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Bom dia, pessoal! Hoje comprei minhas primeiras ações nacionais e, como é comum nesse início, bate aquele nervosismo de "será que fiz besteira?". Tentei ser o mais racional possível e segui tanto o relatório trimestral da AUVP quanto outras análises fundamentadas. Acabei optando por dois ativos bastante conhecidos e sólidos: BBAS3 (Banco do Brasil) e WEGE3 (Weg).

Sobre BBAS3:

O Banco do Brasil é um dos ativos mais procurados por brasileiros — e com razão. Os indicadores fundamentalistas são fortes, a relação com o investidor é transparente, e o banco possui uma trajetória de solidez.

O que me deixou um pouco apreensivo foi o resultado do 1T25, com uma queda considerável no lucro, justificada principalmente por:

  1. Fortalecimento de capital e provisões,
  2. Regularização e aumento da inadimplência no agronegócio,
  3. Impactos da alta da Selic e de mudanças regulatórias.

O próprio CEO afirmou que estamos em um período de transição, o que pode representar uma boa janela de entrada para o longo prazo. Ainda assim, me preocupam algumas questões recentes:

  • Mudança no guidance, que pode afetar projeções anteriores;
  • Payout projetado de 40% a 45%, abaixo da média histórica e do setor — o que pode indicar foco maior em reinvestimento e solidez futura, mas levanta dúvidas sobre o rendimento em dividendos no curto prazo.

Sobre WEGE3:

A Weg é uma blue chip consolidada, com excelente governança, crescimento consistente, e forte atuação global — especialmente em setores promissores como automação, energia renovável e mobilidade elétrica.

Sei que é uma ação cara em termos de múltiplos (P/L alto), mas também muito resiliente e segura, sendo frequentemente recomendada para perfis mais conservadores que buscam estabilidade e qualidade.

Minhas dúvidas:

  • Será que deixei de analisar algum ponto crítico em relação a BBAS3 ou WEGE3?
  • Há notícias, perspectivas ou riscos que possam reforçar ou contradizer minha visão atual sobre esses ativos?

Agradeço muito se puderem compartilhar experiências, opiniões ou atualizações recentes sobre essas empresas. Toda ajuda é bem-vinda para quem está começando agora e quer sempre aprender mais!

 

obs: agora estou pensando em analisar um setor que deixe com maior diversificação como:

  • Klabin (KLBN11) – Setor de papel e celulose, exportadora, resiliente e com exposição cambial;
  • Sanepar (SAPR11) – Saneamento, empresa defensiva com boa geração de caixa;
  • Engie (EGIE3) – Energia, dividendos estáveis e perfil conservador.

Alguma dica?

  • Brabo 2

2 respostas para essa pergunta

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Postado

Bom dia, @Lucas Bertachini Abatepietro !

19 minutes ago, Lucas Bertachini Abatepietro disse:

Sobre BBAS3:

O Banco do Brasil é um dos ativos mais procurados por brasileiros — e com razão. Os indicadores fundamentalistas são fortes, a relação com o investidor é transparente, e o banco possui uma trajetória de solidez.

O que me deixou um pouco apreensivo foi o resultado do 1T25, com uma queda considerável no lucro, justificada principalmente por:

  1. Fortalecimento de capital e provisões,
  2. Regularização e aumento da inadimplência no agronegócio,
  3. Impactos da alta da Selic e de mudanças regulatórias.

O próprio CEO afirmou que estamos em um período de transição, o que pode representar uma boa janela de entrada para o longo prazo. Ainda assim, me preocupam algumas questões recentes:

  • Mudança no guidance, que pode afetar projeções anteriores;
  • Payout projetado de 40% a 45%, abaixo da média histórica e do setor — o que pode indicar foco maior em reinvestimento e solidez futura, mas levanta dúvidas sobre o rendimento em dividendos no curto prazo.

Acho que você começou bem na análise. 

O que eu deixaria como extra aqui para pensar são dois pontos. 

