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Dinheiro em espécie não declarado... Como "regularizar"?


Pergunta

Boa noite, senhores(as).

Na verdade a dúvida é para ajudar meus pais...

Só para dar um contexto, eles são autônomos e cada um possui um MEI, fazem os recolhimentos de impostos por lá, etc. Como é um comércio informal (feirantes), recebem muitos pagamentos em dinheiro.

Ontem vieram que falar que possuem uma quantia considerável em espécie que guardaram por anos e queriam utilizar, mas estão com receio de depositar no banco porque, ao que parece, nunca foi declarado em lugar nenhum.

Sugeri de irem colocando nos valores recebidos como MEI aos poucos, mas pelo que vi já ultrapassam do MEI (inclusive já tiveram que pagar um bom valor ao Fisco numa ação judicial há alguns anos).

Então minha dúvida é: Como eles poderiam regularizar esses valores? Para colocar como renda do comércio ao que me parece teriam que mudar de MEI para ME porque já ultrapassou o limite anual... Teria alguma outra forma e, se sim, quais impostos eles teriam que recolher?

Também pensei em utilizar o valor em espécie para pagar os fornecedores e deixar o que recebem no cartão de crédito para utilizar, mas não sei se isso afetaria algo no cálculo do limite do MEI... Esse limite é calculado da receita ou do lucro?

 

Obrigado desde já!

 

 

 

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9 respostas para essa pergunta

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On 18/05/2024 at 20:00, Rafael Silva Dos Santos disse:

Boa noite, senhores(as).

Na verdade a dúvida é para ajudar meus pais...

Só para dar um contexto, eles são autônomos e cada um possui um MEI, fazem os recolhimentos de impostos por lá, etc. Como é um comércio informal (feirantes), recebem muitos pagamentos em dinheiro.

Ontem vieram que falar que possuem uma quantia considerável em espécie que guardaram por anos e queriam utilizar, mas estão com receio de depositar no banco porque, ao que parece, nunca foi declarado em lugar nenhum.

Sugeri de irem colocando nos valores recebidos como MEI aos poucos, mas pelo que vi já ultrapassam do MEI (inclusive já tiveram que pagar um bom valor ao Fisco numa ação judicial há alguns anos).

Então minha dúvida é: Como eles poderiam regularizar esses valores? Para colocar como renda do comércio ao que me parece teriam que mudar de MEI para ME porque já ultrapassou o limite anual... Teria alguma outra forma e, se sim, quais impostos eles teriam que recolher?

Também pensei em utilizar o valor em espécie para pagar os fornecedores e deixar o que recebem no cartão de crédito para utilizar, mas não sei se isso afetaria algo no cálculo do limite do MEI... Esse limite é calculado da receita ou do lucro?

 

Obrigado desde já!

 

 

 

eles passam recorrentemente dos valores mínimos do MEI? dependendo pode valer a pena mudar pra ME, e declarar como vendas novas, qualquer outra forma deles legalizarem esse dinheiro, creio que vai sair mais caro do que o imposto que eles pagariam sendo ME.  outra forma, seria sla declarar como ganho de capital, compraram e venderam criptomoedas P2P, mas ai é uns 20% ou mais de imposto garantido.

Editado por Gabriel De Castro
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22 horas atrás, Odilon Fernandes Junior disse:

Ola. Bom, se puder revelar exatamente esse valor, seria mais acertiva a possivel solucao. Olha, a Receita Federal monitora o contribuinte baseado em sua evolucao patrimonial, tendo sua base de referencia as Declaracoes entregues, como IRPF ou MEI (nesse caso). Os bancos nao reportam ao Governo o saldo do correntista, salvo sob ordem judicial. No cenario de situacao financeira dos seus pais, uma das formas de a Receita, eventualmete, querer investigar a renda deles seria se adquiricem, por exemplo, um Bem imovel de valor muito elevado se comparado a Renda efetivamente declarada. Pois, toda transacao imobiliaria e reportada para Receita atraves do CPF/CNPJ de quem compra e venda; e ainda, alguns Tribunais de Justica (entidade que regula Cartorios) tem passado a exigir que na Escritura publica do imovel deve ser explicito a forma de pagamento pelo Bem (dinheiro em especie, transferencia bancaria da Conta "a" comprador pra conta "b" vendedor). Mas, por exemplo, imoveis de ate $800.000 reais nao tem obrigatoriedade de serem declarados no Imposto de Renda.

