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Pessoal, tenho lido sobre PGBL (e derivados) ultimamente e está me parecendo uma boa opção pois, além de sempre pagar IR na declaração anual, sempre estou nos famigerados 27,5%...

Queria saber de vcs qual a opinião sobre essas previdências: vantagens e desvantagens.

Vi as vantagens relativas ao come-cotas, tributação regressiva, a questão sucessória e o "abate" no IR. Considerando apenas os 12% sobre os rendimentos tributáveis achei uma excelente ideia, mas não fui a fundo ainda para saber se temos letras miúdas.

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Nunca é bom pagar imposto....rs. Agora, imagine que vc está guardando dinheiro (pensando em longo prazo / + de 10 anos) e quando vc for usufruir dele vai pagar somente 10% (em caso de escolher um PGBL com cobrança de IR regressivo). Ou seja, pagará 10% em vez de pagar 27,5%

Agora, escolha um fundo de PGBL bom, com taxas de adm baixas (máximo 1%) pra alocar.

Exemplo: 

Imagine que vc recebeu 100 mil reais durante o ano (e esse seria o rendimento tributável), e o imposto de 27,5% devido será cobrado sobre ele (ou seja, R$ 27.500). O PGBL permite que vc abata até 12% do rendimento tributável, ou seja, caso vc guarde na previdência 12 mil reais (12% de 100 mil), vc será tributado somente em relação a 88 mil (ou seja, R$ 24.200). Ao final, nesse exemplo vc deixaria de pagar R$3.300 de imposto). Ao usufruir do benefício do PGBL no futuro, pagará 10% de imposto (melhor que pagar 27,5%).

 

 

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38 minutes ago, Caio Henrique De Felice disse:

Pessoal, tenho lido sobre PGBL (e derivados) ultimamente e está me parecendo uma boa opção pois, além de sempre pagar IR na declaração anual, sempre estou nos famigerados 27,5%...

Queria saber de vcs qual a opinião sobre essas previdências: vantagens e desvantagens.

Vi as vantagens relativas ao come-cotas, tributação regressiva, a questão sucessória e o "abate" no IR. Considerando apenas os 12% sobre os rendimentos tributáveis achei uma excelente ideia, mas não fui a fundo ainda para saber se temos letras miúdas.

O PGBL realmente faz mais sentido quando alinhado com um bom planejamento, então vou dar um exemplo prático pra ficar mais claro. Imagine que você tenha uma renda anual de R$ 100.000, tributável, e esteja na faixa de IR de 27,5%. Isso significa que, sem nenhuma dedução, sua base de cálculo para o imposto será R$ 100.000, e você pagará um IR considerável sobre isso. Agora, digamos que você invista R$ 12.000 (12% da sua renda bruta) em um PGBL ao longo do ano. Na hora de fazer a declaração, esses R$ 12.000 são abatidos da sua base de cálculo, que cai de R$ 100.000 para R$ 88.000. Como o imposto incide sobre uma base menor, você paga menos ou aumenta a restituição, dependendo da sua situação. Nessa faixa de 27,5%, a economia pode ser significativa — cerca de R$ 3.300 a menos de imposto só por conta desse investimento.

Agora, imagine que você deixe esse valor aplicado por 10 anos, optando pela tabela regressiva. Durante esse tempo, seu investimento cresce por conta dos juros compostos, e, como não tem come-cotas, o rendimento se acumula sem interrupções. Depois de 10 anos, ao fazer o resgate, a alíquota de IR será de 10% (a menor possível), o que é muito mais vantajoso do que a tributação padrão de aplicações de curto prazo.

Claro, tem o ponto de que o IR no resgate incide sobre o total investido, e não só sobre os rendimentos, mas mesmo assim, o efeito do abatimento inicial e do rendimento acumulado pode superar essa desvantagem, especialmente para quem está pensando no longo prazo.

Ou seja, Caio, é uma estratégia que funciona bem, mas precisa ser usada com consciência e alinhada aos seus objetivos financeiros.

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O que eu já vi de argumentação contrária, quanto a fazer aportes em Previdência (mesmo sendo PGBL), seria no sentido de que a rentabilidade normalmente é baixa, mesmo procurando uma taxa de administração menor (ainda assim terá uma taxinha), e existe a possibilidade do governo alterar as regras antes do período de usufruto e com isso não ter tanto benefício. 

