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Entendendo sobre o Contrafluxo


Eddy Paulini

Pergunta

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6 horas atrás, Willian Fernandes disse:

Parabéns @Eddy Paulini pelo aula, o contrafluxo é um dos temas mais interessantes e complexos da renda fixa.

Mas ainda veio uma duvida. E se a taxa de juros esta alta com tendencia de alta? como exatamente nesse momento uma taxa de 12,25% com o banco central sinalizando duas possiveis subida na SELIC. Nesse recorte hoje temos o tesouro prefixado 2027 a 15,27% e o Tesouro IPCA+7,72 2029. Com base no contrafluxo não faz sentido investir no prefixado já que a taxa de juros tem expectativa de alta, mas também não faz sentido investir no IPCA já que o IPCA está considerado alto e com uma possivel alta no juros para desaquecer e a inflação diminuir, tendo taxas mais atrativas como citado um possível IPCA +9%.

Deveria nesse caso então investir na SELIC ou no CDI nesse recorte? porém taxas estão em cerca de 100%CDI (fora do contrafluxo)

E quando estava a uma taxa de juros a 10,5% no ano passado, tivermos IPCA+6 ou 5% e prefixados não muito atrativos 11%-12% e com 120% do CDI em diversos CDB. Onde está o contrafluxo se as taxas estavam fora do extremo?

Quando podemos considerar um ciclo de taxa de juros baixa, sabendo que na realidade do Brasil historicamente a taxa de juros é acima de 10% chegando até 14%(2016), 19%(2005)?

Olá Willian,

 

Da maneira como vejo, estamos em um momento em que não há muita clareza e as três "regrinhas" do contrafluxo parecem não se aplicar, como você mesmo notou.

De toda forma, na minha visão no momento os melhores títulos seriam o prefixado e o IPCA+. Isto porque com taxas de juros alta, em algum momento a inflação vai ceder, e aí a gente se beneficia do prefixado. Por outro lado, se chegarmos a um IPCA + 8% (falando em termos do Tesouro), também teremos uma boa rentabilidade futura (especialmente considerando-se que no curso aprendemos que a taxa de retorno anual ideal seria por volta de 8%).

Apesar de parecer vantajoso investir no % do CDI no momento (ainda mais considerando-se as duas prováveis altas da Selic pelo COPOM nas próximas reuniões), é importante lembrar que o CDI sempre vai seguir a Selic. Então imaginemos que em cada uma das próximas duas reuniões seja aumentado em um ponto percentual. Então nos próximos 90 dias você estaria lá com seus 14,15% de rendimento. E se o COPOM depois cortar em 2 pontos? Cai pra 12,15%. E se na reunião seguinte cortar mais dois pontos? Cai pra 10,15%. E assim por diante.

Por isso que entendo que os prefixados ou IPCA+ são os "títulos do momento".

Vale ainda lembrar dois pontos:

  • A gente precisa investir com as condições que temos hoje. O que quero dizer é que não vale muito a pena ficar especulando sobre o que vai acontecer nos próximos meses ou anos simplesmente porque não sabemos. Temos uma perspectiva, é claro, mas não sabemos.
  • Como (ao menos em tese) você vai investir todo mês, no fim das contas você vai acabar compensando de um mês a outro.

Por fim, talvez valha segurar um pouco os aportes e ficar de olho nas próximas duas reuniões do COPOM para verificar o rumo - e enquanto isso aproveitar as promoções na Bolsa. Mas tudo isso de acordo com seu estágio no curso (não sei se já terminou ou não, mas acredito que não) e também sua estratégia para médio-longo prazo.

Espero ter ajudado!

 

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Uma aula completa @Eddy Paulini! Parabéns, mandou bem demais!

Ao pessoal que comentou sobre o diagrama, ou que quer que isso reflita por lá. Infelizmente não é automatico! Vale salvar esse post e sempre voltar para entender qual é o momento e colocar as notas certas!

