Bom dia. Sexta feira de calor pede resumão do resultado anual de AMBEV focando nos demonstrativos financeiros.
Em termos de crescimento de receita e de lucro a empresa entregou basicamente os mesmos resultados de 2022 com uma receita de R$79,7BI e lucro de R$14,9BI
Em relação aos indicadores de rentabilidade o CAGR de receita dos ultimos 5 anos foi de 10,96% e do lucro 5,25%
A companhia apresentou as evoluções de margem de 2022 para 2023:
Os indicadores de solvencia se apresentam saudaveis com a empresa tendo mais caixa do que dividas
A liquidez corrente se apresenta em 0,89 e a liquidez imediata em 0,40. O primeiro representa a proporção entre ativos e passivos de curto prazo e o segundo a proporção de quantos caixas suprem o passivo circulante.
Em relação aos multiplos a empresa apresenta hoje um P/L de 13,14 e um P/VP de 2,20
A empresa terminou o exercicio com uma geração de caixa de R$1BI e um capex de R$6BI.
Com relação ao desempenho operacional, o volume registrou uma queda de 1,1%, com uma base de comparação desafiadora devido à Copa do Mundo no ano anterior. O Custo dos Produtos Vendidos (CPV) por hectolitro, excluindo depreciação e amortização, e o SG&A, excluindo depreciação e amortização, registraram quedas de -2,4% e -2,3%, respectivamente, impulsionados por ventos favoráveis no câmbio e nas commodities, bem como por menores despesas de distribuição.
Ao longo do último ano, as marcas de cervejas premium e super premium apresentaram um crescimento de cerca de 25%, lideradas por Corona, Spaten e Original. Essa expansão foi acompanhada por melhorias nos indicadores de saúde de marca e ganho de participação de mercado. No segmento core plus, a família Budweiser registrou um aumento de volume de aproximadamente 15%, com destaque para a distribuição de Budweiser Zero, que aumentou mais de 6x em relação ao ano anterior. Enquanto isso, o segmento core mostrou resiliência, com uma queda de apenas um dígito baixo ano após ano.
Analisando por segmento, a performance da cerveja no Brasil registrou queda nos volumes, evidenciando uma perda de participação de mercado nos segmentos core e de valor. Embora o EBITDA tenha aumentado 27% ao ano, a margem ficou abaixo das estimativas, após ajustes fiscais. O CAC (América Central e Caribe) demonstrou recuperação com EBITDA em linha e uma margem EBITDA mais robusta de 42,5%, se consolidando provavelmente como a unidade de negócios mais lucrativa da Ambev.
Já o Canadá continuou enfrentando desafios, com EBITDA abaixo do esperado, enquanto a NAB (segmento de bebidas não alcoólicas) registrou bons volumes, mas margens aquém das projeções. Por último, o desempenho da LAS (América Latina do Sul) foi impactado pela desvalorização cambial na Argentina, embora, a companhia conseguiu gerar um maior fluxo de caixa em dólares do que em 2022. A AmBev também divulgou a previsão de uma redução do CPV Caixa de 0,5-3,0% para a Cerveja Brasil em 2024.
Nos últimos trimestres, a indústria cervejeira no Brasil tem surpreendido positivamente, devido a uma combinação de fatores, incluindo uma indústria de cerveja robusta, inflação de custos dissipada e aumento dos volumes. O foco da Ambev no crescimento das categorias resultou em um portfólio de marcas mais forte e iniciativas de gestão de receitas bem-sucedidas. Para os próximos trimestres, esperamos que as margens da Ambev melhorem gradualmente devido à redução dos custos das principais commodities que compõem o Custo dos Produtos Vendidos (COGS) da empresa, como trigo, milho e alumínio.
Para 2024, enxergamos desafios importantes para a Ambev, que espera um início de ano difícil após a desvalorização do Peso argentino em dezembro, enquanto a economia se ajusta a um ambiente inflacionário mais alto. Além disso, no Brasil, a legislação promulgada em dezembro de 2023, com efeito a partir de janeiro deste ano, alterou as regras relacionadas à dedutibilidade para fins de imposto de renda do JCP e de subvenções governamentais de ICMS.
Pergunta
Adriano Umemura
Bom dia. Sexta feira de calor pede resumão do resultado anual de AMBEV focando nos demonstrativos financeiros.