O meu amigo que fez esses contra-argumentos, citava que ele também tem vantagens investindo em empresas pagadoras de dividendos, que são isentos e poderia ter uma rentabilidade melhor no somatório. 

Mas eu mesmo, nos ultimos 2 anos aportei um pouco em PGBL visando esse benefício, esse ano, ainda não me decidi... hehehehe... é que agora estou estruturando a minha carteira de investimento (para a liberdade financeira) e parece que estou mais propenso a aportar na minha carteira do que num PGBL... 

No exemplo, citado pelo @Rodrigo Haddad ( eiiita... vc é parente do Taxade? 😁 ), deixaria de pagar R$ 3.300 de imposto (ou no meu caso, aumentaria esse valor na minha restituição), para isso teria que "imobilizar" R$ 12.000 num fundo que talvez não teria lá essas coisas de rentabilidade... por outro lado, mantendo as regras atuais, quando for usufruir, desde que mantenha o investimento por pelo menos 10 anos, pagará apenas 10% de IR. 

Outra coisa boa é que podemos pedir portabilidade de um fundo para outro, porém, me parece que nessa situação o tempo para a alícota regressiva zera e começa a contar novamente (mas não tenho certeza disso).

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3 minutes ago, Eli Sousa disse:

O que eu já vi de argumentação contrária, quanto a fazer aportes em Previdência (mesmo sendo PGBL), seria no sentido de que a rentabilidade normalmente é baixa, mesmo procurando uma taxa de administração menor (ainda assim terá uma taxinha), e existe a possibilidade do governo alterar as regras antes do período de usufruto e com isso não ter tanto benefício. 

O meu amigo que fez esses contra-argumentos, citava que ele também tem vantagens investindo em empresas pagadoras de dividendos, que são isentos e poderia ter uma rentabilidade melhor no somatório. 

Mas eu mesmo, nos ultimos 2 anos aportei um pouco em PGBL visando esse benefício, esse ano, ainda não me decidi... hehehehe... é que agora estou estruturando a minha carteira de investimento (para a liberdade financeira) e parece que estou mais propenso a aportar na minha carteira do que num PGBL... 

No exemplo, citado pelo @Rodrigo Haddad ( eiiita... vc é parente do Taxade? 😁 ), deixaria de pagar R$ 3.300 de imposto (ou no meu caso, aumentaria esse valor na minha restituição), para isso teria que "imobilizar" R$ 12.000 num fundo que talvez não teria lá essas coisas de rentabilidade... por outro lado, mantendo as regras atuais, quando for usufruir, desde que mantenha o investimento por pelo menos 10 anos, pagará apenas 10% de IR. 

Outra coisa boa é que podemos pedir portabilidade de um fundo para outro, porém, me parece que nessa situação o tempo para a alícota regressiva zera e começa a contar novamente (mas não tenho certeza disso).

Oi Eli, os pontos levantados sobre a previdência fazem sentido, e é bom olhar os prós e contras. A previdência privada, especialmente o PGBL, tem como principal função o planejamento tributário e sucessório, mais do que ser  uma aplicação focada exclusivamente em alta rentabilidade. Quando você investe no PGBL, o grande lance é o benefício fiscal de poder deduzir até 12% da sua renda bruta tributável no IR. Isso gera economia ou aumenta a restituição no curto prazo. No exemplo que foi citado, você deixa de pagar R$ 3.300 de imposto ao aportar R$ 12.000 no fundo. É tipo ganhar uma "ajuda do governo" pra investir esse valor, o que já dá um empurrão. E lá na frente, se usar a tabela regressiva, vai pagar só 10% de imposto sobre o resgate, desde que o investimento tenha ficado pelo menos 10 anos aplicado.

Sobre a rentabilidade: sim, os fundos de previdência têm, em geral, uma taxa de administração, e muitas vezes a performance deles não é a melhor quando comparada a investimentos diretos, como ações de empresas pagadoras de dividendos. Isso acontece porque o foco da previdência é mais voltado pra proteção e planejamento, e não pra ser a estrela da sua carteira. Mas tem um ponto interessante: hoje em dia existem fundos de previdência com gestão ativa, taxa de administração competitiva e até exposição à renda variável, o que pode melhorar a rentabilidade. Além disso, como você comentou, existe a portabilidade entre fundos, o que dá flexibilidade pra buscar alternativas melhores se você não estiver satisfeito com o atual. E só pra esclarecer: no caso da portabilidade, o tempo da tabela regressiva não zera. Ele continua contando a partir do momento do aporte original, o que é uma vantagem.

