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Pergunta

3 respostas para essa pergunta

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Postado (edited)
21 minutes ago, Ricardo Matias Silvino disse:

Nas aulas só é mencionado a marcação a mercado para títulos do IPCA+ e prefixado, posso está aplicando a marcação a mercado em outros títulos do tesouro direto, ou apenas nestes 2? Ou não vale a pena nos demais?

O outro Tesouro é o Tesouro Selic e esse pode sofrer uma variação nos primeiros dias após a aplicação, mas é praticamente insignificante, ou seja, não é possível fazer marcação a mercado com esse título .

Agora se vc está falando do Renda+ ou Educa+, eles tbm sofrem marcação mercado e quanto maior o prazo mais volátil o título, mas acabam sendo variações do IPCA+.

Editado por Jaimson Bispo
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Postado
On 19/04/2025 at 20:52, Ricardo Matias Silvino disse:

Nas aulas só é mencionado a marcação a mercado para títulos do IPCA+ e prefixado, posso está aplicando a marcação a mercado em outros títulos do tesouro direto, ou apenas nestes 2? Ou não vale a pena nos demais?

Fala @Ricardo Matias Silvino, tudo certo?

Boa pergunta sobre a marcação a mercado! Vamos esclarecer isso com base no material do curso.

A marcação a mercado realmente é explicada no módulo 3 focando nos títulos do Tesouro IPCA+ e Prefixado, mas há um motivo claro para isso. A marcação a mercado acontece principalmente nos títulos que têm uma rentabilidade previamente definida (prefixada) ou parcialmente definida (como no caso do IPCA+, que tem uma parte prefixada).

O Tesouro Selic, por outro lado, não sofre esse efeito de maneira significativa porque sua rentabilidade se ajusta automaticamente à taxa de juros. Como a taxa Selic e o valor do título se ajustam diariamente, não há aquela grande diferença entre a taxa contratada e a taxa vigente que causaria oscilações relevantes no preço.

Em relação aos outros títulos como LCIs, LCAs, CDBs, CRIs e CRAs, a marcação a mercado também existe tecnicamente, mas:

  1. Para títulos como CDBs, LCIs e LCAs, geralmente você mantém até o vencimento, então a marcação a mercado acaba não sendo tão explorada.
  2. Para CRIs e CRAs, existe sim marcação a mercado, mas o material menciona que "é mais árduo para vender seu investimento, uma vez que é necessário buscar a corretora, tentar achar um bom momento para entrar e sair, e nem sempre isso é adequado".

Importante destacar que quando você resgata títulos do Tesouro Direto antes do vencimento, você não está negociando com outros investidores num mercado secundário propriamente dito. Na verdade, você está resgatando diretamente com o Tesouro Nacional, que aplica a marcação a mercado para definir o preço de resgate.

O foco nos títulos do Tesouro Direto acontece porque:

  1. São mais fáceis de visualizar o efeito da marcação a mercado.
  2. O próprio site do Tesouro mostra os gráficos de preço teórico vs preço real.
  3. A liquidez é garantida pelo Tesouro Nacional.

No cenário atual, com a Selic a 14,25% e previsão de queda a partir de 2026, a estratégia de contrafluxo com prefixados longos se torna particularmente interessante, exatamente para aproveitar essa marcação a mercado no futuro quando as taxas caírem.

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  • Aí cê deu aula... 1
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On 19/04/2025 at 20:52, Ricardo Matias Silvino disse:

Nas aulas só é mencionado a marcação a mercado para títulos do IPCA+ e prefixado, posso está aplicando a marcação a mercado em outros títulos do tesouro direto, ou apenas nestes 2? Ou não vale a pena nos demais?

Bom dia, @Ricardo Matias Silvino !

O Tesouro Selic não sofre da marcação a mercado. Os títulos do Tesouro que sofre de forma expressiva da marcação são os Tesouros prefixado e IPCA+. Tesouro Selic na íntegra até tem uma marcação a mercado, mas a curva da variação é muito pequena, na maioria das vezes na casa dos centavos ou dos 20, 30 reais a depender do valor aportado que precisaria ser bem expressivo. Não faria sentido. Por isso dizemos que o Tesouro Selic não sofre da marcação.

Só que aqui tem um porém. Investir pensando em fazer a marcação não faz sentido.

Marcação a mercado é legal, claro, mas não deve ser algo a ser explicitamente objetivado. Em outras palavras, não investimos pensando em fazer a marcação a mercado. O ideal é seguir o contrafluxo e encarar a marcação como um bônus que podemos ter. 

Isso porque, temos o conceito aqui que acho de suma importância reforçar. Marcação a mercado é uma antecipação de rentabilidade. Não é um ganho extra. Normalmente quando falamos da marcação a mercado, pensamos que iremos ganhar um valor maior do que o que teríamos se levar o título até o vencimento. Acontece que isso JAMAIS vai acontecer. Se um título como o prefixado, por exemplo, que sabemos que irá valer nominalmente R$1.000 no vencimento, uma marcação não fará ganharmos estes 1.000 ou um valor superior a isso antes do vencimento. O que acontece na prática é que podemos antecipar um valor antes da hora. Suponhamos o seguinte cenário hipotético (números fictícios apenas para elucidar o conceito):

Comprei um título prefixado hoje a R$600 e daqui a 4 anos no vencimento ele irá valer R$1.000. Na teoria, no primeiro ano meu título estaria valendo R$700, no segundo R$800, no terceiro R$900 e no quarto e último que o vencimento será R$1.000.

Vamos imaginar que no segundo ano onde o título deveria já estar acumulado em R$800, dado a marcação a mercado ele está em R$900. Veja que estamos antecipando em 1 ano o valor de R$900. Esse é o efeito da marcação que podemos ter que além do valor é uma antecipação de rentabilidade.

Por fim, outro ponto que é importante é que no ato da marcação a mercado, é ideal reinvestir o valor a uma taxa que esteja maior do se você levasse o título até o vencimento. Caso contrário, fazendo a marcação sem reinvestir bem o valor ou reinvestindo a uma taxa menor do que se levássemos o título até o vencimento, estaríamos apenas desacelerando os juros compostos.

 

Espero que agregue ao tema!

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