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Vivendo e aprendendo - Linha do tempo do Eu Investidor


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Oi S@rdinhas,

Espero que esse post sirva de incentivo a quem está começando agora.  Segue agora a minha linha do tempo de vida, onde apenas os últimos 2 anos eu invisto.

Tenho hoje 64 anos de idade.  De zero até 61 anos de idade eu não fui totalmente inútil.  Servi como um mau exemplo.  Sabe aqueles caras que ganham bem e gastam mais ainda?  Era eu.  Fazendo a alegria dos bancos, pagando toneladas de juros, sempre negativo no cheque especial, cartão de crédito lotado até o talo, fazendo tudo errado.  Todo Natal eu jurava para mim mesmo que nunca mais iria passar um ano novo no negativo, mas nunca consegui realizar isso.

Daí chegou a pandemia e com muito tempo ocioso, eu comecei a me interessar por vídeos de finanças no youtube.  Comecei me interessando por aqueles que ensinavam a sair do buraco.  Assisti a muitos vídeos, de muitos canais, sem filtrar muito o tipo de conteúdo, até por não ter parâmetro para tal.  Por pura sorte encontrei uns canais legais e encontrei o caminho para sair das dívidas e comecei a pensar em investimentos.

Tiveram vários fatores que mudaram a minha mente e minha vida.  Li 3 livros sensacionais:  O Investidor Inteligente, O Homem mais Rico da Babilônia e Pai Rico, Pai Pobre.  Com o Investidor Inteligente, não aprendi muito do que deveria fazer, até porque não entendi praticamente nada, mas aprendi muito do que NÃO devia fazer.  Foi muito bom.

Dos vídeos que vi, me interessei num c u r s o - jornada - que me ensinou o basicão de organização das finanças e controle de gastos, dando um pontapé inicial de investimentos, mas sem muita profundidade.  Na sequencia fiz um sobre renda variável e depois criptomoedas.  Foram bons e agregaram bagagem de conhecimento, mas não me ensinaram a investir de forma consistente e consciente.

Finalmente eu tomei coragem, abri uma conta no Inter e fiz minhas primeiras cagadas como investidor (rssss).  Lembro de mim mesmo olhando a parte de investimentos do app do banco igualzinho um burro olhando para o palácio.  Escolhi 4 Fundos de Investimentos olhando a rentabilidade passada e coloquei R$ 500,00 em cada um.  (Para resumir o "sucesso", os 4 valem hoje cerca de R$ 1400,00 e mantenho-os em carteira para me lembrar de não fazer mais m&rd@!!).  Segui uma dica de amigo e comprei também 100 ações da Portobello porque iriam pagar dividendos em alguns dias e fazer um desdobramento.  Depois da Data Com, eu vendi as ações com lucro pequeno e ganhei os dividendos, ficando todo feliz.  Depois disso eu comprei algumas outra poucas ações indicadas por amigos e também pela "sopa de letras" e deu ruim.....  decepção, aprendizado do que não fazer, mas não desânimo.

Comecei a ver muitos vídeos sobre FIIs, entendi como funcionavam e comprei - para testar - 5 cotas de BTLG11 que pingaram uns 4 reais na minha conta alguns dias depois.  Foi a mágica que faltava.  Zerei a minha poupança que pagava muito perto de nada e  no início de 2021, depois de assistir muitos vídeos de quem considero o papa dos FIIs - Prof. B.... e comecei a analisar os FIIs e montei uma carteira diversifica com uns 20 FIIs e comecei a aportar neles e também em Renda Fixa, em LCIs e CDBs rendendo 100% do CDI que na época era 2,xx %aa.  Logo vi que os FIIs bem escolhidos rendiam mais que o CDI e engordei minha carteira com aportes, sempre reinvestindo os proventos. A Selic começou a subir e o % de CDI diminuir.  As poucas ações que eu tinha começaram a pagar dividendos, mas o valor investido já estava começando a cair.  Tinha varejo, Cia. Aérea, Comodities - tudo errado, diversificação quase zero.  Minha carteira era 85% FII, 10% RF e 5% ações.

Em julho de 21 eu entrei para a T7 da AUVP.  Nossa!!! Acho que nunca aprendi tanto em tão pouco tempo.  Estabeleci então o meu alvo de carteira por classe de ativo e comecei a balanceá-la com aportes.  Gostei da estratégia de ter valores iguais por cada ativo dentro da classe.  O problema era que eu não tinha tempo para analisar os ativos todos que deseja ter - umas 20 ações e 20 FIIs, e quis encurtar o caminho.  Contratei um c u r s o de um gaucho ruivinho que vende até hoje o peixe das ações mais baratas e sua estratégia ligada a isso.  Usei a lista de ações sugeridas como pontapé inicial, mas logo vi que esse negócio de comprar e vende ações não me levaria a lugar nenhum (tomando ferro, é claro... rsss).

