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Pergunta

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Opa, CDB, LCI, LCA, CRI, CRA E DEB. também sofrem marcação a mercado igual ao Tesouro Direto? ou nesses casos como que funciona? porque eles não são feitos para valer determinado valor no vencimento, certo? e qual a diferença entre a Liquidez e o Resgate Antecipado? 

Alguém consegue me ajudar? ainda estou com algumas dúvidas referentes a esse assunto...

Desde ja muito obrigado! 😃

 

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5 respostas para essa pergunta

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4 minutes ago, Andrei Kochem disse:

Opa, CDB, LCI, LCA, CRI, CRA E DEB. também sofrem marcação a mercado igual ao Tesouro Direto? ou nesses casos como que funciona? porque eles não são feitos para valer determinado valor no vencimento, certo? e qual a diferença entre a Liquidez e o Resgate Antecipado? 

Alguém consegue me ajudar? ainda estou com algumas dúvidas referentes a esse assunto...

Desde ja muito obrigado! 😃

 

Boa noite, @Andrei Kochem !

Ter uma marcação a mercado até tem. Mas ela tem uma mecânica diferente do Tesouro. O principal diferencial é que o Tesouro garante a recompra dos títulos o que garante a liquidez. Já estes títulos de emissão privada que comentou (CDB, LCI, LCA, etc) depende do intermédio da corretora para dispor os títulos no mercado secundário e aqui que complica pois haverão taxas embutidas e uma marcação a mercado da qual não conseguiremos ter um acompanhamentos visível.

Apenas a título de curiosidade, vou replicar abaixo uma resposta que dei em um outro post que explica um pouco mais sobre essa mecânica da marcação nestes tipos de títulos.

 

Começando pelo conceito de título de mercado primário que nada mais é do que um título que a corretora disponibiliza ao mercado para investidores comprarem. As instituições financeiras emitem títulos, as corretoras pegam estes títulos e colocam a venda. Vamos pegar um exemplo aqui com números hipotéticos de que eu comprei um título prefixado de 15%a.a. com vencimento para daqui a 4 anos.

Logo, eu tenho este meu título nessas condições citadas.

Agora vamos imaginar que por algum motivo qualquer que seja eu não quero mais este título. Pensando que o título só teria seu vencimento para daqui 4 anos, se quiser me desfazer dele antes, eu só conseguirei colocando a venda. Aqui começa o mercado secundário. Vamos pensar que eu tomei essa decisão 2 anos depois de ter comprado o título.

Para ser vendido ao mercado secundário, eu preciso primeiro de tudo informar minha corretora que eu quero me desfazer do título antes do vencimento. A corretora por sua vez fará uma avaliação sobre o título que você quer colocar a venda. Essa avaliação leva em consideração vários critérios. Não conheço todos mas posso citar alguns que é a liquidez do título, ou seja, se é um tipo de título que costuma ter liquidez e que pode ser interessante a ser vendido e que tenha um potencial de compradores. Além disso ela também cobrará um rebate para executar a operação. Outro fator a ser considerado é que o título provavelmente sofrerá alguma marcação a mercado. Isso se deve ao fato do que estará sendo oferecido ao mercado no momento da venda. Vamos seguir com o exemplo onde quero vender antecipadamente meu título de 15%a.a. só que quando eu decido vender, a média de títulos prefixados oferecidos está sendo de 18%.a.a.  Em teoria, meu título teria dificuldade para ser vendido pois a taxa está mais abaixo do que está sendo oferecido mercado a fora. Então, a corretora pode alterar a rentabilidade para uma maior o que resultaria em uma marcação para baixo do meu título, semelhante a lógica que temos na marcação a mercado que aprendemos com o tesouro. Ou seja, para o título pagar uma rentabilidade maior, o preço cai.

Seguindo a linha de raciocínio, vamos agora pensar que meu título foi vendido e vamos ver uns números aleatórios aqui para se entender a ideia.

Aportei R$1.000 no título pagando 15%a.a. Se eu levasse até o vencimento, eu receberia lá R$1.700.

Em 2 anos ele rendeu R$300. Logo, eu tenho em teoria R$1.300. Quando fui mão de alface e resolvi vender, a corretora precificou meu título para R$800 e pagando 18%a.a. para pode gerar liquidez. Veja então que eu em teoria ao invés de receber aqueles R$1.300 que eu teoricamente tinha, irei receber menos dado a precificação além de que a corretora vai cobrar um rebate que não saberemos de quanto será. Aqui que já temos os problemas de se vender via mercado secundário como se pode notar. Reforçando apenas que os números citados aqui e que citarei adiante são fictícios apenas para elucidar melhor o contexto da coisa. Não tem conta exata sendo feita, beleza?

