanto assim).

Por outro lado, para quem ainda está subindo a escada, é preciso equilibrar os riscos. Uma boa estratégia começa com uma reserva de emergência em reais — afinal, quem mora no Brasil precisa estar preparado para tudo, desde inflação até aquele "imprevisto do mês". Um CDB com retorno de pelo menos 100% do CDI já cumpre bem esse papel. Além disso, é essencial diversificar. Pense em ações, FIIs e também em investimentos no exterior. É como montar uma pizza: quanto mais sabores, mais gostosa (e segura) fica.

ETFs como o VT (Vanguard Total World Stock ETF), para exposição global; VOO (Vanguard S&P 500 ETF) e RSP (Invesco S&P 500 Equal Weight ETF), para diferentes abordagens ao S&P 500; SCHD (Schwab U.S. Dividend Equity ETF) e DHS (WisdomTree U.S. High Dividend Fund), para foco em dividendos; SOXX (iShares Semiconductor ETF), voltado ao setor de tecnologia; e QQQ (Invesco QQQ Trust), que acompanha as empresas da Nasdaq, são boas opções para diversificar sem perder o sono. Assim, seu portfólio fica pronto para surpresas, mas não aquelas ruins.

Outro pilar importante é investir em títulos IPCA+ (Tesouro Direto ou similares). Eles protegem o capital da inflação no longo prazo. Pense neles como seu seguro contra "aquela facada no supermercado". Confesso que ainda estou ajustando a proporção ideal entre renda fixa, variável e investimentos no exterior, mas uma coisa é certa: com 10 a 15 anos de aportes consistentes, qualquer um pode transformar sua vida financeira. É tipo plantar uma árvore: demora, mas a sombra compensa.

Isso faz parte do que gosto de chamar de "A Jornada do Investidor". E como toda jornada, não se trata apenas do destino, mas de quem nos tornamos ao longo do caminho. Livros como "O Homem Mais Rico da Babilônia", de George S. Clason; "Psicologia Financeira", de Morgan Housel; e "A Riqueza da Vida Simples", de Gustavo Cerbasi, ajudam muito. Eles trazem lições práticas e, o melhor, sem precisar de um MBA para entender.

Agora, sobre o tão desejado marco do primeiro milhão, é legítimo sonhar com ele. Mas prepare-se: quando chegar lá, perceberá que o mais importante não é o número, mas o que você aprendeu e construiu no processo. Afinal, a mágica dos juros compostos é incrível, mas só funciona com paciência (e uma boa dose de aportes).

E se seu sonho for comprar uma fazenda e criar gado? Ótimo! Mas antes, avalie se isso realmente faz sentido para você. Se for o caso, vá em frente: compre a fazenda, crie bois, garanta uma área legal para lazer com a família e, claro, destine uma parte do lucro para reinvestimentos. É o equilíbrio entre patrimônio físico, qualidade de vida e crescimento financeiro.

No final, o segredo é simples: mantenha uma estratégia clara e consistente. E nunca se esqueça de que a jornada pode ter altos e baixos, mas o importante é continuar em frente. Afinal, como Warren Buffett sabiamente disse: “O risco vem de não saber o que você está fazendo.” Ou, como diria minha avó: “Não coloque todos os ovos na mesma cesta, a menos que você goste de omeletes acidentais.”

 

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