No Modulo 3 Aula 15 o Raul comenta como organizar o contrafluxo na carteira!

 

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Parabéns @Eddy Paulini pelo aula, o contrafluxo é um dos temas mais interessantes e complexos da renda fixa.

Mas ainda veio uma duvida. E se a taxa de juros esta alta com tendencia de alta? como exatamente nesse momento uma taxa de 12,25% com o banco central sinalizando duas possiveis subida na SELIC. Nesse recorte hoje temos o tesouro prefixado 2027 a 15,27% e o Tesouro IPCA+7,72 2029. Com base no contrafluxo não faz sentido investir no prefixado já que a taxa de juros tem expectativa de alta, mas também não faz sentido investir no IPCA já que o IPCA está considerado alto e com uma possivel alta no juros para desaquecer e a inflação diminuir, tendo taxas mais atrativas como citado um possível IPCA +9%.

Deveria nesse caso então investir na SELIC ou no CDI nesse recorte? porém taxas estão em cerca de 100%CDI (fora do contrafluxo)

E quando estava a uma taxa de juros a 10,5% no ano passado, tivermos IPCA+6 ou 5% e prefixados não muito atrativos 11%-12% e com 120% do CDI em diversos CDB. Onde está o contrafluxo se as taxas estavam fora do extremo?

Quando podemos considerar um ciclo de taxa de juros baixa, sabendo que na realidade do Brasil historicamente a taxa de juros é acima de 10% chegando até 14%(2016), 19%(2005)?

Editado por Willian Fernandes
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On 06/11/2024 at 14:16, Eddy Paulini disse:

Olá, sardelas! Como estão?

Bora para mais um tópico para entender um pouquinho mais sobre mais uma estratégia?

Este é mais um tema que vira e mexe aparece por aqui e geram algumas dúvidas ou a necessidade de confirmação de entendimento.

 

O contrafluxo podemos levar ao pé da letra que é ir contra o caminho da maioria. Enquanto a maioria olha para frente, vamos olhar para trás e o que está sendo deixado no que diz respeito a renda fixa. Em outras palavras é olhar para títulos de renda fixa que ninguém está olhando.

A começar, vamos firmar o conceito do mercado ser cíclico. Ou seja, inevitavelmente o mercado é feito de ciclos. Ora de inflação alta, ora de taxas de juros altas, e por aí vai. Por mais que um ciclo possa durar mais ou menos tempo, venha com maior ou menor intensidade, ele sempre é passageiro. Sempre um determinado ciclo dará espaço para outro vir e no futuro este mesmo ciclo volta.

Dados estes ciclos, vamos ligar agora sobre os tipos de investimentos que temos na renda fixa. Ou melhor, quais indexadores temos a opção de investir. Temos títulos indexados ao CDI, indexados ao IPCA+ e prefixados. Aqui então vamos discutir sobre quais os melhores momentos para investirmos em cada um destes tipos de títulos e porque de fazer isso.

De maneira geral teremos três situações sendo uma para cada tipo de título:

- Taxa de juros baixa com expectativa de alta, títulos indexados a Selic e ao CDI;
- Taxa de juros alta com expectativa de baixa, títulos prefixados para travar uma rentabilidade superior ao que poderá ser oferecido futuramente;
- Inflação baixa com expectativa de alta, títulos indexados ao IPCA.

