Diversificação

[Thais Marcuci]

Olá pessoal,

Existe um limite para diversificação de ativos? Existe um número máximo de ações que posso ter em minha carteira?

Pergunto pois, muitas vezes, o diagrama vai orientar pra fazer aporte em empresas que, se eu comprar, o preço médio vai aumentar e ao invés de fazer isso, eu poderia optar por incluir uma nova empresa na carteira que esteja dentro de uma janela de oportunidade ao invés de aumentar o preço médio da que já esta em carteira.

Seguindo por essa lógica, eu buscaria fazer os aportes nas empresas da carteiras, quando elas estivessem em boas janelas de oportunidade ou não tão descoladas do meu preço médio. 

Faz sentido o que eu pensei ou to viajando?

[Eddy Paulini]

7 minutes ago, Thais Marcuci disse:

Olá pessoal,

Existe um limite para diversificação de ativos? Existe um número máximo de ações que posso ter em minha carteira?

Pergunto pois, muitas vezes, o diagrama vai orientar pra fazer aporte em empresas que, se eu comprar, o preço médio vai aumentar e ao invés de fazer isso, eu poderia optar por incluir uma nova empresa na carteira que esteja dentro de uma janela de oportunidade ao invés de aumentar o preço médio da que já esta em carteira.

Seguindo por essa lógica, eu buscaria fazer os aportes nas empresas da carteiras, quando elas estivessem em boas janelas de oportunidade ou não tão descoladas do meu preço médio. 

Faz sentido o que eu pensei ou to viajando?

Boa tarde, @Thais Marcuci !

Vamos ressaltar alguns pontos pois acredito que alguns conceitos precisam ser reafirmado e esclarecidos.

O número máximo ou quantidade de ativos em carteira não existe. Não tem número certo, número mágico, etc. O que você deve se atentar é dois quesitos:

- Quantos ativos você consegue acompanhar? Lembrando que acompanhar os ativos não é abrir um broker ou google e ver a cotação, mas sim ler relatórios, entender os números, avaliar os fundamentos da empresa, etc. E isso vale tanto para ações como para FIIs. Apenas um exemplo hipotético. Se você tiver em sua carteira com 20 ações e 15 FIIs, você terá paciência e tempo para estudar 35 relatórios?

- Quanto mais ativos tivermos em carteira, mais correlação podemos ter entre os ativos e isso tem ônus e bônus. Um ônus é o aumento do risco não sistemático da carteira que é o risco inerente a um ativo ou a um setor como um todo. E quanto mais exposição temos em ativos de um setor, maior será o impacto na nossa carteira pois teremos mais ativos sendo afetados por efeitos adversos daquele setor.

 

Quando você fala sobre preço médio, vamos nos lembrar que uma tendência de longo prazo para bons ativos é que as cotações acompanhem seus resultados. Ou seja, se escolhemos uma boa empresa que entrega resultados consistentes, suas cotações irão subir. Isso fará com que naturalmente o nosso preço médio cresça. Não tem muito como fugir disso e isso não é ruim. Na verdade podemos encarar como um bom sinal de uma empresa que está dando certo em nossa carteira. Focar apenas em preço médio é um conceito mais voltado para quem é trader, pois quer ter um bom preço para vender depois. Como nossa estratégia praticamente não visa venda (exceto exceções próximas a fase de usufruto do patrimônio), não teria muito sentido controlarmos nosso preço. Aqui podemos concluir que dificilmente compraremos uma boa empresa abaixo do nosso PM. Pode ser que aconteça sim conforme fazemos aportes mensais e seguimos o diagrama. Mas não vejo como algo a ser objetivado.

Outro detalhe que me chama atenção é a parte da estratégia de entrar em uma empresa nova quando o preço médio. Isso aparenta de entrar em uma nova empresa mais por especulação do que por decisão de ter escolhido uma empresa consolidada e que possa contribuir com sua carteira e seus objetivos, se tornando sócia de uma empresa sólida. E aqui puxamos de volta um gancho com o que falamos anteriormente. Entrar em muitas empresas aumenta o risco não sistemático e a quantidade de ativos para você acompanhar. 

 

Espero que ajude a refletir!

