Post popular Elisangela Xavier Almeida Postado 31 de Agosto Post popular Compartilhar Postado 31 de Agosto Bom dia, sardinhada! Na terça-feira, o estudante do Piauí Manoel José Nunes de 17 anos, recebeu o Prêmio Nobel da Ciência Jovem na Suíça. Fiquei super feliz com essa notícia. No entanto, fiquei reflexiva e lembrei de um post que fiz há um tempo no LinkedIn: "Já ouviram falar no fenômeno conhecido como “Fuga de Cérebros”? Historicamente, o fluxo de cientistas formados no Brasil para fazer intercâmbio em outros países sempre foi muito importante para o desenvolvimento da nossa pesquisa, proporcionando muita troca de experiências e conhecimentos. No passado, não possuíamos curso de doutorado no nosso país, e assim, esse movimento se tornava imprescindível para conclusão da formação do pesquisador no mais alto grau do conhecimento. No entanto, partir e não voltar mais para desenvolver seus aprendizados no nosso país, tem gerado um grande problema para o futuro da #ciência no Brasil, ocasionando o fenômeno chamado #fugadecérebros. Este é um fenômeno que se refere aos deslocamentos de profissionais altamente qualificados, de diversas áreas do conhecimento, formados aqui no Brasil e em outros países em desenvolvimento, em direção a outros países mais desenvolvidos que possuem melhores condições de trabalho, remuneração e reconhecimento. Apesar de não ser um tema recente, muito tem se falado sobre a #fugadecérebros atualmente no Brasil em razão do aumento exponencial de cientistas que tem passado a morar em outros países nos últimos anos. Estamos perdendo nosso capital intelectual. Isso é muito preocupante para o desenvolvimento da pesquisa nacional. E vocês, já pensaram sobre esse tema?" Será que o nosso país irá "perder" mais um cientista, mais um cérebro, dentre os tantos outros que partiram para países onde o conhecimento científico é realmente valorizado? 4 2 Link para compartilhar Share on other sites Mais opções...
Ludmyla Cruz Da Silva Postado 31 de Agosto Compartilhar Postado 31 de Agosto (edited) 58 minutes ago, Elisangela Xavier Almeida disse: Bom dia, sardinhada! Na terça-feira, o estudante do Piauí Manoel José Nunes de 17 anos, recebeu o Prêmio Nobel da Ciência Jovem na Suíça. Fiquei super feliz com essa notícia. No entanto, fiquei reflexiva e lembrei de um post que fiz há um tempo no LinkedIn: "Já ouviram falar no fenômeno conhecido como “Fuga de Cérebros”? Historicamente, o fluxo de cientistas formados no Brasil para fazer intercâmbio em outros países sempre foi muito importante para o desenvolvimento da nossa pesquisa, proporcionando muita troca de experiências e conhecimentos. No passado, não possuíamos curso de doutorado no nosso país, e assim, esse movimento se tornava imprescindível para conclusão da formação do pesquisador no mais alto grau do conhecimento. No entanto, partir e não voltar mais para desenvolver seus aprendizados no nosso país, tem gerado um grande problema para o futuro da #ciência no Brasil, ocasionando o fenômeno chamado #fugadecérebros. Este é um fenômeno que se refere aos deslocamentos de profissionais altamente qualificados, de diversas áreas do conhecimento, formados aqui no Brasil e em outros países em desenvolvimento, em direção a outros países mais desenvolvidos que possuem melhores condições de trabalho, remuneração e reconhecimento. Apesar de não ser um tema recente, muito tem se falado sobre a #fugadecérebros atualmente no Brasil em razão do aumento exponencial de cientistas que tem passado a morar em outros países nos últimos anos. Estamos perdendo nosso capital intelectual. Isso é muito preocupante para o desenvolvimento da pesquisa nacional. E vocês, já pensaram sobre esse tema?" Será que o nosso país irá "perder" mais um cientista, mais um cérebro, dentre os tantos outros que partiram para países onde o conhecimento científico é realmente valorizado? Oi Eli, não tinha conhecimento sobre isso, mas faz todo sentido. acredito que é porque nosso País não investe e nem tem estrutura pra os pesquisadores, isso acaba desestimulando a pesquisa em nosso país. Editado 31 de Agosto por Ludmyla Cruz Da Silva 2 Link para compartilhar Share on other sites Mais opções...
Post popular William Redig Postado 31 de Agosto Post popular Compartilhar Postado 31 de Agosto Oi @Elisangela Xavier Almeida, Não sei se felizmente ou infelizmente, tenho um exemplo na família. Meu genro é físico pesquisador, bom pra caramba no que faz e o que começou há 11 anos com um estágio no CERN em Genebra, quando ainda estudava na UFRJ, culminou com ele e minha filha se mudando para a Suiça há 9 anos atrás onde ele é pesquisador no CERN e também a Universidade de Genebra. O lado ruim é a fuga de cérebro, a distância e as saudades. No lado bom, estão vivendo uma vida bem melhor e mais digna do que estariam vivendo aqui (como físico pesquisador e minha filha como gastrônoma) e sem falar na grande oportunidade que meus netos estão tendo, crescendo e sendo educados um país que é um verdadeiro primeiro mundo. 6 Link para compartilhar Share on other sites Mais opções...