Acima apenas um exemplo.

Uma sugestao para "regularizar" o dinheiro seria seus pais passarem a custear com dinheiro em especie +/- a metade do custo de vida deles (gastos pessoais) e tambem na compra dos produtos que eles revendem. Assim, seria mantido um volume de dinheiro, possivelmente mais elevado, em conta bancaria e que cruzaria dados coerentes com a declaracao MEI.

Outra opcao, seria abrir contas em varios bancos e separadamente. Uma para seu pai e outra para sua mae. Cada um abrir no Nubank, Inter, Santander... Talvez, Wise (que e uma entidade internacional, nao tem obrigacoes com governo do Brasil). Deposita-se valores menores em cada conta. Nao chama atencao.

 

Ainda assim, poderiam eles (se tiverem esse interesse), comecar a investir, pouco a pouco, e fazendo pequenos aportes de modo que o crescimento patrimonial vai crescendo "na sombra" do ganho de capital (em renda fixa, por exemplo). Fazer aportes em valores aproximados com os valores que eles efetivamente registram na operacao MEI.

Wise tem que tomar cuidado, pq embora a wise não seja obrigada a repassar nada, o daycoval que é o banco parceiro deles que recebe o dinheiro aqui no Brasil, tem que passar tudo, e é um verdadeiro inferno comunicar com eles

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Desculpem a demora no retorno aqui.

 

Obrigado pelas respostas.

 

Eles tem cerca de 250mil em espécie e queriam comprar um imóvel em outro estado. (sim, iriam levar tudo em espécie, de carro).

Minha maior preocupação era com a evolução patrimonial. O antigo contador deles não declarou nada no imposto de renda (PF), estava zerado. Ele basicamente só colocava uma renda mensal de R$ 1500 e nada mais. Avisei que se comprassem o imóvel, bem provável de dar problema.

Mas não sabia dessa questão de imóveis abaixo de 800k não precisarem ser declarados.

E quanto a usar os valores para custos pessoais, eles já usam para compras, pagamento de fornecedores sempre que dá, mas ao final do mês acaba ainda "sobrando" valores em espécie.

Quanto as contas, eles tem em 2 bancos cada e movimentam os recebimentos dos cartões através delas. No caso pulverizando esses recebimentos em mais contas chamaria menos atenção? Eu achei que o banco informasse os saldos, porque consta no informe de rendimentos. ou eles só informam a posição do final do ano mesmo?

 

Eu vi um novo contador para eles e falei pra retificar as ultimas declarações e ir aumentando o patrimonio aos poucos. Ai no caso, seria viável ir "injetando" esses valores de acordo com o aumento do patrimônio, certo?

 

Sobre virar ME eles tem muita resistência por conta que já fizeram isso antes e deu muitaa dor de cabeça (o contador era péssimo).

 

Uma ultima duvida com relação a essa questão da Receita: Pix e TEDs são "monitorados" independente do valor?

 

Obrigado pelas respostas!

 

Editado por Rafael Silva Dos Santos
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On 04/06/2024 at 09:56, Rafael Silva Dos Santos disse:

Desculpem a demora no retorno aqui.

 

Obrigado pelas respostas.

 

Eles tem cerca de 250mil em espécie e queriam comprar um imóvel em outro estado. (sim, iriam levar tudo em espécie, de carro).

Minha maior preocupação era com a evolução patrimonial. O antigo contador deles não declarou nada no imposto de renda (PF), estava zerado. Ele basicamente só colocava uma renda mensal de R$ 1500 e nada mais. Avisei que se comprassem o imóvel, bem provável de dar problema.