[Adryan Figueira]

Sua lógica faz sentido, mas é importante ter cuidado com a pulverização excessiva da carteira. Quanto mais empresas você adiciona, mais difícil fica acompanhar todas com atenção e manter um bom nível de conhecimento sobre cada uma.

Diversificação é essencial, mas deve ser feita com critério. Se você for adicionando novas empresas apenas para evitar aumentar o preço médio das que já tem, pode acabar criando um portfólio muito fragmentado, dificultando o acompanhamento e diluindo demais o impacto dos bons ativos. 

O ideal é seguir o planejamento que você criou e manter o foco na estratégia. Se uma empresa que você já possui ainda atende seus critérios e continua sendo um bom investimento, o fato de o preço médio subir não importa muito. O importante é a valorização futura e os fundamentos da empresa.

Se for incluir uma nova ação, faça isso porque ela realmente faz sentido para a sua carteira, não apenas para evitar aumentar o preço médio de outra.

[Adryan Figueira]

2 minutes ago, Eddy Paulini disse:

Boa tarde, @Thais Marcuci !

Vamos ressaltar alguns pontos pois acredito que alguns conceitos precisam ser reafirmado e esclarecidos.

O número máximo ou quantidade de ativos em carteira não existe. Não tem número certo, número mágico, etc. O que você deve se atentar é dois quesitos:

- Quantos ativos você consegue acompanhar? Lembrando que acompanhar os ativos não é abrir um broker ou google e ver a cotação, mas sim ler relatórios, entender os números, avaliar os fundamentos da empresa, etc. E isso vale tanto para ações como para FIIs. Apenas um exemplo hipotético. Se você tiver em sua carteira com 20 ações e 15 FIIs, você terá paciência e tempo para estudar 35 relatórios?

- Quanto mais ativos tivermos em carteira, mais correlação podemos ter entre os ativos e isso tem ônus e bônus. Um ônus é o aumento do risco não sistemático da carteira que é o risco inerente a um ativo ou a um setor como um todo. E quanto mais exposição temos em ativos de um setor, maior será o impacto na nossa carteira pois teremos mais ativos sendo afetados por efeitos adversos daquele setor.

 

Quando você fala sobre preço médio, vamos nos lembrar que uma tendência de longo prazo para bons ativos é que as cotações acompanhem seus resultados. Ou seja, se escolhemos uma boa empresa que entrega resultados consistentes, suas cotações irão subir. Isso fará com que naturalmente o nosso preço médio cresça. Não tem muito como fugir disso e isso não é ruim. Na verdade podemos encarar como um bom sinal de uma empresa que está dando certo em nossa carteira. Focar apenas em preço médio é um conceito mais voltado para quem é trader, pois quer ter um bom preço para vender depois. Como nossa estratégia praticamente não visa venda (exceto exceções próximas a fase de usufruto do patrimônio), não teria muito sentido controlarmos nosso preço. Aqui podemos concluir que dificilmente compraremos uma boa empresa abaixo do nosso PM. Pode ser que aconteça sim conforme fazemos aportes mensais e seguimos o diagrama. Mas não vejo como algo a ser objetivado.

Outro detalhe que me chama atenção é a parte da estratégia de entrar em uma empresa nova quando o preço médio. Isso aparenta de entrar em uma nova empresa mais por especulação do que por decisão de ter escolhido uma empresa consolidada e que possa contribuir com sua carteira e seus objetivos, se tornando sócia de uma empresa sólida. E aqui puxamos de volta um gancho com o que falamos anteriormente. Entrar em muitas empresas aumenta o risco não sistemático e a quantidade de ativos para você acompanhar. 

 

Espero que ajude a refletir!

rapaz, eu achei que a minha resposta tinha sido boa

Ao ler a sua parece uma aula, parabens hahaha

[Thais Marcuci]

20 minutes ago, Eddy Paulini disse:

Outro detalhe que me chama atenção é a parte da estratégia de entrar em uma empresa nova quando o preço médio. Isso aparenta de entrar em uma nova empresa mais por especulação do que por decisão de ter escolhido uma empresa consolidada e que possa contribuir com sua carteira e seus objetivos, se tornando sócia de uma empresa sólida. E aqui puxamos de volta um gancho com o que falamos anteriormente. Entrar em muitas empresas aumenta o risco não sistemático e a quantidade de ativos para você acompanhar. 

