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Pergunta

Postado

Bom dia! Então vamos lá. Curso finalizado e agora vou fazer meus primeiros aportes, não tenho carteira ainda. Meu PIAR foi equilibrado, a partir dele cheguei numa carteira formada em:

45% RF

25% Ações (sendo diversificada em 8 setores, sendo 20% em bancos e 20% em energia) seria legal nessa parte maior pelo menos 2 empresas destes setores?

10% Fiis

20% Etfs exterior

Seria uma carteira legal?

Em questão das análises, sinto que fico ainda um pouco perdida, mas espero me familiarizar melhor com o decorrer dos estudos, seguindo as orientações do Raul na aula de análises, ainda me vi confusa para decidir entre CPFL, CMIG E ENGIE. OBS.: Comecei por energia elétrica.

CPFL - Dívida de ate 3

CMIG - Tag along 80%

ENGIE - Maior que 3 nos últimos 5 anos ou IPO há menos de 5 anos

vi que não tem azulim nesse setor, é normal do setor mesmo?

E sobre os valores atuais por ação, devo esperar cair ou não?

Por hora a pesquisa ainda esta sendo somente nos indicadores, por ser empresas de ultilidade pública acei mais complexo tambem pesquisas relacionadas a reputação e ri.

 

 

 

 

  • Brabo 3

3 respostas para essa pergunta

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Postado

Bom dia, @Nathane Gabrielly Medeiros !

Antes de tudo, parabéns para conclusão do curso!

2 horas atrás, Nathane Gabrielly Medeiros disse:

25% Ações (sendo diversificada em 8 setores, sendo 20% em bancos e 20% em energia) seria legal nessa parte maior pelo menos 2 empresas destes setores?

Sim e não. Ter mais de uma empresa de um mesmo setor na carteira tem ônus e bônus. O ponto principal é o que chamamos de risco não sistemático que é o risco inerente a uma empresa ou a um setor como um todo.

Quando temos mais de uma empresa do mesmo setor em nossa carteira, aumentamos o nível de impacto que essa ponta da carteira pode sofrer em eventos que afetem aquele setor. Por exemplo, se temos dois bancos e temos um alto índice de inadimplência da população, ambos os bancos vão ser impactados com isso.

Em contrapartida, conseguimos minar os riscos inerentes a uma empresa em específico. Por exemplo, vamos pegar casos relativamente recentes onde o Bradesco estava passando por toda uma reestruturação o que chegou a gerar muitas incertezas no mercado castigando o banco em suas cotações na bolsa. Mas isso não afetou em nada os demais bancões. Perceba que foi um evento específico de um banco que não afetou outros. Dessa maneira, apenas um banco de sua carteira ia dar aquela oscilada e o outro se manteria intacto.

Como comentei, é ônus e bônus. Não tem necessariamente um certo ou errado. O que gosto sempre de frisar nestes casos é que o investidor deve ter ciência de suas decisões e saber o que elas geram. Se ele estiver de acordo com o que ele está trazendo para sua carteira, pode seguir tranquilo!

2 horas atrás, Nathane Gabrielly Medeiros disse:

Seria uma carteira legal?

De modo geral sim. É um percentual bem conservador. 

2 horas atrás, Nathane Gabrielly Medeiros disse:

CPFL - Dívida de ate 3

CMIG - Tag along 80%

ENGIE - Maior que 3 nos últimos 5 anos ou IPO há menos de 5 anos

Dentro destes ativos, já poderíamos eliminar Cemig da vista. Apesar de as ações ON terem tag along de 80% (acredito que você tenha olhado para elas pois as ações PN não tem tag along), o ativo ainda não vale a pena para nós investidores de longo prazo. O free float das ações ON é baixíssimo, mal dando 5% das ações disponíveis para negociação do mercado. Isso mostra que a empresa não está visando novos sócios e quer o controle total. Além disso, um free float baixo gera muitas oscilações abruptas nas cotações o que pode ser ruim para o investidor, tanto na variação do seu patrimônio como pode dificultar entrada e saída no ativo.

Entre CPFL e Engie, ambas são boas empresas na minha opinião. Vai de acordo com o que você ache mais viável na sua estratégia.

Na minha opinião, Engie é uma empresa em estado de maturidade. É um nível de mantimento no mercado onde ela já ganhou muito espaço, talvez tenha dificuldades para crescer mais, mas segue entregando resultados bons e aqui é o segredo da coisa. Uma coisa empresa em estado de maturidade apesar de talvez não crescer mais, tem um um novo desafio que é tão grande quanto que é se manter. E isso é um bom sinal de que a empresa pode estar se mantendo dados seus resultados entregues.

