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PGBL _ Como tirar minha mãe dessa furada?


Pergunta

Postado

Olá, Pessoal.

Essa é a minha estréia aqui na comunidade. Começei a pouco tempo nos estudos da AUVP, mas já de cara me deparei com um problema. Nessa história de fraude de INSS descobri ontem, num almoço de domingo, que minha mãe com 76 anos de idade tem 2 anos que por orientação da gerente do banco que ela  está "Investindo" num PGBL. Já tem 52 mil reais nisso e mais 15 mil que ela nem sabe o que é no Itau, mais uma capitalização.  Chegou a me dar uma mistura de felicidade por ela ter pelo menos juntado esse dinheiro, detalhe minha mãe tem muito só a 4ª série, com um misto de desespero por não sber o que fazer agora. Tiro esse dinheiro e coloco num CDB de liquidez diária?

6 respostas para essa pergunta

Recommended Posts

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Postado
30 minutes ago, Convidado Anônimo disse:

Olá, Pessoal.

Essa é a minha estréia aqui na comunidade. Começei a pouco tempo nos estudos da AUVP, mas já de cara me deparei com um problema. Nessa história de fraude de INSS descobri ontem, num almoço de domingo, que minha mãe com 76 anos de idade tem 2 anos que por orientação da gerente do banco que ela  está "Investindo" num PGBL. Já tem 52 mil reais nisso e mais 15 mil que ela nem sabe o que é no Itau, mais uma capitalização.  Chegou a me dar uma mistura de felicidade por ela ter pelo menos juntado esse dinheiro, detalhe minha mãe tem muito só a 4ª série, com um misto de desespero por não sber o que fazer agora. Tiro esse dinheiro e coloco num CDB de liquidez diária?

Olá, tudo bem? Vamos lá?

Essa situação com sua mãe é bem delicada, mas você já deu um grande passo ao identificar o problema. Com base no que aprendemos no Módulo 2 da AUVP, vou te ajudar a entender melhor o PGBL e como proceder.

O PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) é uma modalidade de previdência privada que pode ser vantajosa em alguns casos específicos, mas precisa ser bem compreendida. Conforme explicado na aula 7 do Módulo 2, o PGBL permite abater até 12% da renda bruta tributável no imposto de renda, mas no resgate, o imposto é cobrado sobre o valor total acumulado (investimento + rendimentos). Pode ser vantajoso apenas para quem:

  • Faz declaração completa do Imposto de Renda.
  • Consegue abater até 12% da renda bruta anual.
  • Tem um horizonte de investimento longo.

No caso da sua mãe, com 76 anos e que provavelmente não declara IR no modelo completo, o PGBL geralmente NÃO é uma boa opção, pois:

  • A tributação do PGBL incide sobre o valor TOTAL (principal + rendimentos), não apenas sobre os ganhos.
  • Bancos como o Itaú costumam cobrar taxas altas (3-4% ao ano) que corroem o rendimento.
  • Muitas vezes há taxas de carregamento e de saída que diminuem ainda mais o retorno.

O que você pode fazer para buscar uma alternativa:

  • Solicitar um extrato completo do plano para verificar todas as taxas cobradas.
  • Verificar qual a tabela de tributação escolhida (progressiva ou regressiva) e quanto tempo falta para chegar na menor alíquota.
  • Avaliar a possibilidade de fazer uma PORTABILIDADE para uma instituição que cobre taxas menores (isso não gera incidência de imposto).
  • Se optar pelo resgate, entender que haverá cobrança de imposto sobre todo o valor acumulado.

A estratégia vai depender do prazo que sua mãe pretende usar esse dinheiro. Se for para uso imediato, talvez valha a pena resgatar mesmo pagando o imposto. Se puder esperar, a portabilidade para um plano com taxas menores pode ser uma alternativa.

Infelizmente, é comum que gerentes de banco indiquem PGBLs inadequadamente por causa da comissão que recebem (rebate), sem considerar o perfil do cliente. Fique tranquilo. É normal esse misto de felicidade por ver que ela guardou o dinheiro e, ao mesmo tempo, indignação por ver que foi mal orientada. Infelizmente, isso acontece muito com bancos grandes.
O importante é que agora ela tem alguém que está olhando por ela. Você já fez a parte mais difícil, que é agir com consciência.

Espero ter ajudado! Forte abraço. Conte com a comunidade para te auxiliar com esses pontos.

  • Brabo 2
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Postado
51 minutes ago, Convidado Anônimo disse:

Olá, Pessoal.