 

Agora vamos destrinchar um pouco mais sobre cada um deles e já adiantando que faremos as exemplificações com números hipotéticos:

- Taxa de juros baixa com expectativa de alta: aqui temos um cenário um onde o IPCA deve estar elevado. Como é a saber, o aumento da taxa de juros (Selic) é um dos mecanismos de controle da inflação. O que acontece é que as maiores rentabilidades sendo oferecidas de imediato seriam aos próprios títulos IPCA+ por ele estar nas alturas e todo mundo estar pensando apenas neles. Vamos imaginar um cenário onde o IPCA esteja em 8% e a taxa Selic ainda está em 3%. Qualquer título indexado ao IPCA estaria pagando bem mais que qualquer outro título. Porém o mercado e os emissores precisam dar vazão em outros títulos tanto como prefixados como indexados ao CDI. Para isso, ele aumentam a oferta para tentar competir com os IPCA+. Logo, poderíamos ver títulos oferecendo 140% do CDI. Isso somado a taxa de juros do nosso cenário que é de 3%, a rentabilidade seria de aproximadamente 4%, o que ainda é baixo mas é uma tentativa de chamar a atenção no número de 140%. Acreditem, mas ainda existem muitos investidores que não fazem conta e vendo os 140% acham que já estariam bombando de imediato. Mas vamos lembrar que deveremos ter uns títulos pagando IPCA+ 3, + 4 o que ainda faz permanecer atrativo os IPCA+. Só que aqui que mora o segredo. Sabendo que o mercado é feito de ciclos, sabemos que uma hora este IPCA vai cair por conta da taxa de juros que tende a subir. Então, porque não travar um título de 140% do CDI para daqui uns anos? Em um dado momento no nosso cenário, vamos imaginar que a taxa de juros chegou a 12%a.a para controlar a inflação. Olha mágica acontecendo conosco tendo um título pagando 140% do CDI que neste caso resultaria em uma rentabilidade aproximada de quase 17%a.a. "Ah mas e os títulos IPCA+ ?" Lembre-se do efeito da taxa de juros elevada que é fazer a inflação cair;

 

- Taxa de juros alta com expectativa de baixa: sabemos então que com uma taxa de juros mais elevada, a tendência é que a inflação baixe. Em dado momento, a inflação vai estar em níveis considerados controlados o que fará com que a taxa de juros comece a baixar também afinal, se a Selic sobe para controlar a inflação, não há sentido ela ficar alta desaquecendo o mercado que agora precisa se aquecer novamente. Só que com a inflação já estando baixa e a Selic caindo a princípio não teremos títulos atrativos. Isso seria verdade exceto se não tivéssemos os prefixados que é aqui que eles entram. Os títulos prefixados são opções para travar títulos com rentabilidades superiores as que estarão sendo oferecidas enquanto a inflação não sobe e a Selic vai caindo. Sabemos que os movimentos de mercado não acontecem de imediato. Por exemplo, não significa que o COPOM reduzindo a taxa de juros hoje o IPCA amanhã já esteja nas alturas. Costuma-se levar semanas e até meses para estes movimentos se concretizarem. Aqui neste nosso cenário, tanto o IPCA como Selic estarão em fases onde ambos poderão estar sendo considerados baixo e em queda respectivamente falando. O prefixado segura uma rentabilidade enquanto os outros dois estão mais fraquinhos;

 

- Inflação baixa com expectativa de alta: aqui vamos puxar um ganchinho com cenário anterior. Agora o nosso cenário é uma taxa de juros mais alta (vamos imaginar aqui 14%a.a.) e uma inflação mais controlada que está em 2%a.a. Quando temos uma inflação controlada não há porque manter uma taxa de juros alta como dito antes. Isso mostra que o mercado está desaquecido para abrir margem para reaquecer ele, a taxa de juros tende a cair o que gera expectativa de alta de inflação. Então, para competir entre títulos oferecendo 100, 105% do CDI, é possível encontrar títulos IPCA+ 8, 9 ou até 10%. Veja que mesmo em um título IPCA+ 10% de bate pronto não superaria um 100% de CDI com uma taxa de juros a 14%a.a. Mas novamente voltamos ao conceito dos ciclos. Uma hora este IPCA sobe para 8% novamente idem ao nosso primeiro cenário. Nem preciso fazer as contas aqui, certo?

 

Aqui então temo um detalhamento maior sobre alguns cenários e como nos beneficiar deles.