Nisso, já tinha se passado quase um ano e eu já estava mais calejado em analisar ações e FIIs, montando a minha carteira de forma consciente, usando os ensinamentos que obtive na AUVP e usando o método do diagrama do cerrado para me ajudar.  Foi quando eu comecei a dormir mais tranquilo.

Foi no final último trimestre de 2022 que passei a saber exatamente em que classe de ativo aportar e especificamente em qual ativo.  Esqueci de mencionar acima os inúmeros livros sobre finanças que li - prá lá de 20 - e cada um deles acrescentou na minha bagagem de conhecimento, ajudando a chegar onde estou hoje.

Como não tenho mais o tempo a meu favor, preciso fazer aportes gordos, e estou fazendo, feliz.  Minha meta é ter, dentro de uns 5 ou 6 anos, renda passiva que seja igual ao que ganho hoje.  Não vai ser fácil, mas estou no caminho certo.  Pelas contas que fiz, eu preciso que a cada mês, o meu rendimento passivo cresça 3% em relação ao mês anterior (a conta que eu uso é o somatório dos proventos dos últimos 12 meses divididos por 12).  Já tem 16 meses que dá para fazer essa conta e, por enquanto, estou batendo os 3% de crescimento com larga vantagem.

 Estabeleci como meta de aporte, 25% dos meus ganhos fixos, mais 100% de todo extra.  Não meço isso com valores fixos mensais, até porque a minha receita não é constante durante o ano, mas estou conseguindo aportar 90% do fixo previsto e crescendo a minha renda extra (e aportando 100% dela).  Novamente aqui, minhas metas são mensais, mas considerando somatório de 12 meses anteriores e estou conseguindo superar o planejado.

Estabeleci um plano de 7 anos e vejo que tem possibilidade de eu atingir o objetivo final antes do prazo previsto.  Além disso - a meta é ter de renda passiva o que ganho hoje.  Considerando que dos meus ganhos atuais, 20% são custos da minha empresa, 30 a 35% viram aportes, eu conseguiria viver igual vivo hoje com cerca da metade do que ganho, deixando uma gordura boa para o futuro.

Bom, espero que alguém leia esse texto enoooorme e que ele sirva de incentivo a quem está começando, mesmo que tarde, no mundo maravilhoso dos investimentos.

Descobri também que além de ver progresso nos investimentos, sinto enorme prazer em compartilhar o ainda pouco conhecimento e experiência que tenho com amigos, colegas de trabalho e aqui entre os S@ardinhas.

Desejo boa sorte a todos na jornada de investimentos.

  • Aí cê deu aula... 4
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On 29/03/2023 at 00:14, William Redig disse:

Oi S@rdinhas,

Espero que esse post sirva de incentivo a quem está começando agora.  Segue agora a minha linha do tempo de vida, onde apenas os últimos 2 anos eu invisto.

Tenho hoje 64 anos de idade.  De zero até 61 anos de idade eu não fui totalmente inútil.  Servi como um mau exemplo.  Sabe aqueles caras que ganham bem e gastam mais ainda?  Era eu.  Fazendo a alegria dos bancos, pagando toneladas de juros, sempre negativo no cheque especial, cartão de crédito lotado até o talo, fazendo tudo errado.  Todo Natal eu jurava para mim mesmo que nunca mais iria passar um ano novo no negativo, mas nunca consegui realizar isso.

Daí chegou a pandemia e com muito tempo ocioso, eu comecei a me interessar por vídeos de finanças no youtube.  Comecei me interessando por aqueles que ensinavam a sair do buraco.  Assisti a muitos vídeos, de muitos canais, sem filtrar muito o tipo de conteúdo, até por não ter parâmetro para tal.  Por pura sorte encontrei uns canais legais e encontrei o caminho para sair das dívidas e comecei a pensar em investimentos.

Tiveram vários fatores que mudaram a minha mente e minha vida.  Li 3 livros sensacionais:  O Investidor Inteligente, O Homem mais Rico da Babilônia e Pai Rico, Pai Pobre.  Com o Investidor Inteligente, não aprendi muito do que deveria fazer, até porque não entendi praticamente nada, mas aprendi muito do que NÃO devia fazer.  Foi muito bom.

Dos vídeos que vi, me interessei num c u r s o - jornada - que me ensinou o basicão de organização das finanças e controle de gastos, dando um pontapé inicial de investimentos, mas sem muita profundidade.  Na sequencia fiz um sobre renda variável e depois criptomoedas.  Foram bons e agregaram bagagem de conhecimento, mas não me ensinaram a investir de forma consistente e consciente.

Finalmente eu tomei coragem, abri uma conta no Inter e fiz minhas primeiras cagadas como investidor (rssss).  Lembro de mim mesmo olhando a parte de investimentos do app do banco igualzinho um burro olhando para o palácio.  Escolhi 4 Fundos de Investimentos olhando a rentabilidade passada e coloquei R$ 500,00 em cada um.  (Para resumir o "sucesso", os 4 valem hoje cerca de R$ 1400,00 e mantenho-os em carteira para me lembrar de não fazer mais m&rd@!!).  Segui uma dica de amigo e comprei também 100 ações da Portobello porque iriam pagar dividendos em alguns dias e fazer um desdobramento.  Depois da Data Com, eu vendi as ações com lucro pequeno e ganhei os dividendos, ficando todo feliz.  Depois disso eu comprei algumas outra poucas ações indicadas por amigos e também pela "sopa de letras" e deu ruim.....  decepção, aprendizado do que não fazer, mas não desânimo.

