Direito de subscrição

[Aurea Horbach]

Quando não quero aumentar o meu patrimônio em um determinado FII, mas o direito de subscrição está abaixo do valor atual da empresa (ou mesmo do valor que eu paguei nas cotas). Sempre vale a pena eu vender as cotas pelo preço maior e exercer meu direito de subscrição?

[Flavio Prado]

Aurea Horbach se você não quer aumentar sua posição de um ativo e o mesmo tem uma subscrição, então você não precisa fazer nada. Se a sua subscrição forem 10 cotas, não faz diferença você vender 10 cotas e exercer seu direito às 10 cotas, sua posição será a mesma no final. Provavelmente você está analisando pelo lado do preço médio ou em um ganho marginal vendendo a R$100,00/cota e comprando a R$99,00/cota de subscrição. Eu particularmente aproveito as subscrições que aparecem (não é recomendação) e faço os balanceamentos da carteira nos aportes seguintes, mas isto sou eu. Vamos ver a opinião do pessoal.

[Flavio Prado]

Aurea Horbach preço médio para nós Holders não é uma informação importante, pois não vamos vender. O importante é o bom estudo das empresas, a diversificação da carteira, aportes constantes e tudo mais que aprendemos na AUVP.

[Flavio Prado]

Aurea Horbach entendo seu ponto e esta é uma avaliação muito individual. Alguns pontos nesta situação são: 1- Algumas vezes o preço da subscrição acaba saindo maior que o preço de mercado, e isto pode ocorrer porque o preço da subscrição é definido com antecedência. E da divulgação até a liquidação da subscrição o valor de mercado pode cair. 2- Se o seu preço médio for menor que o preço de venda para você entrar na subscrição, você vai precisar pagar 20\% de imposto de renda sobre o ganho, e como é FII não há isenção dos R$20mil que temos no caso das ações. E caso o valor do IR a recolher seja menor que R$10,00 você vai precisar deixar anotado para somar a novos lucros futuros e efetuar o pagamento da DARF. 3- Fora a questão do IR sobre o lucro entre preço médio e preço de venda, você precisa avaliar se o ganho que você terá na venda das cotas para entrar na subscrição será um valor significativo ou será trabalho por pouco dinheiro. É muito individual isto.
Como os FIIs estão em queda, na minha carteira os meus preços médios estão altos, então não vejo muita vantagem em vender com prejuízo e comprar. A única vantagem que vejo seria “guardar” este prejuízo para um lucro futuro em FII, mas para poder usar este prejuízo ele precisa estar lançado na declaração anual do imposto de renda. Espero ter ajudado.

[Roberta Brossa Westenberger]

Aurea Horbach tenho uma opinião semelhante a do Flavio. A principio, aproveitaria essa oferta de subscrição e nos aportes seguintes iria rebalanceando a carteira para deixa-la dentro da minha meta.

[Bruno Eugenio]

Comprar para vender e ter uma margem muito pequena, o que geralmente não é o objetivo de quem vê longo prazo não é uma boa ideia.
Pois venderá com um lucro pequeno, terá que gerar DARF depois, um trabalho muito grande para pouca vantagem.
Seria melhor
1 - Subscrever e ir rebalanceando com os aportes ou 2 - Não fazer nada e ser um pouco diluída, isso já diminuiria um pouco essa exposição maior.
Na minha visão a subscrição é muito interessante em fundos, sempre subscrevo para evitar diluições e aproveitar, mas é preciso ver se o fundo está fazendo muitas novas emissões para entender se a administração é boa ou não e qual o caminho eles querem seguir com essa estratégia de muitas emissões.

[Giovanni Araújo]

Na minha humilde opinião, não vejo vantagem alguma com relação a obtenção de um lucro tão pequeno havendo ainda a possibilidade de necessitar gerar uma DARF com o "possível lucro" que você teria, se não quer aumentar a posição com a subscrição, simplesmente deixa ser diluída e não faz nada.
Se for realizar um novo aporte, compra ativos para que essa posição seja rebalanceada da sua carteira e assuma uma posição mais confortável já que está acima da sua porcentagem estratégica.
Se quer aproveitar apenas o preço baixo, subscreve e rebalancea com novos aportes posteriormente, até chegar no percentual que deseja.
Compartilho do mesmo pensamento do Flavio Prado