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Quem compra meu título de renda fixa quando eu antecipo a venda?


Rafael Dias Dos Santos#5796

Pergunta

Eu quero acreditar que a própria instituição que vendeu o título é quem recompra quando eu resolvo antecipar a venda. Por exemplo, IPCA+ do Tesouro, vence em 2029, eu resolvo vender em 2025 acabo perdendo dinheiro por causa da marcação a mercado. Quem comprou esse título então ganhou dinheiro? Quem foi que comprou esse título, o próprio tesouro direto ou qualquer pessoa pode comprar títulos públicos vendidos antecipadamente? Independentemente da resposta, isso se aplica a qualquer título de renda fixa (CDB, LCA, Tesouro etc)?

Obrigado geenteee :)

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3 respostas para essa pergunta

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1 hora atrás, Rafael Dias Dos Santos#5796 disse:

Eu quero acreditar que a própria instituição que vendeu o título é quem recompra quando eu resolvo antecipar a venda. Por exemplo, IPCA+ do Tesouro, vence em 2029, eu resolvo vender em 2025 acabo perdendo dinheiro por causa da marcação a mercado. Quem comprou esse título então ganhou dinheiro? Quem foi que comprou esse título, o próprio tesouro direto ou qualquer pessoa pode comprar títulos públicos vendidos antecipadamente? Independentemente da resposta, isso se aplica a qualquer título de renda fixa (CDB, LCA, Tesouro etc)?

Obrigado geenteee :)

 

Rafel, quando você decide vender um título do Tesouro antes do vencimento, como o IPCA+ 2029, quem faz a recompra não é o próprio Tesouro. Na verdade, essa venda acontece no mercado secundário, e o preço que você vai receber é calculado com base na marcação a mercado (aquele ajuste que reflete as condições atuais da economia, como a taxa de juros). Quem de fato compra o título pode ser uma instituição financeira ou outro investidor que esteja interessado.

Ou seja, a instituição que aparece como “intermediária” na recompra está apenas facilitando o processo. O dinheiro que você recebe vem de quem está comprando o título nesse mercado.


Quem ganha dinheiro com isso?

Você vende com lucro: Se os juros caíram desde o momento em que você comprou, o valor do seu título aumenta, e você pode vender por um preço maior. Quem comprou o título ainda pode ganhar com os juros contratados até o vencimento.


Você vende com prejuízo: Se os juros subiram, o valor do título caiu, e você vende por menos do que pagou. Nesse caso, quem comprou o título pode estar se aproveitando de um preço mais baixo para lucrar no futuro.

Espero te lhe ajudado!

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2 horas atrás, Rafael Dias Dos Santos#5796 disse:

Independentemente da resposta, isso se aplica a qualquer título de renda fixa (CDB, LCA, Tesouro etc)?

Existem CDBs com liquidez diária, que você pode resgatar a qualquer momento. Já os que não têm essa liquidez precisam ser mantidos até o vencimento, ou você terá que negociar com o banco para resgatar antes, o que pode não ser sempre possível.

LCAs e LCIs: Esses títulos geralmente não podem ser resgatados antes do prazo. Eles são feitos para você segurar até o final, pois não têm um mercado para venda antecipada. Se precisar do dinheiro antes, dependerá do banco aceitar a recompra.

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2 horas atrás, Rafael Dias Dos Santos#5796 disse:

Eu quero acreditar que a própria instituição que vendeu o título é quem recompra quando eu resolvo antecipar a venda. Por exemplo, IPCA+ do Tesouro, vence em 2029, eu resolvo vender em 2025 acabo perdendo dinheiro por causa da marcação a mercado. Quem comprou esse título então ganhou dinheiro? Quem foi que comprou esse título, o próprio tesouro direto ou qualquer pessoa pode comprar títulos públicos vendidos antecipadamente? Independentemente da resposta, isso se aplica a qualquer título de renda fixa (CDB, LCA, Tesouro etc)?

Obrigado geenteee :)

Boa noite, @Rafael Dias Dos Santos#5796 !

Vai depender de qual título foi vendido. 

Quando falamos do tesouro direto, quem recompra o título é próprio governo. Caso você venda em um momento de marcação para baixo, o governo "ganha" pois ele te paga menos do deveria estar valendo seu título em vista que ele está sendo marcado para baixo. Caso a venda seja feita com a marcação feita para cima, o governo adianta um aparte da rentabilidade pois seu título está com o preço real acima do teórico.

A compra de um tesouro só é feita por outros investidores quando os títulos de tesouro são do mercado secundário. Não é tão comum de achar pois comumente adquirimos títulos diretamente do tesouro. Mas existem os títulos de tesouro do mercado secundário que são títulos comprados pelas corretoras para revender. As principais características destes títulos que difere dos títulos que compramos diretamente no tesouro são os prazos e taxas. É muito comum achar títulos que "não existem" no site do tesouro pois são até mesmo emissões exclusivas para corretoras ou são título mais antigos que a corretora compra para fazer essas catiras posteriormente, onde elas obviamente ganham umas taxinhas em cima.

 

Agora no caso de títulos de outros emissores como CDBs, LCIs, LCAs, etc, quem compra nossos títulos quando vendemos antecipadamente são outros investidores. O processo que vai ocorrer de forma mais resumida, é que iremos informar a corretora que queremos vender um título, a corretora por sua vez vai avaliar se o títulos possui liquidez, ou seja, se tem chances de o título ser vendido. Em caso positivo, ela vai colocar o título a venda, vai cobrar por este processo obviamente e depois é aguardar algum investidor comprar. Só então vamos receber algum valor sobre essa venda que normalmente iremos perder rentabilidade e até mesmo capital tanto pelas taxas que a corretora cobra como por uma espécie de marcação a mercado que o título vai sofrer para ele poder ser disponibilizado para venda.

Por este motivo que nestes casos de CDBs, LCIs, LCAs, o ideal é comprar visando levar o título até o vencimento pois a venda antecipada pode gerar uma perda de rentabilidade ou até mesmo capital.

Essas regras só não se aplicam para títulos com a característica de liquidez diária, onde costumamos ver em alguns títulos de CDB assim. E aqui a título de curiosidade, quando um título tem essa característica de liquidez diária, é o próprio emissor que garante a recompra e aqui não há marcação a mercado.

 

Por fim, até poderíamos falar também de CRIs, CRAs e debêntures. Só que estes títulos não possuem liquidez, nem pelos emissores nem para que outros investidores comprem. Então, se compramos um destes títulos, teremos de levar até o vencimento pois as corretoras normalmente nem perdem tempo tentando colocar os mesmos para venda no mercado secundário.

 

Espero que tenha ficado claro!

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