Mas não sabia dessa questão de imóveis abaixo de 800k não precisarem ser declarados.

E quanto a usar os valores para custos pessoais, eles já usam para compras, pagamento de fornecedores sempre que dá, mas ao final do mês acaba ainda "sobrando" valores em espécie.

Quanto as contas, eles tem em 2 bancos cada e movimentam os recebimentos dos cartões através delas. No caso pulverizando esses recebimentos em mais contas chamaria menos atenção? Eu achei que o banco informasse os saldos, porque consta no informe de rendimentos. ou eles só informam a posição do final do ano mesmo?

 

Eu vi um novo contador para eles e falei pra retificar as ultimas declarações e ir aumentando o patrimonio aos poucos. Ai no caso, seria viável ir "injetando" esses valores de acordo com o aumento do patrimônio, certo?

 

Sobre virar ME eles tem muita resistência por conta que já fizeram isso antes e deu muitaa dor de cabeça (o contador era péssimo).

 

Uma ultima duvida com relação a essa questão da Receita: Pix e TEDs são "monitorados" independente do valor?

 

Obrigado pelas respostas!

 

Fala Rafael, tudo jóia? 

Olha, pelo que eu pude me informar, transferencias via pix são monitoradas a partir de 2 mil reais no caso de pessoa física,  e 6 mil para PJ.(Fonte) Quanto aoTED não consegui informações. 

Referente a virar ME, acredito que seja importante conversar com seus pais no intuito de tentar convence-los, até por que a culpa não é da ME em si mas do contador que pisou na bola(eu sei bem como é isso...).

Acredito que a estratégia de ir "injetando" aos poucos esse montante seja a mais simples, seguro e viável, mas vai requerir o desenquadro da empresa deles de MEI para

ME, o que sinceramente, se bem feito, vai custar a eles bem menos do que manter esse dinheiro parado. 

Um abraço! 

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On 04/06/2024 at 09:56, Rafael Silva Dos Santos disse:

Desculpem a demora no retorno aqui.

 

Obrigado pelas respostas.

 

Eles tem cerca de 250mil em espécie e queriam comprar um imóvel em outro estado. (sim, iriam levar tudo em espécie, de carro).

Minha maior preocupação era com a evolução patrimonial. O antigo contador deles não declarou nada no imposto de renda (PF), estava zerado. Ele basicamente só colocava uma renda mensal de R$ 1500 e nada mais. Avisei que se comprassem o imóvel, bem provável de dar problema.

Mas não sabia dessa questão de imóveis abaixo de 800k não precisarem ser declarados.

E quanto a usar os valores para custos pessoais, eles já usam para compras, pagamento de fornecedores sempre que dá, mas ao final do mês acaba ainda "sobrando" valores em espécie.

Quanto as contas, eles tem em 2 bancos cada e movimentam os recebimentos dos cartões através delas. No caso pulverizando esses recebimentos em mais contas chamaria menos atenção? Eu achei que o banco informasse os saldos, porque consta no informe de rendimentos. ou eles só informam a posição do final do ano mesmo?

 

Eu vi um novo contador para eles e falei pra retificar as ultimas declarações e ir aumentando o patrimonio aos poucos. Ai no caso, seria viável ir "injetando" esses valores de acordo com o aumento do patrimônio, certo?

 

Sobre virar ME eles tem muita resistência por conta que já fizeram isso antes e deu muitaa dor de cabeça (o contador era péssimo).

 

Uma ultima duvida com relação a essa questão da Receita: Pix e TEDs são "monitorados" independente do valor?

 

Obrigado pelas respostas!

 

Pix é monitorado pelo banco central (não sabemos exatamente o quanto isso é repassado pra receita) indenpdente de valor, 
TED os bancos só devem enviar pra receita federal em valores acima de 5000 por transação (ou 10000 mensais)

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On 04/06/2024 at 09:56, Rafael Silva Dos Santos disse:

Desculpem a demora no retorno aqui.