Agora, comparar PGBL com ações de dividendos é meio "maçãs e laranjas". Ações são ótimas pra compor uma carteira com foco em crescimento e geração de renda passiva, enquanto o PGBL pode ser útil na hora de otimizar seu imposto e organizar a sucessão. Se você tá focado em estruturar sua carteira de investimentos pensando em liberdade financeira, pode ser interessante manter uma parte no PGBL pra aproveitar o benefício fiscal e destinar o restante pra ações, fundos imobiliários ou outros ativos que tenham mais potencial de rentabilidade. É aquele equilíbrio: cada peça tem sua função, e juntas elas fazem sua estratégia funcionar melhor.

No fim, a escolha depende do que você prioriza. O importante é entender bem como cada ferramenta se encaixa nos seus objetivos.

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19 minutes ago, Daniele Vilela disse:

Se você tá focado em estruturar sua carteira de investimentos pensando em liberdade financeira, pode ser interessante manter uma parte no PGBL pra aproveitar o benefício fiscal e destinar o restante pra ações, fundos imobiliários ou outros ativos que tenham mais potencial de rentabilidade. É aquele equilíbrio: cada peça tem sua função, e juntas elas fazem sua estratégia funcionar melhor.

É exatamente assim que faço.....

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Oi Daniele,

Apenas contribuindo nessa conta 

4 minutes ago, Daniele Vilela disse:

Quando você investe no PGBL, o grande lance é o benefício fiscal de poder deduzir até 12% da sua renda bruta tributável no IR. Isso gera economia ou aumenta a restituição no curto prazo. No exemplo que foi citado, você deixa de pagar R$ 3.300 de imposto ao aportar R$ 12.000 no fundo. É tipo ganhar uma "ajuda do governo" pra investir esse valor, o que já dá um empurrão. E lá na frente, se usar a tabela regressiva, vai pagar só 10% de imposto sobre o resgate, desde que o investimento tenha ficado pelo menos 10 anos aplicado.

Usando a calculadora de juros compostos, R$ 12.000 com rentabilidade de 11%aa por 10 anos, daria um total de R$ 34.073,05. 

R$ 34.073,05 (saldo investimento)
-R$ 3.407,30 (10% IR sobre o valor total)
R$ 30.665,75 (líquido ao final de 10 anos)

Por outro lado, se não aportar em PGBL, então teria que pagar os R$ 3.300 de IR, iria sobrar R$ 8.700, se conseguir rentabilidade de 15%aa , no final de 10 anos daria R$ 35.196,35.

R$ 35.196,35 (saldo investimento)

Calculo do possível IR:
R$ 26.496,35 (rentabilidade)
R$ 13.248,17 (vamos considerar que o rendimento foi 50%/50%, dividentos/valorização)
R$ 3.643,25 (IR - 27,5% sobre a suposta valorização e considerando que os dividendos continuem isentos)

R$ 31.553,10 (líquido ao final de 10 anos)

# R$ 887,35

Nesse cenário apresentado, manter rentabilidade de 15% não seria fácil, teria que ser arrojado e consequentemente teria um risco maior.

35 minutes ago, Daniele Vilela disse:

Agora, comparar PGBL com ações de dividendos é meio "maçãs e laranjas". Ações são ótimas pra compor uma carteira com foco em crescimento e geração de renda passiva, enquanto o PGBL pode ser útil na hora de otimizar seu imposto e organizar a sucessão. Se você tá focado em estruturar sua carteira de investimentos pensando em liberdade financeira, pode ser interessante manter uma parte no PGBL pra aproveitar o benefício fiscal e destinar o restante pra ações, fundos imobiliários ou outros ativos que tenham mais potencial de rentabilidade. É aquele equilíbrio: cada peça tem sua função, e juntas elas fazem sua estratégia funcionar melhor.

Sim... concordo com você. Acho que a Previdência, poderia compor a carteira com a parte de Renda Fixa (apesar de conceitualmente não ser), apenas na questão da definição dos percentuais para a diversificação. 

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  • Aí cê deu aula... 1
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