Em termos de crescimento de receita e de lucro a empresa entregou basicamente os mesmos resultados de 2022 com uma receita de R$79,7BI e lucro de R$14,9BI
Em relação aos indicadores de rentabilidade o CAGR de receita dos ultimos 5 anos foi de 10,96% e do lucro 5,25%
A companhia apresentou as evoluções de margem de 2022 para 2023:
Margem bruta 49% - 51%
Margem EBITDA 30% - 32%
Margem liquida 19% - 19%
A empresa apresentou um ROE de 19%
Os indicadores de solvencia se apresentam saudaveis com a empresa tendo mais caixa do que dividas
A liquidez corrente se apresenta em 0,89 e a liquidez imediata em 0,40. O primeiro representa a proporção entre ativos e passivos de curto prazo e o segundo a proporção de quantos caixas suprem o passivo circulante.
Em relação aos multiplos a empresa apresenta hoje um P/L de 13,14 e um P/VP de 2,20
A empresa terminou o exercicio com uma geração de caixa de R$1BI e um capex de R$6BI.
Com relação ao desempenho operacional, o volume registrou uma queda de 1,1%, com uma base de comparação desafiadora devido à Copa do Mundo no ano anterior. O Custo dos Produtos Vendidos (CPV) por hectolitro, excluindo depreciação e amortização, e o SG&A, excluindo depreciação e amortização, registraram quedas de -2,4% e -2,3%, respectivamente, impulsionados por ventos favoráveis no câmbio e nas commodities, bem como por menores despesas de distribuição.
Ao longo do último ano, as marcas de cervejas premium e super premium apresentaram um crescimento de cerca de 25%, lideradas por Corona, Spaten e Original. Essa expansão foi acompanhada por melhorias nos indicadores de saúde de marca e ganho de participação de mercado. No segmento core plus, a família Budweiser registrou um aumento de volume de aproximadamente 15%, com destaque para a distribuição de Budweiser Zero, que aumentou mais de 6x em relação ao ano anterior. Enquanto isso, o segmento core mostrou resiliência, com uma queda de apenas um dígito baixo ano após ano.
Analisando por segmento, a performance da cerveja no Brasil registrou queda nos volumes, evidenciando uma perda de participação de mercado nos segmentos core e de valor. Embora o EBITDA tenha aumentado 27% ao ano, a margem ficou abaixo das estimativas, após ajustes fiscais. O CAC (América Central e Caribe) demonstrou recuperação com EBITDA em linha e uma margem EBITDA mais robusta de 42,5%, se consolidando provavelmente como a unidade de negócios mais lucrativa da Ambev.
Já o Canadá continuou enfrentando desafios, com EBITDA abaixo do esperado, enquanto a NAB (segmento de bebidas não alcoólicas) registrou bons volumes, mas margens aquém das projeções. Por último, o desempenho da LAS (América Latina do Sul) foi impactado pela desvalorização cambial na Argentina, embora, a companhia conseguiu gerar um maior fluxo de caixa em dólares do que em 2022. A AmBev também divulgou a previsão de uma redução do CPV Caixa de 0,5-3,0% para a Cerveja Brasil em 2024.
Nos últimos trimestres, a indústria cervejeira no Brasil tem surpreendido positivamente, devido a uma combinação de fatores, incluindo uma indústria de cerveja robusta, inflação de custos dissipada e aumento dos volumes. O foco da Ambev no crescimento das categorias resultou em um portfólio de marcas mais forte e iniciativas de gestão de receitas bem-sucedidas. Para os próximos trimestres, esperamos que as margens da Ambev melhorem gradualmente devido à redução dos custos das principais commodities que compõem o Custo dos Produtos Vendidos (COGS) da empresa, como trigo, milho e alumínio.
Para 2024, enxergamos desafios importantes para a Ambev, que espera um início de ano difícil após a desvalorização do Peso argentino em dezembro, enquanto a economia se ajusta a um ambiente inflacionário mais alto. Além disso, no Brasil, a legislação promulgada em dezembro de 2023, com efeito a partir de janeiro deste ano, alterou as regras relacionadas à dedutibilidade para fins de imposto de renda do JCP e de subvenções governamentais de ICMS.
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