Comecei a ver muitos vídeos sobre FIIs, entendi como funcionavam e comprei - para testar - 5 cotas de BTLG11 que pingaram uns 4 reais na minha conta alguns dias depois.  Foi a mágica que faltava.  Zerei a minha poupança que pagava muito perto de nada e  no início de 2021, depois de assistir muitos vídeos de quem considero o papa dos FIIs - Prof. B.... e comecei a analisar os FIIs e montei uma carteira diversifica com uns 20 FIIs e comecei a aportar neles e também em Renda Fixa, em LCIs e CDBs rendendo 100% do CDI que na época era 2,xx %aa.  Logo vi que os FIIs bem escolhidos rendiam mais que o CDI e engordei minha carteira com aportes, sempre reinvestindo os proventos. A Selic começou a subir e o % de CDI diminuir.  As poucas ações que eu tinha começaram a pagar dividendos, mas o valor investido já estava começando a cair.  Tinha varejo, Cia. Aérea, Comodities - tudo errado, diversificação quase zero.  Minha carteira era 85% FII, 10% RF e 5% ações.

Em julho de 21 eu entrei para a T7 da AUVP.  Nossa!!! Acho que nunca aprendi tanto em tão pouco tempo.  Estabeleci então o meu alvo de carteira por classe de ativo e comecei a balanceá-la com aportes.  Gostei da estratégia de ter valores iguais por cada ativo dentro da classe.  O problema era que eu não tinha tempo para analisar os ativos todos que deseja ter - umas 20 ações e 20 FIIs, e quis encurtar o caminho.  Contratei um c u r s o de um gaucho ruivinho que vende até hoje o peixe das ações mais baratas e sua estratégia ligada a isso.  Usei a lista de ações sugeridas como pontapé inicial, mas logo vi que esse negócio de comprar e vende ações não me levaria a lugar nenhum (tomando ferro, é claro... rsss).

Nisso, já tinha se passado quase um ano e eu já estava mais calejado em analisar ações e FIIs, montando a minha carteira de forma consciente, usando os ensinamentos que obtive na AUVP e usando o método do diagrama do cerrado para me ajudar.  Foi quando eu comecei a dormir mais tranquilo.

Foi no final último trimestre de 2022 que passei a saber exatamente em que classe de ativo aportar e especificamente em qual ativo.  Esqueci de mencionar acima os inúmeros livros sobre finanças que li - prá lá de 20 - e cada um deles acrescentou na minha bagagem de conhecimento, ajudando a chegar onde estou hoje.

Como não tenho mais o tempo a meu favor, preciso fazer aportes gordos, e estou fazendo, feliz.  Minha meta é ter, dentro de uns 5 ou 6 anos, renda passiva que seja igual ao que ganho hoje.  Não vai ser fácil, mas estou no caminho certo.  Pelas contas que fiz, eu preciso que a cada mês, o meu rendimento passivo cresça 3% em relação ao mês anterior (a conta que eu uso é o somatório dos proventos dos últimos 12 meses divididos por 12).  Já tem 16 meses que dá para fazer essa conta e, por enquanto, estou batendo os 3% de crescimento com larga vantagem.

 Estabeleci como meta de aporte, 25% dos meus ganhos fixos, mais 100% de todo extra.  Não meço isso com valores fixos mensais, até porque a minha receita não é constante durante o ano, mas estou conseguindo aportar 90% do fixo previsto e crescendo a minha renda extra (e aportando 100% dela).  Novamente aqui, minhas metas são mensais, mas considerando somatório de 12 meses anteriores e estou conseguindo superar o planejado.

Estabeleci um plano de 7 anos e vejo que tem possibilidade de eu atingir o objetivo final antes do prazo previsto.  Além disso - a meta é ter de renda passiva o que ganho hoje.  Considerando que dos meus ganhos atuais, 20% são custos da minha empresa, 30 a 35% viram aportes, eu conseguiria viver igual vivo hoje com cerca da metade do que ganho, deixando uma gordura boa para o futuro.

Bom, espero que alguém leia esse texto enoooorme e que ele sirva de incentivo a quem está começando, mesmo que tarde, no mundo maravilhoso dos investimentos.

Descobri também que além de ver progresso nos investimentos, sinto enorme prazer em compartilhar o ainda pouco conhecimento e experiência que tenho com amigos, colegas de trabalho e aqui entre os S@ardinhas.

Desejo boa sorte a todos na jornada de investimentos.

Excelente relato @William Redig

Certeza que vai alcançar seus objetivos antes do tempo projetado. 

  • Brabo 2
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