Por fim, gostaria de trazer uma cerejinha para o bolo que são perguntas e respostas sobre dúvidas comuns sobre o tema:

 

Ok, entendi sobre os ciclos e qual indexador pegar em cada cenário. Mas eu invisto no que? CDB? LCI? Tesouro? LCA?

R: Não tem resposta certa. Aqui é válido uma avaliação de risco X retorno. Por exemplo, um tesouro tende a pagar uma rentabilidade menor do que um CDB em vista que o tesouro é tido como o investimento mais seguro do mercado. Observe seu apetite ao risco, cobertura do FGC, prazos e veja o que é melhor.

E a marcação a mercado? Onde entra aqui?

R:  vamos nos lembrar que não fazemos investimento visando uma marcação. A marcação a mercado é uma carta na manga que temos para eventualmente nos beneficiarmos de uma antecipação de rentabilidade. É um bônus que podemos ter mas não é objetivo. Ou seja, não faria sentido investir em tesouro mesmo contrafluxo visando especificamente a marcação. Se tiver investido em tesouro e conseguiu aproveitar uma marcação, parabéns! Caso não, nada muda.

Quais taxas mínimas devo procurar para investir? 

R: não existem taxas mínimas. Isso seria uma bobagem pois pode abrir margem para perda de oportunidades. Vamos imaginar que a pessoa estabeleça que ela só pega títulos prefixado de no mínimo 16%a.a. Vamos pensar agora que em um ciclo de mercado o máximo que se teve foram títulos pagando 14,5%a.a. O cidadão que pensou em não comprar pois só queria 16% ou mais, agora está com a famosa dor de corno pois está sem prefixados bons pagando uma rentabilidade enquanto quem aproveitou os 14,5% está ganhando tranquilo. E isso vale não só para os prefixados como também para títulos indexados ao CDI e o IPCA. Sempre que for investir observe o que está sendo melhor oferecido no dia e leve sempre em consideração o risco X retorno.

Por quanto tempo travar títulos que pego pelo contrafluxo?

R: outro ponto que não tem regra. Novamente considere o risco X retorno. Quanto maior o prazo, maior é o risco e por conseguinte maior deve ser o prêmio.

 

E é só tudo isso  😅

 

Espero que esse tópico lhe ajude um pouco mais nos estudos, seja para firmar melhor o conhecimento adquirido sobre o tema nas aulas, seja para enriquecer sobre o assunto, enfim.

E se tiver dúvidas, manda aqui pra gente  =)

Salve @Eddy Paulini, como sempre dando aula... muito obrigado por compartilhar...
Gostaria de tirar uma duvida, vi e revi as aulas do modulo 3 e não fixei exatamente o conceito, então vamos lá...
Toda vez que eu for fazer um aporte eu devo avaliar a situação atual e baseado nessa avaliação atualizar as notas para quando eu for colocar o valor do aporte ele direcione o valor ao investimento adequado naquele momento, é isso?
Vou dar um exemplo do meu raciocínio.

Visto que a selic esta alta, eu considero zerar a nota a investimentos atrelados ao CDI e aumento a nota a investimentos prefixado, supondo tesouro direto prefixado e coloco nota 10, logo ao eu colocar o valor do meu aporte, 1.000,00, baseado no que eu estipulei pra minha carteira (40% renda fixa), ele vai direcionar os 400,00 para o prefixado e no mês seguinte no meu aporte eu renovo as notas.
Esse meu pensamento esta correto?
Se eu estiver equivocado, me ajude por favor.
Obrigado, abraço!

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6 horas atrás, Gabriel Mendes Coutinho disse:

Salve @Eddy Paulini, como sempre dando aula... muito obrigado por compartilhar...
Gostaria de tirar uma duvida, vi e revi as aulas do modulo 3 e não fixei exatamente o conceito, então vamos lá...
Toda vez que eu for fazer um aporte eu devo avaliar a situação atual e baseado nessa avaliação atualizar as notas para quando eu for colocar o valor do aporte ele direcione o valor ao investimento adequado naquele momento, é isso?
Vou dar um exemplo do meu raciocínio.

