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Dúvidas (diversificação da carteira de renda variável)


Fabio Aragone

Pergunta

Prezados colegas,
Concluí o curso hoje, mas não compreendi como deve ser feita a diversificação dos ETFs (em termos percentuais). Na aula referente ao tema, o Raul apenas apresentou alguns ETFs e comentou sobre a importância de diversificação, mas não aprofundou o assunto.

Também não ficou claro se devo vender ativos que foram adquiridos em excesso com o propósito de diversificar. No último módulo, o Raul sugeriu que apenas deveríamos vender (de forma gradual) as ações que foram adquiridas sem uma análise fundamentalista adequada e correspondessem a parcela considerável da carteira. Todavia, ele não comentou sobre a venda de ativos que foram adquiridos em excesso, prejudicando a diversificação da carteira.
No caso concreto, 100\% da minha carteira de renda variável (aproximadamente 3 anos de aportes) é composta por ETFs norte-americanos (como o IVV e o QQQ). As dúvidas em questão são: 1) como devo diversificá-los (em termos percentuais)? 2) devo vender algumas cotas com o propósito de diversificar em outros ativo de renda variável (como fundos imobiliários e ações)?

Desde logo, agradeço a contribuição!
Abraços.
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Fabio Aragone Vamos por partes... E se eu tiver me equivocado em alguma observação, certamente alguém virá aqui me corrigir.
Primeiro quanto aos ETFs... Você deu exemplo do IVV. Para mim ele já é uma diversificação, pois investe nas 500 maiores empresas da bolsa americana. Eu, por exemplo, ficaria satisfeito se só tivesse ele na minha carteira.
Claro, dependendo dos seus objetivos e metas, você pode ter outros. Suponha que você goste da área de tecnologia e faça questão de ter em empresas desse setor na carteira. Você pode optar entre e estudar e ter algumas empresas em carteira, ou em comprar um ETF que invista em empresas desse setor, encarando isso não só como uma diversificação, mas também como uma transferência de gestão, já que você vai deixar a cargo do gestor o trabalho de tocar a carteira.
Quanto a parte de ativos em excesso, ele comentou sim, mas talvez não tenha ficado claro. No início do curso a gente faz um teste chamado PIAR, que vai gerar uma carteira recomendada de acordo com nosso perfil de investidor. No final do curso, você pode ou não fazer ajustes nas proporções dos ativos. Após começar a investir, você vai começar a usar o diagrama do Cerrado na aba "carteira", lançando os ativos que você já tem.
Vamos dar um exemplo hipotético para ver se fica claro... Você almeja ter 33\% em renda fixa, 33\% em ações e 34\% em fundos imobiliários. Porém, no momento você tem 50\% em ações e 50\% em fundos imobiliários, ou seja, está com uma categoria em falta e duas em excesso.
Em vez de se desfazer de ações e fundos imobiliários para aportar em renda fixa, você deve manter o que tem e direcionar seus próximos aportes mensais para renda fixa até chegar aos 33\%. Assim, naturalmente suas outras duas posições em ações e fundos imobiliários se ajustarão em 33-33 também.
Assim, sempre que um ativo da sua carteira cair em relação a proporção ideal, você direciona os próximos aportes nele.
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Fabio Aragone complementando a resposta do Renzo Nogueira Margotto, a diversificação e rebalanceamento não devem ser feitos vendendo ativos, e sim aportando naqueles que estão com percentual abaixo da distribuição da sua carteira. Na questão de já termos ativos e estes não estão dentro da estratégia que fizemos pós-curso, vai de cada um vender ou “congelar” aquele ativo “penetra”. Não foi o meu caso quando fiz o curso, acho que na época não tinha nem R$300 em ações rsrsrsrs, mas creio que se tivesse um valor maior acho que deixaria lá sem aportar nos ativos penetra.
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