CPFL há quem diga que ainda tem muito espaço para crescimento. Tanto que seus indicadores de CAGR mostram isso aliados também a bons resultados.

Ambas as empresas são viáveis para estudo e possuem uma boa eficiência. Fica a gosto do fregues a escolha Hahhaha

2 horas atrás, Nathane Gabrielly Medeiros disse:

vi que não tem azulim nesse setor, é normal do setor mesmo?

 

Sim, é comum pois normalmente elas pecam no endividamento. É uma característica relativamente comum no setor pois as empresas possuem a RAP (Receita Anual Permitida) que é uma regulamentação do setor que mostra o quanto as empresas podem ter de receita anualmente e isso pode facilitar nas previsões financeiras.

2 horas atrás, Nathane Gabrielly Medeiros disse:

E sobre os valores atuais por ação, devo esperar cair ou não?

 

Dentro do buy and hold que é o que seguimos aqui na AUVP, as cotações não fazem muito sentido. Além de isso poder acarretar riscos. Por exemplo, Podemos esperar as cotações caírem e isso não acontecer fazendo com que fiquemos de fora de um bom ativo. O caro de hoje pode ser o barato de amanhã. Como estamos falando de renda variável, isso perfeitamente plausível.

Outro ponto é que no longo prazo, as cotações dos ativos tendem a acompanhar os lucros. Em outras palavras, se estamos nos associando a uma boa empresa, bem fundamentada e lucrativa, é natural que suas cotações vão crescendo ao longo do tempo.

2 horas atrás, Nathane Gabrielly Medeiros disse:

Por hora a pesquisa ainda esta sendo somente nos indicadores, por ser empresas de ultilidade pública acei mais complexo tambem pesquisas relacionadas a reputação e ri.

Para um entendimento melhor do setor que for estudar, eu gosto muito de fazer a leitura de um documento chamado Formulário de Referência presente no RI das empresas. Não se assuste pois o documento é gigante. Tem formulário de referência que bate 800 páginas fácil. Mas não precisa ler tudo. No índice do documento você verá diversos pontos interessantes como riscos do setor, como a empresa executa sua operação, principais clientes e concorrentes, dentre outros. Isso pode ter ajudar a ter uma visão mais clara e ampla de como funciona o setor e posteriormente juntar essas peças com os números que você vê de indicadores. É preciso um pouquinho mais de prática e vivência nisso, mas ao longo do tempo com os estudos isso se firma e agrega muito nas suas análises.

 

Espero que ajude!

  • Brabo 1
  • Aí cê deu aula... 2
  • 0
Postado (edited)
2 horas atrás, Eddy Paulini disse:

Bom dia, @Nathane Gabrielly Medeiros !

Antes de tudo, parabéns para conclusão do curso!

Sim e não. Ter mais de uma empresa de um mesmo setor na carteira tem ônus e bônus. O ponto principal é o que chamamos de risco não sistemático que é o risco inerente a uma empresa ou a um setor como um todo.

Quando temos mais de uma empresa do mesmo setor em nossa carteira, aumentamos o nível de impacto que essa ponta da carteira pode sofrer em eventos que afetem aquele setor. Por exemplo, se temos dois bancos e temos um alto índice de inadimplência da população, ambos os bancos vão ser impactados com isso.

Em contrapartida, conseguimos minar os riscos inerentes a uma empresa em específico. Por exemplo, vamos pegar casos relativamente recentes onde o Bradesco estava passando por toda uma reestruturação o que chegou a gerar muitas incertezas no mercado castigando o banco em suas cotações na bolsa. Mas isso não afetou em nada os demais bancões. Perceba que foi um evento específico de um banco que não afetou outros. Dessa maneira, apenas um banco de sua carteira ia dar aquela oscilada e o outro se manteria intacto.

Como comentei, é ônus e bônus. Não tem necessariamente um certo ou errado. O que gosto sempre de frisar nestes casos é que o investidor deve ter ciência de suas decisões e saber o que elas geram. Se ele estiver de acordo com o que ele está trazendo para sua carteira, pode seguir tranquilo!

De modo geral sim. É um percentual bem conservador. 

Dentro destes ativos, já poderíamos eliminar Cemig da vista. Apesar de as ações ON terem tag along de 80% (acredito que você tenha olhado para elas pois as ações PN não tem tag along), o ativo ainda não vale a pena para nós investidores de longo prazo. O free float das ações ON é baixíssimo, mal dando 5% das ações disponíveis para negociação do mercado. Isso mostra que a empresa não está visando novos sócios e quer o controle total. Além disso, um free float baixo gera muitas oscilações abruptas nas cotações o que pode ser ruim para o investidor, tanto na variação do seu patrimônio como pode dificultar entrada e saída no ativo.