 

Obrigado pelas respostas.

 

Eles tem cerca de 250mil em espécie e queriam comprar um imóvel em outro estado. (sim, iriam levar tudo em espécie, de carro).

Minha maior preocupação era com a evolução patrimonial. O antigo contador deles não declarou nada no imposto de renda (PF), estava zerado. Ele basicamente só colocava uma renda mensal de R$ 1500 e nada mais. Avisei que se comprassem o imóvel, bem provável de dar problema.

Mas não sabia dessa questão de imóveis abaixo de 800k não precisarem ser declarados.

E quanto a usar os valores para custos pessoais, eles já usam para compras, pagamento de fornecedores sempre que dá, mas ao final do mês acaba ainda "sobrando" valores em espécie.

Quanto as contas, eles tem em 2 bancos cada e movimentam os recebimentos dos cartões através delas. No caso pulverizando esses recebimentos em mais contas chamaria menos atenção? Eu achei que o banco informasse os saldos, porque consta no informe de rendimentos. ou eles só informam a posição do final do ano mesmo?

 

Eu vi um novo contador para eles e falei pra retificar as ultimas declarações e ir aumentando o patrimonio aos poucos. Ai no caso, seria viável ir "injetando" esses valores de acordo com o aumento do patrimônio, certo?

 

Sobre virar ME eles tem muita resistência por conta que já fizeram isso antes e deu muitaa dor de cabeça (o contador era péssimo).

 

Uma ultima duvida com relação a essa questão da Receita: Pix e TEDs são "monitorados" independente do valor?

 

Obrigado pelas respostas!

 

@Rafael Silva Dos Santos lendo os post aqui do tópico vou reforçar o que alguns colegas pontuaram.

Se os seus pais estão com R$250mil em espécie, então faz todo o sentido eles passarem de MEI para ME, pois a Receita a cada dia mais consegue melhorar a foram de cruzar informações, e a cada dia que passa o uso de transações digitais para pagamento vai aumentando, então não faz sentido nenhum correr o risco de uma fiscalização e de bloqueio de contas e CPFs.

Com relação a compra do imóvel pagando em espécie, não muda nada para a Receita Federal, pois os cartórios vão informar a transação e se eles não têm como comprovar a origem do dinheiro, o problema não muda.

Buscar um Contador que possa analisar a situação e sugerir alternativas para acertar a situação. Talvez ele fale para retificar as declarações dos últimos 5 anos dos MEIs e das PFs dos seus pais, ou então dê outras opções.

A questão dos R$800mil não é o valor do imóvel e sim o valor total do patrimônio se for inferior a R$800mil a pessoa está desobrigada a entregar a declaração anual, mas existem dois "poréns" aqui. O primeiro é que PATRIMÔNIO é o somatório de todos os imóveis, veículos, saldos em conta bancária, investimentos, terrenos, participação em empresas etc. O segundo é que os requisitos para entregar a declaração anual do IRPF são vários e se somente um deles a pessoa responder SIM, ela é obrigada a declarar todo o patrimônio, independente se o total do patrimônio seja inferior a R$800mil.

Como falado, o problema no passado não foi por serem ME, mas sim pelo conta do Contador ruim. Em qual cidade vocês estão? Quem sabe alguém aqui na Comunidade não possa indicar um Contador bom.

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Opa galera!

 

Obrigado demais pelas respostas.

 

Achamos uma contadora para eles e ela já retificou as últimas 5 declarações para ir aumentando o patrimonio aos poucos.

Também abriram contas em outros bancos para pulverizar mais os recebimentos.

Quanto ao ME, eu vou conversar com eles e a contadora pra ver se convenço eles. Ao meu ver já era para eles terem saído do MEI há tempos também.

Espero que aos poucos as coisas vão se acertando, ainda que eles tenham que esperar um pouco mais para comprar o imóvel.

Mais uma vez obrigado e volto para contar o desfecho depois.

 

  • Brabo 4
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