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Pulverização x Diversificação


Diego Silva#7831

Pergunta

No livro "O Investidor Inteligente" de Graham, diz que Warren Buffett considera um erro a diversificação, porque ela diminui o seu potencial de rentabilidade em "grandes projetos".

Porém, na nota de rodapé do livro, diz que se você não é um Buffet, é melhor diversificar, tendo em vista que a sua chance de errar ao "apostar" numa única empresa é enorme e o prejuízo quase certo.

 

Entendo que a diversificação mitiga as perdas, pois quando você investe em mais de uma empresa, aumenta a sua chance de selecionar e incluir algumas boas empresas no seu portifólio de ações. É indubitável que o resultado dessas boas empresas podem compensar os maus resultados das outras, engendrando um equilíbrio e fazendo que sua carteira fique com um balanço positivo. (O livro recomenda os ETFs para o investidor conservador).

Então se a diversificação é o ideal para o investidor pequeno, quais os números de ações adequados na carteira para não ficar pulverizado?

A ideia de pulverização é mencionada, de forma coerente, pela Louise Barsi.

Ela diz que se uma pessoa tem uma capacidade de aporte pequena, não vale a pena ter muitas ações na carteira, porque isto iria fragmentar a sua rentabilidade e prejudicar os seus resultados. (Isto vai + - ao encontro das ideias de Buffett).

Como estabelecer o equilíbrio entre concentração de aportes e diversificação? 

 

Como diz Barsi: o mais importante é o quanto de cotas você consegue obter de ações de uma empresa. Quanto mais barato for as ações e quanto mais concentrado você estiver nos aportes, maior o seu potencial de adquirir mais cotas delas.

 

Editado por Diego Silva#7831
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8 respostas para essa pergunta

Recommended Posts

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51 minutes ago, Diego Silva#7831 disse:

Como estabelecer o equilíbrio entre concentração de aportes e diversificação? 

Oi, Boa noite.

Depois de ler esse livro voce tem que ler/ouvir Ray Dalio, onde ele comenta que o Santo Graal dos investimentos são de 10 a 15 ativos descorrelacionados.

Vou deixar um video do raul que ela fala sobre esse assunto, mas recomendo ler os livros tambem.

 

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8 horas atrás, Diego Silva#7831 disse:

No livro "O Investidor Inteligente" de Graham, diz que Warren Buffett considera um erro a diversificação, porque ela diminui o seu potencial de rentabilidade em "grandes projetos".

Porém, na nota de rodapé do livro, diz que se você não é um Buffet, é melhor diversificar, tendo em vista que a sua chance de errar ao "apostar" numa única empresa é enorme e o prejuízo quase certo.

 

Entendo que a diversificação mitiga as perdas, pois quando você investe em mais de uma empresa, aumenta a sua chance de selecionar e incluir algumas boas empresas no seu portifólio de ações. É indubitável que o resultado dessas boas empresas podem compensar os maus resultados das outras, engendrando um equilíbrio e fazendo que sua carteira fique com um balanço positivo. (O livro recomenda os ETFs para o investidor conservador).

Então se a diversificação é o ideal para o investidor pequeno, quais os números de ações adequados na carteira para não ficar pulverizado?

A ideia de pulverização é mencionada, de forma coerente, pela Louise Barsi.

Ela diz que se uma pessoa tem uma capacidade de aporte pequena, não vale a pena ter muitas ações na carteira, porque isto iria fragmentar a sua rentabilidade e prejudicar os seus resultados. (Isto vai + - ao encontro das ideias de Buffett).

Como estabelecer o equilíbrio entre concentração de aportes e diversificação? 

 

Como diz Barsi: o mais importante é o quanto de cotas você consegue obter de ações de uma empresa. Quanto mais barato for as ações e quanto mais concentrado você estiver nos aportes, maior o seu potencial de adquirir mais cotas delas.

 

Bom dia, @Diego Silva#7831 !

Vamos conceituar alguns pontos e também e em complemento ao nosso amigo @Pablo Rickson.

O conceito de pulverização vem de um modelo antigo antigo como era no começo das corretoras que se tinham taxas de corretagem e custódia. O vídeo que ele indicou deixa isso bem claro.

Outro ponto que também é comentado no vídeo que o Pablo deixou falando sobre quantidade de ativos, é que no final das contas não existe uma quantidade certa de ativos. Claro que podemos alcançar uma quantidade legal que nos faça sentido, mas para isso, essa quantidade precisa ser coerente com nossa realidade, com seus aportes e montante de patrimônio. E mais importante ainda do que isso, penso que se deve considerar dois pontos:

1º - quantidade de ativos que você consiga acompanhar. E isso vale não só para ações mas também para FIIs em carteira. Vamos pensar que seja optado por ter 20 ações e 15 FIIs na carteira para acompanhar. Como sabemos, acompanhar não é abrir broker ou google e ver se a cotação dos ativos está caindo ou subindo. Mas sim acessar o RI das empresas, ler relatórios, interpretar números, ver se os fundamentos estão sendo mantidos, se tem algum ponto de atenção que devemos ter na empresa, alguma mudança considerável, etc. Dado isso e o nosso exemplo, a pergunta é: terei tempo e saco para ler 35 relatórios? Ainda mais considerando que em alguns casos como os FIIs o acompanhamento seja feito de forma trimestral?

