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Sinais que devemos evitar em uma empresa


Pergunta

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Galera, como vocês estão ?

Ultimamente eu tenho visto muita coisa no mercado, muita empresa está usando as dicas dos livros de Graham e Peter Lynch contra nós, empresa extremamente endividada, tentando uma "reestruturação" enquanto gera mais dívida e não gera lucro, empresa que vendia um core business junto com a ideia de uma "expansão" que nunca deu lucro e agora vendeu essas "expansões" que não deram lucro, sem lucro, isso só volta pro caixa, e o mercado compra e faz subir o preço de tela por causa da mídia paga pela empresa, da pra ver que as empresas estão se vendendo muito bem pro mercado, mas muitas não estão retornando nada, nem em dividendos nem em crescimento nem em lucros, além de estarem se afundando em dividas de longo prazo, emitindo debêntures com prejuízos milionários que duram meses, exemplo uma elétrica muito indicada pelo vovô Barci que vendia a ideia de pagar dividendos no futuro e acabou se vendendo inteira e saindo do Brasil.

Fora as dicas das aulas, eu gostaria que alguém desse uma luz, uma dica que ganhou pela experiência, do tato no mercado no que é possível perceber nos números dessas empresas, além de endividamento alto, falta de dividendos, falta de crescimento e excesso de mídia, como conseguir filtrar essas empresas, ou se precisa contactar funcionários mesmo, e como encontrar notícias negativas sobre a empresa que sejam reais, dicas de como separar o joio do trigo e fugir de falsas promessas do mercado, se alguém puder dar uma dica, alguém com mais vivência, pra evitar essas furadas, seria muito legal da parte de vocês.

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4 respostas para essa pergunta

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7 horas atrás, Bruno Dutra disse:

Galera, como vocês estão ?

Ultimamente eu tenho visto muita coisa no mercado, muita empresa está usando as dicas dos livros de Graham e Peter Lynch contra nós, empresa extremamente endividada, tentando uma "reestruturação" enquanto gera mais dívida e não gera lucro, empresa que vendia um core business junto com a ideia de uma "expansão" que nunca deu lucro e agora vendeu essas "expansões" que não deram lucro, sem lucro, isso só volta pro caixa, e o mercado compra e faz subir o preço de tela por causa da mídia paga pela empresa, da pra ver que as empresas estão se vendendo muito bem pro mercado, mas muitas não estão retornando nada, nem em dividendos nem em crescimento nem em lucros, além de estarem se afundando em dividas de longo prazo, emitindo debêntures com prejuízos milionários que duram meses, exemplo uma elétrica muito indicada pelo vovô Barci que vendia a ideia de pagar dividendos no futuro e acabou se vendendo inteira e saindo do Brasil.

Fora as dicas das aulas, eu gostaria que alguém desse uma luz, uma dica que ganhou pela experiência, do tato no mercado no que é possível perceber nos números dessas empresas, além de endividamento alto, falta de dividendos, falta de crescimento e excesso de mídia, como conseguir filtrar essas empresas, ou se precisa contactar funcionários mesmo, e como encontrar notícias negativas sobre a empresa que sejam reais, dicas de como separar o joio do trigo e fugir de falsas promessas do mercado, se alguém puder dar uma dica, alguém com mais vivência, pra evitar essas furadas, seria muito legal da parte de vocês.

Bom dia, @Bruno Dutra !

Apenas complementando nosso amigo @Heylon Sales.

Vamos começar pensando que notícia não significa nada. Não devemos ater nossas análises em notícias de quaisquer veículos de comunicação. 99,9%.das vezes é burburinho e/ou notícias sem algum tipo de embasamento sólido e muitas vezes de forma isolada. Por exemplo: são uma notícia falando que Petrobras está com o maior DY do planeta. Mas ninguém fala dos resultados dela e que esse DY é sustentável ao longo do tempo ou recorrente.

Dessa forma, partimos para avaliar as empresas em si e o que os números delas nos contam. Aqui temos vários indicadores que vão desde estes que o Heylon comentou como vários outros.

Poderíamos começar inclusive observando se devemos direcionar nosso tempo na análise de uma empresa pegando nossas premissas básicas que aprendemos aqui: setor, TAG along, lucros consistentes nos últimos 10 anos e dívida controlada.

Aqui até aproveito para puxar um gancho sobre a dívida. Perceba que a ênfase é dívida controlada. Para uma empresa é saudável ela ter dívidas pois isso mostra que a empresa segue buscando investimentos, melhorias, atualizações, expansão e crescimento. Mas novamente, buscamos dívidas controladas. Por isso temos uma métrica de convenção de ter indicador dívida líquida sobre EBITDA de até 2. Acima disso, alerta amarelo.

