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Pergunta

Postado

Enquanto estudava sobre a empresa Duratex, me deparei que a composição acionária está dividida em vários donos e entidades. Isso pode ser visto como algo positivo ou negativo? 

Imagino que quanto mais pessoas tem peso de relevância na empresa, melhor seria as tomadas de decisões. Já que seriam tomadas em quase um comum acordo. Por outro lado, tenho uma sensação de que muitos desses podem apenas estar pendurados por conta de seus sobrenomes e heranças... Será que esse pode ser um fator relevante para alocar ou não a empresa em carteira?

Gostaria de alguns pontos de vista para debater sobre. 
Obrigado!
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5 respostas para essa pergunta

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  • 1
Postado (edited)

Ola @Juan Bronzeri Dias tudo bem ?

Maior parte está nas mãos da Itaúsa, que é o controlador dessa empresa, isso na verdade não é ruim e é muito comum, uma holding como a Itaúsa só se preocupa com resultados positivos, e mantém um pulso mais firme na gestão e na qualidade de seus investimentos, mas é lógico que de investir nessa empresa pela Itaúsa pode ter um certo desconto, porque a Itaúsa tem participação em mais empresas, com mais diversificação.

 

Sobre os outros investidores, é normal, todas as empresas liberam milhões ou bilhões de papéis de ações, e esses papéis ficam nas mãos de milhares de pessoas, sejam fundos, bilionários, milionários, e dependendo do seu poder de compra, você tem poder de voto nas decisões da empresa, quanto maior a posição, maior seu poder de voto.

Editado por Bruno Dutra
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Postado
19 horas atrás, Juan Bronzeri Dias disse:

Enquanto estudava sobre a empresa Duratex, me deparei que a composição acionária está dividida em vários donos e entidades. Isso pode ser visto como algo positivo ou negativo? 

Imagino que quanto mais pessoas tem peso de relevância na empresa, melhor seria as tomadas de decisões. Já que seriam tomadas em quase um comum acordo. Por outro lado, tenho uma sensação de que muitos desses podem apenas estar pendurados por conta de seus sobrenomes e heranças... Será que esse pode ser um fator relevante para alocar ou não a empresa em carteira?

Gostaria de alguns pontos de vista para debater sobre. 
Obrigado!
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@Juan Bronzeri Dias

Como o @Bruno Dutra, também não vejo problema. Todos no mercado com ações ON tem uma participação controladora na empresa, e alguns vão concentrar uma participação que seja de fato significativa, alinhadas no objetivo de obter um lucro maior.

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4 horas atrás, Juan Bronzeri Dias disse:

Obrigado pelos esclarecimentos @Bruno Dutra e @Bolívar Luiz. Eu observei mesmo que a Itaúsa tem a maior participação. Mas mesmo sendo mais descontado investindo direto na Itaúsa, será que faz sentido investir pela holding? Pois em minha carteira eu já tenho um banco como investimento, e não é o Itaú. Por isso fiquei com um pé atrás de investir pela ITSA, pois ao meu ver, eu estaria mais longe do Santo Graal da diversificação. Será que estou certo, ou exagerando? hahahaha

Disponha, @Juan Bronzeri Dias

Sobre isso, embora consideramos a correlação um fator de risco, não é necessariamente errado ter mais de uma empresa de um mesmo setor na carteira. 

Quanto mais você diversifica dentro de um setor, mais "na média' daquele setor sua carteira vai ficar. Isso pode ser uma característica conservadora na sua estratégia (por isso ETFs tendem a ser investimentos menos arriscados que stock picking, por exemplo), apenas se atente que a sua carteira total não tenha uma super-exposição em um setor específico, correndo um elevado risco não sistemático.

Ou seja, contanto que o setor bancário represente uma porcentagem controlada da sua carteira, tudo bem se expôr em múltiplas companhias nele. Além do mais, a Itaúsa tem outras empresas de setores diversos em seu portfólio além do Itaú.

Espero que ajude!

