Post popular Elisangela Xavier Almeida Postado 31 de Agosto de 2024 Post popular Compartilhar Postado 31 de Agosto de 2024 Bom dia, sardinhada! Na terça-feira, o estudante do Piauí Manoel José Nunes de 17 anos, recebeu o Prêmio Nobel da Ciência Jovem na Suíça. Fiquei super feliz com essa notícia. No entanto, fiquei reflexiva e lembrei de um post que fiz há um tempo no LinkedIn: "Já ouviram falar no fenômeno conhecido como “Fuga de Cérebros”? Historicamente, o fluxo de cientistas formados no Brasil para fazer intercâmbio em outros países sempre foi muito importante para o desenvolvimento da nossa pesquisa, proporcionando muita troca de experiências e conhecimentos. No passado, não possuíamos curso de doutorado no nosso país, e assim, esse movimento se tornava imprescindível para conclusão da formação do pesquisador no mais alto grau do conhecimento. No entanto, partir e não voltar mais para desenvolver seus aprendizados no nosso país, tem gerado um grande problema para o futuro da #ciência no Brasil, ocasionando o fenômeno chamado #fugadecérebros. Este é um fenômeno que se refere aos deslocamentos de profissionais altamente qualificados, de diversas áreas do conhecimento, formados aqui no Brasil e em outros países em desenvolvimento, em direção a outros países mais desenvolvidos que possuem melhores condições de trabalho, remuneração e reconhecimento. Apesar de não ser um tema recente, muito tem se falado sobre a #fugadecérebros atualmente no Brasil em razão do aumento exponencial de cientistas que tem passado a morar em outros países nos últimos anos. Estamos perdendo nosso capital intelectual. Isso é muito preocupante para o desenvolvimento da pesquisa nacional. E vocês, já pensaram sobre esse tema?" Será que o nosso país irá "perder" mais um cientista, mais um cérebro, dentre os tantos outros que partiram para países onde o conhecimento científico é realmente valorizado? 4 2 Link para compartilhar Share on other sites Mais opções...
Ludmyla Cruz Da Silva Postado 31 de Agosto de 2024 Compartilhar Postado 31 de Agosto de 2024 (edited) 58 minutes ago, Elisangela Xavier Almeida disse: Bom dia, sardinhada! Na terça-feira, o estudante do Piauí Manoel José Nunes de 17 anos, recebeu o Prêmio Nobel da Ciência Jovem na Suíça. Fiquei super feliz com essa notícia. No entanto, fiquei reflexiva e lembrei de um post que fiz há um tempo no LinkedIn: "Já ouviram falar no fenômeno conhecido como “Fuga de Cérebros”? Historicamente, o fluxo de cientistas formados no Brasil para fazer intercâmbio em outros países sempre foi muito importante para o desenvolvimento da nossa pesquisa, proporcionando muita troca de experiências e conhecimentos. No passado, não possuíamos curso de doutorado no nosso país, e assim, esse movimento se tornava imprescindível para conclusão da formação do pesquisador no mais alto grau do conhecimento. No entanto, partir e não voltar mais para desenvolver seus aprendizados no nosso país, tem gerado um grande problema para o futuro da #ciência no Brasil, ocasionando o fenômeno chamado #fugadecérebros. Este é um fenômeno que se refere aos deslocamentos de profissionais altamente qualificados, de diversas áreas do conhecimento, formados aqui no Brasil e em outros países em desenvolvimento, em direção a outros países mais desenvolvidos que possuem melhores condições de trabalho, remuneração e reconhecimento. Apesar de não ser um tema recente, muito tem se falado sobre a #fugadecérebros atualmente no Brasil em razão do aumento exponencial de cientistas que tem passado a morar em outros países nos últimos anos. Estamos perdendo nosso capital intelectual. Isso é muito preocupante para o desenvolvimento da pesquisa nacional. E vocês, já pensaram sobre esse tema?" Será que o nosso país irá "perder" mais um cientista, mais um cérebro, dentre os tantos outros que partiram para países onde o conhecimento científico é realmente valorizado? Oi Eli, não tinha conhecimento sobre isso, mas faz todo sentido. acredito que é porque nosso País não investe e nem tem estrutura pra os pesquisadores, isso acaba desestimulando a pesquisa em nosso país. Editado 31 de Agosto de 2024 por Ludmyla Cruz Da Silva 2 Link para compartilhar Share on other sites Mais opções...
Post popular William Redig Postado 31 de Agosto de 2024 Post popular Compartilhar Postado 31 de Agosto de 2024 Oi @Elisangela Xavier Almeida, Não sei se felizmente ou infelizmente, tenho um exemplo na família. Meu genro é físico pesquisador, bom pra caramba no que faz e o que começou há 11 anos com um estágio no CERN em Genebra, quando ainda estudava na UFRJ, culminou com ele e minha filha se mudando para a Suiça há 9 anos atrás onde ele é pesquisador no CERN e também a Universidade de Genebra. O lado ruim é a fuga de cérebro, a distância e as saudades. No lado bom, estão vivendo uma vida bem melhor e mais digna do que estariam vivendo aqui (como físico pesquisador e minha filha como gastrônoma) e sem falar na grande oportunidade que meus netos estão tendo, crescendo e sendo educados um país que é um verdadeiro primeiro mundo. 6 Link para compartilhar Share on other sites Mais opções...