Essa é a minha estréia aqui na comunidade. Começei a pouco tempo nos estudos da AUVP, mas já de cara me deparei com um problema. Nessa história de fraude de INSS descobri ontem, num almoço de domingo, que minha mãe com 76 anos de idade tem 2 anos que por orientação da gerente do banco que ela  está "Investindo" num PGBL. Já tem 52 mil reais nisso e mais 15 mil que ela nem sabe o que é no Itau, mais uma capitalização.  Chegou a me dar uma mistura de felicidade por ela ter pelo menos juntado esse dinheiro, detalhe minha mãe tem muito só a 4ª série, com um misto de desespero por não sber o que fazer agora. Tiro esse dinheiro e coloco num CDB de liquidez diária?

Olhando por alto, ela sem entendimento acumulou um bom valor, ainda que por orientação da instituição. Sem juízo de valor se alguém fez por interesse ou não.

Qndo modificar isso, é necessário também que não deixe o dinheiro tão a disposição, colocando o dinheiro partes em CDB e talvez com algum LCI/LCA com vencimento espaçado, certamente vc vai ficar cuidando com ela e monitorando.

 

  • Brabo 3
  • 0
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Ela pretende usar como uma reserva de emergência. Ela ganha um salário mínimo de aposentadoria e meu pai também é aposentado. Eles combinaram dela usar o dinheiro dela para as coisas dela e vem juntando desde sempre. Ela achou que estava fazendo uma poupança e todo mês ela coloca o salário dela nessa previdência. Por um acaso ontem ela falou o que estava fazendo. Ficou preocupada que o banco pudesse também estar fazendo algum desconto indevido e acabou falando sobre esse investimento.

  • Brabo 2
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On 10/04/2025 at 21:55, Joao Antonelli disse:

Tudo certo sim e com você?
Como funciona o agendamento? É só marcar o horário por aquele link da agenda do Google?

 

43 minutes ago, Simone Lobo Galvao disse:

Ela pretende usar como uma reserva de emergência. Ela ganha um salário mínimo de aposentadoria e meu pai também é aposentado. Eles combinaram dela usar o dinheiro dela para as coisas dela e vem juntando desde sempre. Ela achou que estava fazendo uma poupança e todo mês ela coloca o salário dela nessa previdência. Por um acaso ontem ela falou o que estava fazendo. Ficou preocupada que o banco pudesse também estar fazendo algum desconto indevido e acabou falando sobre esse investimento.

Entendi, obrigada pelo esclarecimento.

Neste caso o ideal seria procurar o gerente que fez o PGBL e solicitar a ele que entre em contato com departamento responsável e faça a alteração para o VGBL.

Com certeza colocaram sua mãe em um plano de previdência completamente equivocado. Se fizer o resgate agora vai pagar um absurdo de imposto.

Já fizeram isso uma vez na agência em que eu trabalhava, não foi fácil mas o Gerente Geral da agência deu um jeito de fazer a alteração. Nem que para isso vocês façam um BACEN. Só depois dessa alteração realize o resgate e aplique 80% em um CDB com liquidez diária. O restante deixe disponível em conta corrente para o caso de uma emergência.

Com relação a capitalização verifique se foi uma aplicação única ou se ela paga mensalmente, também qual a vigência do plano. Se estiver perto do vencimento faça o resgate e deixe disponível na conta corrente.

Espero ter ajudado 🙂 

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Postado (edited)
1 hour ago, Simone Lobo Galvao disse:

Ela pretende usar como uma reserva de emergência

Então não deveria estar em PGBL, e sim em alguma coisa de liquidez diária.

26 minutes ago, Sheila Gonçalves Vasconcelos disse:

Se fizer o resgate agora vai pagar um absurdo de imposto

 35% do valor total depositado a menos de 2 anos, reduzindo 5% a cada 2 anos até o mínimo de 10% após 10 anos.

 

1 hour ago, Simone Lobo Galvao disse:

Ela achou que estava fazendo uma poupança e todo mês ela coloca o salário dela nessa previdência

Ela não é obrigada a aportar. O melhor seria pedir para ela parar, e se for o caso acompanhá-la até o banco quando for falar com o gerente.

Só lembre de não ameaçar abrir reclamação no Bacen para evitar que resolvam isso com alguma outra "malandragem" ou sumam com evidências. se for abrir só abra e pronto.

 

Mas sugiro orientá-la a não seguir nenhuma orientação desse gerente até que esclareça tudo o que houve.

Pode ser sim que ele tenha empurrado pra bater meta.

mas pode ser que ele tenha dado as opções ela escolheu sem entender as consequências.

Editado por Mikhail Koslowski
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