Visto que a selic esta alta, eu considero zerar a nota a investimentos atrelados ao CDI e aumento a nota a investimentos prefixado, supondo tesouro direto prefixado e coloco nota 10, logo ao eu colocar o valor do meu aporte, 1.000,00, baseado no que eu estipulei pra minha carteira (40% renda fixa), ele vai direcionar os 400,00 para o prefixado e no mês seguinte no meu aporte eu renovo as notas.
Esse meu pensamento esta correto?
Se eu estiver equivocado, me ajude por favor.
Obrigado, abraço!

Olá Gabriel,

Não sei se entendi muito bem sua pergunta, então vou tentar responder - mas se eu falar abobrinha desconsidera 🤣

Pelo que entendi da sua pergunta, você está atribuindo notas aos diferentes tipos de títulos em renda fixa - atrelados ao CDI, prefixados e IPCA+, correto?

Se for isso, minha sugestão é que você não faça isso.

Os pesos são atribuídos ao emissor do título, e não necessariamente ao tipo (considerando-se como "tipo" os pós-fixados, prefixados e IPCA+). Desta forma, e apenas como exemplo, no meu caso, com base na minha estratégia, eu estabeleci os seguintes pesos em geral:

  • Tesouro Direto: 10
  • CDB/LCI/LCA dentro do FGC: 8
  • CRIs/CRAs/Debêntures: 5

Isso porque, no meu caso, ainda estou dentro do limite do FGC - então quando chegar lá vou alterar estes pesos e aumentar o valor de CRIs/CRAs/Debêntures.

No caso de CDBs, LCAs e LCIs, eu faço uma subclassificação conforme o banco emissor, já que alguns são mais seguros que outros.

Espero ter ajudado, e qualquer coisa é só chamar!

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9 horas atrás, Willian Fernandes disse:

Parabéns @Eddy Paulini pelo aula, o contrafluxo é um dos temas mais interessantes e complexos da renda fixa.

Mas ainda veio uma duvida. E se a taxa de juros esta alta com tendencia de alta? como exatamente nesse momento uma taxa de 12,25% com o banco central sinalizando duas possiveis subida na SELIC. Nesse recorte hoje temos o tesouro prefixado 2027 a 15,27% e o Tesouro IPCA+7,72 2029. Com base no contrafluxo não faz sentido investir no prefixado já que a taxa de juros tem expectativa de alta, mas também não faz sentido investir no IPCA já que o IPCA está considerado alto e com uma possivel alta no juros para desaquecer e a inflação diminuir, tendo taxas mais atrativas como citado um possível IPCA +9%.

Deveria nesse caso então investir na SELIC ou no CDI nesse recorte? porém taxas estão em cerca de 100%CDI (fora do contrafluxo)

E quando estava a uma taxa de juros a 10,5% no ano passado, tivermos IPCA+6 ou 5% e prefixados não muito atrativos 11%-12% e com 120% do CDI em diversos CDB. Onde está o contrafluxo se as taxas estavam fora do extremo?

Quando podemos considerar um ciclo de taxa de juros baixa, sabendo que na realidade do Brasil historicamente a taxa de juros é acima de 10% chegando até 14%(2016), 19%(2005)?

Bom dia, @Willian Fernandes !

Na minha opinião, o mantimento da curva de alta da Selic aperta um pouco mais os títulos indexados ao IPCA+ e os prefixados. Mas não acho que eles deixam de apresentar boas oportunidades. Por exemplo, títulos com IPCA+ 7 vejo com bons olhos. Claro que não é tão bom quanto aqueles IPCA+ 8, IPCA+9, mas ainda os vejo com bons olhos. Até porque se a Selic ainda sobe, sabemos que uma das consequências é dar uma freada na inflação. E isso abre uma janela.