 

Sempre devemos olhar com atenção no que os números das empresas nos dizem. Já considerando que não vamos nos basear em notícias, vamos focar em relatórios das empresas que também podem conter uma firulas para tentar enfeitar o pavão. Palavras da administração tentando apaziguar ou direcionar a atenção para outros pontos tentando deixar de lado o que aconteceu que não foi tão legal, mas os números não mentem. Observar métricas de crescimento como CAGR, a evolução da dívida ao longo do tempo, no que essas dívidas estão resultando, se está gerando mais receita, redução de custos após um determinado prazo, margem e indicadores de eficiência, etc. E eu não colocaria nesse bolo o DY. Se você está em uma fase de acúmulo de patrimônio, DY não significa nada pois só iremos reinvestir o que recebemos. DY só faz mais sentido para quem já está na fase de usufruto pois vai usar aquele dinheiro para só e não devolver à carteira.

Por fim,.gostaria de fazer uma última ressalva sobre ver/acompanhar o que outros investidores fazem como, por exemplo, a citação do Barsi. Não tem como negar que ele é um tremendo investidor, que construiu algo grande e que tem suas estratégias. Mas essas estratégias vem junto de uma vivência ímpar que ele teve bem como uma realidade totalmente. Não faz sentido aplicar estratégias e vieses que hoje ele faz sendo um bilionário com seu patrimônio e objetivo com a gente que muitas vezes nem sequer chegou no primeiro milhão. As estratégias e os vieses são completamente diferentes não sendo passíveis de comparação ou uso direto.

Por este motivo sempre enfatizamos os estudos que abordam uma gama de conhecimentos bem grande para que cada um de nós Monte a estratégia que nós faça sentido. 

 

Espero que agregue ao tema!

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@Bruno Dutra , Bom dia!

De fato, tem 4 indicadores que vai deixar isso bem claro para você,

  • Dívida líquida = é o quanto ela realmente deve depois de tirar o que ela tem em caixa (Você vê o quanto ela tá mal)
  • Dívida/ebitida = é em quantos anos da operação dela ela vai conseguir pagar essa dívida
  • ROE = é a rentabilidade dela baseada no patrimônio.
  • ROIC = (Aqui igual você comentou sobre os debentures e as dívidas emitidas pela empresa) Se esse dinheiro pego emprestado está sendo realmente bem aplicado, aí você compara a dívida, vê se ela tem título de dívida, e vê se está gerando lucro com essa dívida.
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@Eddy Paulini é essa abordagem que eu estou procurando, dentro e fora dos indicadores, pra blindar um pouco a mente, não sei se é pelo em ovo, porque enquanto a gente analisa, se percebe que muita coisa que aparece nos livros que lemos de grandes investidores estão sendo usadas como isca, empresa fazendo recompra de ação com preço de tela alto, anunciando uma reestruturação ou um investimento em um setor de "grande potencial" pra justificar uma alavancagem excessiva, mas com o pavão muito enfeitado, sem resultado sólido, só pra bater com alguns fundamentos que a gente acaba buscando, e tem empresa que eu vejo e acabo acompanhando sem nunca aportar nela a pelo menos dois anos desse jeito, depois a empresa vende essa "expansão" com certo prejuízo, perdendo mais ainda se contar a inflação do período, mas pro mercado de curto prazo da mídia, ela foi genial por que está se "reestruturando", depois você vê ela em uma forte "alta", de 10-15% depois de 1 ano em baixa no mercado com mais de 40% de queda no preço de tela, por ex, tem uma com: com ROE -139%, P/VP de 2, PL negativo e DIV/EBIT de 7 margem líquida -25%, dando prejuízo a mais de 1 ano, com notícia positiva e Youtuber falando direto na "oportunidade"(o pior é que é real), ou aquela empresa esperando o "milagre da Selic" pra baixar a dívida, e cada subida da selic é uma pancada no endividamento, e ela segue fazendo mais emissão de debêntures de longo prazo, com a empresa em forte prejuízo a mais de 1 ano, é isso que acaba confundindo, a gente lê na mídia como se fosse tudo positivo, as ações sobem no curto prazo, mas a empresa só está desesperada procurando capitalização.

Como você citou, realmente os números dificilmente mentem, salvo poucos casos de fraude, tipo americanas ou o da irb, mas ultimamente é muito difícil blindar a mente, eu procuro outras coisas fora da minha carteira, pra analisar setores e concorrência, talvez até uma oportunidade, o exemplo que eu dei, é real e é um caso óbvio pra cair fora, mas tem muita mídia paga pegando os iniciantes, ultimamente estou tentando usar o site da CVM pra pelo menos acompanhar processos e as novidades em cima da regulação das empresas, também tem o site que o Raul indica, o Glassdoor pra ver opinião dos funcionários, mas não sei direito muitos outros lugares legais pra procurar antes de investir, pelo menos pra entender certos riscos, como quem investe em Vale e sabe o provisionamento  que vai ter, mas não sabe ao certo a situação das barragens que podem gerar outros desembolsos pra ela, já que no relatório, é tudo ok até chover demais, sei lá, talvez seja pelo em ovo.