Elisangela Xavier Almeida Postado 31 de Agosto de 2024 Author Compartilhar Postado 31 de Agosto de 2024 1 hora atrás, Ludmyla Cruz Da Silva disse: Oi Eli, não tinha conhecimento sobre isso, mas faz todo sentido. acredito que é porque nosso País não investe e nem tem estrutura pra os pesquisadores, isso acaba desestimulando a pesquisa em nosso país. Tenho colegas da Universidade que foram para outros países fazer o pós-doutorado e não voltaram mais...No geral, para ser pesquisador no Brasil, é preciso literalmente matar um leão por dia. Condições precárias de trabalho e acúmulo de funções...Nas Universidades têm que se dividir com pesquisa, orientação dos bolsistas de graduação e pós, fazer a parte administrativa na submissão de projetos, escrita de artigos e trabalhos científicos, sala de aula na graduação e pós, preparação de matriz curricular, reuniões acadêmicas, congressos, e por aí vai..... 2 Link para compartilhar Share on other sites Mais opções...
Elisangela Xavier Almeida Postado 31 de Agosto de 2024 Author Compartilhar Postado 31 de Agosto de 2024 1 hour ago, William Redig disse: Oi @Elisangela Xavier Almeida, Não sei se felizmente ou infelizmente, tenho um exemplo na família. Meu genro é físico pesquisador, bom pra caramba no que faz e o que começou há 11 anos com um estágio no CERN em Genebra, quando ainda estudava na UFRJ, culminou com ele e minha filha se mudando para a Suiça há 9 anos atrás onde ele é pesquisador no CERN e também a Universidade de Genebra. O lado ruim é a fuga de cérebro, a distância e as saudades. No lado bom, estão vivendo uma vida bem melhor e mais digna do que estariam vivendo aqui (como físico pesquisador e minha filha como gastrônoma) e sem falar na grande oportunidade que meus netos estão tendo, crescendo e sendo educados um país que é um verdadeiro primeiro mundo. Olá, @William Redig! Imagino como deve ser difícil para ti essa distância...Mas como você mesmo disse, o lado bom é saber que lá eles estão tendo o reconhecimento merecido e vivendo em um verdadeiro país de primeiro mundo. Realmente a vida de pesquisador no Brasil é difícil demais. 3 Link para compartilhar Share on other sites Mais opções...
Post popular Karolmara Paula Nunes Postado 31 de Agosto de 2024 Post popular Compartilhar Postado 31 de Agosto de 2024 (edited) 3 horas atrás, Elisangela Xavier Almeida disse: Bom dia, sardinhada! Na terça-feira, o estudante do Piauí Manoel José Nunes de 17 anos, recebeu o Prêmio Nobel da Ciência Jovem na Suíça. Fiquei super feliz com essa notícia. No entanto, fiquei reflexiva e lembrei de um post que fiz há um tempo no LinkedIn: "Já ouviram falar no fenômeno conhecido como “Fuga de Cérebros”? Historicamente, o fluxo de cientistas formados no Brasil para fazer intercâmbio em outros países sempre foi muito importante para o desenvolvimento da nossa pesquisa, proporcionando muita troca de experiências e conhecimentos. No passado, não possuíamos curso de doutorado no nosso país, e assim, esse movimento se tornava imprescindível para conclusão da formação do pesquisador no mais alto grau do conhecimento. No entanto, partir e não voltar mais para desenvolver seus aprendizados no nosso país, tem gerado um grande problema para o futuro da #ciência no Brasil, ocasionando o fenômeno chamado #fugadecérebros. Este é um fenômeno que se refere aos deslocamentos de profissionais altamente qualificados, de diversas áreas do conhecimento, formados aqui no Brasil e em outros países em desenvolvimento, em direção a outros países mais desenvolvidos que possuem melhores condições de trabalho, remuneração e reconhecimento. Apesar de não ser um tema recente, muito tem se falado sobre a #fugadecérebros atualmente no Brasil em razão do aumento exponencial de cientistas que tem passado a morar em outros países nos últimos anos. Estamos perdendo nosso capital intelectual. Isso é muito preocupante para o desenvolvimento da pesquisa nacional. E vocês, já pensaram sobre esse tema?" Será que o nosso país irá "perder" mais um cientista, mais um cérebro, dentre os tantos outros que partiram para países onde o conhecimento científico é realmente valorizado? Eu já fui pesquisadora e entendo perfeitamente a fuga de cérebros. Infelizmente, o nosso país não investe adequadamente em ciência, conclusão: ou o pesquisador se muda para outro país ou deixa de ser pesquisador. Editado 31 de Agosto de 2024 por Karolmara Paula Nunes 2 4 Link para compartilhar Share on other sites Mais opções...