Até porque, Quando vamos investir procuramos as melhores ofertas do dia do aporte mesmo que elas não estejam tão boas quanto já tiveram antes.

Para investir pensando em uma marcação a mercado no tesouro (o que não acho que faz sentido fazer um investimento visando isso) não enxergo um momento muito favorável. 

Investir em Selic neste exato momento não entendo como favorável pois é pensar no curto prazo fora que as taxas não estão tão atrativas. 100% do CDI hoje e não acharemos tantas ofertas melhores que isso em vista que a Selic está alta e tende a subir, a manada está crescendo o olho neste indexador. Logo, as ofertas irão diminuir para tentar incentivar a compra de outros tipos de títulos. Estes 100% do CDI rendem menos que um prefixado a 15%. E sabemos que uma hora a Selic cai. Pode ser ainda esse ano, pode ser ano que vem. Não saberemos quando exatamente, mas sabemos que como o mercado é cíclico, essa curva de alta vem a baixo uma hora. E neste exemplo, o prefixado se daria melhor pensando no longo prazo que é o real objetivo do contrafluxo.

 

E por fim, um valor de taxa de juros baixa é relativo. Por exemplo, quando eu comecei a investir em 2019, tinhamos uma taxa de juros de 5% e ainda caiu. Detalhe a parte que eu ainda não entendia bulhufas sobre o assunto, mas enfim Hahaha 

Novamente, é bem relativo. Acredito que vá muito com uma visão própria de cada um e suas vivências. Conheço gente que pegou Selic a quase 20%. Hoje essa pessoa olha uma taxa beirando 10 e acha ela baixa. Eu vejo uma Selic na casa dos 7, 8, acho baixa. Percebe? É algo muito pessoal, não tem como dar regra aqui  ;/

 

Espero que agregue!

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9 horas atrás, Gabriel Mendes Coutinho disse:

Salve @Eddy Paulini, como sempre dando aula... muito obrigado por compartilhar...
Gostaria de tirar uma duvida, vi e revi as aulas do modulo 3 e não fixei exatamente o conceito, então vamos lá...
Toda vez que eu for fazer um aporte eu devo avaliar a situação atual e baseado nessa avaliação atualizar as notas para quando eu for colocar o valor do aporte ele direcione o valor ao investimento adequado naquele momento, é isso?
Vou dar um exemplo do meu raciocínio.

Visto que a selic esta alta, eu considero zerar a nota a investimentos atrelados ao CDI e aumento a nota a investimentos prefixado, supondo tesouro direto prefixado e coloco nota 10, logo ao eu colocar o valor do meu aporte, 1.000,00, baseado no que eu estipulei pra minha carteira (40% renda fixa), ele vai direcionar os 400,00 para o prefixado e no mês seguinte no meu aporte eu renovo as notas.
Esse meu pensamento esta correto?
Se eu estiver equivocado, me ajude por favor.
Obrigado, abraço!

Bom dia, @Gabriel Mendes Coutinho !

Sim está correto e é uma forma de se fazer. Inclusive é exatamente o ensinado pelo Raul nas aulas lá no módulo 3. Pegou bem a ideia da aula Haha

É uma boa forma de se fazer os aportes na renda fixa pois o diagrama vai direcionar os valores de acordo com o indexador que tiver nota positiva e quanto maior a nota, maior o valor sugerido de aporte. E lembrando que as notas serão dadas de acordo com o risco do título. O nosso amigo @Matheus Passos Silva deu uma sugestão interessante. Bem próximo do que eu sigo aqui inclusive.

 

Espero que ajude!

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5 horas atrás, Matheus Passos Silva disse:

Olá Gabriel,

Não sei se entendi muito bem sua pergunta, então vou tentar responder - mas se eu falar abobrinha desconsidera 🤣

Pelo que entendi da sua pergunta, você está atribuindo notas aos diferentes tipos de títulos em renda fixa - atrelados ao CDI, prefixados e IPCA+, correto?