Agora vamos pensar no investidor Juca que está procurando títulos para aportar na renda fixa e ele viu um título de mercado secundário que está pagando 18%a.a. com vencimento para 2 anos e o valor do aporte é de R$800. Veja que aqui é o título o Edison mão de alface de antes colocou para venda. Para o Juca, nada muda. Ele vai comprar um título de R$800, com vencimento para 2  anos pagando os 18%a.a. que resultaria no final os mesmos R$1.700 brutos.

Ou seja, o título que o Juca viu que interessou para aporte teve seu início lá atrás onde um investidor comprou um título no mercado primário, alguém desistiu deste título e que vendê-lo, a corretora precificou o título e o colocou a venda novamente ganhando seus percentuais para executar essa operação. O novo investidor só compra o título e segue o jogo.

 

Espero que a explicação tenha sido clara!

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10 horas atrás, Eddy Paulini disse:

Boa noite, @Andrei Kochem !

Ter uma marcação a mercado até tem. Mas ela tem uma mecânica diferente do Tesouro. O principal diferencial é que o Tesouro garante a recompra dos títulos o que garante a liquidez. Já estes títulos de emissão privada que comentou (CDB, LCI, LCA, etc) depende do intermédio da corretora para dispor os títulos no mercado secundário e aqui que complica pois haverão taxas embutidas e uma marcação a mercado da qual não conseguiremos ter um acompanhamentos visível.

Apenas a título de curiosidade, vou replicar abaixo uma resposta que dei em um outro post que explica um pouco mais sobre essa mecânica da marcação nestes tipos de títulos.

 

Começando pelo conceito de título de mercado primário que nada mais é do que um título que a corretora disponibiliza ao mercado para investidores comprarem. As instituições financeiras emitem títulos, as corretoras pegam estes títulos e colocam a venda. Vamos pegar um exemplo aqui com números hipotéticos de que eu comprei um título prefixado de 15%a.a. com vencimento para daqui a 4 anos.

Logo, eu tenho este meu título nessas condições citadas.

Agora vamos imaginar que por algum motivo qualquer que seja eu não quero mais este título. Pensando que o título só teria seu vencimento para daqui 4 anos, se quiser me desfazer dele antes, eu só conseguirei colocando a venda. Aqui começa o mercado secundário. Vamos pensar que eu tomei essa decisão 2 anos depois de ter comprado o título.

Para ser vendido ao mercado secundário, eu preciso primeiro de tudo informar minha corretora que eu quero me desfazer do título antes do vencimento. A corretora por sua vez fará uma avaliação sobre o título que você quer colocar a venda. Essa avaliação leva em consideração vários critérios. Não conheço todos mas posso citar alguns que é a liquidez do título, ou seja, se é um tipo de título que costuma ter liquidez e que pode ser interessante a ser vendido e que tenha um potencial de compradores. Além disso ela também cobrará um rebate para executar a operação. Outro fator a ser considerado é que o título provavelmente sofrerá alguma marcação a mercado. Isso se deve ao fato do que estará sendo oferecido ao mercado no momento da venda. Vamos seguir com o exemplo onde quero vender antecipadamente meu título de 15%a.a. só que quando eu decido vender, a média de títulos prefixados oferecidos está sendo de 18%.a.a.  Em teoria, meu título teria dificuldade para ser vendido pois a taxa está mais abaixo do que está sendo oferecido mercado a fora. Então, a corretora pode alterar a rentabilidade para uma maior o que resultaria em uma marcação para baixo do meu título, semelhante a lógica que temos na marcação a mercado que aprendemos com o tesouro. Ou seja, para o título pagar uma rentabilidade maior, o preço cai.

Seguindo a linha de raciocínio, vamos agora pensar que meu título foi vendido e vamos ver uns números aleatórios aqui para se entender a ideia.

Aportei R$1.000 no título pagando 15%a.a. Se eu levasse até o vencimento, eu receberia lá R$1.700.