2º - Existe um conceito de risco que se divide entre o risco sistemático e não sistemático. Risco sistemático podemos entender um risco que não é mitigado pela diversificação e que afeta o sistema como um todo. Por exemplo, o estouro da pandermia do Covid-19. O risco não sistemático é o risco que conseguimos mitigar pela diversificação pois ele é o risco inerente a uma empresa ou ao setor. No vídeo o Raul dá uma ideia disso quando fala sobre bancos. No exemplo dele, estaríamos investindo em quatro bancos, ou seja, quatro empresa de um mesmo setor. Por mais que os bancos possam ter carteira de clientes diferentes e/ou focos diferentes (por exemplo, Itau voltado mais às PF, BB ao agro), todos ele inevitavelmente estão inserido no mesmo setor. Um evento que afete o setor como um todo como decisões do banco central, mudanças nas taxas de juros, desaquecimento da economia, vai afetar o setor todo independente de quem esteja nele. Tem o outro lado da moeda que como comentei, trata-se do risco da empresa em si. Vamos criar um cenário hipotético com outro setor agora. O setor de energia. Uma crise hídrica em uma determinada região afetou a uma empresa da geração de energia. Ela está deixando de conseguir produzir energia para vender. Ou seja, essa crise hídrica afeta a empresa de geração em questão. Mas não vai afetar diretamente uma outra empresa que é uma transmissora. Ela simplesmente vai comprar energia de outra que tenha para vender, ou seja, uma outra geradora que está em outra região que não deixou de produzir  energia para comerzializar. Note que estamos falando de empresas no mesmo mas que uma delas tem um risco específico dela que não necessariamente afeta diretamente outras empresas. 

Com este segundo ponto, podemos concluir que existem ônus e bônus com relação a ter mais de uma empresa de um mesmo setor na carteira. Além do que foi colocado acima, gosto sempre de reforçar um ponto que também é citado no vídeo do Raul sobre a competição pelo mesmo marketshare. Isso costuma gerar uma falsa visão. Por exemplo, Banco do Brasil por ser muito conhecido pelo agro, gera a falsa impressão que este é o foco dele e que ele não compete diretamente com outros bancos. Mas isso é irreal. Ele está inserido no mesmo setor e briga pelos mesmos clientes que o Itau,, Bradesco e Santander. Toda pessoa e empresa são clientes em potencial para um banco. Isso nos leva a crer que provavelmente quando uma empresa está crescendo, ela está tomando o espaço da outra. 

 

Veja se as explicações fazem sentido e espero que elas agreguem aos seus estudos!

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On 14/03/2025 at 00:03, Pablo Rickson disse:

Oi, Boa noite.

Depois de ler esse livro voce tem que ler/ouvir Ray Dalio, onde ele comenta que o Santo Graal dos investimentos são de 10 a 15 ativos descorrelacionados.

Vou deixar um video do raul que ela fala sobre esse assunto, mas recomendo ler os livros tambem.

 

É interessante perceber que o conceito que o Raul tem sobre pulverização é diferente da concepção que a Louise Barsi tem sobre o mesmo assunto.

Vale a pena conferir o vídeo dela a respeito de pulverização no YouTube.

 

 

 

 

 

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11 horas atrás, Pablo Rickson disse:

sim, pois são estratégias diferentes.

Eu diria que não só estratégias como realidades diferentes no final das contas. 

Por exemplo, o Barsi faz venda de ativos e não investe em renda fia ou FIIs. Mas ele é um cara que tem se somar nossas idades aqui não dá o que ele tem de investir na bolsa e fora que ele um patrimônio bilionário. Ambos os pontos podem parecer que não, mas mudam muito o jogo.

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On 14/03/2025 at 00:03, Pablo Rickson disse:

Oi, Boa noite.

Depois de ler esse livro voce tem que ler/ouvir Ray Dalio, onde ele comenta que o Santo Graal dos investimentos são de 10 a 15 ativos descorrelacionados.

Vou deixar um video do raul que ela fala sobre esse assunto, mas recomendo ler os livros tambem.

 

Essa questão do Santo Graal com 10 a 15 ativos descorrelacionados me deixa com uma dúvida...

Isso aí é levando em conta TODOS os tipos de Investimento ou vale pra cada tipo separadamente?

Exemplo... O cerco é ter de 10 a 15 no TOTAL, independente de quais ativos sejam, ou 10 a 15 pra cada tipo?

Eu faço isso pra cada tipo...

15 ações...

15 FIIs...

No Internacional não chega a tanto até porque a maior parte tá em ETFs...e em Criptos só tenho BTC mesmo.

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4 horas atrás, Nelson Pimentel Carriati disse:

Essa questão do Santo Graal com 10 a 15 ativos descorrelacionados me deixa com uma dúvida...

Isso aí é levando em conta TODOS os tipos de Investimento ou vale pra cada tipo separadamente?

Exemplo... O cerco é ter de 10 a 15 no TOTAL, independente de quais ativos sejam, ou 10 a 15 pra cada tipo?

Eu faço isso pra cada tipo...

15 ações...

15 FIIs...

No Internacional não chega a tanto até porque a maior parte tá em ETFs...e em Criptos só tenho BTC mesmo.

Isso leva em conta TODOS os investimentos ao todo, a somatória tem que totalizar 15 pois tu tem que fazer uma carteira que tenha mão em todo o mundo, tenha um dedo no mercado financeiro como banco, um dedo em seguros, um dedo em serviços básicos, um dedo em comercio, um dedo em tecnologia, um dedo em commodities, (a lista é muito ampla, luxo, farmacêutico, cripto, etc. ) para que se houver uma crise em um setor, tu não sofra com essa questão de forma a sempre estar estável.

Editado por Pablo Rickson
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