Entre CPFL e Engie, ambas são boas empresas na minha opinião. Vai de acordo com o que você ache mais viável na sua estratégia.

Na minha opinião, Engie é uma empresa em estado de maturidade. É um nível de mantimento no mercado onde ela já ganhou muito espaço, talvez tenha dificuldades para crescer mais, mas segue entregando resultados bons e aqui é o segredo da coisa. Uma coisa empresa em estado de maturidade apesar de talvez não crescer mais, tem um um novo desafio que é tão grande quanto que é se manter. E isso é um bom sinal de que a empresa pode estar se mantendo dados seus resultados entregues.

CPFL há quem diga que ainda tem muito espaço para crescimento. Tanto que seus indicadores de CAGR mostram isso aliados também a bons resultados.

Ambas as empresas são viáveis para estudo e possuem uma boa eficiência. Fica a gosto do fregues a escolha Hahhaha

Sim, é comum pois normalmente elas pecam no endividamento. É uma característica relativamente comum no setor pois as empresas possuem a RAP (Receita Anual Permitida) que é uma regulamentação do setor que mostra o quanto as empresas podem ter de receita anualmente e isso pode facilitar nas previsões financeiras.

Dentro do buy and hold que é o que seguimos aqui na AUVP, as cotações não fazem muito sentido. Além de isso poder acarretar riscos. Por exemplo, Podemos esperar as cotações caírem e isso não acontecer fazendo com que fiquemos de fora de um bom ativo. O caro de hoje pode ser o barato de amanhã. Como estamos falando de renda variável, isso perfeitamente plausível.

Outro ponto é que no longo prazo, as cotações dos ativos tendem a acompanhar os lucros. Em outras palavras, se estamos nos associando a uma boa empresa, bem fundamentada e lucrativa, é natural que suas cotações vão crescendo ao longo do tempo.

Para um entendimento melhor do setor que for estudar, eu gosto muito de fazer a leitura de um documento chamado Formulário de Referência presente no RI das empresas. Não se assuste pois o documento é gigante. Tem formulário de referência que bate 800 páginas fácil. Mas não precisa ler tudo. No índice do documento você verá diversos pontos interessantes como riscos do setor, como a empresa executa sua operação, principais clientes e concorrentes, dentre outros. Isso pode ter ajudar a ter uma visão mais clara e ampla de como funciona o setor e posteriormente juntar essas peças com os números que você vê de indicadores. É preciso um pouquinho mais de prática e vivência nisso, mas ao longo do tempo com os estudos isso se firma e agrega muito nas suas análises.

 

Espero que ajude!

Muito obrigada Eddy pelos esclarecimentos, sobre 2 empresas do mesmo setor, é que na minha mente 2 opções tem a chance de 1 apenas cair e eu ainda ter outra, ao invés de ter uma e ela cair e eu não ter outra segurando rs não sei se entendeu rs, vou ver o formulário e Free float novamente, mas acho que vou ficar com a ENGIE e CPFL mesmo, pq entre 20% sob o total de ações eu ainda acho que diversificar seria melhor rs 

Assim como nos bancos entrei com Bradesco, Brasil e Itausa, os outros setores serão uma média de 7% em cada um então vai uma empresa só 

incluir no diagrama do cerrado e observar como tudo funciona haha, que comecem os aportes 🫢

Editado por Nathane Gabrielly Medeiros
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54 minutes ago, Nathane Gabrielly Medeiros disse:

Muito obrigada Eddy pelos esclarecimentos, sobre 2 empresas do mesmo setor, é que na minha mente 2 opções tem a chance de 1 apenas cair e eu ainda ter outra, ao invés de ter uma e ela cair e eu não ter outra segurando rs não sei se entendeu

Haha entendi sim!

Você pegou bem o entendimento. É como comentei antes: tem ônus e bônus. Se os bônus lhe sobressaem perante os ônus, não tem problema!

55 minutes ago, Nathane Gabrielly Medeiros disse:

Assim como nos bancos entrei com Bradesco, Brasil e Itausa, os outros setores serão uma média de 7% em cada um então vai uma empresa só 

incluir no diagrama do cerrado e observar como tudo funciona haha, que comecem os aportes 🫢

Só bora!

Se tiver mais dúvidas sobre qualquer tema, é só mandar  =)

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