  • Aí cê deu aula... 1
  • 0
Postado

Obrigado pelos esclarecimentos @Bruno Dutra e @Bolívar Luiz. Eu observei mesmo que a Itaúsa tem a maior participação. Mas mesmo sendo mais descontado investindo direto na Itaúsa, será que faz sentido investir pela holding? Pois em minha carteira eu já tenho um banco como investimento, e não é o Itaú. Por isso fiquei com um pé atrás de investir pela ITSA, pois ao meu ver, eu estaria mais longe do Santo Graal da diversificação. Será que estou certo, ou exagerando? hahahaha

  • 0
Postado

@Juan Bronzeri Dias não é possível comparar, e nem pode fazer isso, mas vou mandar minha análise, colocar a holding do lado de uma empresa que ela gere, é um sacrilégio, mas segue aqui esse pecado.

Itaúsa é bem diversificado, tem dividendos consistentes e um guarda chuva de empresas interessante, dentro e fora da bolsa, então tem coisa que você nem conseguiria investir dentro dele, ele bate em quase todos os pontos do checklist de uma empresa estável e consolidada, só não está crescendo nos últimos 5 anos, por causa do seu tamanho, da inflação e da situação de algumas empresas do seu guarda chuva, mas como não tem um histórico dívida alta, é uma boa proteção, por ser uma holding muito bem gerida e ligada a vários setores importantes, acaba tendo retornos mais consistentes, se você olhar a lâmina deles, as posições e a participação nas empresas são dexco(37,8%), e o Itaú (37,7%), Alpargatas(29,5%), que faz roupas e s dona da havaianas, e caiu bem ultimamente, motiva(10,3%), de mobilidade, que gere algumas rodovias, transporte público e alguns aeroportos, Aegea(12,9%) que atua no saneamento básico em vários estados no Brasil, Copa energia(48,3%) que é literalmente a fusão da Liquigás com a copagas, e NTS infraestrutura(8,5%) que tem gasodutos que ligam a Bolívia com o sudeste do Brasil (SP-RJ-MG), e ela tem um desconto holding, mas nada muito fora do comum, é improvável ela ter uma porrada de valorização, mas se as empresas dentro dela performarem melhor, ela paga um retorno maior pro acionista.

A dexco no momento está um pouco descontado em cima do seu patrimônio, com o P/VP 0,67, que está desvalorizando desde 2020, além de apresentar uma diminuição nos lucros desde 2020, por que o setor está fraco no Brasil, que é onde fica sua receita principal, a empresa está atuando nos setores de madeira, papéis, cerâmica , pisos, louças e metais sanitários, é uma opção para diversificação, mas não tem uma previsão de quando vai voltar a performar bem, uma recuperação pode demorar, já está a 5 anos com os investidores levando ferro por causa tanto da situação econômica quanto do desaquecimento do setor de construção, que acaba afetando ela de todos os lados, porque ela vende a madeira dos móveis e a louça dos banheiros, o piso e o papel de parede, caso o mercado imobiliário reaqueça, o mercado de ações se lembre mais dela, só que com essa taxa de juros é difícil, o financiamento fica caro pra comprar um imóvel ou pra construir prédios, então tem menos movimento nesse setor.

Tem coisas que a gente não pode comparar, a Itaúsa tem 117 B de ativos e o resultado ruim da dexco na holding basicamente não está afetando muito seu valor ou seus dividendos, o foco maior deles é o Itaú, esse sim que se performar mal afeta tudo na Itaúsa, mas se a dexco melhorar, vai colher investindo tanto na dexco quanto na Itaúsa.

A dexco tem 17 B de ativos, não está demonstrando uma recuperação rápida, nem ao menos atende os requisitos de um investimento mais tranquilo, é um risco mais alto, e provavelmente de longo prazo, geralmente não é o mais indicado, mas também, ninguém pode te dizer o que fazer, porque a estratégia é totalmente sua, se acredita no papel aí é com você, mas limite bastante sua aplicação, porque geralmente cotação segue lucro, e caso dê bom, você pode ganhar bem, caso demore demais, você não vai ficar muito preocupado em vender.

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