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Pergunta

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Estou avaliando a possibilidade em me expor na renda fixa americana e me surgiu uma dúvida com relação aos ETFs de Renda Fixa. Eu não sou de olhar e muito menos me prendar ao gráfico de preço. Porém nesse caso fiquei confuso, obersei que os 'preços' dos ETFs cairám de 2023 pra cá e estão andando de lado. Minha dúvidas são: 

1 - Sei que por serem ETFs estão propensos à volatidade entre outros fatores, porém como é um ativo de renda fixa, não deveria ser uma reta 'constante' para cima(acentuando ou não a inclinação dependendo da taxa de juros)? Por exemplo como é o caso da curva SELIC

2 - Está atrelada à primeira pergunta, mas no caso desses ETFs, o preço não importa e sim o YIELD que envolve o ativo? Por exemplo, é esse YIELD que apresenta a reta constante que se assemelharia à curva SELIC e não o preço do ETF em si. 

3 - Pensando em Marcação à Mercado, esse seria um bom momento de compra, considerando as elevadas taxas de juros? 

Revisei a aula do curso e outras locais e já confirmei que o preço não é o foco e sim o YIELD. Tentei deletar o post mas não tem essa opção e minha dúvida pode ser a dúvida de outra pessoa então ai está. 

Obrigado desde já. 

 

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5 respostas para essa pergunta

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Postado

Bom dia, @João Paulo De Siqueira Buso !

3 horas atrás, João Paulo De Siqueira Buso disse:

1 - Sei que por serem ETFs estão propensos à volatidade entre outros fatores, porém como é um ativo de renda fixa, não deveria ser uma reta 'constante' para cima(acentuando ou não a inclinação dependendo da taxa de juros)? Por exemplo como é o caso da curva SELIC

Acredito que os títulos presentes nestes ETFs possam sofrer de marcação a marcado o que eventualmente faz com que hajam "perdas" (claro que não seria uma perda efetivamente sem vender o título marcado para baixo). E também provavelmente tem a chances de os títulos serem trocados. Ou seja, vender um título para se comprar outro que esteja mais rentável.

Além disso, a composição do ETF pode fazer com que haja uma oscilação a depender do tipo de exposição. Vamos imaginar que o ETF não somente investe em títulos de renda fixa, mas em outros fundos/ETFs que não invistam apenas em renda fixa, ou que invistam em títulos de renda fixa mais voláteis e arriscados, cotas de outros fundos, dentre outros.

3 horas atrás, João Paulo De Siqueira Buso disse:

2 - Está atrelada à primeira pergunta, mas no caso desses ETFs, o preço não importa e sim o YIELD que envolve o ativo? Por exemplo, é esse YIELD que apresenta a reta constante que se assemelharia à curva SELIC e não o preço do ETF em si. 

O Yield que você se refere é a rentabilidade do ETF no caso?

3 horas atrás, João Paulo De Siqueira Buso disse:

3 - Pensando em Marcação à Mercado, esse seria um bom momento de compra, considerando as elevadas taxas de juros?

Objetivando uma marcação, na minha opinião o momento não é ruim. Mas fazer um investimento apenas objetivando a marcação pode não fazer muito sentido.

A marcação a mercado é nada mais do antecipar uma rentabilidade antes do prazo. Mas essa antecipação jamais será superior do que se levarmos o título até o vencimento. Além disso, tem também a questão do reinvestimento do título resgatado pela marcação. O ideal é reinvestir o valor em uma outra aplicação que esteja pagando uma rentabilidade maior para seguir fazendo com que os juros compostos operem. Caso contrário, valeria mais a pena levar o título até o vencimento para receber a rentabilidade contratada.

 

 

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Isso, me refiro à rentabilidade do ETF quando menciono o YIELD. É isso mesmo ou esotu equivocado? 

On 10/04/2025 at 22:15, Eddy Paulini disse:

Bom dia, @João Paulo De Siqueira Buso !

Acredito que os títulos presentes nestes ETFs possam sofrer de marcação a marcado o que eventualmente faz com que hajam "perdas" (claro que não seria uma perda efetivamente sem vender o título marcado para baixo). E também provavelmente tem a chances de os títulos serem trocados. Ou seja, vender um título para se comprar outro que esteja mais rentável.