Post popular Mikhail Koslowski Postado 31 de Agosto de 2024 Post popular Compartilhar Postado 31 de Agosto de 2024 Enquanto o foco do país for exportar commodities isso vai continuar acontecendo. Não há grandes incentivos para desenvolvimento cientifico e tecnológico, e quem acaba despontando nessas áreas não tem muita opção a não ser "exportar" o seu trabalho, e muitos desses casos acabam envolvendo sair do país. 2 horas atrás, Karolmara Paula Nunes disse: ou o pesquisador se muda para outro país ou deixa de ser pesquisador. E mesmo pra quem fica e quer fazer acontecer por aqui, as dificuldades são muitas e é matar um leão por dia. O pesquisador decide ir trabalhar na indústria, é "qualificado demais" pro trabalho. Aí decide empreender, é uma burocracia imensa pra conseguir fazer as coisas direito. Não consigo ver essa situação mudando sem profundas mudanças no sistema educacional, desde a base. O problema é que quem está em posição de propor tais mudanças não tem interesse nisso, senão não consegue se manter lá e essa mudança não vai acontecer em 4 anos. e pra não entrar no assunto proibido vou parar por aqui 😅. 4 1 Link para compartilhar Share on other sites Mais opções...
Elisangela Xavier Almeida Postado 1 de Setembro de 2024 Author Compartilhar Postado 1 de Setembro de 2024 7 horas atrás, Karolmara Paula Nunes disse: Eu já fui pesquisadora e entendo perfeitamente a fuga de cérebros. Infelizmente, o nosso país não investe adequadamente em ciência, conclusão: ou o pesquisador se muda para outro país ou deixa de ser pesquisador. Eu também fui, Karolmara....infelizmente fui me desencantando ao longo tempo...Por n motivos 2 2 Link para compartilhar Share on other sites Mais opções...
Elisangela Xavier Almeida Postado 1 de Setembro de 2024 Author Compartilhar Postado 1 de Setembro de 2024 5 horas atrás, Mikhail Koslowski disse: Enquanto o foco do país for exportar commodities isso vai continuar acontecendo. Não há grandes incentivos para desenvolvimento cientifico e tecnológico, e quem acaba despontando nessas áreas não tem muita opção a não ser "exportar" o seu trabalho, e muitos desses casos acabam envolvendo sair do país. E mesmo pra quem fica e quer fazer acontecer por aqui, as dificuldades são muitas e é matar um leão por dia. O pesquisador decide ir trabalhar na indústria, é "qualificado demais" pro trabalho. Aí decide empreender, é uma burocracia imensa pra conseguir fazer as coisas direito. Não consigo ver essa situação mudando sem profundas mudanças no sistema educacional, desde a base. O problema é que quem está em posição de propor tais mudanças não tem interesse nisso, senão não consegue se manter lá e essa mudança não vai acontecer em 4 anos. e pra não entrar no assunto proibido vou parar por aqui 😅. É bem assim que as coisas funcionam aqui....melhor mesmo pararmos por aqui🤭 kkkkkk 2 1 Link para compartilhar Share on other sites Mais opções...
Matheus Passos Silva Postado 1 de Setembro de 2024 Compartilhar Postado 1 de Setembro de 2024 Infelizmente são raras as exceções de cientistas brasileiros que ficam no Brasil e se destacam. Não por falta de mérito próprio, claro, mas sim por falta de interesse - tanto do Estado quanto até mesmo de empresas - em investir em pesquisa. Isso sem falar nas universidades... Quando comparadas com instituições americanas, por exemplo, a vergonha alheia é gigante. 3 Link para compartilhar Share on other sites Mais opções...
Elisangela Xavier Almeida Postado 1 de Setembro de 2024 Author Compartilhar Postado 1 de Setembro de 2024 4 horas atrás, Matheus Passos Silva disse: Infelizmente são raras as exceções de cientistas brasileiros que ficam no Brasil e se destacam. Não por falta de mérito próprio, claro, mas sim por falta de interesse - tanto do Estado quanto até mesmo de empresas - em investir em pesquisa. Isso sem falar nas universidades... Quando comparadas com instituições americanas, por exemplo, a vergonha alheia é gigante. Isso mesmo, Matheus. Tenho duas colegas da Universidade que foram para a Europa fazer doutorado sanduíche, só voltaram para defender a tese. Já estavam praticamente contratadas, uma na Holanda e a outra na Austrália. O interessante é que não são poucos os cientistas brasileiros do mais alto nível. Tive a oportunidade de conhecer, conviver e ser aluna de vários. Pessoas respeitadas mundo afora, mas que aqui não têm o merecido reconhecimento. 3 Link para compartilhar Share on other sites Mais opções...
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