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De que forma somos 'diluídos' quando as empresas mais ações nos follow-ons?


Yann Teixeira

Pergunta

Boa tarde, prezados!

Já vi pessoas, inclusive o Raul, dizendo que temos que ficar atentos com empresas que tentam captar muitos recursos por meio de follow-ons, já que isso poderia diminuir nossa participação na empresa. A priori, isso não parece fazer sentido para mim, mas confesso não entender a fundo esse processo e gostaria de compartilhar minha linha de racícionio:

Para ilustrar: uma empresa faz a abertura do capital na bolsa vendendo 30% dela na forma de 3.000.000 ações, cada uma vale 10 reais então a empresa vale 100 milhões. Com o passar do tempo as ações valorizam para 20 reais e a empresa decide fazer um follow-on para captar mais recursos.

Opção 1:

Ela decide que mais 15% da empresa será vendida nesse valor, na forma de 1.500.000 ações de 20 reais, para captar mais 30 milhões. Dessa forma, agora 45% das ações estão em free float.

Supondo que eu era um acionista minoritário que tinha 1.000 ações antes do follow-on e decidi não participar do processo de susbcrição. Depois disto, eu continuo possuindo o mesmo número de ações e este número não deveria corresponder a uma mesma porcentagem da empresa? Pode ser que se eu avaliar minha participação em relação ao free-float vai diminuir, mas isso faz diferença?

Opção 2:

Uma outra possibilidade que penso que poderia ser é: a empresa que nesse exemplo tem 200 milhões de valor de mercado decide expandir suas operações. Ela quer pegar os mesmo 30 milhões e, então emite mais ações, nesse caso o valor total dela sobe para 230 milhões, e aí podemos esperar que o lucro aumente ao menos nessa proporção no futuro. De forma que, no final das contas, a empresa só aumentou seu porte e na mesma proporção que a participação diminui, os lucros por ação aumentam.

Penso que nesse caso o problema seria a empresa não crescer os lucro na mesma proporção que nossa participação diminuiu.

Alguma das opções faz sentido? Como é o follow-on na realidade? Quais os riscos associados?

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2 respostas para essa pergunta

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quando a empresa capta dinheiro, ela apresenta um plano de negócios, se der certo, ela deve, com o tempo, começar a pagar as próprias contas e depois a dar lucro.

se daqui a um tempo ela precisa investir numa coisa nova, para crescer o negocio, tudo bem

o problema é ela estar captando dinheiro toda hora, quando que vai começar a dar lucro.

tipo o amigo que te pede dinheiro para começar um negocio, e continua pedindo todo mes, ta suspeito, ou o negocio nao esta dando certo.

 

 

  • Em especifico ao follow-on, Sim, uma oferta de follow-on pode diluir a participação dos acionistas existentes de uma empresa. Isso pode ocorrer quando a empresa emite novas ações, o que pode reduzir o controle dos acionistas sobre a empresa e afetar negativamente o preço das ações. 
  • O follow-on, também conhecido como oferta subsequente de ações, é um processo em que uma empresa que já está listada na bolsa de valores emite novas ações ou vende ações de acionistas. Existem dois tipos principais de follow-on: 
  • Follow-on primário: A empresa emite novas ações para captar recursos, que podem ser usados para financiar projetos, expandir operações ou pagar dívidas. 
  • Oferta secundária: Um acionista relevante vende uma parte ou todo o seu capital. 

 

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On 05/11/2024 at 15:11, Yann Teixeira disse:

Opção 1:

Ela decide que mais 15% da empresa será vendida nesse valor, na forma de 1.500.000 ações de 20 reais, para captar mais 30 milhões. Dessa forma, agora 45% das ações estão em free float.

Supondo que eu era um acionista minoritário que tinha 1.000 ações antes do follow-on e decidi não participar do processo de susbcrição. Depois disto, eu continuo possuindo o mesmo número de ações e este número não deveria corresponder a uma mesma porcentagem da empresa? Pode ser que se eu avaliar minha participação em relação ao free-float vai diminuir, mas isso faz diferença?

@Yann Teixeira complementando a resposta do @Ricardo O, neste opção onde os donos da empresa têm 70% das ações e 30% estão sendo negociadas na Bolsa, o dinheiro da venda dos 15% não vão para o caixa da empresa, pois dos 70% que não estão na Bolsa serão vendidos na Bolsa e o dinheiro vai para o bolso do acionista que vendeu a sua parte. Os R$30milhões não vão para o caixa da empresa, e portanto nada mudou para você, pois você continua com 1mil ações dentro de 10milhões de ações que a empresa é formada.
 

On 05/11/2024 at 15:11, Yann Teixeira disse:

Opção 2:

Uma outra possibilidade que penso que poderia ser é: a empresa que nesse exemplo tem 200 milhões de valor de mercado decide expandir suas operações. Ela quer pegar os mesmo 30 milhões e, então emite mais ações, nesse caso o valor total dela sobe para 230 milhões, e aí podemos esperar que o lucro aumente ao menos nessa proporção no futuro. De forma que, no final das contas, a empresa só aumentou seu porte e na mesma proporção que a participação diminui, os lucros por ação aumentam.

Nesta opção a empresa está passando de 10milhões de ações para 11,5mihões de ações. Assim os R$30milhões entrarão no caixa da empresa. O free float que era de 30% (3 milhões de ações sobre 10milhões de ações) passa a ser de 39,13% (4,5milhões de ações sobre 11,5milhões de ações).

E você que tinha 1mil ações sobre 10milhões de ações, agora tem 1mil ações sobre 11,5milhões, portanto se os lucros não aumentarem na mesma proporção, você vai receber um dividendos menor, pois temos mais ações recebendo os lucros.
 

On 05/11/2024 at 15:11, Yann Teixeira disse:

Penso que nesse caso o problema seria a empresa não crescer os lucro na mesma proporção que nossa participação diminuiu.

Alguma das opções faz sentido? Como é o follow-on na realidade? Quais os riscos associados?

Exato, o problema da diluição é os lucros não aumentarem pelo menos o suficiente para que você continue a receber pelo menos os mesmos dividendos, pois teremos mais ações dividindo os lucros.

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