Além disso, a composição do ETF pode fazer com que haja uma oscilação a depender do tipo de exposição. Vamos imaginar que o ETF não somente investe em títulos de renda fixa, mas em outros fundos/ETFs que não invistam apenas em renda fixa, ou que invistam em títulos de renda fixa mais voláteis e arriscados, cotas de outros fundos, dentre outros.

O Yield que você se refere é a rentabilidade do ETF no caso?

Objetivando uma marcação, na minha opinião o momento não é ruim. Mas fazer um investimento apenas objetivando a marcação pode não fazer muito sentido.

A marcação a mercado é nada mais do antecipar uma rentabilidade antes do prazo. Mas essa antecipação jamais será superior do que se levarmos o título até o vencimento. Além disso, tem também a questão do reinvestimento do título resgatado pela marcação. O ideal é reinvestir o valor em uma outra aplicação que esteja pagando uma rentabilidade maior para seguir fazendo com que os juros compostos operem. Caso contrário, valeria mais a pena levar o título até o vencimento para receber a rentabilidade contratada.

 

 

 

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Postado (edited)

ETF's de renda fixa americana tendem a ter uma linha menos inclinada que ETF's de renda fixa br, por exemplo, pelo modo de funcionamento.

 

Os ETF de renda fixa lá são muitas vezes de distribuição mensal, então, o valor do juros vai acumulando no valor do ativo durante o mês, aí quando os juros do mês são distribuídos o valor sai do preço, então, você tem duas variações na curva:
1 - pelo preço do título (para cima ou para baixo); 2 - pelo acúmulo dos juros rendendo mensalmente; mas a subida causada pelo segundo é revertida a cada pagamento.

 

Gráfico considerando o resultado do LQD, por exemplo, sem considerar os juros que foram distribuídos desde 2023, ou seja, só com base na oscilação dos preços:

 

image.png.05945ef3a724079a0683e84919aaf711.png

 

Gráfico considerando o resultado do LQD, mas considerando os juros que foram distribuídos desde 2023, ou seja, resultado da oscilação do preço + ganhos com juros distribuídos:

 

image.png.098233ce2c1364edcd8a923a46526965.png

 

OBS) Para brasileiro esse segundo gráfico ainda teria curvas mais baixas, ou seja, resultado menor, pq ETF de renda fixa, como demonstrado, tem resultado principalmente pela distribuição de juros, e não pela variação de preço, e a cada distribuição é 30% de IR que vc toma lá fora, então, juros vão incidir sobre um capital menor do que o baseado no gráfico. 

Editado por Victor Hugo da Franca Arantes
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12 horas atrás, Victor Hugo da Franca Arantes disse:

ETF's de renda fixa americana tendem a ter uma linha menos inclinada que ETF's de renda fixa br, por exemplo, pelo modo de funcionamento.

 

Os ETF de renda fixa lá são muitas vezes de distribuição mensal, então, o valor do juros vai acumulando no valor do ativo durante o mês, aí quando os juros do mês são distribuídos o valor sai do preço, então, você tem duas variações na curva:
1 - pelo preço do título (para cima ou para baixo); 2 - pelo acúmulo dos juros rendendo mensalmente; mas a subida causada pelo segundo é revertida a cada pagamento.

 

Gráfico considerando o resultado do LQD, por exemplo, sem considerar os juros que foram distribuídos desde 2023, ou seja, só com base na oscilação dos preços:

 

image.png.05945ef3a724079a0683e84919aaf711.png

 

Gráfico considerando o resultado do LQD, mas considerando os juros que foram distribuídos desde 2023, ou seja, resultado da oscilação do preço + ganhos com juros distribuídos:

 

image.png.098233ce2c1364edcd8a923a46526965.png

 

OBS) Para brasileiro esse segundo gráfico ainda teria curvas mais baixas, ou seja, resultado menor, pq ETF de renda fixa, como demonstrado, tem resultado principalmente pela distribuição de juros, e não pela variação de preço, e a cada distribuição é 30% de IR que vc toma lá fora, então, juros vão incidir sobre um capital menor do que o baseado no gráfico. 

Maravilha, ficou bem claro agora somado com a resposta do Eddy. Valeus 

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