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Dúvida sobre amortização de debêntures


Jhonatan Barbosa Martins

Pergunta

Boa noite pessoal, tudo bom?

Estava assistindo a aula 13 do módulo 3 onde o Raul fala sobre debêntures e ele menciona que as de amortização mensal são ótimas para quem está vivendo de rende, e aí me surgiu a dúvida, essa parte do juros que elas pagam mensalmente, é apenas uma parte do rendimento daquele mês? Sendo assim esse valor que saiu do rendimento deixa de ser considerando no montante, prejudicando assim a rentabilidade total dos juros compostos, como acontece no Tesouro Prefixado/IPCA com juros semestrais?

Perguntando apenas para confirmar meu entendimento 😅

Obrigado!

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1 resposta para essa pergunta

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1 minute ago, Jhonatan Barbosa Martins disse:

Boa noite pessoal, tudo bom?

Estava assistindo a aula 13 do módulo 3 onde o Raul fala sobre debêntures e ele menciona que as de amortização mensal são ótimas para quem está vivendo de rende, e aí me surgiu a dúvida, essa parte do juros que elas pagam mensalmente, é apenas uma parte do rendimento daquele mês? Sendo assim esse valor que saiu do rendimento deixa de ser considerando no montante, prejudicando assim a rentabilidade total dos juros compostos, como acontece no Tesouro Prefixado/IPCA com juros semestrais?

Perguntando apenas para confirmar meu entendimento 😅

Obrigado!

Boa noite, @Jhonatan Barbosa Martins !

Os pagamentos de juros periódicos de debêntures, CRIs e CRAs que são títulos comumente vistos pagando estes juros ou até mesmo títulos do tesouro com pagamentos de cupons de juros, irão pagar sempre o valor total rendido no período e aplicado a dedução de IR se houver (IR no caso que não é aplicável para debêntures incentivadas, CRIs e CRAs).

Um exemplo com números hipotéticos apenas para entender a mecânica da coisa:

Suponha que eu investi em um CRA da empresa Sardinha do Agro. Apliquei R$5.000 e ela possui um pagamento de juros mensais.

Agora vamos imaginar que depois de um mês, chegou a data do pagamento e até essa data foi acumulado um valor de juros de R$200 em cima dos meus R$5.000. Estes R$200 serão pagos integralmente para mim na forma de crédito em conta. E o título volta a render em cima de R$5.000.

Vamos fazer um outro exemplo agora com um título prefixado do tesouro onde eu aportei R$5.000 também e ele paga juros semestrais. Suponhamos que eu apliquei hoje e a data de pagamento do cupom de juros é já no mês que vêm. Aqui fica um adendo que os títulos tanto do tesouro como CRIs, CRAs e debêntures possuem suas regras de pagamento. Vamos pensar então que meu título rendeu neste um mês R$100. Só que o tesouro tem dedução do IR e em um mês, eu ainda estaria pagando a maior alíquota que é de 22,5%. Logo, eu recebo em conta R$77,50.

 

Com isso, podemos fazer as seguintes considerações. A primeira é que títulos com pagamentos juros periódicos não são legais na fase de construção de patrimônio por dois motivos:

1 - Como visto no nosso exemplo do tesouro anteriormente, vai haver deduções de IR em alíquotas mais altas. E isso dá uma atrasada no acúmulo dos juros compostos pois uma parte que seria recebida tem uma rentabilidade perdida;

2 - Existe um risco chamado risco de reinvestimento. Como recebemos juros periodicamente, para fazer os juros compostos funcionarem precisamos reinvestir estes valores. O X da questão reinvestir os valores de forma que eles gerem minimamente a mesma rentabilidade que paga estes juros está oferecendo. Por exemplo, se eu tenho um título prefixado de 14%a.a. me pagando cupom de juros, o ideal seria estes juros serem reinvestidos nos mesmos 14% que é o que aconteceria naturalmente em títulos que não fazem os pagamentos de juros. Só que eu eventualmente não acharei essa oferta de 14%. Na verdade é praticamente impossível. Posso achar rentabilidades menores o que não vai fazer com que eu deixe de ganhar só que agora em um ritmo um pouquinho menor.

 

Agora pensando pelo lado de viver de renda, a história muda da água para o vinho  😅

A parte de reinvestir praticamente não tem muita relevância até porque o objetivo é usufruir da renda. E aqui vem o bônus da previsibilidade. Mesmo que algum título tenha uma dedução de IR eventualmente, as datas de pagamentos são deveras "religiosas" o que dá mais ferramenta para fazermos planejamentos. Ou saberei os meses que terei um valor entrando na conta de forma mais garantida e quiçá com alguma previsibilidade de quanto aproximadamente vai entrar para usufruir.

 

Espero que agregue no tema!

  • Brabo 4
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