Elisangela Xavier Almeida Postado 31 de Agosto Author Compartilhar Postado 31 de Agosto 1 hora atrás, Ludmyla Cruz Da Silva disse: Oi Eli, não tinha conhecimento sobre isso, mas faz todo sentido. acredito que é porque nosso País não investe e nem tem estrutura pra os pesquisadores, isso acaba desestimulando a pesquisa em nosso país. Tenho colegas da Universidade que foram para outros países fazer o pós-doutorado e não voltaram mais...No geral, para ser pesquisador no Brasil, é preciso literalmente matar um leão por dia. Condições precárias de trabalho e acúmulo de funções...Nas Universidades têm que se dividir com pesquisa, orientação dos bolsistas de graduação e pós, fazer a parte administrativa na submissão de projetos, escrita de artigos e trabalhos científicos, sala de aula na graduação e pós, preparação de matriz curricular, reuniões acadêmicas, congressos, e por aí vai..... 2 Link para compartilhar Share on other sites Mais opções...
Elisangela Xavier Almeida Postado 31 de Agosto Author Compartilhar Postado 31 de Agosto 1 hour ago, William Redig disse: Oi @Elisangela Xavier Almeida, Não sei se felizmente ou infelizmente, tenho um exemplo na família. Meu genro é físico pesquisador, bom pra caramba no que faz e o que começou há 11 anos com um estágio no CERN em Genebra, quando ainda estudava na UFRJ, culminou com ele e minha filha se mudando para a Suiça há 9 anos atrás onde ele é pesquisador no CERN e também a Universidade de Genebra. O lado ruim é a fuga de cérebro, a distância e as saudades. No lado bom, estão vivendo uma vida bem melhor e mais digna do que estariam vivendo aqui (como físico pesquisador e minha filha como gastrônoma) e sem falar na grande oportunidade que meus netos estão tendo, crescendo e sendo educados um país que é um verdadeiro primeiro mundo. Olá, @William Redig! Imagino como deve ser difícil para ti essa distância...Mas como você mesmo disse, o lado bom é saber que lá eles estão tendo o reconhecimento merecido e vivendo em um verdadeiro país de primeiro mundo. Realmente a vida de pesquisador no Brasil é difícil demais. 3 Link para compartilhar Share on other sites Mais opções...
Post popular Karolmara Paula Nunes Postado 31 de Agosto Post popular Compartilhar Postado 31 de Agosto (edited) 3 horas atrás, Elisangela Xavier Almeida disse: Bom dia, sardinhada! Na terça-feira, o estudante do Piauí Manoel José Nunes de 17 anos, recebeu o Prêmio Nobel da Ciência Jovem na Suíça. Fiquei super feliz com essa notícia. No entanto, fiquei reflexiva e lembrei de um post que fiz há um tempo no LinkedIn: "Já ouviram falar no fenômeno conhecido como “Fuga de Cérebros”? Historicamente, o fluxo de cientistas formados no Brasil para fazer intercâmbio em outros países sempre foi muito importante para o desenvolvimento da nossa pesquisa, proporcionando muita troca de experiências e conhecimentos. No passado, não possuíamos curso de doutorado no nosso país, e assim, esse movimento se tornava imprescindível para conclusão da formação do pesquisador no mais alto grau do conhecimento. No entanto, partir e não voltar mais para desenvolver seus aprendizados no nosso país, tem gerado um grande problema para o futuro da #ciência no Brasil, ocasionando o fenômeno chamado #fugadecérebros. Este é um fenômeno que se refere aos deslocamentos de profissionais altamente qualificados, de diversas áreas do conhecimento, formados aqui no Brasil e em outros países em desenvolvimento, em direção a outros países mais desenvolvidos que possuem melhores condições de trabalho, remuneração e reconhecimento. Apesar de não ser um tema recente, muito tem se falado sobre a #fugadecérebros atualmente no Brasil em razão do aumento exponencial de cientistas que tem passado a morar em outros países nos últimos anos. Estamos perdendo nosso capital intelectual. Isso é muito preocupante para o desenvolvimento da pesquisa nacional. E vocês, já pensaram sobre esse tema?" Será que o nosso país irá "perder" mais um cientista, mais um cérebro, dentre os tantos outros que partiram para países onde o conhecimento científico é realmente valorizado? Eu já fui pesquisadora e entendo perfeitamente a fuga de cérebros. Infelizmente, o nosso país não investe adequadamente em ciência, conclusão: ou o pesquisador se muda para outro país ou deixa de ser pesquisador. Editado 31 de Agosto por Karolmara Paula Nunes 2 4 Link para compartilhar Share on other sites Mais opções...