Se for isso, minha sugestão é que você não faça isso.

Os pesos são atribuídos ao emissor do título, e não necessariamente ao tipo (considerando-se como "tipo" os pós-fixados, prefixados e IPCA+). Desta forma, e apenas como exemplo, no meu caso, com base na minha estratégia, eu estabeleci os seguintes pesos em geral:

  • Tesouro Direto: 10
  • CDB/LCI/LCA dentro do FGC: 8
  • CRIs/CRAs/Debêntures: 5

Isso porque, no meu caso, ainda estou dentro do limite do FGC - então quando chegar lá vou alterar estes pesos e aumentar o valor de CRIs/CRAs/Debêntures.

No caso de CDBs, LCAs e LCIs, eu faço uma subclassificação conforme o banco emissor, já que alguns são mais seguros que outros.

Espero ter ajudado, e qualquer coisa é só chamar!

Olá Matheus, bom dia! 
Obrigado por responder.

Vamos lá, vc está correto, as notas precisam e devem ser atribuídas ao risco do investimento, contudo, para seguirmos a ideia do contrafluxo precisamos avaliar o momento, com isso, precisamos reavaliar as notas, pois não faz sentido eu deixar nota 10 em um produto do tesouro direto atrelado a selic, visto que dessa maneira o diagrama vai me sugerir investir nele, logo, ao meu ver, o ideal é após a analise do momento, zerar as notas do que de fato não fazem sentido naquele momento para vc seguir exatamente o contrafluxo.

Em resumo, vai fazer investimento em renda fixa, avalia o atual cenário, ajusta as notas para que seja seguido o contrafluxo.

 

2 horas atrás, Eddy Paulini disse:

Bom dia, @Gabriel Mendes Coutinho !

Sim está correto e é uma forma de se fazer. Inclusive é exatamente o ensinado pelo Raul nas aulas lá no módulo 3. Pegou bem a ideia da aula Haha

É uma boa forma de se fazer os aportes na renda fixa pois o diagrama vai direcionar os valores de acordo com o indexador que tiver nota positiva e quanto maior a nota, maior o valor sugerido de aporte. E lembrando que as notas serão dadas de acordo com o risco do título. O nosso amigo @Matheus Passos Silva deu uma sugestão interessante. Bem próximo do que eu sigo aqui inclusive.

 

Espero que ajude!

Bom dia Eddy!
Obrigado por responder.

Legal, então pelo jeito consegui entender a proposta sugerida na aula...
Tá na hora de por em pratica rsrsrs
Que comecem os jogos! (SAW) kkkkk

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39 minutes ago, Gabriel Mendes Coutinho disse:

Olá Matheus, bom dia! 
Obrigado por responder.

Vamos lá, vc está correto, as notas precisam e devem ser atribuídas ao risco do investimento, contudo, para seguirmos a ideia do contrafluxo precisamos avaliar o momento, com isso, precisamos reavaliar as notas, pois não faz sentido eu deixar nota 10 em um produto do tesouro direto atrelado a selic, visto que dessa maneira o diagrama vai me sugerir investir nele, logo, ao meu ver, o ideal é após a analise do momento, zerar as notas do que de fato não fazem sentido naquele momento para vc seguir exatamente o contrafluxo.

Em resumo, vai fazer investimento em renda fixa, avalia o atual cenário, ajusta as notas para que seja seguido o contrafluxo.

 

Bom dia Eddy!
Obrigado por responder.

Legal, então pelo jeito consegui entender a proposta sugerida na aula...
Tá na hora de por em pratica rsrsrs
Que comecem os jogos! (SAW) kkkkk

Haha captou sim!

Bora pra cima, amigo!

 

E qualquer dúvida mais, já sabe  =)

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