Primeiro que um resultado trimestral não quer dizer muita coisa. Para empresas, é um espaço muito curto de tempo que pode afetar uma parte dos resultados mas não de forma que prejudique um exercício. E isso se dá a diversos fatores. Por exemplo, sazonalidade (não que seja o caso do banco em si, mas fica como ponto para compreensão!). Uma empresa pode ter até mesmo prejuízo em um trimestre mas fechar com lucros absurdos em um exercício completo mesmo tendo auferido um prejuízo.

O segundo ponto é se for o caso, ir mais a fundos nos números. Ok, resultados aquém do esperado. Mas são resultados ruins efetivamente falando? São de fato preocupantes? Apenas para ilustrar com números hipotéticos. O banco registra um lucro de 20 bi, sendo que no exercício anterior o lucro era de 25. Queda de 5bi é expressivo, mas não acho que 20bi de lucro ainda seja baixo. Percebe?

E pro fim, dando uma opinião mais pessoal. Se o banco terá seu DY afetado, para mim hoje isso não faz diferença alguma. Acredito que para muitos de nós na verdade já que estamos na fase de construção de patrimônio. Entendo que vai afetar mais quem já vive de renda.

31 minutes ago, Lucas Bertachini Abatepietro disse:

Sobre WEGE3:

A Weg é uma blue chip consolidada, com excelente governança, crescimento consistente, e forte atuação global — especialmente em setores promissores como automação, energia renovável e mobilidade elétrica.

Sei que é uma ação cara em termos de múltiplos (P/L alto), mas também muito resiliente e segura, sendo frequentemente recomendada para perfis mais conservadores que buscam estabilidade e qualidade.

Minhas dúvidas:

  • Será que deixei de analisar algum ponto crítico em relação a BBAS3 ou WEGE3?
  • Há notícias, perspectivas ou riscos que possam reforçar ou contradizer minha visão atual sobre esses ativos?

Aqui minha ressalva é para deixar notícias de lado. Ao menos falando sobre notícias de veículos de mídia na internet.

As únicas notícias que devemos nos atentar de fato nestes casos são os comunicados das próprias empresas em seus RIs. 

Ambas as empresas mostram resultados e isso é nítido em seus relatórios. Como comentei anteriormente, se aprofundar em números pode ser uma boa. 

Para ajudar um pouquinho neste ponto, vou deixar abaixo um post que fiz há pouco tempo sobre um resultado trimestral da Weg. Como disse antes, resultados trimestrais não querem dizer muita coisa, mas acredito que a leitura pode ajudar a entender a ideia dessa interpretação de números que eu comento!

 

37 minutes ago, Lucas Bertachini Abatepietro disse:

obs: agora estou pensando em analisar um setor que deixe com maior diversificação como:

  • Klabin (KLBN11) – Setor de papel e celulose, exportadora, resiliente e com exposição cambial;
  • Sanepar (SAPR11) – Saneamento, empresa defensiva com boa geração de caixa;
  • Engie (EGIE3) – Energia, dividendos estáveis e perfil conservador.

Alguma dica?

Klabin - alguns pontos citados como positivos devem ser visto com atenção pois podem ser negativos. Por exemplo, de certa maneira ter uma exposição cambial em dólar é bom mas é uma faca de dois gumes pois pode também afetar negativamente os resultados. Empresas comoditizadas são mais voláteis e consequentemente mais delicadas pois podem entrar em risco mais facilmente. Tenha isso em mente nos estudos!

Sanepar - boa opção de estudo no setor que é o segundo mais perene na minha opinião só perdendo para banco. Empresa pequena em comparação com uma concorrente setorial que seria a Sabesp, mas ambas tem seus prós e contras. Vale a pena o estudo!

Engie - ótima opção de estudos também! Vale muito um comparativo com outras empresas do setor. Apesar de dividendos não fazerem diferença na fase de construção de patrimônio como comentei antes, não significa que isso seja um ponto implicitamente ruim ou irrelevante. Pode ser um bom sinal de estabilidade da empresa caso ela esteja em uma fase de maturidade que seria a fase onde ela não tem mais para onde crescer e precisa agora é brigar para se manter em patamares elevados. 

 

Espero que agregue ao tema!

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