Eu tenho algumas empresas que estou estudando e que não tenho em carteira.

Vou recomeçar minha carteira após finalizar o curso e revisa-lo.
Utilizei as ações que já tinha em carteira para estudar os fundamentos e se seguiria aportando em alguma delas ou não, mas num geral, sobrou apenas 2 pra eu seguir aportando, que tem bons critérios. As demais, vão ficar lá, não vou vender, mas também não vou oportar mais.

Acho que a maior dificuldade do novo investidor, ao menos o meu esta sendo, é escolher as empresas para compor a carteira, pois, tem muita empresa boa na bolsa (não vou nem entrar em mercado americano ainda) e estamos em momento que muitas dessas ações estão com bons preços. 

Estou focando em ações pra depois estudar alguns FIIS, que achei mais difícil de analisar do que ações. 

Pensei na questão do preço médio por isso, como praticamente começando do zero, ao inves de aportar nessas 2 empresas que ja estão na minha carteira, que se salvaram na seleção, começar a incluir outras boas empresas que estou avaliando.

 

28 minutes ago, Eddy Paulini disse:

Se você tiver em sua carteira com 20 ações e 15 FIIs, você terá paciência e tempo para estudar 35 relatórios?

Faz total sentido o que você comentou pois, uma coisa é analisar a empresa pra inclusão, outra coisa é monitorar os relatórios e fazer o follow up das atividades dela, pra avaliar se elas se mantém atrativas e dentro dos fundamentos. Eu realmente não tinha me atentado a esse detalhe. 

[Eddy Paulini]

5 minutes ago, Thais Marcuci disse:

Eu tenho algumas empresas que estou estudando e que não tenho em carteira.

Vou recomeçar minha carteira após finalizar o curso e revisa-lo.
Utilizei as ações que já tinha em carteira para estudar os fundamentos e se seguiria aportando em alguma delas ou não, mas num geral, sobrou apenas 2 pra eu seguir aportando, que tem bons critérios. As demais, vão ficar lá, não vou vender, mas também não vou oportar mais.

Acho que a maior dificuldade do novo investidor, ao menos o meu esta sendo, é escolher as empresas para compor a carteira, pois, tem muita empresa boa na bolsa (não vou nem entrar em mercado americano ainda) e estamos em momento que muitas dessas ações estão com bons preços. 

Então você está no caminho certo!

Realmente no começo dá essa euforia mesmo sobre empresas da bolsa e tudo mais. Não dá pra negar que tem mesmo muita coisa boa e dá vontade de sair virando sócio de tudo  😅

Mas não tem problema em começar com pouco. Pode ser uma empresa de cada setor no início e ao longo do tempo, entendo que seja natural a inclusão de uma empresa ou mais de um mesmo setor. As vezes uma empresa começa a ter mais fundamento lá na frente, começa a ganhar mais marketshare e naturalmente nossa estratégia se adequa. Só não acho muito saudável isso ser objetivado de fato. Digo, querer ter mais empresas em dado momento, algo neste sentido. Tudo deve ser melhor compreendido e estudado com carinho.

8 minutes ago, Thais Marcuci disse:

Faz total sentido o que você comentou pois, uma coisa é analisar a empresa pra inclusão, outra coisa é monitorar os relatórios e fazer o follow up das atividades dela, pra avaliar se elas se mantém atrativas e dentro dos fundamentos. Eu realmente não tinha me atentado a esse detalhe. 

Acompanhamento das empresas é fundamental! Mesmo que façamos apenas uma vez por ano, mais no começo do ano onde vemos os fechamentos do exercício anterior, isso demanda tempo. Fora que há quem goste de acompanhar trimestralmente ou tem ativos que necessitam de acompanhamento um pouco mais rigoroso como, por exemplos, os FIIs.

 

[Eddy Paulini]

37 minutes ago, Adryan Figueira disse:

rapaz, eu achei que a minha resposta tinha sido boa

Ao ler a sua parece uma aula, parabens hahaha

Treinei um pouquinho pra isso  😂