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2 horas atrás, Bruno Dutra disse:

@Eddy Paulini é essa abordagem que eu estou procurando, dentro e fora dos indicadores, pra blindar um pouco a mente, não sei se é pelo em ovo, porque enquanto a gente analisa, se percebe que muita coisa que aparece nos livros que lemos de grandes investidores estão sendo usadas como isca, empresa fazendo recompra de ação com preço de tela alto, anunciando uma reestruturação ou um investimento em um setor de "grande potencial" pra justificar uma alavancagem excessiva, mas com o pavão muito enfeitado, sem resultado sólido, só pra bater com alguns fundamentos que a gente acaba buscando, e tem empresa que eu vejo e acabo acompanhando sem nunca aportar nela a pelo menos dois anos desse jeito, depois a empresa vende essa "expansão" com certo prejuízo, perdendo mais ainda se contar a inflação do período, mas pro mercado de curto prazo da mídia, ela foi genial por que está se "reestruturando", depois você vê ela em uma forte "alta", de 10-15% depois de 1 ano em baixa no mercado com mais de 40% de queda no preço de tela, por ex, tem uma com: com ROE -139%, P/VP de 2, PL negativo e DIV/EBIT de 7 margem líquida -25%, dando prejuízo a mais de 1 ano, com notícia positiva e Youtuber falando direto na "oportunidade"(o pior é que é real), ou aquela empresa esperando o "milagre da Selic" pra baixar a dívida, e cada subida da selic é uma pancada no endividamento, e ela segue fazendo mais emissão de debêntures de longo prazo, com a empresa em forte prejuízo a mais de 1 ano, é isso que acaba confundindo, a gente lê na mídia como se fosse tudo positivo, as ações sobem no curto prazo, mas a empresa só está desesperada procurando capitalização.

Como você citou, realmente os números dificilmente mentem, salvo poucos casos de fraude, tipo americanas ou o da irb, mas ultimamente é muito difícil blindar a mente, eu procuro outras coisas fora da minha carteira, pra analisar setores e concorrência, talvez até uma oportunidade, o exemplo que eu dei, é real e é um caso óbvio pra cair fora, mas tem muita mídia paga pegando os iniciantes, ultimamente estou tentando usar o site da CVM pra pelo menos acompanhar processos e as novidades em cima da regulação das empresas, também tem o site que o Raul indica, o Glassdoor pra ver opinião dos funcionários, mas não sei direito muitos outros lugares legais pra procurar antes de investir, pelo menos pra entender certos riscos, como quem investe em Vale e sabe o provisionamento  que vai ter, mas não sabe ao certo a situação das barragens que podem gerar outros desembolsos pra ela, já que no relatório, é tudo ok até chover demais, sei lá, talvez seja pelo em ovo.

@Bruno Dutra na minha opinião, largar mão de noticiário, vídeos de influenciadores ou mesmo canais menores que falam seja de notícias, política, investimentos, etc, é o melhor a se fazer para criar essa blindagem que você comenta. Cada tipo de notícia que vemos tem um viés e um objetivo. Por vezes não sabemos, mas existem canais de mídia na internet, sites famosinhos que são de algumas corretoras. Acaba sendo até óbvio que a notícias são para manipular massas, assim como é feito com jornais, política, etc. Mas é um assunto que não acho que convenha e seja produtivo no momento.

 

Claro que cada investidor busca seus vieses e aquilo que lhe é importante ao se avaliar para se investir em uma empresa. Por exemplo, eu particularmente não esquento a cabeça com glassdoor, jusbrasil e afins. Se tem alguma coisa neste sentido que seja ruim na empresa, algum tipo de questão mais ética, a empresa já deixa clara como opera o que já me afasta dela de antemão. Eu mesmo não invisto em vale por questões éticas.

Nas empresas que invisto, sou movido a resultados. Meus estudos sempre são baseados em relatórios da empresa, desde o formulário de referência até os balanços trimestrais ou anuais.

Algumas coisas já vi um pouco por fora e por cima como, por exemplo, ler um pouco sobre as regulamentações da Anatel o que me levou a crer que o setor de telefonia para se investir, para mim não vale a pena.

 

Acredito que o que você possa fazer é tentar dar uma simplificada. Buscar uma solução mais simples do que uma muito mais complexa que está te levando a uma bagunça de informações.

Deixe notícias de lado, manchetes, as coisas que não condizem nas notícias, o medo de estar perdendo algo pelo famoso efeito FOMO (Fear Of Missing Out - "Medo de ficar de fora") e comece a trabalhar com o racional e com seus vieses. Comece com uma análise básica como mencionei anteriormente que aprendemos aqui no curso, vá pelos setores perenes como bancos, saneamento e energia e olhe números. Tão somente números. 

Penso que o melhor a fazermos para evoluir em análises mais aprofundadas, ter um certo toque de procurar pelo em ovo, deva vir mais naturalmente conforme temos antes de tudo uma base sólida de conceitos, de saber o que é real e o que não é, para não deixar fatores externos que causam tanto sustos como confusão nos abalar.

 

Espero que ajude a refletir!

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