Em 2 anos ele rendeu R$300. Logo, eu tenho em teoria R$1.300. Quando fui mão de alface e resolvi vender, a corretora precificou meu título para R$800 e pagando 18%a.a. para pode gerar liquidez. Veja então que eu em teoria ao invés de receber aqueles R$1.300 que eu teoricamente tinha, irei receber menos dado a precificação além de que a corretora vai cobrar um rebate que não saberemos de quanto será. Aqui que já temos os problemas de se vender via mercado secundário como se pode notar. Reforçando apenas que os números citados aqui e que citarei adiante são fictícios apenas para elucidar melhor o contexto da coisa. Não tem conta exata sendo feita, beleza?

Agora vamos pensar no investidor Juca que está procurando títulos para aportar na renda fixa e ele viu um título de mercado secundário que está pagando 18%a.a. com vencimento para 2 anos e o valor do aporte é de R$800. Veja que aqui é o título o Edison mão de alface de antes colocou para venda. Para o Juca, nada muda. Ele vai comprar um título de R$800, com vencimento para 2  anos pagando os 18%a.a. que resultaria no final os mesmos R$1.700 brutos.

Ou seja, o título que o Juca viu que interessou para aporte teve seu início lá atrás onde um investidor comprou um título no mercado primário, alguém desistiu deste título e que vendê-lo, a corretora precificou o título e o colocou a venda novamente ganhando seus percentuais para executar essa operação. O novo investidor só compra o título e segue o jogo.

 

Espero que a explicação tenha sido clara!

Showw, muito obrigado, esse exemplo seria levando em consideração um título que a liquidez seria apenas no vencimento, ou seja, não se aplicaria a um título de liquidez diária certo? 

Bom mas e se nesse mesmo exemplo teria adquirido o título primordialmente a 18% a.a. e na hora que fosse querer vender o título os pré-fixados estariam em média nos 15% a.a. teria então a possibilidade de ganhar com a marcação a mercado? ou mesmo assim por conta da fatia da corretora isso não funcionária? Ou ficaria no 0x0 (nem ganhava e nem perdia, pois nesse exemplo que você deu na verdade estaria perdendo a rentabilidade + um pedaço do valor que aplicou).

Desde ja muito obrigado.

 

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14 minutes ago, Andrei Kochem disse:

Showw, muito obrigado, esse exemplo seria levando em consideração um título que a liquidez seria apenas no vencimento, ou seja, não se aplicaria a um título de liquidez diária certo? 

Correto. Essa lógica é apenas para títulos com resgate no vencimento. Títulos de liquidez diária a recompra é garantida não havendo taxas extras. Terá apenas a cobrança normal do IR pela tabela regressiva em cima do valor rendido.

15 minutes ago, Andrei Kochem disse:

Bom mas e se nesse mesmo exemplo teria adquirido o título primordialmente a 18% a.a. e na hora que fosse querer vender o título os pré-fixados estariam em média nos 15% a.a. teria então a possibilidade de ganhar com a marcação a mercado? ou mesmo assim por conta da fatia da corretora isso não funcionária? Ou ficaria no 0x0 (nem ganhava e nem perdia, pois nesse exemplo que você deu na verdade estaria perdendo a rentabilidade + um pedaço do valor que aplicou).

Até poderia se ganhar pensando na marcação, mas a fatia da corretora ainda pesaria. Mesmo que não houvesse perda de capital, a rentabilidade seria muito consumida, não valendo a pena. Compensaria levar o título até o vencimento mesmo. 

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so agregando que no app do BTG já aparece a mtm... Exemplo CRA FS FLORESTAL (CRA0240066D)

ao preço unitário R$ 1.006,76 (i.e. comprados em 28/11/2024) AGORA está marcado a R$ 937,63 para resgate (realizando perda)

levando até vencimento em 15/06/2030 remunera pela taxa de compra de 15,3% a.a.

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4 horas atrás, Daniel S disse:

so agregando que no app do BTG já aparece a mtm... Exemplo CRA FS FLORESTAL (CRA0240066D)

ao preço unitário R$ 1.006,76 (i.e. comprados em 28/11/2024) AGORA está marcado a R$ 937,63 para resgate (realizando perda)

levando até vencimento em 15/06/2030 remunera pela taxa de compra de 15,3% a.a.

@Daniel S a única questão quando falamos sobre CRIs e CRAs é que a liquidez é muito baixa. As chances de compras são minúsculas. Tanto que algumas corretoras nem operam em vender estes títulos pois elas sabem que dificilmente tem saída.

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