Post popular Mikhail Koslowski Postado 31 de Agosto Post popular Compartilhar Postado 31 de Agosto Enquanto o foco do país for exportar commodities isso vai continuar acontecendo. Não há grandes incentivos para desenvolvimento cientifico e tecnológico, e quem acaba despontando nessas áreas não tem muita opção a não ser "exportar" o seu trabalho, e muitos desses casos acabam envolvendo sair do país. 2 horas atrás, Karolmara Paula Nunes disse: ou o pesquisador se muda para outro país ou deixa de ser pesquisador. E mesmo pra quem fica e quer fazer acontecer por aqui, as dificuldades são muitas e é matar um leão por dia. O pesquisador decide ir trabalhar na indústria, é "qualificado demais" pro trabalho. Aí decide empreender, é uma burocracia imensa pra conseguir fazer as coisas direito. Não consigo ver essa situação mudando sem profundas mudanças no sistema educacional, desde a base. O problema é que quem está em posição de propor tais mudanças não tem interesse nisso, senão não consegue se manter lá e essa mudança não vai acontecer em 4 anos. e pra não entrar no assunto proibido vou parar por aqui 😅. 4 1 Link para compartilhar Share on other sites Mais opções...
Elisangela Xavier Almeida Postado 1 de Setembro Author Compartilhar Postado 1 de Setembro 7 horas atrás, Karolmara Paula Nunes disse: Eu já fui pesquisadora e entendo perfeitamente a fuga de cérebros. Infelizmente, o nosso país não investe adequadamente em ciência, conclusão: ou o pesquisador se muda para outro país ou deixa de ser pesquisador. Eu também fui, Karolmara....infelizmente fui me desencantando ao longo tempo...Por n motivos 2 2 Link para compartilhar Share on other sites Mais opções...
Elisangela Xavier Almeida Postado 1 de Setembro Author Compartilhar Postado 1 de Setembro 5 horas atrás, Mikhail Koslowski disse: Enquanto o foco do país for exportar commodities isso vai continuar acontecendo. Não há grandes incentivos para desenvolvimento cientifico e tecnológico, e quem acaba despontando nessas áreas não tem muita opção a não ser "exportar" o seu trabalho, e muitos desses casos acabam envolvendo sair do país. E mesmo pra quem fica e quer fazer acontecer por aqui, as dificuldades são muitas e é matar um leão por dia. O pesquisador decide ir trabalhar na indústria, é "qualificado demais" pro trabalho. Aí decide empreender, é uma burocracia imensa pra conseguir fazer as coisas direito. Não consigo ver essa situação mudando sem profundas mudanças no sistema educacional, desde a base. O problema é que quem está em posição de propor tais mudanças não tem interesse nisso, senão não consegue se manter lá e essa mudança não vai acontecer em 4 anos. e pra não entrar no assunto proibido vou parar por aqui 😅. É bem assim que as coisas funcionam aqui....melhor mesmo pararmos por aqui🤭 kkkkkk 2 1 Link para compartilhar Share on other sites Mais opções...
Matheus Passos Silva Postado 1 de Setembro Compartilhar Postado 1 de Setembro Infelizmente são raras as exceções de cientistas brasileiros que ficam no Brasil e se destacam. Não por falta de mérito próprio, claro, mas sim por falta de interesse - tanto do Estado quanto até mesmo de empresas - em investir em pesquisa. Isso sem falar nas universidades... Quando comparadas com instituições americanas, por exemplo, a vergonha alheia é gigante. 3 Link para compartilhar Share on other sites Mais opções...
Elisangela Xavier Almeida Postado 1 de Setembro Author Compartilhar Postado 1 de Setembro 4 horas atrás, Matheus Passos Silva disse: Infelizmente são raras as exceções de cientistas brasileiros que ficam no Brasil e se destacam. Não por falta de mérito próprio, claro, mas sim por falta de interesse - tanto do Estado quanto até mesmo de empresas - em investir em pesquisa. Isso sem falar nas universidades... Quando comparadas com instituições americanas, por exemplo, a vergonha alheia é gigante. Isso mesmo, Matheus. Tenho duas colegas da Universidade que foram para a Europa fazer doutorado sanduíche, só voltaram para defender a tese. Já estavam praticamente contratadas, uma na Holanda e a outra na Austrália. O interessante é que não são poucos os cientistas brasileiros do mais alto nível. Tive a oportunidade de conhecer, conviver e ser aluna de vários. Pessoas respeitadas mundo afora, mas que aqui não têm o merecido reconhecimento. 3 Link para compartilhar Share on other sites Mais opções...
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